Monday, May 28, 2012



Não suposições nem ideais,
mas factos, da doença,
da dor, da desavença,
das alegrias, dos ais.
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O condicionamento, não a visão,
é a realidade, e, sem opinião nem interpretação
observar os condicionamentos, é que é a compreensão
da realidade, e sua transformação.
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Sem objetivos, por mais nobre
que possa ser, objectivo é auto-projeção,
auto-veneração, e, sem vã repetição
é que é a verdade, não pobre.
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Com atenção passiva,
que fortalece o relacionamento
que é vida, não com ação possessiva
que é oca e destrutiva.
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Auto-compreensão
é compreensão
do outro, e, da compreensão
mútua nasce a solução - a afeição.
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Distorce e destrói, o medo da incerteza, mas, não
é pela coragem que medo desaparece, é pela comunhão
completa com o facto do medo: a dor, o novo, a solidão,
a ignorância, a pobreza, a guerra,...  A morte. Todavia, não
podemos ter comunhão com o medo se tivermos uma opinião,
uma ideia, um julgamento, uma teoria a seu respeito.
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Profundamente unidos ao medo
então, sem amedrontarmos,
cessa em nós todo o medo,
e, fazemos tudo.
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E, sem conflito
não há escolha,
e, sem escolha
não há conflito.
E sem conflito
é o Paraíso.


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