Vivendo tão
completamente que não
haja nem um amanhã
nem um passadão
para pensamento
pensar neles, pois,
é sofrimento, o tempão.
.
Isto é, desejar,
desesperar, lamentar,
ruminar é penar
e tempo continuar.
.
O tempo é o intervalo entre nós e a vida, sendo que estão sempre todos/tudo a mudar,e, causamos a mudança, para melhor ou para pior.
Viver tudo sem conclusões, sem imagens, sem tempo, sem ansiedade, sem pré-conceitos, por mais enraizados que eles estejam, e, sem medo, é que é VIVER!
A própria palavra, falada ou escrita, é uma sombra, uma irrealidade, uma ilusão, uma imagem, uma pobre imagem, por sinal, da Realidade, nascida do pensamento e alimentadora do pensamento: enquanto existirem imagens haverá medo.
Existindo pois um vão temporal/espacial entre nós e a coisa, um vão de medo, de pensamento e de sofrimento, acima de tudo de pensamento, não é todavia fazendo um grande esforço para deixar de pensar, o que talvez seja impossível, que se processa a fusão e cessa o pensamento/sofrimento, mas sim compreendendo-nos e à coisa, neste caso nós e a(o) velhice/morte, não diferente da vida, o que está bem patente no sono!
Verdadeiramente, se a vida do sono é extarordinária, a da morte é indescritível!
Não separemos portanto o que Deus uniu: não separemos nem o morrer do viver, nem o desconhecido do conhecido, nem o viver do morrer, nem o conhecido do desconhecido... Deixando, por amor de Deus, de gravitar em torno da nossa insignificância! Vivamos com deleite, com encantamento, com beleza a cada momento, cada momento morrendo para o eu. Sabe-se lá se quem assim fizer não poderá mesmo ficar para semente, com tantas armas de destruição maciça!!
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment