Mente é instrumento
Do conhecido,
Não pode encontrar desconhecido,
Bento.
.
E, o Desconhecido, a Verdade não
É estática, não
Tem lugar fixo, não
É um fim, é viva e desperta, não
.
Pode pois ser um fim
A atingir, Quim.
Se Verdade é um ponto fixo, não
É a Verdade, é simples opinião.
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Logo, mente que procura
A Verdade, que é o Desconhecido,
Nunca encontra a cura,
Porque mente é feita do passado, do conhecido.
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Só se pode mover, a mente,
Do conhecido para o conhecido: Verdade,
Realidade encontrada pela mente
É sua própria projeção, não a Realidade.
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Pensamento no desconhecido
É puro autoprojetado conhecido:
Não pode ser pensada, a Verdade,
Pensar sobre ela é falsidade.
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Nem pode ser procurada,
A Verdade, ela é que vem
Até nós: quando mente não é torturada
Pelo conhecido, então Verdade vem.
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A Verdade está nestas palavras,
nas lavras,
No sorriso, na vida,
Na neve, na água, na Ida…
.
Só mente sem ter
Conhecido pode receber
A Verdade, e, tal esvaziamento ter
É Verdade compreender.
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Verdade vem sem ser convidada,
Sem ser conhecida, sem ser adorada:
Quando é conhecida ou adorada
Deixa de ser real, Ada.
.
Quando compreendemos
Todo o eu e ele cessa,
Então Eternidade regressa!