A palavra é periférica:
há que chegarmos ao cerne,
sem busca, mas, não sem vigilância,
não sem o direto toque; há que reinventarmos
a palavra, como no Brasil ou em Krishnamurti, por exemplo,
a palavra fascinante!
No Brasil não se diz ir em frente, diz-se ir direto;e,
Krisnamurti juntamente com Deus diz O Todo.
E, há que tocarmos!
A palavra é necessária, mas, não é uma palavra
qualquer que é necessária. Verdadeiramente, muita palavra
é um desperdício de energia, uma distração, uma vaidade,
uma prisão, tempo, uma barreira que não nos funde com o real,
antes dele nos separa.
Ó, maravilhosa compreensão
da extraordinária, rápida,
profunda, tranquila percepção
da mente, da palavra ausentes!
Da não cultivada percepção!
Cultivar uma mente tranquila é tanto
matar a mente, como cultivar a Amazónia é matar a sua floresta.
É o véu das palavras, que é memória, que se interpõe, quando se interpõe, entre
o desafio e a resposta. Não se pode compreender tagarelando
e verbalizando, pois, compreender/viver é relação direta, não uma abstração,
um produto derivado como o que é a palavra.
E, por vezes a verdade é muito subtil, rápida, misteriosa, sem que estejamos preparados para a receber... como a de que a lagartixa passou a falcão... mas, isso não quer dizer abstração.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment