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SAGRADO
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Se me ponho a dizer que só o que nasceu e subsistiu sem a intervenção humana é que é natural e é que está em conexão com o Ser, estou a excluir-me do melhor, a separar-me do Ser e do natural, pois, é sempre um erro separar o que deve estar unido! E, o homem, Deus e a natureza estão unidos, cooperam e são impossíveis uns sem os(as) outros(as).
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A vida, a exterior e a interior, é que é o sagrado. Não nos criamos a nós mesmos nem dominamos as funções corporais e até mentais, mas temos uma responsabilidade: a de respeitar a vida: todos os seres vivos e mortos, pois, não haverá morto que não renasça! Esta é a sacralidade da vida. E, a vida realiza-se no bem estar, no prazer, na felicidade. Cada ser dá, tem de dar o seu contributo para o bem estar seu e geral.
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O que ocorre quando paramos de pensar? Ouvimos, escutamos, vemos que há uma inteligência – a do Ser, muito superior à nossa, que inclui tudo e todos os seres, nós também, claro, que controla tudo. Como é ridículo ver pessoas a tentar manipular e influenciar as coisas. Nós não influenciamos nem somos capazes de influenciar nada de importante. E, se influenciamos é quando estamos em consonância com a vontade universal da justiça e do bem estar geral! Como é bom desejarmos o bem estar, a felicidade de todos os seres, fazermos os possíveis para todos serem felizes!
Oh, que paz!
Oh, que tranquilidade!
Oh, que entrega à vida!
Não é o que faz
O Ser? Para quê a mortandade?
Pensas que a matar terás vida comprida?
Entrega-te à presença,
Entrega-te à vida,
Rende-te à pertença!
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Oh, que harmonia!
Oh, que inocência!
Oh, que dignidade!
Oh, que santidade!
São eles próprios, nada de mania
De superioridade ou de inferioridade!
Nada de vã violência!
Não mandamos no respirar,
Não mandamos na vida…
Como ousa então vida tirar
A outro ser, vida falida?
Vamos lá mas é a viver, querida!
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Ao estimarmos e considerarmos cada ser, cada forma de vida na sua beleza, serenidade e santidade estamos a ajudá-la a conhecer-se melhor, a realizar-se melhor, o que aliás ela faz connosco também.
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