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ESBELTA(o)
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Não tens, não podes depender
só d'um, dois, três, quatro, cinco...
prazeres de andar, comer,
cantar, ler... Com e sem afinco;
.
Não tens, não podes depender
só dos prazeres de um local,
um(a) amigo(a), um pender,
um som, um pai, um musical...
.
Não podemos só depender!
Oh, o prazer da solidão!
E objectivo é: com sofrer
acabar e com gozão!
.
Segura e larga amigo:
vai atrás, vai à frente, faz
o que quiseres... Mas, comigo
e ela dá prazer, rapaz.
.
Prazer da pessoa esbelta,
da harmónica, do bom cheiro,
da paz, da música celta,
da união, do verde pinheiro...
Friday, August 29, 2008
Thursday, August 28, 2008
.
TRABALHO(s)
.
Fazermos o que tem
de ser feito e juntos,
não sós, e, sem os untos
do sofrer, oh meu bem.
.
Não 'speres por ser rico
p'ra pagares comum
bem: nós podemos um
mealheiro ter, Tico.
.
Não te metas em trabalhos
que são desnecessários;
foge dos ordinários,
do impuro, não d'alhos.
.
Não deixes bom comer,
e com rigor da balança
não deixes crescer pança,
senão tu vais sofrer.
TRABALHO(s)
.
Fazermos o que tem
de ser feito e juntos,
não sós, e, sem os untos
do sofrer, oh meu bem.
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Não 'speres por ser rico
p'ra pagares comum
bem: nós podemos um
mealheiro ter, Tico.
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Não te metas em trabalhos
que são desnecessários;
foge dos ordinários,
do impuro, não d'alhos.
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Não deixes bom comer,
e com rigor da balança
não deixes crescer pança,
senão tu vais sofrer.
Wednesday, August 27, 2008
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TODOS(as)
.
Ao recordarmos pessoas/seres já mortos, estamos verificando que os espíritos não morrem de várias maneiras. Se os recordamos é porque estão vivos em nós. E, não me digam que os animais não têm espírito.
Claro que tivemos vida(s) passada(s) na pessoa dos antepassados. Mas, também devemos ter sido outras pessoas, outros seres de outras famílias. Mais uma razão para a união. O mesmo para o futuro.
Manifestamente, podemos convocar tanto espíritos de vivos como de mortos, e, a nossa relação com um ente querido não pode de modo algum terminar com a separação da morte, e, os mortos vêm até nós na pessoa de vivos.
Somos centelhas, espíritos em corpos que nascem, crescem e desaparecem, mas, como espíritos somos eternos: não nascemos, não crescemos, não desaparecemos. Não vês a eternidade em ti? Eu vejo, em mim e em ti.
Ao reecarnarmos, quem foi pai pode ser filho, quem só madou pode só ser mandado, quem foi animal pode ser humano e vicer versa... A fim de haver justiça e amor.
Como é bom agradecermos e retribuirmos o bem que nos fazem, pedirmos sinceramente perdão, perdoarmos (mesmo com os mortos que podem já ter reencarnado, pois, os espíritos não morrem), desejarmos e ajudarmos todos os seres a rerem felizes!...
O que é o espírito de um ser, de uma terra, de um país, de um universo? É o que mais o caracteriza, o que o define melhor, de bom e de mau, de belo e de feio!
Nada de melhor podemos fazer pelos nossos pais e demais entes queridos falecidos do que ajudar a criar condições para eles reencarnarem, se tiverem/quiserem reencarnar, mais felizes.
Ao convocarmos os espíritos, de vivos ou mortos, e, temos, nomeadamente, mais afinidades/empatias e conhecimento com uns do que com outros, eles vêm ter connosco só em espírito ou fisicamente também, para a entreajuda, sendo que também temos de nos ajudar a nós mesmos: p.e. (por exemplo), nunca devemos pensar que podemos resolver um problema criando outro - aí é melhor parar e pedir ajuda, nunca estragar.
Não sabemos que o caminho do amor, da paz, da amizade (com todos mesmo), do equilíbrio, da beleza, do todo, do não fazer sofrer, do prazer até? Então porque não o seguimos, com os vivos e com os mortos? E, quem seremos no futuro? Bom, seguramente que podemos ser toda(o) o que quisermos, desde que justos, bons, belos, fortes, sábios!...
TODOS(as)
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Ao recordarmos pessoas/seres já mortos, estamos verificando que os espíritos não morrem de várias maneiras. Se os recordamos é porque estão vivos em nós. E, não me digam que os animais não têm espírito.
Claro que tivemos vida(s) passada(s) na pessoa dos antepassados. Mas, também devemos ter sido outras pessoas, outros seres de outras famílias. Mais uma razão para a união. O mesmo para o futuro.
Manifestamente, podemos convocar tanto espíritos de vivos como de mortos, e, a nossa relação com um ente querido não pode de modo algum terminar com a separação da morte, e, os mortos vêm até nós na pessoa de vivos.
Somos centelhas, espíritos em corpos que nascem, crescem e desaparecem, mas, como espíritos somos eternos: não nascemos, não crescemos, não desaparecemos. Não vês a eternidade em ti? Eu vejo, em mim e em ti.
Ao reecarnarmos, quem foi pai pode ser filho, quem só madou pode só ser mandado, quem foi animal pode ser humano e vicer versa... A fim de haver justiça e amor.
Como é bom agradecermos e retribuirmos o bem que nos fazem, pedirmos sinceramente perdão, perdoarmos (mesmo com os mortos que podem já ter reencarnado, pois, os espíritos não morrem), desejarmos e ajudarmos todos os seres a rerem felizes!...
O que é o espírito de um ser, de uma terra, de um país, de um universo? É o que mais o caracteriza, o que o define melhor, de bom e de mau, de belo e de feio!
Nada de melhor podemos fazer pelos nossos pais e demais entes queridos falecidos do que ajudar a criar condições para eles reencarnarem, se tiverem/quiserem reencarnar, mais felizes.
Ao convocarmos os espíritos, de vivos ou mortos, e, temos, nomeadamente, mais afinidades/empatias e conhecimento com uns do que com outros, eles vêm ter connosco só em espírito ou fisicamente também, para a entreajuda, sendo que também temos de nos ajudar a nós mesmos: p.e. (por exemplo), nunca devemos pensar que podemos resolver um problema criando outro - aí é melhor parar e pedir ajuda, nunca estragar.
Não sabemos que o caminho do amor, da paz, da amizade (com todos mesmo), do equilíbrio, da beleza, do todo, do não fazer sofrer, do prazer até? Então porque não o seguimos, com os vivos e com os mortos? E, quem seremos no futuro? Bom, seguramente que podemos ser toda(o) o que quisermos, desde que justos, bons, belos, fortes, sábios!...
Tuesday, August 26, 2008
PALAVRAS
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Não me saem palavras
mas desenhos e riscos,
curvos e rectos: lavras
de arroz e bons petiscos.
.
Tão minúsculo ser
tem 'spírito por vivo
somente ser. E, ver
isto é apelativo.
.
Sem pressa, violência
é que é, e, sem sangue:
com muita paciência,
mesmo quando mangue!
.
Fomos, somos, seremos
um com mulher e filhos
e todos: desfrutemos!
Com e sem atilhos.
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Não me saem palavras
mas desenhos e riscos,
curvos e rectos: lavras
de arroz e bons petiscos.
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Tão minúsculo ser
tem 'spírito por vivo
somente ser. E, ver
isto é apelativo.
.
Sem pressa, violência
é que é, e, sem sangue:
com muita paciência,
mesmo quando mangue!
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Fomos, somos, seremos
um com mulher e filhos
e todos: desfrutemos!
Com e sem atilhos.
Monday, August 25, 2008
DIRECÇÕES
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Jardim dos espanhóis,
liberdade portuguesa,
fresca brisa com/sem anzóis,
vinda norueguesa.
.
De Montargil aTavira,
passando por Lisboa:
com água é gira
à sombra a flor boa.
.
Deixa todos mandarem,
e manda tu também;
e todos se amarem
deixa também, meu bem.
.
Vive com natureza,
comendo frutos, sim:
verás o que é beleza,
não comas fruta ruim.
.
Volta a andar a pé,
nada, não faças doer;
em todo o lugar sé
faz, deixa de moer.
.
Jardim dos espanhóis,
liberdade portuguesa,
fresca brisa com/sem anzóis,
vinda norueguesa.
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De Montargil aTavira,
passando por Lisboa:
com água é gira
à sombra a flor boa.
.
Deixa todos mandarem,
e manda tu também;
e todos se amarem
deixa também, meu bem.
.
Vive com natureza,
comendo frutos, sim:
verás o que é beleza,
não comas fruta ruim.
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Volta a andar a pé,
nada, não faças doer;
em todo o lugar sé
faz, deixa de moer.
Thursday, August 21, 2008
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PODER
.
Cada um de nós temos os nossos poderes, dentro da nossa esfera de acção, para resolvermos problemas, melhorarmos tudo, com justiça e bem estar. Além do mais, temos o poder de influenciar os demais poderes, nomeadamente pela persuasão e até sedução, no sentido de cooperarem connosco, para resolvermos mesmo todos os problemas, incluindo os que o não são!
PODER
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Cada um de nós temos os nossos poderes, dentro da nossa esfera de acção, para resolvermos problemas, melhorarmos tudo, com justiça e bem estar. Além do mais, temos o poder de influenciar os demais poderes, nomeadamente pela persuasão e até sedução, no sentido de cooperarem connosco, para resolvermos mesmo todos os problemas, incluindo os que o não são!
Tuesday, August 19, 2008
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GRANDE ALEGRAR
.
Quanto menos são
ego e eu, maior
a grande compaixão:
protecção é sénior.
.
Ter muito e não ter
nada, isto é: dar
tudo, pr'a mais obter:
tal faz grande alegrar.
.
Não há um presidente,
não há chefe, patrão
ou rainha: a gente
já não é um anão!
.
O que quer emergir
é o grande sagrado,
o puro, que dormir
pode com o amado,
.
sem nada esconder,
sem nada por fazer
de bom: vamos querer
ajudá-lo a ser?
GRANDE ALEGRAR
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Quanto menos são
ego e eu, maior
a grande compaixão:
protecção é sénior.
.
Ter muito e não ter
nada, isto é: dar
tudo, pr'a mais obter:
tal faz grande alegrar.
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Não há um presidente,
não há chefe, patrão
ou rainha: a gente
já não é um anão!
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O que quer emergir
é o grande sagrado,
o puro, que dormir
pode com o amado,
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sem nada esconder,
sem nada por fazer
de bom: vamos querer
ajudá-lo a ser?
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De Montargil a Alhos Vedros
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Acho que já dei os parabéns ao senhor Belmiro de Azevedo pelo Continente de Alhos Vedros, mas, volto a dá-los.
E, a modernidade - electrificação - finalmente está a chegar à linha de caminho de ferro Setúbal/Barreiro, parecendo que pelo menos uma estação velha- Lavradio - não é deitada a baixo! . Já a articulação Refer Câmara da Moita, pelo menos na passagem desnivelada entre o Lidl e o Continente (não deu para manter a rotunda anterior, que teve de ser desfeita!)
Também não me esqueço da ETAR Barreiro/Moita, em construção não sei onde.
Mas, aquelas lombas gigantes (a política do só à força é que vai!) de Alhos Vedros à Baixa da Banheira... Isto é, o triunfo dos peões e das oficinas, e, dos "mestres de obras feitas", como uma rampa, aliás, à entrada da antiga escola primária dos rapazes de Montargil.
A propósito de ETARs: a nova de Montargil parece ainda não estar a funcionar ( a última vez que ouvi falar sobre o assunto foi há mais de seis meses, ao eng. Lizardo, dizendo que havia um problema coms as Estradas de Portugal - até parece que não há governo da nação para resolver certos problemas...)... até parece que uma ETAR só serve para se ver! Como se o ambiente não tivesse de funcionar perfeitamente, com rins e tudo, como um corpo vivo que é!
Também não se percebe que quando se vai de carro de Alhos Vedros para o Continente se tenha de ir à B. da Banheira, que não haja um semáforo junto ao dito Continente que permita virar para lá!
Quanto aos estacionamentos no Ponto Fresco, em Montargil... Bom, já se começou a falar no assunto, e, vem aí o Centro Novo de Saúde!...
De Montargil a Alhos Vedros
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Acho que já dei os parabéns ao senhor Belmiro de Azevedo pelo Continente de Alhos Vedros, mas, volto a dá-los.
E, a modernidade - electrificação - finalmente está a chegar à linha de caminho de ferro Setúbal/Barreiro, parecendo que pelo menos uma estação velha- Lavradio - não é deitada a baixo! . Já a articulação Refer Câmara da Moita, pelo menos na passagem desnivelada entre o Lidl e o Continente (não deu para manter a rotunda anterior, que teve de ser desfeita!)
Também não me esqueço da ETAR Barreiro/Moita, em construção não sei onde.
Mas, aquelas lombas gigantes (a política do só à força é que vai!) de Alhos Vedros à Baixa da Banheira... Isto é, o triunfo dos peões e das oficinas, e, dos "mestres de obras feitas", como uma rampa, aliás, à entrada da antiga escola primária dos rapazes de Montargil.
A propósito de ETARs: a nova de Montargil parece ainda não estar a funcionar ( a última vez que ouvi falar sobre o assunto foi há mais de seis meses, ao eng. Lizardo, dizendo que havia um problema coms as Estradas de Portugal - até parece que não há governo da nação para resolver certos problemas...)... até parece que uma ETAR só serve para se ver! Como se o ambiente não tivesse de funcionar perfeitamente, com rins e tudo, como um corpo vivo que é!
Também não se percebe que quando se vai de carro de Alhos Vedros para o Continente se tenha de ir à B. da Banheira, que não haja um semáforo junto ao dito Continente que permita virar para lá!
Quanto aos estacionamentos no Ponto Fresco, em Montargil... Bom, já se começou a falar no assunto, e, vem aí o Centro Novo de Saúde!...
Monday, August 18, 2008
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RESPONSABILIDADE(s)
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Somos vários grupos, divisões, partidos, sectores, empresas, associações, clubes... Mas, trabalhamos todos para o mesmo objectivo: o bem estar individual, de grupos e geral. E, como está tudo intrincado, se um sofre, todos sofremos; se um se alegra, todos nos alegramos (já a Bíblia falava nisto, há 4. 000 e há 2. 000 anos).
É claro portanto que temos responsabilidades individuais e de grupo, desde grupos de dois até ao infinito.
Por outro lado, se somos egoístas, se achamos que temos mais direitos do que deveres, pode ser que enganemos uma ou até duas vezes, mas, logo seremos descobertos e se fará justiça.
Por outro lado ainda, por vezes parece que nem vemos que estamos a criar um problema, p.e., a degradar um pavimento ao mandar-lhe água todos os verões para cima, ou, ao fazer mal às coisas do vizinho ou ao vizinho, ou, às minhas próprias/a mim próprio, como por exemplo quando não compro e uso o último meio técnico - lavagem por esguicho - para resolver o problema do tártaro nos dentes...
Entretanto, aquele pavimento quando estiver todo esburacado não o estará só para os outros - nem mesmo nós quando estivermos fracos, doentes e mortos o estaremos só para nós!! -, mas também para quem o esburacou. Apesar do esburacador poder fugir e ir(mos) fazer/ser o mesmo para outro lado, claro. Só que depois vai\vamos sentir-nos mal, por ninguém ou poucos gostarem de nós, ou gostarem pouco quando gostam, sendo que o mal começa em não amarmos os demais tanto como a nós mesmos, em não nos amarmos sequer a nós mesmos! O mesmo para uma pequena ruptura num tubo de água, ao lado (falo do cruzamento da rua Encosta da Figueireda com a do Manuel Maria Barbosa do Bocage, em Montargil - temos de ir sempre ao todo e às partes!!!).
E, as responsabilidades, evidentemente que cada um e cada grupo tem as suas, e, também há sempre maneira de saber onde está a justiça (não nos iludamos: não há amizade nem amor sem justiça) e de se fazer justiça. E, se um(a)/uns(umas) pensam que têm mais poder do que outros também rapidamente se verificará não ser assim.
RESPONSABILIDADE(s)
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Somos vários grupos, divisões, partidos, sectores, empresas, associações, clubes... Mas, trabalhamos todos para o mesmo objectivo: o bem estar individual, de grupos e geral. E, como está tudo intrincado, se um sofre, todos sofremos; se um se alegra, todos nos alegramos (já a Bíblia falava nisto, há 4. 000 e há 2. 000 anos).
É claro portanto que temos responsabilidades individuais e de grupo, desde grupos de dois até ao infinito.
Por outro lado, se somos egoístas, se achamos que temos mais direitos do que deveres, pode ser que enganemos uma ou até duas vezes, mas, logo seremos descobertos e se fará justiça.
Por outro lado ainda, por vezes parece que nem vemos que estamos a criar um problema, p.e., a degradar um pavimento ao mandar-lhe água todos os verões para cima, ou, ao fazer mal às coisas do vizinho ou ao vizinho, ou, às minhas próprias/a mim próprio, como por exemplo quando não compro e uso o último meio técnico - lavagem por esguicho - para resolver o problema do tártaro nos dentes...
Entretanto, aquele pavimento quando estiver todo esburacado não o estará só para os outros - nem mesmo nós quando estivermos fracos, doentes e mortos o estaremos só para nós!! -, mas também para quem o esburacou. Apesar do esburacador poder fugir e ir(mos) fazer/ser o mesmo para outro lado, claro. Só que depois vai\vamos sentir-nos mal, por ninguém ou poucos gostarem de nós, ou gostarem pouco quando gostam, sendo que o mal começa em não amarmos os demais tanto como a nós mesmos, em não nos amarmos sequer a nós mesmos! O mesmo para uma pequena ruptura num tubo de água, ao lado (falo do cruzamento da rua Encosta da Figueireda com a do Manuel Maria Barbosa do Bocage, em Montargil - temos de ir sempre ao todo e às partes!!!).
E, as responsabilidades, evidentemente que cada um e cada grupo tem as suas, e, também há sempre maneira de saber onde está a justiça (não nos iludamos: não há amizade nem amor sem justiça) e de se fazer justiça. E, se um(a)/uns(umas) pensam que têm mais poder do que outros também rapidamente se verificará não ser assim.
Fay: Mais de mil portugueses de férias em Cuba
18 de Agosto de 2008, 14:10
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Lisboa, 18 Ago (Lusa) - A tempestade tropical Fay, que este fim-de-semana matou 57 pessoas em vários países das Caraíbas, chegou hoje à costa sudoeste de Cuba, onde cerca de mil portugueses estão de férias, segundo as contas das agências de viagens nacionais.
"Estão em Cuba pouco mais de mil portugueses, mas não há registo de qualquer problema neste momento por causa da tempestade, até porque nesta altura do ano estes fenómenos são esperados", contou à agência Lusa Paulo Brehm, da Associação Portuguesa das Agências de Viagens (APAV).
A "única" consequência da tempestade "até ao momento", adiantou, foi o cancelamento de algumas actividades que tinham sido programadas pelos operadores.
Fonte do gabinete da secretaria de Estados das Comunidades disse à Lusa que o governo português accionou a embaixada portuguesa em Cuba, "para que ficasse atenta a qualquer situação e pudesse apoiar os portugueses em caso de necessidade".
"Os familiares de portugueses que estejam de férias em Cuba e tenham perdido o contacto com esses familiares ou estejam preocupados podem ligar para o gabinete de emergência consular ( 707202000 ) e os portugueses que estão em Cuba e que precisem de ajuda podem também contactar a embaixada [ 005372040149 ]", adiantou aquela fonte.
A tempestade tropical Fay chegou esta manhã à costa Sul de Cuba, com ventos a atingir os 80 quilómetros por hora e chuvas fortes, mas poupou Havana ao dirigir-se para a Baía dos Porcos em Cuba. Segue agora na direcção da Florida, nos Estados Unidos, onde se prevê que chegue ainda hoje.
Em oito das 15 províncias cubanas foi decretado o estado de alerta para furacões, segundo o serviço de protecção civil cubano.
Em Cuba os ventos devem atingir entre 70 e 100 quilómetros por hora e, por precaução, mais de 15 mil habitantes das províncias orientais e centrais estão a ser transferidos para outros locais desde sábado.
Em Varadero, principal zona balnear de Cuba, que fica a 140 quilómetros de Havana, cerca de 18 mil pessoas foram aconselhadas a ficar dentro de casa.
A tempestade Fay já causou a morte de 50 pessoas no Haiti.
O grupo petrolífero anglo-holandês Shell evacuou, por precaução, centenas de funcionários que trabalham no Golfo do México.
VP.
Lusa/fim
Sunday, August 17, 2008
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O OUTRO(a)
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Entretanto, a outra(o), que também somos nós, quando, "tapadinho", se sente menos feliz ou infeliz, olha\pensa para o lado, e, não vendo mais ninguém, conclui que só podemos ser nós a causa do seu problema(s).
Claro que isto é um erro, pois, todos queremos ser tanto um como dois, tanto estar sós como acompanhados, logo, o(a) outro(a) nunca pode ser totalmente culpado. Quanto muito é 50%. Também podemos, claro, erradamente concluir que a(o) outra(o) é a causa de não ganharmos, de não melhorarmos a nossa situação. Este é o caminho da guerra, directa ou indirecta, de perto ou à distância, criador e acumulador de energia estúpida que destrói e faz dor. Por detrás desta atitude está a cegueira (tapadinha) que não vê mais nada nem ninguém, muitas vezes melhor e superior, do que a pessoa, ser objecto dea disputa.
Não me parece que sejam as melhores políticas, a do tudo ceder e a do nada cerder ao outro(a). A política do compromisso é normalmente a melhor, apesar de eventualemte termos de nada ou tudo ceder.
É que, o outro, a outra por vezes parecem não ter mesmo nada a ver connosco!
O OUTRO(a)
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Entretanto, a outra(o), que também somos nós, quando, "tapadinho", se sente menos feliz ou infeliz, olha\pensa para o lado, e, não vendo mais ninguém, conclui que só podemos ser nós a causa do seu problema(s).
Claro que isto é um erro, pois, todos queremos ser tanto um como dois, tanto estar sós como acompanhados, logo, o(a) outro(a) nunca pode ser totalmente culpado. Quanto muito é 50%. Também podemos, claro, erradamente concluir que a(o) outra(o) é a causa de não ganharmos, de não melhorarmos a nossa situação. Este é o caminho da guerra, directa ou indirecta, de perto ou à distância, criador e acumulador de energia estúpida que destrói e faz dor. Por detrás desta atitude está a cegueira (tapadinha) que não vê mais nada nem ninguém, muitas vezes melhor e superior, do que a pessoa, ser objecto dea disputa.
Não me parece que sejam as melhores políticas, a do tudo ceder e a do nada cerder ao outro(a). A política do compromisso é normalmente a melhor, apesar de eventualemte termos de nada ou tudo ceder.
É que, o outro, a outra por vezes parecem não ter mesmo nada a ver connosco!
Saturday, August 16, 2008
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INGENUIDADE
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Não devemos ter medo de ser inocentes ou ingénuos quanto baste. É que, inocentes também significa não culpados: não culpados de hipocrisia, de egoísmo, de roubo, de maldade. Porque nasce tão bela uma criança? E porque pode ser tão encantadora? Não é pela sua inocência?
Também não faz sentido batermos no ceguinho, matarmos a que já está morta, enterrarmos o que já está enterrado. Temos de perdoar e reiniciar continuamente com tudo e com todos. Não podemos tornar-nos cínicos e deixarmos de acreditar na vitória da justiça, do bem estar, da felicidade, do prazer, da beleza e do melhor de nós próprios.
Perdoando e reiniciando continuadamente é a única maneira de acabar com o mal, e, se houver algum mal que nem assim se torne em bem!...
Ser assim, actuar assim, pode muitas vezes levar-nos à ilusão da solidão; mas, também disto não há que ter medo: sentiremos então ainda muito mais a presença do(a) verdadeiro(a) Amigo(a) !que, afinal, nunca nos deixou!!
INGENUIDADE
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Não devemos ter medo de ser inocentes ou ingénuos quanto baste. É que, inocentes também significa não culpados: não culpados de hipocrisia, de egoísmo, de roubo, de maldade. Porque nasce tão bela uma criança? E porque pode ser tão encantadora? Não é pela sua inocência?
Também não faz sentido batermos no ceguinho, matarmos a que já está morta, enterrarmos o que já está enterrado. Temos de perdoar e reiniciar continuamente com tudo e com todos. Não podemos tornar-nos cínicos e deixarmos de acreditar na vitória da justiça, do bem estar, da felicidade, do prazer, da beleza e do melhor de nós próprios.
Perdoando e reiniciando continuadamente é a única maneira de acabar com o mal, e, se houver algum mal que nem assim se torne em bem!...
Ser assim, actuar assim, pode muitas vezes levar-nos à ilusão da solidão; mas, também disto não há que ter medo: sentiremos então ainda muito mais a presença do(a) verdadeiro(a) Amigo(a) !que, afinal, nunca nos deixou!!
Friday, August 15, 2008
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SAGRADO
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Se me ponho a dizer que só o que nasceu e subsistiu sem a intervenção humana é que é natural e é que está em conexão com o Ser, estou a excluir-me do melhor, a separar-me do Ser e do natural, pois, é sempre um erro separar o que deve estar unido! E, o homem, Deus e a natureza estão unidos, cooperam e são impossíveis uns sem os(as) outros(as).
--
A vida, a exterior e a interior, é que é o sagrado. Não nos criamos a nós mesmos nem dominamos as funções corporais e até mentais, mas temos uma responsabilidade: a de respeitar a vida: todos os seres vivos e mortos, pois, não haverá morto que não renasça! Esta é a sacralidade da vida. E, a vida realiza-se no bem estar, no prazer, na felicidade. Cada ser dá, tem de dar o seu contributo para o bem estar seu e geral.
--
O que ocorre quando paramos de pensar? Ouvimos, escutamos, vemos que há uma inteligência – a do Ser, muito superior à nossa, que inclui tudo e todos os seres, nós também, claro, que controla tudo. Como é ridículo ver pessoas a tentar manipular e influenciar as coisas. Nós não influenciamos nem somos capazes de influenciar nada de importante. E, se influenciamos é quando estamos em consonância com a vontade universal da justiça e do bem estar geral! Como é bom desejarmos o bem estar, a felicidade de todos os seres, fazermos os possíveis para todos serem felizes!
Oh, que paz!
Oh, que tranquilidade!
Oh, que entrega à vida!
Não é o que faz
O Ser? Para quê a mortandade?
Pensas que a matar terás vida comprida?
Entrega-te à presença,
Entrega-te à vida,
Rende-te à pertença!
--
Oh, que harmonia!
Oh, que inocência!
Oh, que dignidade!
Oh, que santidade!
São eles próprios, nada de mania
De superioridade ou de inferioridade!
Nada de vã violência!
Não mandamos no respirar,
Não mandamos na vida…
Como ousa então vida tirar
A outro ser, vida falida?
Vamos lá mas é a viver, querida!
---
Ao estimarmos e considerarmos cada ser, cada forma de vida na sua beleza, serenidade e santidade estamos a ajudá-la a conhecer-se melhor, a realizar-se melhor, o que aliás ela faz connosco também.
SAGRADO
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Se me ponho a dizer que só o que nasceu e subsistiu sem a intervenção humana é que é natural e é que está em conexão com o Ser, estou a excluir-me do melhor, a separar-me do Ser e do natural, pois, é sempre um erro separar o que deve estar unido! E, o homem, Deus e a natureza estão unidos, cooperam e são impossíveis uns sem os(as) outros(as).
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A vida, a exterior e a interior, é que é o sagrado. Não nos criamos a nós mesmos nem dominamos as funções corporais e até mentais, mas temos uma responsabilidade: a de respeitar a vida: todos os seres vivos e mortos, pois, não haverá morto que não renasça! Esta é a sacralidade da vida. E, a vida realiza-se no bem estar, no prazer, na felicidade. Cada ser dá, tem de dar o seu contributo para o bem estar seu e geral.
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O que ocorre quando paramos de pensar? Ouvimos, escutamos, vemos que há uma inteligência – a do Ser, muito superior à nossa, que inclui tudo e todos os seres, nós também, claro, que controla tudo. Como é ridículo ver pessoas a tentar manipular e influenciar as coisas. Nós não influenciamos nem somos capazes de influenciar nada de importante. E, se influenciamos é quando estamos em consonância com a vontade universal da justiça e do bem estar geral! Como é bom desejarmos o bem estar, a felicidade de todos os seres, fazermos os possíveis para todos serem felizes!
Oh, que paz!
Oh, que tranquilidade!
Oh, que entrega à vida!
Não é o que faz
O Ser? Para quê a mortandade?
Pensas que a matar terás vida comprida?
Entrega-te à presença,
Entrega-te à vida,
Rende-te à pertença!
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Oh, que harmonia!
Oh, que inocência!
Oh, que dignidade!
Oh, que santidade!
São eles próprios, nada de mania
De superioridade ou de inferioridade!
Nada de vã violência!
Não mandamos no respirar,
Não mandamos na vida…
Como ousa então vida tirar
A outro ser, vida falida?
Vamos lá mas é a viver, querida!
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Ao estimarmos e considerarmos cada ser, cada forma de vida na sua beleza, serenidade e santidade estamos a ajudá-la a conhecer-se melhor, a realizar-se melhor, o que aliás ela faz connosco também.
Sunday, August 10, 2008
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SEM MEDO
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Não devemos procurar a felicidade numa situação, pessoa, ser, lugar, tempo ou acontecimento que nos satisfaça ou faça felizes, pois, tudo passa, tudo muda, num sentido tudo/todos, a começar por nós, somos imperfeitos.
Mas, podemos e devemos procurar sempre a felicidade, a alegria, o bem estar, que estão sempre na aceitação do momento, da coisa tal como ela é, no fazer o que tem de ser feito, como o "ganha-pão", p.e., no estar\fazer por inteiro, totalmente concentrados, no fazer uma coisa de cada vez, sem imposições nem esforços fanáticos, sem medos do ego, sem medos de perdermos ou nos perdermos! Só o inútil do ego tem medo de perder e de se perder!
SEM MEDO
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Não devemos procurar a felicidade numa situação, pessoa, ser, lugar, tempo ou acontecimento que nos satisfaça ou faça felizes, pois, tudo passa, tudo muda, num sentido tudo/todos, a começar por nós, somos imperfeitos.
Mas, podemos e devemos procurar sempre a felicidade, a alegria, o bem estar, que estão sempre na aceitação do momento, da coisa tal como ela é, no fazer o que tem de ser feito, como o "ganha-pão", p.e., no estar\fazer por inteiro, totalmente concentrados, no fazer uma coisa de cada vez, sem imposições nem esforços fanáticos, sem medos do ego, sem medos de perdermos ou nos perdermos! Só o inútil do ego tem medo de perder e de se perder!
Saturday, August 09, 2008
SER FELIZ
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Dez entre dez pessoas aspiram ser felizes, mas nem sempre sabem o que é ser feliz...e você , sabe o que a felicidade é ? Todas as formas de ser feliz A felicidade tem muitas faces e há vários níveis de contentamento que podemos cultivar, segundo a milenar filosofia hindu. É possível reconhecer e acessar este tesouro interior, que garante um estado de bem-aventurança duradouro e menos dependente de variações de humor, emoção e fatos externos. Difícil dizer o que é, mas, quando surge, ninguém tem dúvida. Afinal, se há uma unanimidade no mundo, é a de que todas as pessoas querem ser felizes. Do simples prazer proporcionado por um abraço amigo à alegria de contemplar a grandiosidade do céu azul, o que denominamos felicidade é um estado feito de emoções e sensações diferentes.Mestres no assunto, budistas, hinduístas e escolas filosóficas, como a milenar ioga, estudaram e classificaram diversos níveis de felicidade. Para ter uma idéia, em sânscrito, antigo idioma hindu, existem pelo menos 30 palavras para descrevê-los. Entre elas, existe uma para identificar o prazer transitório (sukha), outra que indica o contentamento (santosha), uma para a felicidade espiritual (mudita) e uma quarta, que expressa a felicidade suprema (ananda).Essas filosofias orientais ensinam que, embora o mundo exterior nos dê prazer e alegria, é possível acessar níveis mais profundos e duradouros de felicidade. A principal receita para isso é depender cada vez menos de pessoas e circunstâncias. “Quando baseamos nossa felicidade apenas no que está fora, ela rapidamente pode se tornar infelicidade. É o que acontece quando as expectativas num relacionamento amoroso são frustradas”, exemplifica César Deveza, professor de ioga de pós-graduação das Faculdades Metropolitanas Unidas, de São Paulo.De dentro para foraPreconizando a rota oposta, os mestres do Oriente afirmam que o caminho para ser feliz está dentro de cada um de nós e nada tem a ver com os fatos bons ou maus da vida. “Ser feliz é nossa verdadeira essência. Precisamos lembrar disso mil vezes ao dia. Assim como escavamos a terra para encontrar água, podemos desbastar as camadas de nosso ser até acessarmos esse tesouro a nossa espera”, revela o monge indiano Sunirmalananda, da Ordem Ramakrishna da Índia, que atualmente está em São Paulo.Fazer ioga, meditação, manter uma prática espiritual e adotar certas mudanças de hábito e pontos de vista são algumas das técnicas que os especialistas recomendam para quem deseja trilhar esse caminho (veja quadro nas próximas páginas). Outro fator importante é compreender as diferenças entre os tipos de felicidade. Sukha, santosha, mudita e ananda, explicados a seguir, formam uma espécie de roteiro e mostram que, com treino e disposição, é possível acessar nosso tesouro interior e manter constante um estado de contentamento que depende exclusivamente de nós.Em busca do essencialSegundo a filosofia hindu, qualquer pessoa pode viver momentos cada vez mais profundos e duradouros de felicidade. O mestre Sunirmalananda descreve alguns passos importantes nesse caminho.• Lembre-se de que dentro de você existe um manancial inesgotável de felicidade. Você é a própria essência da plenitude.• A felicidade está presente aqui e agora. Procure lembrar-se disso várias vezes ao dia para renovar esse sentimento.• Aceite tudo o que a vida coloca em seu caminho. Isso traz a paz instantânea, que é o início do contentamento.• Não alimente centenas de desejos. Eles nos fazem andar em círculos sem chegar a lugar algum e nos deixam insatisfeitos.• Não se culpe por seus erros. Por acaso uma bailarina fica se lamentando porque caiu dez vezes enquanto praticava? Ela continua dançando até ser bem-sucedida. Cair mil vezes e levantar faz parte da vida.• Quando a mente está mais serena, você se torna senhor de seu mundo e deixa de ficar a reboque das emoções. Aquiete-se com métodos como meditação, ioga e exercícios de respiração.• Pratique a ação consciente. Preste atenção no que você faz e como faz. Monitore seus pensamentos e sentimentos, especialmente quando causam sofrimento e dor. Tente entender os mecanismos que os geram. Crie o hábito de perceber a ventura que existe em tudo.• Dê alegria aos outros. Essa é também uma forma de atraí-la.• Desenvolva uma prática espiritual, ore. Isso traz paz. Felizes à indianaSaiba como os hindus classificam os tipos de felicidade e inspire-se!Sukha. Sukha, o prazer transitório• Su: significa bom, excelente, certo, virtuoso, belo, fácil.• Kha: é espaço, paraíso, cavidade, vazio.Sukha descreve a felicidade rotineira, que alcançamos com experiências e sensações que nos dão o contentamento imediato, como ler um livro ou ir ao cinema. É a felicidade que cessa assim que o estímulo desaparece e é a que experimentamos com maior freqüência no dia-a-dia. Sukha expressa também a alegria proporcionada por um meio ambiente favorável e elementos e pessoas que identificamos como nosso porto seguro, nossa zona de conforto. “A alegria de estar rodeado por amigos ou pela família é uma forma de sukha. Voltar para o país depois de passar anos no exterior também”, exemplifica César Deveza, professor de ioga das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo. • Santosha. Santosha : o ContentamentoSaò: o que reúne, o que integra.• Toáa: satisfação, contentamento, prazer, alegria.Santosha descreve a capacidade de manter o contentamento e a satisfação diante de qualquer situação, positiva ou negativa. É um estado que aquieta a mente e a agitação interior. “Esse tipo de felicidade decorre da compreensão de que as situações, fáceis ou difíceis, trazem alguma experiência para a alma e, portanto, devem ser aceitas e assimiladas”, diz Deveza. Aceitar o que somos e o que temos faz parte da natureza desse tipo de contentamento. Santosha ajuda a sair do padrão mental de se comparar aos outros, considerado pelo budismo e hinduísmo como uma das causas de infelicidade e insatisfação. Mudita Mudita, a felicidade espiritual• Mud: exultar, deleitar, sentir prazer.Mudita é um estado de felicidade mais profundo que os anteriores. “A alegria que sentimos sem motivo aparente é uma das expressões de mudita. Essa felicidade vem do fundo da alma, transborda e dá a capacidade de enxergar beleza em todas as coisas, mesmo nas que aparentemente consideramos feias”, explica o swami Sunirmalananda, monge da Ordem Ramakrishna.Mudita está ligada a pequenos momentos transcendentais, como a alegria que se expande subitamente de nosso coração e pode mudar de um minuto para outro nosso dia. Esse tipo de felicidade suscita ainda sentimentos nobres, como gratidão e plenitude. Os hindus afirmam que esse estado de felicidade pode ser cultivado e grande parte das práticas espirituais tem justamente essa finalidade. Algumas formas devocionais de ioga, como a bhakti-ioga, se dedicam a desenvolver a mudita como um exercício espiritual. Ananda. Ananda, a felicidade suprema• Ä: em direção a, algo que permanece.• Nand: regozijar, deleitar, estar satisfeito.É o nível mais profundo de felicidade, o estado de felicidade absoluta. É quando você encarna a felicidade. Um exemplo claro do que é o ananda é o próprio dalai-lama. Segundo o vedanta, uma das filosofias do hinduísmo, ananda é a meta que deve ser alcançada por todos os seres. Esse estado de felicidade incondicional é a própria essência da felicidade, a que não depende de nada externo para existir. É a felicidade plena, imutável e eterna, o êxtase, a felicidade pela felicidade. “Essa é a felicidade que todos buscam, consciente ou inconscientemente. É a felicidade dos que atingiram a iluminação, mas, com meditação e ioga, pode ser alcançada por todas as pessoas”, garante o mestre Sunirmalananda.Nos Vedas, os textos sagrados do hinduísmo, a ananda é descrita como nossa verdadeira natureza, o eu mais profundo – ou divino, como algumas filosofias e religiões a designam. Essa essência que nos pertence ficou escondida, mas pode ser recuperada com determinação e práticas adequadas, como ioga e meditação.Texto: Fanny ZygbandIlustração: Carlo GiovanFonte : Revista Bons Fluidos 2005 ,Ed Abril Fonte:http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/yoga/yoga004.html
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Dez entre dez pessoas aspiram ser felizes, mas nem sempre sabem o que é ser feliz...e você , sabe o que a felicidade é ? Todas as formas de ser feliz A felicidade tem muitas faces e há vários níveis de contentamento que podemos cultivar, segundo a milenar filosofia hindu. É possível reconhecer e acessar este tesouro interior, que garante um estado de bem-aventurança duradouro e menos dependente de variações de humor, emoção e fatos externos. Difícil dizer o que é, mas, quando surge, ninguém tem dúvida. Afinal, se há uma unanimidade no mundo, é a de que todas as pessoas querem ser felizes. Do simples prazer proporcionado por um abraço amigo à alegria de contemplar a grandiosidade do céu azul, o que denominamos felicidade é um estado feito de emoções e sensações diferentes.Mestres no assunto, budistas, hinduístas e escolas filosóficas, como a milenar ioga, estudaram e classificaram diversos níveis de felicidade. Para ter uma idéia, em sânscrito, antigo idioma hindu, existem pelo menos 30 palavras para descrevê-los. Entre elas, existe uma para identificar o prazer transitório (sukha), outra que indica o contentamento (santosha), uma para a felicidade espiritual (mudita) e uma quarta, que expressa a felicidade suprema (ananda).Essas filosofias orientais ensinam que, embora o mundo exterior nos dê prazer e alegria, é possível acessar níveis mais profundos e duradouros de felicidade. A principal receita para isso é depender cada vez menos de pessoas e circunstâncias. “Quando baseamos nossa felicidade apenas no que está fora, ela rapidamente pode se tornar infelicidade. É o que acontece quando as expectativas num relacionamento amoroso são frustradas”, exemplifica César Deveza, professor de ioga de pós-graduação das Faculdades Metropolitanas Unidas, de São Paulo.De dentro para foraPreconizando a rota oposta, os mestres do Oriente afirmam que o caminho para ser feliz está dentro de cada um de nós e nada tem a ver com os fatos bons ou maus da vida. “Ser feliz é nossa verdadeira essência. Precisamos lembrar disso mil vezes ao dia. Assim como escavamos a terra para encontrar água, podemos desbastar as camadas de nosso ser até acessarmos esse tesouro a nossa espera”, revela o monge indiano Sunirmalananda, da Ordem Ramakrishna da Índia, que atualmente está em São Paulo.Fazer ioga, meditação, manter uma prática espiritual e adotar certas mudanças de hábito e pontos de vista são algumas das técnicas que os especialistas recomendam para quem deseja trilhar esse caminho (veja quadro nas próximas páginas). Outro fator importante é compreender as diferenças entre os tipos de felicidade. Sukha, santosha, mudita e ananda, explicados a seguir, formam uma espécie de roteiro e mostram que, com treino e disposição, é possível acessar nosso tesouro interior e manter constante um estado de contentamento que depende exclusivamente de nós.Em busca do essencialSegundo a filosofia hindu, qualquer pessoa pode viver momentos cada vez mais profundos e duradouros de felicidade. O mestre Sunirmalananda descreve alguns passos importantes nesse caminho.• Lembre-se de que dentro de você existe um manancial inesgotável de felicidade. Você é a própria essência da plenitude.• A felicidade está presente aqui e agora. Procure lembrar-se disso várias vezes ao dia para renovar esse sentimento.• Aceite tudo o que a vida coloca em seu caminho. Isso traz a paz instantânea, que é o início do contentamento.• Não alimente centenas de desejos. Eles nos fazem andar em círculos sem chegar a lugar algum e nos deixam insatisfeitos.• Não se culpe por seus erros. Por acaso uma bailarina fica se lamentando porque caiu dez vezes enquanto praticava? Ela continua dançando até ser bem-sucedida. Cair mil vezes e levantar faz parte da vida.• Quando a mente está mais serena, você se torna senhor de seu mundo e deixa de ficar a reboque das emoções. Aquiete-se com métodos como meditação, ioga e exercícios de respiração.• Pratique a ação consciente. Preste atenção no que você faz e como faz. Monitore seus pensamentos e sentimentos, especialmente quando causam sofrimento e dor. Tente entender os mecanismos que os geram. Crie o hábito de perceber a ventura que existe em tudo.• Dê alegria aos outros. Essa é também uma forma de atraí-la.• Desenvolva uma prática espiritual, ore. Isso traz paz. Felizes à indianaSaiba como os hindus classificam os tipos de felicidade e inspire-se!Sukha. Sukha, o prazer transitório• Su: significa bom, excelente, certo, virtuoso, belo, fácil.• Kha: é espaço, paraíso, cavidade, vazio.Sukha descreve a felicidade rotineira, que alcançamos com experiências e sensações que nos dão o contentamento imediato, como ler um livro ou ir ao cinema. É a felicidade que cessa assim que o estímulo desaparece e é a que experimentamos com maior freqüência no dia-a-dia. Sukha expressa também a alegria proporcionada por um meio ambiente favorável e elementos e pessoas que identificamos como nosso porto seguro, nossa zona de conforto. “A alegria de estar rodeado por amigos ou pela família é uma forma de sukha. Voltar para o país depois de passar anos no exterior também”, exemplifica César Deveza, professor de ioga das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo. • Santosha. Santosha : o ContentamentoSaò: o que reúne, o que integra.• Toáa: satisfação, contentamento, prazer, alegria.Santosha descreve a capacidade de manter o contentamento e a satisfação diante de qualquer situação, positiva ou negativa. É um estado que aquieta a mente e a agitação interior. “Esse tipo de felicidade decorre da compreensão de que as situações, fáceis ou difíceis, trazem alguma experiência para a alma e, portanto, devem ser aceitas e assimiladas”, diz Deveza. Aceitar o que somos e o que temos faz parte da natureza desse tipo de contentamento. Santosha ajuda a sair do padrão mental de se comparar aos outros, considerado pelo budismo e hinduísmo como uma das causas de infelicidade e insatisfação. Mudita Mudita, a felicidade espiritual• Mud: exultar, deleitar, sentir prazer.Mudita é um estado de felicidade mais profundo que os anteriores. “A alegria que sentimos sem motivo aparente é uma das expressões de mudita. Essa felicidade vem do fundo da alma, transborda e dá a capacidade de enxergar beleza em todas as coisas, mesmo nas que aparentemente consideramos feias”, explica o swami Sunirmalananda, monge da Ordem Ramakrishna.Mudita está ligada a pequenos momentos transcendentais, como a alegria que se expande subitamente de nosso coração e pode mudar de um minuto para outro nosso dia. Esse tipo de felicidade suscita ainda sentimentos nobres, como gratidão e plenitude. Os hindus afirmam que esse estado de felicidade pode ser cultivado e grande parte das práticas espirituais tem justamente essa finalidade. Algumas formas devocionais de ioga, como a bhakti-ioga, se dedicam a desenvolver a mudita como um exercício espiritual. Ananda. Ananda, a felicidade suprema• Ä: em direção a, algo que permanece.• Nand: regozijar, deleitar, estar satisfeito.É o nível mais profundo de felicidade, o estado de felicidade absoluta. É quando você encarna a felicidade. Um exemplo claro do que é o ananda é o próprio dalai-lama. Segundo o vedanta, uma das filosofias do hinduísmo, ananda é a meta que deve ser alcançada por todos os seres. Esse estado de felicidade incondicional é a própria essência da felicidade, a que não depende de nada externo para existir. É a felicidade plena, imutável e eterna, o êxtase, a felicidade pela felicidade. “Essa é a felicidade que todos buscam, consciente ou inconscientemente. É a felicidade dos que atingiram a iluminação, mas, com meditação e ioga, pode ser alcançada por todas as pessoas”, garante o mestre Sunirmalananda.Nos Vedas, os textos sagrados do hinduísmo, a ananda é descrita como nossa verdadeira natureza, o eu mais profundo – ou divino, como algumas filosofias e religiões a designam. Essa essência que nos pertence ficou escondida, mas pode ser recuperada com determinação e práticas adequadas, como ioga e meditação.Texto: Fanny ZygbandIlustração: Carlo GiovanFonte : Revista Bons Fluidos 2005 ,Ed Abril Fonte:http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/yoga/yoga004.html
FALARES de MONTARGIL e ARREDORES
A
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"À coca" = à espreita
"À bispola" = à coca
"Abóbora bacoreira" = variedade de abóbora especialmente dada aos porcos, mas também usada no cozido de grãos: abóbora, grãos e carne de porco
“Ainda bem não” = subitamente
"Alambanzar-se" = exceder-se,
"Abêspera" = vespa
"Abespreiro" = ninho das vespas
"Acabrunhado" = triste
"Acaçapado" = agachado e escondido
"Acarretar" = transportar
"Açucre" = açúcar
“Achincalhar” = enxovalhar
"Afrontado" = enjoado; ansioso; impaciente
"Agachar-se" = fazer as necessidades; abaixar-se
"Aguamento" = doença que por vezes dá nas bestas quando passam por um lugar onde habitualmente lhes é dada uma pequena ração de incentivo e ocasionalmente não é dada. Também se diz que as crianças podem "aguar" se ficarem com o sentido nalguma comida apetitosa ou nalguma guloseima que alguém possa estar a comer diante delas e não oferecer
"Alcatruzes" = vasos da nora, para tirar água dos poços
"Alpragatas" = sapatilhas; alpercatas
"Alumiar" = iluminar
“Almêcere” = líquido que sobrava da feitura do queijo e se comia com sopas de pão
"A meitade" = a metade
"Amouchar-se" = Curvar-se baixando a cabeça
“Apanhar uma lebre” = dar um trambolhão
“Apanhar uma raposa” = ficar mal num exame
“Aperreado” = preso, apertado
"Apor-se" = tomar a iniciativa; dispor-se a
"Aprisco" = lugar onde dormem as ovelhas; redil
"Argolada" = gafe; engano; deslize
“Arr burro!” = anda burro!
"Arrancada" = tirada humorística espontânea; gargalhada estrondosa; grande quantidade de trabalho desenvolvido de uma só vez
"Arranques" = impulsos antes de vomitar, ataques de ansiedade
“Arrear o calhau” = defecar
"Arrebanhar" = apanhar, varrendo com a mão; apanhar com avidez
"Arrecuas" (ir ou andar às) = fazer marcha atrás (com um veículo); andar de costas
"Arreganhado" = a rir
“Arregoado” = fruto, figo, p.e., com a pele fendida
"Arreliado" = zangado; preocupado
"Arriar ou arrear" = bater; espancar
"Arriba" = acima; de pé; upa
"Arrimar" = encostar; arrumar
"Arrochada" = pancada
"Arremedar" = imitar
"Arvela ou cabeça de arvela" = cabeça no ar; pessoa distraída
"Arremedeio" = poupança; ajuda monetária; pequeno arranjo ou reparação; jeito
"Arrombo" = gasto exagerado de uma coisa; arrancada
“Arrotes chocos” = arrotos com mau sabor
"À soalheira" = a apanhar sol
"Assanhado" = zangado; enraivecido
"Assento" = banco; terreno para construir uma casa
"Atabafado" = com falta de ar"Atão" = então
“Atabua” = planta de rios e ribeiros usada, por exemplo, para forrar mouchos e cadeiras
"Atarantado" = atrapalhado; assustado; com medo
"Atazanado" = desajeitado; enrascado; com pouca habilidade
B
“Babujado” = com saliva
“Bacorada” = asneira
“Bácoro” = porco novo
“Badalhocas” = mal arranjado, suja
“Bages” = vagens
“Balança romana” = balança com gancho, haste grande e “quilão”, utilizada para pesar os porcos nas matanças
“Balda” = indisciplina
“Balho” = baile
“Balofo” = mole, amorfo
“Baraço” = cordel
“Baranda” = varanda
“Barbeiro” = muito frio
“Barrageiro” = pessoa de fora que veio trabalhar na Barragem, por cá tendo ficado
“Barrasco” = porco de cobrição, varrasco
“Barranco” = arriba ou encosta de difícil acesso
“Barranhão”= grande alguidar de barro em que era servida a refeição e de onde toda a gente comia
“Barraqueiro” = bobo
“Barrela” = Castigo infligido a um rapaz, por um grupo de outros rapazes, que consistia em imobiliza-lo, desapertar-lhe a braguilha, e encher-lhe as calças com terra, folhado, pasto ou outro lixo
“Barreira” = declive de uma estrada ou caminho
“Barroca(o) = vala funda escavada por enxurradas
“Barranceira” = ribanceira.
“Bate-cu” (de) = queda desamparada, batendo com o cu no chão
“Bater a orelha” = o que os porcos dos rodeios efectivamente faziam quando gostavam muito da comida, por ser boa
“Basto” = muito junto
“Bedelho” = garoto; pessoa acriançada ou imatura
"Bela de morrer" = muito bela mesmo!
“Bem bonda” = já não bastava…
“Bença” = bênção
“Benzedor” = curandeiro
“Bésperas” = véspera
“Bexigas” = Varicela
“Bicho(a) = modo de chamamento dos gatos
“Bichos-carpinteiros” (ter) = ser irrequieta(o)
“Bifar” = roubar
“Biqueiro” = esquisito com a comida; pontapé com bico da bota; biqueirada
“Bocho(a)” = modo de chamamento dos cães
“Bodega” = coisa reles, sem préstimo
“Boêr “ = beber“Bofes” = pulmões
“Bojarda” = pedrada; asneirada
“Bolachada” = bofetada
“Boleta” = bolota
“Bonda” (bem) = basta, chega
“Borna” = morna
“Bornal”= bolsa com ração em que mete o focinho das cavalgaduras e se prende no cabresto; sacola; saco da merenda
“Bornicos” = excrementos de alguns animais
“Borra Botas” = pessoa pouco importante, sem notoriedade
“Borralho” = brasas da lareira, braseiro
“Borralheira” = grande quantidade de borralho
“Borrega” = bolha na pele provocada por aperto ou fricção; ovelha nova
“Borregum”= sabor do sebo da carne de borrego
“Bóstia” = excrementos de gado vacum
“Braçado” = porção coisas que um braço pode cingir
“Brando” = morno; mole; macio
“Brocha(o)” = prego pequeno
“Bugalhas” = bolinhas das carvalheiras que os garotos usavam como berlindes
“Bulha” = zaragata, desentendimento“Bulir” = mexer
“Buxa” = pequena refeição para enganar o estômago; gordo
C
“Cabaça(o)” = fruto de aboboreira em forma de 8 que, depois de esvaziado e limpo, é usado para guardar água ou vinho por curtos períodos de tempo; recusa por parte da rapariga em dançar com um rapaz.
“Cabeça de cebola” = cabeça oca
“Cabeça-gacha” (andar de) = tristonho(a), deprimido(a) que anda cabisbaixo
“Cabo” = fim, fundo; também a haste de madeira de enxada, ancinho, etc..
"Cabo dos trabalhos" = uma complicação
“Cabrum” = cheiro ou sabor característicos da carne de cabra ou bode
“Caqueirada ou cacada” = brincadeira de carnaval que consistia, pelo resguardo da noite, (nessa altura não havia iluminação pública) em partir em cacos uma vasilha velha de barro, à porta de alguém
“Cachaço” = pescoço
“Cachopa(o) = rapaz, rapariga
“Caga, caganeira” = sorte
“Caga tacos” = pessoa fraca, com pouco valor
“Cagaço” = susto
“Cagadouro” = local onde as pessoas iam defecar
“Cagalhota” = insignificância, coisa pequena
“Cagança” = vaidade
“Caganeira” = diarreia
“Cagão, caguinchas” = medroso; que tem muita sorte
“Caldeiro” = balde cilíndrico em chapa de zinco com o diâmetro da base maior que a altura ao qual se dão várias utilizações, desde tirar água do poço até para fazer a comida do porco
“Calhandrar” = fazer calhandrices
“Calhandreira” = alcoviteira, que ouve num lado e conta no outro
“Calhandrice” = andar na calhandrice é o mesmo que calhandrar
“Calhau” = pedra de arremesso
“Calhoada” = pedrada com calhau
“Canada” = pancada com cana
“Canalha” = infame
“Canetas” = pernas finas
“Cangalhada” = coisas sem valor
“Cangalhas” = armação colocada no dorso de animais para transporte de carga; óculos
“Canhota(o) = esquerdina(o), mão esquerda
“Cantareira” = prateleira fixa para arrumação de pratos
“Cântra” = cântaro pequeno
“Capote” =
“Caramelice” = mimo, bajulação, lisonja
“Caramelo” = gelo que se forma nos charcos ou nos tanques das hortas por acção do frio
“Carantonha” = máscara, cara feia
“Carapeta” = mentira leve
“Carolo” = parte interna, dura, da maçaroca do milho
“Carapela” = camada superficial do leite formada por nata; parte exterior de ferida a cicatrizar
“Cargumelo” = cogumelo
“Carreiro” = caminho estreito
“Cascos-de-rolha” = expressão que designa um local imaginário situado a grande distância
“Castanha, castanhada” = pancada
“Catano”(cum) = expressão indicativa de admiração ou encorajamento
“Catano” (ir p’ró) = ir-se lixar
“Catarral” = gripe forte
“Catrefa” = muitos
“Catraio(a)” = gaiato(a)
“Caximónia” = cabeça
“Ceifadeira(o) = ceifeira(o), máquina de ceifar
“Cesões” = febres
“Chamiços”= ramos pequenos de lenha
“Chanca” = pé grande
“Chincalhar” = coisa que está solta ou desapertada
“Chanfrado” = doido, irresponsável
“Charinga” = borrifador
“Charneca, charnecoso” = terreno meio árido, de mato
“Chavelho” = chifre pequeno dos bezerros
“Chiba(o)” = cabra ou bode pequenos
“Çabola” = cebola; cebola;cebola de albarrã (sabola d’albarrã) = bolbo existente nos montados. Dizia-se, na raia de Castelo Branco, que o seu suco possuia propriedades analgésicas e era utilizado pelos garotos da escola que untavam as mãos para aguentar a dor das reguadas do(a) professor(a),
“Chapado” = completo
“Cilha” = correia para apertar a albarda das bestas
“Cobrão” = doença de pele que se julgava devido a ter passado cobra por cima
“Coca” = entidade imaginária que se dizia levar as crianças quando não queriam comer a sopa
“Coalhar” = acção de solidificação do queijo
“Cobrão” = doença da pele
“Comezaina” = refeição farta
“Cortiça de falca” = cortiça da lenha ou paus de esgalhas
“Cortiça virgem” = cortiça branca, da primeira tiragem
“Cortiça preta” = cortiça normal
D
"De caixão à cova" = grande bebedeira
“De trás da orelha” = muito bom
“Derreado” = coxo, cansado, que se arrasta
“Desabelhar” = retirar-se rapidamente, fugir
“Desacorsoado” = desanimado, inconsolável
“Desinsaibido” = sem gosto, pouco apaladado, mal temperado
“Diacho” (que) = que diabo, mas com sentido menos contundente
“D ‘implica” (estar) = nú
“Dintuça” = dentadura, prótese dentária
E
“Embarrar” = subir por uma parede, pau ou uma árvore; pendurar-se
“Embasbacado(a)” = admirado(a), boquiaberto(a)
“Embezerrado” = amuado, com cara de poucos amigos
“Emperreado” = aperreado
“Empanturrar-se” = encher muito barriga
“Empolado” = com bolha, inchado
“Empernar” = encostar a perna
“Ençaime” = açaime
“Encardido” = muito sujo
“Encortiçado” = com textura de cortiça
“Encrenca” = problema, coisa causadora de problemas
“Engadanhado” = com as mãos enregeladas e não conseguir mexer os dedos
“Engalfinhado” = emaranhado, preso
“Engatar” = encaixar; correr bem
“Engavelar” = comer avidamente, comer muito
“Engives” = gengivas
“Enteirar-se” = tomar conhecimento
“Enxogar” = enxaguar
“Esbarrondar”= demolir; fazer ruir; em sentido figurado quando alguém se descai ou não resiste a
“Esborralhar” = desfazer torrões de terra, cavada ou lavrada, para preparar as leiras numa horta.
“Escanzelado” = magro
“Escarapantado” = surpreso, sobressaltado
“Escarrapachado” = montado com uma perna para cada lado
“Escarranchado” = de pernas abertas
“Esgravatar” = mexer com os dedos ao de leve
“Especado” = parado(a), sem se mexer
“Espeque” = escora
“Espernangado” = sentado de pernas abertas ocupando muito espaço
“Espingardar” = mandar vir
“Esterco” = estrume
“Estouro” = trambulhão, grande queda desamparada
“Estrafegar” = apertar o gasganete a, estrangular
“Estrafonar” = esbanjar, desbaratar, usar sem usufruir
"Estróina" = que estraga tudo
F
“Fanha, fanhoso” = gago, que fala pelo nariz
“Fanicos” (fazer em) = partir em pedaçinhos
“Fanoco” = porção desmesurada de pão, queijo ou outro alimento que se parta à mão ou à faca
“Farnel” = comida para semana de trabalho
“Fatiota” = roupa domingueira
“Fazer pouco” = troçar, gozar, ironizar
“Ferral” = variedade de uva
“Fogaça” = oferta
“Foguetório” = celebração efusiva
“Foita” (andar à, ir à ) = andar livremente, à vontade, sem vigia; andar à rédea solta; abordar uma situação descontraidamente, à confiança
“Forca” = vara com uma ponta bifurcada que serve de espeque, principalmente para suster as pernadas das árvores quando estão muito carregadas de fruta
“Fox” = lanterna a pilhas
“Fragoso” = escarpado
“Frangalho” (estar num) = estar de rastos
“Frasco” = mulher muito magra e pouco atraente
“Fronha” = cara; cobertura do travesseiro
“Fundilhos” = parte posterior das calças
G
“Galfarro” = rapaz que não inspira confiança, delinquente
“Galgar” = passar por cima
“Galheta” = estalada
“Gambuzinos” = insectos ou pássaros imaginários que andam de noite
“Gamela” = pia em pedra ou madeira onde comem dos animais
“Gacha-gacha” = forma de chamamento das galinhas
“Gaiteira” (velha) = velha alegre
“Gavela” = pequeno monte de cereal que se ceifa que se vai juntando para formar os molhos
“Gomitar” = vomitar
“Gosma” = bebedeira
“Gravatos” = lenha miúda
“Grado” = grande
“Gravanada, gravaneiro” = bátega de água
“Gravanços” = grão de bico
“Gravata” = prancha de cortiça que se pendura na barriga dos bodes ou dos carneiros durante o cio das fêmeas
“Guita” = cordel
I
“Impar” = gemer
“Impostrice” = vaidade
“Ir a nove” = ir a correr muito
J
“Javardice” = nojice
L
“Laje= ladrilho em pedra de xisto rudimentar utilizado na execução de pavimentos; lajedo
“Lambada” = chapada, pancada com a mão
“Lambão” = mandrião, preguiçoso
“Lambino” = guloso
“Lambisqueiro” = biqueiro; de mau bico; só come o que lhe agrada
“Lambusado” = rapaz ou rapariga com a cara suja de comida
“Lampeiro, limpeiro, lampeirão” = oportunista; desembaraçado; expedito
“Lançar fora” = vomitar
“Lapada” = bofetada
“Lavascar” = lavar tudo
“Leituga” = erva muito nutritiva
“Lonjura” = distânca
M
“Maçãzeira” = macieira
“Maçã de cunha” = variedade de maçã; maçã riscada
“Maçã de leite” = variedade de maçã local
“Maçã larioa” = variedade de maçã
“Machada falcoeira” = machada de gume arredondado, fazendo lembrar a “falcata”, espada arredondada, dos Lusitanos
“Manco” = incompleto; coxo
“Manducar” = comer; ditado: quem não trabuca não manduca
“Mangar” = troçar; ironizar em tom de brincadeira
“Manta lobeira” = manta quente e pesada usada no Alentejo, com pelos
“Maquia” = antiga medida; quantidade
“Marrafa” = penteado
“Marreco” = corcunda
“Matacão” = coisa grande e desajeitada
“Matança” = morte do porco
“Mecha” (Ir na) = ir a correr bastante
"Mensa" = mesa. Mensa significa mesa em latim.
“Medrar” = crescer
“Melhano” = milhafre
“Metediço” = onflituoso, provocador, que procura a briga constantemente
“Milhã” = erva infestante muito tenra, espontânea nas margens dos ribeiros ou em terras com muita água
“Melharuco” = Abelharuco
“Mofêda” = mato ou ervas daninhas que se criaram muito densamente; amontoado de lixo ou coisas dispostas de forma muito confusa
“Mocho” = sem cornos
“Moio” = medida de cereal equivalente 60 alqueires
“Moeira” = mangual
“Morder” = ter comichão; ter ardor nalguma parte do corpo
“Morte lenta” = pessoa molengona; paz-de-alma“Mosca-morta” = sonso
“Cadela” = pequeno banco de madeira feito de uma única peça aproveitando um ramo de árvore com galhos dispostos de forma a fazer as pernas (geralmente 3)
“Moucho” = banco com quatro pés e parte superior feita de entrançado de “atabua” ou cordel
N
“Nalgada” = palmada nas "nalgas"
“Nalgas” = nádegas, traseiro
“Nascido” = tumefacção, quisto, tumor
“Noitibó” = pássaro nocturno
O
“Odespois” = depois, no sentido de mais tarde
“Ôi ou ôia” = interjeição que designa espanto, admiração
“Oitão” = empena de uma casa
“Ovos-chocos”= ovos podres, que depois de partidos têm um cheiro muito nauseabundo
P
“Pagamento” (dia de) = andar com a braguilha aberta
“Palheiro” = barraca ou casa do burro e da palha
“Palpos-de-aranha” (estar, ver-se ou ficar em) = ver-se em dificuldades
“Palrar” = falar
“Palrante” = muito falador
“Pantemineiro” = malandro
“Passareco” = pardal
“Pásada” = pancada com pá
“Passarinha” = sexo das raparigas
“Pechota” = sexo dos rapazes
“Pechote” = pessoa com pouco valor
“Pilheira” = pequeno rebordo nas casas antigas, para pôr objectos de enfeitar
“Peneiras” = vaidade, manias
“Peneirento(a)” = que tem peneiras
“Perua” = bebedeira
“Pifar” = ir-se abaixo, acabar
“Pildra” = prisão
“Piléria”(sem) = sem graça
“Pimparote” = sopapo
“Pinchavelho” = pequena peça metálica
“Pisado” (sangue) = sangue por baixo de unha ou pele, na sequência de entalão, por exemplo
“Pisadura” = ferida infectada num pé, em particular quando se andava descalço
“Pisar ovos” = andar devagar
“Poça” = buraco
“Pragana” = palha de cereal
Q
“Queimoso” = picante
“Quinto”= trabalho de apanha de azeitona que era tomado de empreitada em que o pagamento aos apanhadores era a quinta parte da produção
R
“Rabicho” = sem rabo
“Ralo” = aguado, pouco consistente; o contrário de basto
“Regadeira” = pequena vala para regar
“Regato” = menos que ribeiro
“Rijo= de boa saúde
“Ripar” = forma de colher a azeitona em que se arrancam também folhas
“Rodilha” = pano de peça de vestuário que já não se vestia, usado para limpezas; enchumaço em tecido para por na cabeça a suportar pesos, servindo de almofada
“Ronco” = barulho feito pelos porcos
“Roufenho” = rouco
S
“Saída” = fêmea com o cio
“Salgadeira” = caixa de madeira onde se conservava a carne do porco com sal
“Samarra= casaco ou sobretudo de Inverno, com gola de pele de raposa ou borrego
“Sarapintado” = pintalgado, salpicado
“Sarnosa” = pessoa desagradável
“Saroulas” = ceroulas
“Sarrabulho” = confusão, algazarra
“Sarrar” = serrar
“Soleira” = parte de baixo do pão que fica em contacto com o forno
“Soltura” = diarreia
“Sortes” (ir às) = inspecção militar
“Sovina” = agarrado, avarento.“Surra” = sova
T
“Tiborna” = massa de pão untada com azeite, que se levava ao forno após a cozedura do pão nos fornos a lenha
“Tabefe”= estalada
“Talego” = saco pequeno de pano
“Talha”= Grande pote de barro para conservar as azeitonas. Também de zinco, para o azeite.
“Taloca” = pequeno buraco
“Taludo” = crescido
“Tama” = toma
“Tanganho” = chamiço
“Terço” = trabalho de apanha de azeitona ou outro que era tomado de empreitada em que o pagamento aos apanhadores era a terça parte da produção
“Testo” = tampa de vasilha
“Tirada de Cortiça” = descortiçamento de sobreiros
“Topar” = ver
“Tortulho” = cogumelo
“Tosa” = tareia
“Trafulha” = vigarista
“Trapeço” = assento de cortiça
“Treçolho” = inflamação exterior na vista
“Trogalhada” = cangalhada
“Trombas” = cara
“Tronga” = mulher brejeira
“Trugia, turgia” = coisa velha sem préstimo
V
“Vaca-loura” = insecto rastejante, preto com anéis vermelhos
“Vargalhudo” = valente, corajoso
“Vargontea” = ramo novo, rebento crescido
“Ventas” = cara
X
“Xingar o juízo” = aborrecer
“Xungaria” = coisa sem valor ou com muito pouco
Z
“Zunir” = zumbir, silvar
Ditos e lenga-lengas
A burro dado não se lhe olha ao denteDepois de porta arrombada, trancas de ferro
Está a chover e a fazer sol, e as bruxas a comer pão mole
Enquanto se capa não se assobia
Para onde vai a corda, vai o caldeirão
Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
Deus o deu e o diabo o levou
O quê? O Q é uma letra
Passámos as passas do Algarve
Odespois… morreram as vacas e ficaram os bois
Custou-me os olhos da cara
Comemos o pão que o diabo amassou
Quanto mais prima, mais se lhe arrima
Quem não arrisca não petisca
Quem não trabuca não manduca
Quem nunca se enganou mais burro ficou
Expressões
“Mijar fora do penico” = abusar, desobedecer, faltar ao respeito
“Cair-nos o coração aos pés” = panhar um susto, ficar atónito.
“Cabeça de alho chocho” = esquecido
“Ferrar o cão” = mentir; faltar a um encontro; não pagar uma dívida
“Ir num pé e vir no outro” = ir e vir sem se demorar
“Três vezes nove vinte e sete” = a esta expressão seguia-se um estalar de dedos como quem diz: este já não o vês mais
“Subiu-lhe o sangue à cabeça” = teve uma atitude tresloucada
“Vá atão!” = vamos a isso; então está bem; assunto resolvido
A
.
"À coca" = à espreita
"À bispola" = à coca
"Abóbora bacoreira" = variedade de abóbora especialmente dada aos porcos, mas também usada no cozido de grãos: abóbora, grãos e carne de porco
“Ainda bem não” = subitamente
"Alambanzar-se" = exceder-se,
"Abêspera" = vespa
"Abespreiro" = ninho das vespas
"Acabrunhado" = triste
"Acaçapado" = agachado e escondido
"Acarretar" = transportar
"Açucre" = açúcar
“Achincalhar” = enxovalhar
"Afrontado" = enjoado; ansioso; impaciente
"Agachar-se" = fazer as necessidades; abaixar-se
"Aguamento" = doença que por vezes dá nas bestas quando passam por um lugar onde habitualmente lhes é dada uma pequena ração de incentivo e ocasionalmente não é dada. Também se diz que as crianças podem "aguar" se ficarem com o sentido nalguma comida apetitosa ou nalguma guloseima que alguém possa estar a comer diante delas e não oferecer
"Alcatruzes" = vasos da nora, para tirar água dos poços
"Alpragatas" = sapatilhas; alpercatas
"Alumiar" = iluminar
“Almêcere” = líquido que sobrava da feitura do queijo e se comia com sopas de pão
"A meitade" = a metade
"Amouchar-se" = Curvar-se baixando a cabeça
“Apanhar uma lebre” = dar um trambolhão
“Apanhar uma raposa” = ficar mal num exame
“Aperreado” = preso, apertado
"Apor-se" = tomar a iniciativa; dispor-se a
"Aprisco" = lugar onde dormem as ovelhas; redil
"Argolada" = gafe; engano; deslize
“Arr burro!” = anda burro!
"Arrancada" = tirada humorística espontânea; gargalhada estrondosa; grande quantidade de trabalho desenvolvido de uma só vez
"Arranques" = impulsos antes de vomitar, ataques de ansiedade
“Arrear o calhau” = defecar
"Arrebanhar" = apanhar, varrendo com a mão; apanhar com avidez
"Arrecuas" (ir ou andar às) = fazer marcha atrás (com um veículo); andar de costas
"Arreganhado" = a rir
“Arregoado” = fruto, figo, p.e., com a pele fendida
"Arreliado" = zangado; preocupado
"Arriar ou arrear" = bater; espancar
"Arriba" = acima; de pé; upa
"Arrimar" = encostar; arrumar
"Arrochada" = pancada
"Arremedar" = imitar
"Arvela ou cabeça de arvela" = cabeça no ar; pessoa distraída
"Arremedeio" = poupança; ajuda monetária; pequeno arranjo ou reparação; jeito
"Arrombo" = gasto exagerado de uma coisa; arrancada
“Arrotes chocos” = arrotos com mau sabor
"À soalheira" = a apanhar sol
"Assanhado" = zangado; enraivecido
"Assento" = banco; terreno para construir uma casa
"Atabafado" = com falta de ar"Atão" = então
“Atabua” = planta de rios e ribeiros usada, por exemplo, para forrar mouchos e cadeiras
"Atarantado" = atrapalhado; assustado; com medo
"Atazanado" = desajeitado; enrascado; com pouca habilidade
B
“Babujado” = com saliva
“Bacorada” = asneira
“Bácoro” = porco novo
“Badalhocas” = mal arranjado, suja
“Bages” = vagens
“Balança romana” = balança com gancho, haste grande e “quilão”, utilizada para pesar os porcos nas matanças
“Balda” = indisciplina
“Balho” = baile
“Balofo” = mole, amorfo
“Baraço” = cordel
“Baranda” = varanda
“Barbeiro” = muito frio
“Barrageiro” = pessoa de fora que veio trabalhar na Barragem, por cá tendo ficado
“Barrasco” = porco de cobrição, varrasco
“Barranco” = arriba ou encosta de difícil acesso
“Barranhão”= grande alguidar de barro em que era servida a refeição e de onde toda a gente comia
“Barraqueiro” = bobo
“Barrela” = Castigo infligido a um rapaz, por um grupo de outros rapazes, que consistia em imobiliza-lo, desapertar-lhe a braguilha, e encher-lhe as calças com terra, folhado, pasto ou outro lixo
“Barreira” = declive de uma estrada ou caminho
“Barroca(o) = vala funda escavada por enxurradas
“Barranceira” = ribanceira.
“Bate-cu” (de) = queda desamparada, batendo com o cu no chão
“Bater a orelha” = o que os porcos dos rodeios efectivamente faziam quando gostavam muito da comida, por ser boa
“Basto” = muito junto
“Bedelho” = garoto; pessoa acriançada ou imatura
"Bela de morrer" = muito bela mesmo!
“Bem bonda” = já não bastava…
“Bença” = bênção
“Benzedor” = curandeiro
“Bésperas” = véspera
“Bexigas” = Varicela
“Bicho(a) = modo de chamamento dos gatos
“Bichos-carpinteiros” (ter) = ser irrequieta(o)
“Bifar” = roubar
“Biqueiro” = esquisito com a comida; pontapé com bico da bota; biqueirada
“Bocho(a)” = modo de chamamento dos cães
“Bodega” = coisa reles, sem préstimo
“Boêr “ = beber“Bofes” = pulmões
“Bojarda” = pedrada; asneirada
“Bolachada” = bofetada
“Boleta” = bolota
“Bonda” (bem) = basta, chega
“Borna” = morna
“Bornal”= bolsa com ração em que mete o focinho das cavalgaduras e se prende no cabresto; sacola; saco da merenda
“Bornicos” = excrementos de alguns animais
“Borra Botas” = pessoa pouco importante, sem notoriedade
“Borralho” = brasas da lareira, braseiro
“Borralheira” = grande quantidade de borralho
“Borrega” = bolha na pele provocada por aperto ou fricção; ovelha nova
“Borregum”= sabor do sebo da carne de borrego
“Bóstia” = excrementos de gado vacum
“Braçado” = porção coisas que um braço pode cingir
“Brando” = morno; mole; macio
“Brocha(o)” = prego pequeno
“Bugalhas” = bolinhas das carvalheiras que os garotos usavam como berlindes
“Bulha” = zaragata, desentendimento“Bulir” = mexer
“Buxa” = pequena refeição para enganar o estômago; gordo
C
“Cabaça(o)” = fruto de aboboreira em forma de 8 que, depois de esvaziado e limpo, é usado para guardar água ou vinho por curtos períodos de tempo; recusa por parte da rapariga em dançar com um rapaz.
“Cabeça de cebola” = cabeça oca
“Cabeça-gacha” (andar de) = tristonho(a), deprimido(a) que anda cabisbaixo
“Cabo” = fim, fundo; também a haste de madeira de enxada, ancinho, etc..
"Cabo dos trabalhos" = uma complicação
“Cabrum” = cheiro ou sabor característicos da carne de cabra ou bode
“Caqueirada ou cacada” = brincadeira de carnaval que consistia, pelo resguardo da noite, (nessa altura não havia iluminação pública) em partir em cacos uma vasilha velha de barro, à porta de alguém
“Cachaço” = pescoço
“Cachopa(o) = rapaz, rapariga
“Caga, caganeira” = sorte
“Caga tacos” = pessoa fraca, com pouco valor
“Cagaço” = susto
“Cagadouro” = local onde as pessoas iam defecar
“Cagalhota” = insignificância, coisa pequena
“Cagança” = vaidade
“Caganeira” = diarreia
“Cagão, caguinchas” = medroso; que tem muita sorte
“Caldeiro” = balde cilíndrico em chapa de zinco com o diâmetro da base maior que a altura ao qual se dão várias utilizações, desde tirar água do poço até para fazer a comida do porco
“Calhandrar” = fazer calhandrices
“Calhandreira” = alcoviteira, que ouve num lado e conta no outro
“Calhandrice” = andar na calhandrice é o mesmo que calhandrar
“Calhau” = pedra de arremesso
“Calhoada” = pedrada com calhau
“Canada” = pancada com cana
“Canalha” = infame
“Canetas” = pernas finas
“Cangalhada” = coisas sem valor
“Cangalhas” = armação colocada no dorso de animais para transporte de carga; óculos
“Canhota(o) = esquerdina(o), mão esquerda
“Cantareira” = prateleira fixa para arrumação de pratos
“Cântra” = cântaro pequeno
“Capote” =
“Caramelice” = mimo, bajulação, lisonja
“Caramelo” = gelo que se forma nos charcos ou nos tanques das hortas por acção do frio
“Carantonha” = máscara, cara feia
“Carapeta” = mentira leve
“Carolo” = parte interna, dura, da maçaroca do milho
“Carapela” = camada superficial do leite formada por nata; parte exterior de ferida a cicatrizar
“Cargumelo” = cogumelo
“Carreiro” = caminho estreito
“Cascos-de-rolha” = expressão que designa um local imaginário situado a grande distância
“Castanha, castanhada” = pancada
“Catano”(cum) = expressão indicativa de admiração ou encorajamento
“Catano” (ir p’ró) = ir-se lixar
“Catarral” = gripe forte
“Catrefa” = muitos
“Catraio(a)” = gaiato(a)
“Caximónia” = cabeça
“Ceifadeira(o) = ceifeira(o), máquina de ceifar
“Cesões” = febres
“Chamiços”= ramos pequenos de lenha
“Chanca” = pé grande
“Chincalhar” = coisa que está solta ou desapertada
“Chanfrado” = doido, irresponsável
“Charinga” = borrifador
“Charneca, charnecoso” = terreno meio árido, de mato
“Chavelho” = chifre pequeno dos bezerros
“Chiba(o)” = cabra ou bode pequenos
“Çabola” = cebola; cebola;cebola de albarrã (sabola d’albarrã) = bolbo existente nos montados. Dizia-se, na raia de Castelo Branco, que o seu suco possuia propriedades analgésicas e era utilizado pelos garotos da escola que untavam as mãos para aguentar a dor das reguadas do(a) professor(a),
“Chapado” = completo
“Cilha” = correia para apertar a albarda das bestas
“Cobrão” = doença de pele que se julgava devido a ter passado cobra por cima
“Coca” = entidade imaginária que se dizia levar as crianças quando não queriam comer a sopa
“Coalhar” = acção de solidificação do queijo
“Cobrão” = doença da pele
“Comezaina” = refeição farta
“Cortiça de falca” = cortiça da lenha ou paus de esgalhas
“Cortiça virgem” = cortiça branca, da primeira tiragem
“Cortiça preta” = cortiça normal
D
"De caixão à cova" = grande bebedeira
“De trás da orelha” = muito bom
“Derreado” = coxo, cansado, que se arrasta
“Desabelhar” = retirar-se rapidamente, fugir
“Desacorsoado” = desanimado, inconsolável
“Desinsaibido” = sem gosto, pouco apaladado, mal temperado
“Diacho” (que) = que diabo, mas com sentido menos contundente
“D ‘implica” (estar) = nú
“Dintuça” = dentadura, prótese dentária
E
“Embarrar” = subir por uma parede, pau ou uma árvore; pendurar-se
“Embasbacado(a)” = admirado(a), boquiaberto(a)
“Embezerrado” = amuado, com cara de poucos amigos
“Emperreado” = aperreado
“Empanturrar-se” = encher muito barriga
“Empolado” = com bolha, inchado
“Empernar” = encostar a perna
“Ençaime” = açaime
“Encardido” = muito sujo
“Encortiçado” = com textura de cortiça
“Encrenca” = problema, coisa causadora de problemas
“Engadanhado” = com as mãos enregeladas e não conseguir mexer os dedos
“Engalfinhado” = emaranhado, preso
“Engatar” = encaixar; correr bem
“Engavelar” = comer avidamente, comer muito
“Engives” = gengivas
“Enteirar-se” = tomar conhecimento
“Enxogar” = enxaguar
“Esbarrondar”= demolir; fazer ruir; em sentido figurado quando alguém se descai ou não resiste a
“Esborralhar” = desfazer torrões de terra, cavada ou lavrada, para preparar as leiras numa horta.
“Escanzelado” = magro
“Escarapantado” = surpreso, sobressaltado
“Escarrapachado” = montado com uma perna para cada lado
“Escarranchado” = de pernas abertas
“Esgravatar” = mexer com os dedos ao de leve
“Especado” = parado(a), sem se mexer
“Espeque” = escora
“Espernangado” = sentado de pernas abertas ocupando muito espaço
“Espingardar” = mandar vir
“Esterco” = estrume
“Estouro” = trambulhão, grande queda desamparada
“Estrafegar” = apertar o gasganete a, estrangular
“Estrafonar” = esbanjar, desbaratar, usar sem usufruir
"Estróina" = que estraga tudo
F
“Fanha, fanhoso” = gago, que fala pelo nariz
“Fanicos” (fazer em) = partir em pedaçinhos
“Fanoco” = porção desmesurada de pão, queijo ou outro alimento que se parta à mão ou à faca
“Farnel” = comida para semana de trabalho
“Fatiota” = roupa domingueira
“Fazer pouco” = troçar, gozar, ironizar
“Ferral” = variedade de uva
“Fogaça” = oferta
“Foguetório” = celebração efusiva
“Foita” (andar à, ir à ) = andar livremente, à vontade, sem vigia; andar à rédea solta; abordar uma situação descontraidamente, à confiança
“Forca” = vara com uma ponta bifurcada que serve de espeque, principalmente para suster as pernadas das árvores quando estão muito carregadas de fruta
“Fox” = lanterna a pilhas
“Fragoso” = escarpado
“Frangalho” (estar num) = estar de rastos
“Frasco” = mulher muito magra e pouco atraente
“Fronha” = cara; cobertura do travesseiro
“Fundilhos” = parte posterior das calças
G
“Galfarro” = rapaz que não inspira confiança, delinquente
“Galgar” = passar por cima
“Galheta” = estalada
“Gambuzinos” = insectos ou pássaros imaginários que andam de noite
“Gamela” = pia em pedra ou madeira onde comem dos animais
“Gacha-gacha” = forma de chamamento das galinhas
“Gaiteira” (velha) = velha alegre
“Gavela” = pequeno monte de cereal que se ceifa que se vai juntando para formar os molhos
“Gomitar” = vomitar
“Gosma” = bebedeira
“Gravatos” = lenha miúda
“Grado” = grande
“Gravanada, gravaneiro” = bátega de água
“Gravanços” = grão de bico
“Gravata” = prancha de cortiça que se pendura na barriga dos bodes ou dos carneiros durante o cio das fêmeas
“Guita” = cordel
I
“Impar” = gemer
“Impostrice” = vaidade
“Ir a nove” = ir a correr muito
J
“Javardice” = nojice
L
“Laje= ladrilho em pedra de xisto rudimentar utilizado na execução de pavimentos; lajedo
“Lambada” = chapada, pancada com a mão
“Lambão” = mandrião, preguiçoso
“Lambino” = guloso
“Lambisqueiro” = biqueiro; de mau bico; só come o que lhe agrada
“Lambusado” = rapaz ou rapariga com a cara suja de comida
“Lampeiro, limpeiro, lampeirão” = oportunista; desembaraçado; expedito
“Lançar fora” = vomitar
“Lapada” = bofetada
“Lavascar” = lavar tudo
“Leituga” = erva muito nutritiva
“Lonjura” = distânca
M
“Maçãzeira” = macieira
“Maçã de cunha” = variedade de maçã; maçã riscada
“Maçã de leite” = variedade de maçã local
“Maçã larioa” = variedade de maçã
“Machada falcoeira” = machada de gume arredondado, fazendo lembrar a “falcata”, espada arredondada, dos Lusitanos
“Manco” = incompleto; coxo
“Manducar” = comer; ditado: quem não trabuca não manduca
“Mangar” = troçar; ironizar em tom de brincadeira
“Manta lobeira” = manta quente e pesada usada no Alentejo, com pelos
“Maquia” = antiga medida; quantidade
“Marrafa” = penteado
“Marreco” = corcunda
“Matacão” = coisa grande e desajeitada
“Matança” = morte do porco
“Mecha” (Ir na) = ir a correr bastante
"Mensa" = mesa. Mensa significa mesa em latim.
“Medrar” = crescer
“Melhano” = milhafre
“Metediço” = onflituoso, provocador, que procura a briga constantemente
“Milhã” = erva infestante muito tenra, espontânea nas margens dos ribeiros ou em terras com muita água
“Melharuco” = Abelharuco
“Mofêda” = mato ou ervas daninhas que se criaram muito densamente; amontoado de lixo ou coisas dispostas de forma muito confusa
“Mocho” = sem cornos
“Moio” = medida de cereal equivalente 60 alqueires
“Moeira” = mangual
“Morder” = ter comichão; ter ardor nalguma parte do corpo
“Morte lenta” = pessoa molengona; paz-de-alma“Mosca-morta” = sonso
“Cadela” = pequeno banco de madeira feito de uma única peça aproveitando um ramo de árvore com galhos dispostos de forma a fazer as pernas (geralmente 3)
“Moucho” = banco com quatro pés e parte superior feita de entrançado de “atabua” ou cordel
N
“Nalgada” = palmada nas "nalgas"
“Nalgas” = nádegas, traseiro
“Nascido” = tumefacção, quisto, tumor
“Noitibó” = pássaro nocturno
O
“Odespois” = depois, no sentido de mais tarde
“Ôi ou ôia” = interjeição que designa espanto, admiração
“Oitão” = empena de uma casa
“Ovos-chocos”= ovos podres, que depois de partidos têm um cheiro muito nauseabundo
P
“Pagamento” (dia de) = andar com a braguilha aberta
“Palheiro” = barraca ou casa do burro e da palha
“Palpos-de-aranha” (estar, ver-se ou ficar em) = ver-se em dificuldades
“Palrar” = falar
“Palrante” = muito falador
“Pantemineiro” = malandro
“Passareco” = pardal
“Pásada” = pancada com pá
“Passarinha” = sexo das raparigas
“Pechota” = sexo dos rapazes
“Pechote” = pessoa com pouco valor
“Pilheira” = pequeno rebordo nas casas antigas, para pôr objectos de enfeitar
“Peneiras” = vaidade, manias
“Peneirento(a)” = que tem peneiras
“Perua” = bebedeira
“Pifar” = ir-se abaixo, acabar
“Pildra” = prisão
“Piléria”(sem) = sem graça
“Pimparote” = sopapo
“Pinchavelho” = pequena peça metálica
“Pisado” (sangue) = sangue por baixo de unha ou pele, na sequência de entalão, por exemplo
“Pisadura” = ferida infectada num pé, em particular quando se andava descalço
“Pisar ovos” = andar devagar
“Poça” = buraco
“Pragana” = palha de cereal
Q
“Queimoso” = picante
“Quinto”= trabalho de apanha de azeitona que era tomado de empreitada em que o pagamento aos apanhadores era a quinta parte da produção
R
“Rabicho” = sem rabo
“Ralo” = aguado, pouco consistente; o contrário de basto
“Regadeira” = pequena vala para regar
“Regato” = menos que ribeiro
“Rijo= de boa saúde
“Ripar” = forma de colher a azeitona em que se arrancam também folhas
“Rodilha” = pano de peça de vestuário que já não se vestia, usado para limpezas; enchumaço em tecido para por na cabeça a suportar pesos, servindo de almofada
“Ronco” = barulho feito pelos porcos
“Roufenho” = rouco
S
“Saída” = fêmea com o cio
“Salgadeira” = caixa de madeira onde se conservava a carne do porco com sal
“Samarra= casaco ou sobretudo de Inverno, com gola de pele de raposa ou borrego
“Sarapintado” = pintalgado, salpicado
“Sarnosa” = pessoa desagradável
“Saroulas” = ceroulas
“Sarrabulho” = confusão, algazarra
“Sarrar” = serrar
“Soleira” = parte de baixo do pão que fica em contacto com o forno
“Soltura” = diarreia
“Sortes” (ir às) = inspecção militar
“Sovina” = agarrado, avarento.“Surra” = sova
T
“Tiborna” = massa de pão untada com azeite, que se levava ao forno após a cozedura do pão nos fornos a lenha
“Tabefe”= estalada
“Talego” = saco pequeno de pano
“Talha”= Grande pote de barro para conservar as azeitonas. Também de zinco, para o azeite.
“Taloca” = pequeno buraco
“Taludo” = crescido
“Tama” = toma
“Tanganho” = chamiço
“Terço” = trabalho de apanha de azeitona ou outro que era tomado de empreitada em que o pagamento aos apanhadores era a terça parte da produção
“Testo” = tampa de vasilha
“Tirada de Cortiça” = descortiçamento de sobreiros
“Topar” = ver
“Tortulho” = cogumelo
“Tosa” = tareia
“Trafulha” = vigarista
“Trapeço” = assento de cortiça
“Treçolho” = inflamação exterior na vista
“Trogalhada” = cangalhada
“Trombas” = cara
“Tronga” = mulher brejeira
“Trugia, turgia” = coisa velha sem préstimo
V
“Vaca-loura” = insecto rastejante, preto com anéis vermelhos
“Vargalhudo” = valente, corajoso
“Vargontea” = ramo novo, rebento crescido
“Ventas” = cara
X
“Xingar o juízo” = aborrecer
“Xungaria” = coisa sem valor ou com muito pouco
Z
“Zunir” = zumbir, silvar
Ditos e lenga-lengas
A burro dado não se lhe olha ao denteDepois de porta arrombada, trancas de ferro
Está a chover e a fazer sol, e as bruxas a comer pão mole
Enquanto se capa não se assobia
Para onde vai a corda, vai o caldeirão
Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
Deus o deu e o diabo o levou
O quê? O Q é uma letra
Passámos as passas do Algarve
Odespois… morreram as vacas e ficaram os bois
Custou-me os olhos da cara
Comemos o pão que o diabo amassou
Quanto mais prima, mais se lhe arrima
Quem não arrisca não petisca
Quem não trabuca não manduca
Quem nunca se enganou mais burro ficou
Expressões
“Mijar fora do penico” = abusar, desobedecer, faltar ao respeito
“Cair-nos o coração aos pés” = panhar um susto, ficar atónito.
“Cabeça de alho chocho” = esquecido
“Ferrar o cão” = mentir; faltar a um encontro; não pagar uma dívida
“Ir num pé e vir no outro” = ir e vir sem se demorar
“Três vezes nove vinte e sete” = a esta expressão seguia-se um estalar de dedos como quem diz: este já não o vês mais
“Subiu-lhe o sangue à cabeça” = teve uma atitude tresloucada
“Vá atão!” = vamos a isso; então está bem; assunto resolvido
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VIDAS
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Nós não temos vida, que possamos ganhar ou perder: somos vidas, por vezes muito bem definidas e identificada, outras nem por isso; vidas em última análise eternas - sem princípio nem fim - e, indestrutíveis. Vidas que podem evoluir ou regredir.
Não me parece pois nada correcto limitar-se a maior ou menor eternidade de uma pessoa/ser
à(s) sua(s) obra(s), apesar de, não pode ser de outro modo, quanto maior for o ser, maior ter de ser a sua obra, filhos, netos, bisnetos... incluídos.
E, quando estamos honrando pais, avós, bisavós... isso também é obra, que também convém ser verdadeira, genuína, grande, que dá prazer e bela!
VIDAS
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Nós não temos vida, que possamos ganhar ou perder: somos vidas, por vezes muito bem definidas e identificada, outras nem por isso; vidas em última análise eternas - sem princípio nem fim - e, indestrutíveis. Vidas que podem evoluir ou regredir.
Não me parece pois nada correcto limitar-se a maior ou menor eternidade de uma pessoa/ser
à(s) sua(s) obra(s), apesar de, não pode ser de outro modo, quanto maior for o ser, maior ter de ser a sua obra, filhos, netos, bisnetos... incluídos.
E, quando estamos honrando pais, avós, bisavós... isso também é obra, que também convém ser verdadeira, genuína, grande, que dá prazer e bela!
Friday, August 08, 2008
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CONTÍNUA - mente
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Eva renasce continuamente;
o mesmo faz Artur e Joaquim,
Maria, Custódia e Clemente:
somos um princípio não ruim.
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Unidos e divididos estamos;
sós e acompanhados nos encontramos;
claramente nós reencarnamos,
para cima, se nós nos dignificamos.
.
Qual o ladrão mais perigoso?
O que mais faz sofrer, esse o é;
mas, ladrão é todo o injurioso,
Todo(a) que faz injustiça, Mané!
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Amor sem justiça não é amor,
e, dívidas só as bem acordadas
e com pagamento em dia: se for
de outro modo, vidas são encurtadas.
CONTÍNUA - mente
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Eva renasce continuamente;
o mesmo faz Artur e Joaquim,
Maria, Custódia e Clemente:
somos um princípio não ruim.
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Unidos e divididos estamos;
sós e acompanhados nos encontramos;
claramente nós reencarnamos,
para cima, se nós nos dignificamos.
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Qual o ladrão mais perigoso?
O que mais faz sofrer, esse o é;
mas, ladrão é todo o injurioso,
Todo(a) que faz injustiça, Mané!
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Amor sem justiça não é amor,
e, dívidas só as bem acordadas
e com pagamento em dia: se for
de outro modo, vidas são encurtadas.
Thursday, August 07, 2008
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SER FELIZES
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Não basta deixarmos de causar sofrimento, a nós próprios e aos demais seres, temos de ser felizes. Ora, não podemos ser felizes num mundo de desejo - penso mesmo que este é a essência, a causa primordial da vida manifesta, possivelmente a única que se pode considerar realmente vida - apoucando ou tentando mesmo acabar com o desejo. Mas, sem dúvida que este tem de ser inteligente e equilibrado. Se temos inteligência, e temos, não podemos ser conduzidos somente pelo desejo ou coração: tem de ser sempre razão e coração!
SER FELIZES
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Não basta deixarmos de causar sofrimento, a nós próprios e aos demais seres, temos de ser felizes. Ora, não podemos ser felizes num mundo de desejo - penso mesmo que este é a essência, a causa primordial da vida manifesta, possivelmente a única que se pode considerar realmente vida - apoucando ou tentando mesmo acabar com o desejo. Mas, sem dúvida que este tem de ser inteligente e equilibrado. Se temos inteligência, e temos, não podemos ser conduzidos somente pelo desejo ou coração: tem de ser sempre razão e coração!
Wednesday, August 06, 2008
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BREVE HISTÓRIA ECONÓMICA RECENTE de MONTARGIL
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Nos meados do séc. passado a economia de Montargil assentava na grande propriedade em toda a freguesia e nas pequenas fazendas e hortas nos arredores da vila. O porco doméstico era rei, e, o burro, e cavalo pelos mais ricos, muito usado.A actividade económica predominante era, como ainda é hoje, a produção, extracção e venda de cortiça, uma das melhores do país, não só preta, como de falca, das “esgalhas” ou podas, então frequentes. Também era notável a actividade do aproveitamento e venda de lenha das árvores mortas e fabrico de carvão, o que acontece ainda hoje, mas menos intensamente. E, viam-se por vezes grandes varas de porcos e vacadas. Também havia/há zonas de olival, e de pinheiro manso e bravo.Naquela época fazia-se também muito arroz e milho, não só na área posteriormente inundada pela Barragem, como por exemplo, nos vales e baixas de herdades como as da Pernancha de Cima e de Baixo, Machoqueira, Montalvo, Salgueiro, Sagolga, etc., e até em zonas de pequena propriedade, como as da Terra Preta e Vale da Areia.Não tinha ainda chegado a mecanização aos campos, e tirando pedreiros, ferreiros, carpinteiros, barbeiros e demais ofícios, comerciantes e pessoal dos Correios, Casa do Povo, G.N.R., Hospital, Junta de Freguesia, Santa Casa da Misericórdia, etc., quase toda a gente trabalhava na agricultura, para os grandes e médios latifundiários e seareiros.Sobre o horário de trabalho de sol a sol na agricultura, e, a luta bem sucedida pelas 8 horas de trabalho, tudo já estará dito.Naquele tempo chegou a existir em Montargil cerca de meia dúzia de lagares de azeite, agora só há um, e existia quem vivesse da caça, coelho, lebre, perdiz e pombo e sua venda, no respectivo período. Hoje há muito menos caça, talvez com a excepção do javali, e muitos mais caçadores. Também conviveram pelo menos duas serrações.Ainda nos anos cinquenta e sessenta era frequente deslocarem-se “ranchos” de trabalhadores rurais de Montargil, tanto para as regiões de Santarém e Almeirim, para as vindimas, e para a de Fronteira, por exemplo, para a colheita da azeitona.Depois, começaram a surgir os tractores e ceifeiras debulhadoras, e, muitas das pessoas que trabalhavm na agricultura e enchiam ruas e tavernas da terra aos domingos à tarde à procura de “patrão”, passaram a ir trabalhar para as “obras” na grande Lisboa.Nos meados dos anos 60 surgiu o ciclo do tomate, de colha ainda manual, tendo sido mesmo construída a única fábrica de Montargil, a do tomate, no Pintadinho, para fabrico de concentrado de tomate pelado e embalagem de tomate pelado, para consumo interno e para exportação. Chegaram a vir pessoas de fora, nomeadamente da Tramaga, para trabalhar na dita fábrica, que, talvez por questões de gestão, não teve vida longa.Entretanto, com a mecanização, todos os pequenos vales, antes verdes de arroz no Verão, deixaram de ser cultivados.Já nos anos 70 o ciclo do tomate ou ouro vermelho, deu lugar ao do pêssego. O eng. Canelas, de Cabeção, promoveu a plantação de centenas de hectares de pessegueiros em muitas zonas onde antes se fizera tomate. Outras dezenas de agricultores locais fizeram o mesmo, em particular nos solos arenosos, regados não só com água da Barragem como a partir de águas subterrâneas, existentes em certa abundância. O pêssego de Montargil era/é considerado muito bom, dos melhores do país, tendo atingido enorme fama e ganho prémios.Surgiu também nessa ocasião a contraditória cultura do tabaco (Governo a mandar escrever nos maços de cigarros que tabaco mata e a dar bons subsídios para a sua plantação – com grande parte do produto da venda do tabaco a ser para o governo!).Também por este tempo um alemão, senhor Peter, instalou um hotel e restaurante de algum luxo junto da Barragem, com passeios de avioneta na freguesia – chegava o turismo.Entretanto, aí pelos anos 80, ou antes, pessoas da classe média e alta de Lisboa começaram a comprar terrenos perto da Barragem e a construir casas de fim de semana.Já há cerca de 10/15 anos surgiu o ciclo do pinheiro manso – onde antes se fizera o pêssego, e não só, (actualmente só se faz numas poucas dezenas de hectares) há agora áreas de pinhal manso intensivo que brevemente começará a produzir.Quantos aos não poucos olivais tradicionais existentes, uma grande parte está abandonada, como em muitas regiões do país, de resto, por não haver quem colha a azeitona.Durante todo este período também se produziu/produz mel.No sector bancário, há alguns anos havia delegações de dois Bancos em Montargil, mas, actualmente só existe uma, e, duas caixas de multibanco.Ultimamente mais um Hotel de luxo (Charcas Lagoon) se instalou junto da Barragem, no Rasquete. E, no Lugar do hotel do senhor alemão, entretanto falecido, está a surgir outro grande hotel.
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BREVE HISTÓRIA ECONÓMICA RECENTE de MONTARGIL
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Nos meados do séc. passado a economia de Montargil assentava na grande propriedade em toda a freguesia e nas pequenas fazendas e hortas nos arredores da vila. O porco doméstico era rei, e, o burro, e cavalo pelos mais ricos, muito usado.A actividade económica predominante era, como ainda é hoje, a produção, extracção e venda de cortiça, uma das melhores do país, não só preta, como de falca, das “esgalhas” ou podas, então frequentes. Também era notável a actividade do aproveitamento e venda de lenha das árvores mortas e fabrico de carvão, o que acontece ainda hoje, mas menos intensamente. E, viam-se por vezes grandes varas de porcos e vacadas. Também havia/há zonas de olival, e de pinheiro manso e bravo.Naquela época fazia-se também muito arroz e milho, não só na área posteriormente inundada pela Barragem, como por exemplo, nos vales e baixas de herdades como as da Pernancha de Cima e de Baixo, Machoqueira, Montalvo, Salgueiro, Sagolga, etc., e até em zonas de pequena propriedade, como as da Terra Preta e Vale da Areia.Não tinha ainda chegado a mecanização aos campos, e tirando pedreiros, ferreiros, carpinteiros, barbeiros e demais ofícios, comerciantes e pessoal dos Correios, Casa do Povo, G.N.R., Hospital, Junta de Freguesia, Santa Casa da Misericórdia, etc., quase toda a gente trabalhava na agricultura, para os grandes e médios latifundiários e seareiros.Sobre o horário de trabalho de sol a sol na agricultura, e, a luta bem sucedida pelas 8 horas de trabalho, tudo já estará dito.Naquele tempo chegou a existir em Montargil cerca de meia dúzia de lagares de azeite, agora só há um, e existia quem vivesse da caça, coelho, lebre, perdiz e pombo e sua venda, no respectivo período. Hoje há muito menos caça, talvez com a excepção do javali, e muitos mais caçadores. Também conviveram pelo menos duas serrações.Ainda nos anos cinquenta e sessenta era frequente deslocarem-se “ranchos” de trabalhadores rurais de Montargil, tanto para as regiões de Santarém e Almeirim, para as vindimas, e para a de Fronteira, por exemplo, para a colheita da azeitona.Depois, começaram a surgir os tractores e ceifeiras debulhadoras, e, muitas das pessoas que trabalhavm na agricultura e enchiam ruas e tavernas da terra aos domingos à tarde à procura de “patrão”, passaram a ir trabalhar para as “obras” na grande Lisboa.Nos meados dos anos 60 surgiu o ciclo do tomate, de colha ainda manual, tendo sido mesmo construída a única fábrica de Montargil, a do tomate, no Pintadinho, para fabrico de concentrado de tomate pelado e embalagem de tomate pelado, para consumo interno e para exportação. Chegaram a vir pessoas de fora, nomeadamente da Tramaga, para trabalhar na dita fábrica, que, talvez por questões de gestão, não teve vida longa.Entretanto, com a mecanização, todos os pequenos vales, antes verdes de arroz no Verão, deixaram de ser cultivados.Já nos anos 70 o ciclo do tomate ou ouro vermelho, deu lugar ao do pêssego. O eng. Canelas, de Cabeção, promoveu a plantação de centenas de hectares de pessegueiros em muitas zonas onde antes se fizera tomate. Outras dezenas de agricultores locais fizeram o mesmo, em particular nos solos arenosos, regados não só com água da Barragem como a partir de águas subterrâneas, existentes em certa abundância. O pêssego de Montargil era/é considerado muito bom, dos melhores do país, tendo atingido enorme fama e ganho prémios.Surgiu também nessa ocasião a contraditória cultura do tabaco (Governo a mandar escrever nos maços de cigarros que tabaco mata e a dar bons subsídios para a sua plantação – com grande parte do produto da venda do tabaco a ser para o governo!).Também por este tempo um alemão, senhor Peter, instalou um hotel e restaurante de algum luxo junto da Barragem, com passeios de avioneta na freguesia – chegava o turismo.Entretanto, aí pelos anos 80, ou antes, pessoas da classe média e alta de Lisboa começaram a comprar terrenos perto da Barragem e a construir casas de fim de semana.Já há cerca de 10/15 anos surgiu o ciclo do pinheiro manso – onde antes se fizera o pêssego, e não só, (actualmente só se faz numas poucas dezenas de hectares) há agora áreas de pinhal manso intensivo que brevemente começará a produzir.Quantos aos não poucos olivais tradicionais existentes, uma grande parte está abandonada, como em muitas regiões do país, de resto, por não haver quem colha a azeitona.Durante todo este período também se produziu/produz mel.No sector bancário, há alguns anos havia delegações de dois Bancos em Montargil, mas, actualmente só existe uma, e, duas caixas de multibanco.Ultimamente mais um Hotel de luxo (Charcas Lagoon) se instalou junto da Barragem, no Rasquete. E, no Lugar do hotel do senhor alemão, entretanto falecido, está a surgir outro grande hotel.
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