Wednesday, January 31, 2007

TANTAS COISAS
Sendo todo o homem e toda a mulher filhos do prazer, ao fim de tanto tempo, não faz sentido existirem ainda tantos equívocos, tabus e mal entendidos sobre o sexo e o seu prazer ou dor.
O sentido de justiça é muito importante, mas, é pouco referido no Oriente, apesar deste ter coisas, como a reencarnação e a interdependência de tudo e de todos, que devem ser mais considerados no Ocidente.
Ser deficiente é de facto mau, mas, há tantas coisas que um deficiente ainda pode/deve fazer, além de mendigar!

PANOS
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No melhor pano pode cair sem dúvida a nódoa. P.e.: o budismo advoga normalmente o monismo, a não existência, portanto, dos contrários, que mais não serão do que complementares. Entretanto, na questão suprema da matéria e da consciência é dualista, diz que a matéria não tem consciência e que a consciência pode existir sem suporte material...

Tuesday, January 30, 2007

SENTIDO
A partir do momento em que somos dois ou mais, apesar de podermos voltar a ser um quando quisermos e pudermos, se queremos continuar a ser felizes, não faz sentido o egoísmo.
Quando era adolescente gostava imenso de ler romances passados na China, com mandarins e juncos (barcos locais) e do Sandokan.
Também desde criança que me “repugna” o sofrimento feito injusta e gratuitamente, sobre animais e humanos, por humanos e animais, como por exemplo destruir ninhos e crias. Há mais pessoas assim.
Há humanos que mais parecem animais do que outra coisa; entretanto, possivelmente, todos os seres vivos, desde os mais ínfimos, renascem, evoluem e progridem, não só até humanos, mas, sem fim, muito para além disso. Também a involução parece poder ser bem real.
ARDENTE BRASIL
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Ardente Brasil,
Frio Portugal;
Longe Montargil,
Perto Tropical.
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Todos iguais,
Todos diferentes;
Querem sempre mais,
Todos são parentes.
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Liga o calor
E vai almoçar;
Liga o amor
E vai desmamar.
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Morre p’ra nascer:
Filho mãe será,
Mãe foi o pai ver;
Há que aprender.
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Aquece os pés,
Uma volta dá;
Rei é o que és,
Não há sorte má.

Monday, January 29, 2007

FELICIDADE
Durante muito tempo recordei a infância, até aos 7/8 anos como geralmente muito boa, feliz – o próprio acto de recordar o sendo: só temos de trabalhar para um objectivo: a felicidade do maior número possível de seres.
Quase todos os grandes actos da vida (a vida, em particular possivelmente a dos não heróis ou não santos, é enorme) estão associados ao prazer, quando realizados como deve ser, c.p.e., o comer, o sexo, o descanso, o trabalho, o ver, o cheirar, o tocar, o amar, o conhecer, o expor, o recordar, o ganhar… e à dor, quando realizados de modo errado.
Quem não deseja descansar/dormir/morrer quando está cansado?
Também a inspiração, ideias e técnica para fazer coisas bem feitas, resolver problemas, descobrir coisas… dá prazer.
TERRA PRETA
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Terra preta, Carvalhoso,
Gaviãozinho e Monte
Dos Abrantes; pela Fonte
Da Vila, maravilhoso.
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Muitas brincas de criança,
Segurança de bons pais,
Escola uma fartança,
Desnecessários ais.
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Vale d’Areia, Gamoal,
Telheiro, José Pereira;
Uma só briga do mal,
Muitos livros, bela eira.
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Timidez e Adriana,
Resumos e malandrice,
História mediana;
Parem com a intrujice.
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Ponte de Sôr, Montargil,
Avis, dinheiro, Lisboa,
Portalegre, Mot’ Engil...
Bem seguro e à toa.

Thursday, January 25, 2007


HISTÓRIA LOCAL
Só nos interessa falar de História, do passado, dando-lhe uma perspectiva presente, estudando as suas lições, e, aplicando-as à situação actual. É o caso, p.e., do estudo das Antas, normalmente entendidas como construções funerárias de há 4 ou 5 mil anos antes de Cristo, existentes muitas em Montargil e que exigiram certamente enorme trabalho de grupo. Para mim, a grande lição das Antas é: há seis ou sete mil anos os nossos antepassados fizeram grandes obras colectivas. Porque não havemos de fazê-las hoje também?
A DOR
A dor não faz falta:
Ajudem a malta
A estar em alta,
A estar de alta!

Wednesday, January 24, 2007

MEDO?
Têm medo de a perder,
Têm medo de me ceder:
Mas, o viver e o morrer
Não são para entristecer.
MENTE (Telepatia)

Mente é mais rápida que a luz:
Estou a pensar em ti, alguém fala;
A sala escurece, a luz pus;
Olhei: telepatia? Se se cala,
Outros falam. Penso já em Ormuz;
Ouço a porta bater nessa ala,
Tenho um problema a resolver,
Ris: alma gémea tens tu de ser!
LOTARIA
Não é por muito pensarmos
Em ganhar que a ganhamos:
É somente por jogarmos,
Na nossa vez, convenhamos.
TEMPO
O tempo é uma ideia, um conceito apenas, sem realidade física. É um modo de apreensão dos fenómenos e na ausência destes não existe. Tempo e espaço surgem ao mesmo tempo.
O tempo psicológico é assim: fenómenos que nos agradam parecem durar pouco; fenómenos que nos desagradam parecem durar muito.
Conclusão: 1) não faz sentido ter medo do futuro ou ansiar por ele ou ser saudosista; 2) não faz sentido gostar mais de uns(umas) do que doutros(as).

Tuesday, January 23, 2007

GEDEÃO
Homem em viagem de foguetão,
A cem mil quilómetros por segundo,
Envelhece mais tarde um tempão
Do que gémeo que fica no mundo.
Mente vai sem preocupação,
Muito mais rápida, até ao fundo
Do universo: mente é eterna,
Mente é una com terra materna.
TEMPOS MORTOS

Sem nada para fazermos?
Desejemos bem p’ ra todos;
Que não haja para vermos
Ódio: amor a rodos!
.
Mas, logo abusador
Vemos, perito, e não
Um principiante são,
Ignorante enganador!
.
Paciência: se faz
Sempre justiça, mau grado
O homem mal educado.
Como é bela a paz!
FELICIDADE
"Antes de as emoções negativas (más ou ignorantes) produzirem os seus efeitos, podemos reparar uma injustiça cometida para com os outros, contrariar o ódio pela paciência, prevenir a avidez pelo desapego, a inveja pela alegria de ver alguém mais feliz. A lei do Karma não significa que o nosso destino esteja marcado desde sempre e para sempre..."
In: pág. 154 de "O Infinito na Palma da Mão", de M. Ricard e T.X. Thuan.

Monday, January 22, 2007

DESEJO
Sem dúvida certas fixações, apegos, desejos e aversões nos podem fazer sofrer, causam-nos dor…Mas, outros(as) não nos dão gozo e alegria? Não faz pois sentido querer acabar com todo o desejo, só com o desejo errado.

BRASIL E PORTUGAL
Novos e velhos, Brasil e Portugal,
Camões, Pessoa, cristãos, judeus, budistas,
Homens, mulheres, humano, animal,
Espanhóis, chineses, nortistas, sulistas,
Doutos e analfabetos, bem e mal,
Todos os países e todos os seres
É para não terem sofreres!

IDENTIFICAÇÃO
Identifico-me com todas as filosofias, ciências, religiões, políticas, mulheres, homens e quaisquer seres, conhecidos ou desconhecidos, de perto ou de longe, que tenham como grande objectivo acabar com o sofrimento geral e instituir o bem estar e o prazer gerais.
A DOR É MESMO PARA VENCER COM O PRAZER E O BEM ESTAR, E, MAIS NADA!
Pain is even to defeat through pleasure and well being. That's it!

Sunday, January 21, 2007

GANHAR?
Existe o prazer de ganhar? Sem dúvida. Mas, se tal prazer implicar a dor injusta de outrem já não é bom. E, se formos vencidos com justiça e com arte não devemos ficar tristes, antes alegres.
Por outro lado, nem podemos ganhar sempre nem em tudo: cada um deve dedicar-se à sua vocação, que é fazer coisas belas e boas para todos os seres, nós incluídos.
Por outro lado ainda, para não sofrermos e desfrutarmos de gozo e prazer (é um erro tremendo pensar-se, veja-se: “cemitério dos prazeres”, em Lisboa, que morremos por causa dos prazeres, apesar do seu abuso poder matar, claro), temos de ver as coisas como são. P.e.: 1) o passado nunca volta mais; 2) tudo todos estão em evolução, progresso, elevação, melhoramento; 3) ao longo das nossas vidas vamos passando, de muitas e variadas maneiras, para outros; 4) nunca acabamos, nunca nos vemos totalmente mortos, antes recomeçamos sempre de novo; 5) podemos ter, temos sonhos muito bons; podemos/devemos ser inteiramente livres e responsáveis, sem ninguém a dizer-nos como ou o que devemos fazer.
LIVRO:
“O Infinito na Palma da Mão”, de Mathieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, da Notícias Editorial, Lisboa.
NÃO BASTA NÃO SOFRER
A paz é gozo:
É conhecer
Sem conceber,
É deleitoso.
.
Tudo ‘stá bem:
Velho e novo,
Líder e povo,
Pouco e cem.
.
O que nos faz
Felizes é
Prazer ao pé,
Mas, não mordaz.

Saturday, January 20, 2007

RELAÇÕES
Realmente há seres muito inferiores… Não são boas as relações com eles!
ABORTO
O aborto só pode\deve ser feito em casos excepcionais (violação, má-formação, perigo de vida da mãe) já previstos na lei portuguesa e, então com apoio oficial, não clandestino. A constituição e a lei portuguesas defendem, e muito bem, a vida uterina. Não são precisas mais leis nenhumas sobre esta magna matéria. Quanto aos abortos por tudo e por nada: quem só quer prazer sem dever, sofre; e, quem faz sofrer (porque não havia o feto de ter prazer e dor?) injustamente, sofre também.
O BEM E O MAL
O bem, o bom, a beleza, o bem estar, o prazer e a justiça têm tendência a prevalecer no(s) universo(s).
DAR E RECEBER
Se fazemos, escrevemos, falamos muito e bem feito temos muitos a apreciarem-no, a desfrutarem-no, e, a retribuírem-no.
O MAL
Resiste, não muito, ao mal:
São mesmo uns pobres diabos,
Ou para perderem os rabos,
Ou para extinção total.

Friday, January 19, 2007

CASTIGOS
O castigo dos que compram ou querem comprar consciências é justo, assim como o dos enganadores/vigaristas e de todos os abusadores. Mas, corrigindo-se cessa-lhes a dor.

PODER
Nada nem ninguém nem nenhum ser existe por si mesmo. Tudo, todos dependem de relações: quanto melhores e melhor número de relações, portanto, melhor! E, tudo e todos existem por si mesmos. Haverá uma parte em tudo e em todos que não depende de relações. E, ainda, há seres mais poderosos do que outros.

Thursday, January 18, 2007




UNIDADE

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República e Monarquia,
Monarca e Presidente:
Queremos ambos e vidente,
Sim, queremos, e Turquia!
.
Senhor Rei e Presidente:
A Península é só
Uma: dê-se um bom nó
Nos dois países da gente!
.
Oriente, Ocidente;
Dualismo, unidade;
Não sofrer, felicidade;
Devagar e de repente!
FÉLIX.
.
Dominar o pensamento;
Concentração no momento;
Unidos com o assento;
Cientes do movimento.
.
Amando o inimigo,
Que é igual ao amigo;
Figueira é que dá figo,
Não separes o que ligo.
.
Acabar com sofrimento,
Fazendo o suprimento
Com o entretenimento
E natural alimento.

Tuesday, January 16, 2007

CRIANÇAS
É importantíssimo defendermos os bebés e as crianças, evitarmos que sofram e zelarmos pelo seu bem estar, porque voltaremos a ser crianças: tudo no universo nasce, progride, morre e volta a nascer, e, assim sucessivamente.
LEIS
Não basta fazer boas leis: é preciso fiscalizar, proteger, controlar, ensinar…
ERRO
Não podemos lutar exageradamente contra o erro, o abuso, a injustiça, os corruptos… porque assim fazendo damos-lhes poder, atrasamos a sua evolução.
SOMOS
Somos os vivos e os mortos;
Somos o longe e o perto:
Todo o espaço é aberto,
Todo o tempo é sem portos.
.
Somos todo o universo.
Que é o espaço? É ar,
É terra, é som, é voar…
E o tempo é belo verso!
ÊXTASE

Mente e matéria
São um: mente sã,
Alegre e séria
Faz terra irmã.

.
Unidade plena
Com tempo-espaço,
Com bela helena,
Com dama de aço.

.
Mudança, mudança,
‘té do imutável:
uma grande dança,
glória admirável!

Sunday, January 14, 2007

REPOUSO
Possivelmente, um bom sono é garantido por um bom dia: o justo, que está preparado para tudo, tem forçosamente de ter um bom repouso.
MILAGRES
Quase de certeza nada no universo ocorre por meio de grandes saltos, de grandes milagres. Embora haja passadas, saltos, e, saltos maiores do que outros, claro.
OBRAS
Desde a eternidade que as obras, os engenhos e o dinheiro (este será mais recente) são fundamentais ao nosso progresso e bem estar.
ENGANOS
O engano, a falsa amizade, a opressão existem. Oprimidos de todo o mundo: libertai-vos, com a correcta acção e reacção!
BARREIRENSE-ATLÉTICO
De notar que o jogo foi às 15 horas (algures no Site do Barreirense dizia que era às 16 horas). Considerando a longa paragem (não se percebe porque não há futebol no natal), até foi um bom recomeço, um empate com o “moralizado” Atlético.
De louvar entretanto a orientação do treinador, Rui Fonseca, no início da 2ª parte, para ganhar o jogo, colocando Severino e Véstia em campo. Mas, ao pôr depois Canoa e não Paixão, apostou antes num ponto do que em nenhum…
SOMOS
Somos criados, somos
Criadores; crescemos,
Morremos e nascemos:
Fazemos muitos tomos.

Fazes sofrer um ser
Para gozo só teu;
E, quem te prometeu
Que tu não vais sofrer?

Aceitemo-nos ser
Quem somos, o que somos:
E, se com força nos pomos,
Somos ser, ter, haver.
.
DOIS OU UM?
O que um de nós tem a mais é dos dois: um não faz sentido sem o outro: cooperarmos e trabalharmos para o bem de ambos faz sentido, guerrearmo-nos e destruirmo-nos faz pouco sentido.

MENTIRA
É deveras impressionante o lixo e o engano que o homem pode acumular, por vezes com tanto cuidado convencendo-se de que é verdade, o que de modo algum pode ser.
PODERES
Podemos atingir bons poderes, mas, temos de os partilhar com quem merece, de bom grado, se não ser-nos-ão tirados.

Saturday, January 13, 2007


ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

a) Cozer junto, com pouca água e sal: batatas aos cubos, cenouras, nabo e courgete em rodelas grandes.
b) Refugar, com azeite e shoyu: beringela aos cubos pequenos, cebola, tomate, alho, seitan e gengibre ralado.
c) Juntar bem a) com b), sem água, e levar ao forno em temperatura média cerca de 5 minutos.
O MAIS IMPORTANTE
A pessoa mais importante é a que ajuda mais pessoas e demais seres sensitivos a serem felizes, e, o valor de um trabalho/obra mede-se pelo gozo e bem estar que dá a quem dele desfruta.
LIBERDADE
Também ninguém tem o direito de tirar a liberdade a pessoas ou animais, em relações tipo: patrão-empregado, subalterno-chefe, pai\mãe-filho(a), mulher-marido, mestre-aluno, animal-dono… a não ser em casos muito limitados, de perigo eminente.
Inspiração: tu, muitos outros,
e:http://www.theosophical.ca/theosophical.ws/Portuguese/Clarividencia.htm#futuro

Friday, January 12, 2007


VISÃO CLARA
Não há início, não há fim... Somos um com o Momento, com o Instante, somos um com os processos e os objectos. Somos eternos. Eternidade é o presente absoluto.
Uma pessoa que se identifica grandemente connosco. Nós próprios. Bem estar. Perfeição. Clarividência.

Thursday, January 11, 2007

PAIXÕES
Era tudo tão bom quando estavam apaixonados (tem a ver com coisas que há muito tempo não se sentiam\faziam)! Mas agora já não. Porquê? Talvez por a velha paixão ser incapaz de incluir novas paixões. Talvez por existir um certo gozo na vitimização, pelo menos na controlada. Mas, o caminho é quase sempre em frente, só ocasionalmente para trás.
Uma viagem tão boa, num barco tão bom, com uma música tão boa… Porque não desfrutar o momento? Porque não esquecer o problema, se é que é problema?
DESEJOS
Sem dúvida que a satisfação dos desejos dá felicidade e gozo. Mas, o desejo descontrolado não é bom.
TEMPO
Parece que, à medida que a nossa percepção de processos, seres e coisas melhora, a distinção entre futuro e passado desaparece.
10776

Wednesday, January 10, 2007


MOMENTOS
É erro pensar/ver Deus, a Vida, o Amor, a Sorte, a Riqueza, o Bem Estar separados do presente MOMENTO.
O QUE NOS MOVE
Temos de ter consciência que não só o que fazemos, mas também o que pensamos, desejamos, dizemos e escrevemos determina e afecta toda a realidade, tudo o que nos acontece e aos demais seres.
A única coisa que nos interessa é acabarmos com a dor e sermos, todos, felizes, desfrutando de todo o bem estar e seus prazeres. Este, e mais nenhum outro, tem de ser o grande objectivo de todos os seres e pessoas. Também não desprezamos, para atingirmos estes alvos, o contributo de seja quem quer que for.

Monday, January 08, 2007


GANHAR (II)
Trabalhos bem feitos, honestidade, filhos bem encaminhados, darmo-nos bem com todos, ajudarmos familiares, amigos e vizinhos, não falarmos nem só bem nem só mal, ouvirmos e perguntarmos antes de falarmos/escrevermos, termos paciência e amor…
O subconsciente corrige-se com o consciente, com a reposição da justiça e do amor.
Não é só a Casa do Povo de Montargil que tem problemas de infiltrações, é também a minha casa na mesma vila de Montargil.

Andar aos caídos não é nada bom…
Quem trabalha bem, merece ser rico.
Gosto do equipamento do Montargilense: amarelo e azul.

GANHAR

Espírito e matéria são um, influenciam-se um ao outro. As ideias\crenças dependem da realidade e a realidade depende das ideias, pensamentos, desejos. Isto aplica-se tanto às crenças conscientes como às subconscientes, tanto à realidade visível como à invisível: p.e.: se subconscientemente pensamos que não merecemos ser ricos, ganhar, ser saudáveis, fortes, conhecedores, e, amados... iremos ajudar à criação da nossa pobreza, doença, miséria, e, ao isolamento. Mas, o subconsciente também é influenciado pelo consciente de outros...

“ As nossas convicções subconscientes fazem com que ajamos de um certo modo como para ganhar menos (ou gastar mais do que ganhamos) ou para ficarmos tímidos com as pessoas... Na realidade, quando observamos ( e o Zen e a Magia ajudam-nos na observação) nosas definições de «trapacear», «rico» e «amado», verificamos que elas são muito pessoais... Criamos nossas experiências de acordo com as interpretações que damos a elas...” (Págs. 10 e 11 de “Zen, Magia e Intuição”, de Inez Diane Stein)


ILUMINAÇÃO:
O que devemos\temos de fazer, a nossa própria natureza, o apego certo: se uma garrafa está cheia não leva mais nada, se está meia pode ser cheia.
Uma mente iluminada não vê problemas em quase nada.
DESEJO E NÃO DESEJO
Para uns poderem não desejar (desejar pode de facto tornar-se um grande problema), outros têm de o fazer. Tanto o desejo exagerado como nenhum desejo causam problemas.

Sunday, January 07, 2007

MOMENTO A MOMENTO
Não faz sentido algum um ser matar outro ou autodestruir-se.
Também o dualismo público-privado tem de acabar: cada um tem de ser mais o outro.
Há tanta coisa boa para todos ganharmos em cada momento: boas vistas, bons amigos, bons descansos, bons sabores, boas relações, bem estar, boas roupas, boas casas, bons resultados, bom dinheiro, bons edifícios, bons transportes, bons conhecimentos… Podemos ganhar sempre todos em cada momento.
Por que havemos de fixar-nos em coisas/seres que consideramos erradamente mais importantes e fazer a nossa felicidade depender disso?

COMO QUE UM JOGO
A vida é como que um jogo, com duas equipas. Cada um de nós é elemento de uma das duas equipas. Cada um de nós tem uma função na equipa. Espera-se que ganhemos, sem o adversário(a) perder. Por vezes esperam de nós impossíveis, outras vezes não damos o que podemos dar e devemos.
DESEJO
Que as pessoas e seres que nos vêem, nos ouvem, nos lêem ou são tocadas ou lembradas por nós, deliberadamente ou não, fiquem felizes, porque lhes desejamos bem estar, prazer e felicidade, mesmo que obstáculos se levatem entre elas e nós.
MONTARGILENSE - CAMPOMAIORENSE
O Grupo Desportivo Montargilense empatou hoje em casa a um golo, com o Campomaiorense, a contar para o Campeonato Distrital de Futebol de Séniores. Considerando certamente os orçamentos de cada equipa, este empate foi uma proeza não menor do que, p.e., a vitória do Atlético de Lisboa, nas Antas.
Notou-se outra vez a equipa de arbitragem beneficiar as equipas de mais perto de Portalegre. O Campomaiorense tinha especialmente dois jogadores, o 8 e o 17, acima da média. O Montargilense parece mostrar mais consistência: fruto seguramente de mais treino. O Tiago e o Cabé voltaram a não estar presentes. Um novo elemento, com o nº 11, não deu para mostar a sua valia. O guarda redes, Pedro Cláudio voltou a fazer uma grande exibição. O José Paulo, que entrou para o seu lugar, jogou muito bem, mais o "Perdido", que marcou o nosso golo. O Jó, que entrou para o lugar de um Júnior cansado, também foi importante. É pena alguns jogadores não poderem treinar com a equipa durante a semana. Estão todos, com o novo treinador, senhor Paulo Rocha, de parabéns!

Friday, January 05, 2007

TRUTH/VERDADE
It is not enough a world without pain; don’t let ourselves to be deceived: not only is not pain inevitable, as, can well being and pleasure triumph.
Não basta um mundo sem sofrimento; não nos deixemos enganar: não só não é inevitável o sofrimento, como podem triunfar o prazer e o bem estar.
INTUIÇÃO
Intuição é estarmos totalmente cientes da nossa experiência a cada momento, procurando melhorar tudo. Não é dualista/exclusivista, mas holística, incluindo a tudo e a todos, embora não todos com a mesma intensidade.
Leva-nos, com a razão, além da nossa realidade comum, e harmoniza interior com exterior, perto com longínquo, subconsciente com inconsciente. Permite-nos o acesso a informações, dentro e fora de nós, que não estão normalmente disponíveis. Não há iluminação sem intuição.
OBSERVAÇÃO
É muito importante sermos bons observadores, estarmos autoconscientes. Podemos treinar a observação concentrando-nos, p.e., na respiração, um dos actos fundamentais da vida.
COMO AS COISAS ACONTECEM
Nós influenciamos as coisas, os acontecimentos, os processos pelas nossas crenças e desejos. Em última análise, o que nos acontece nada mais é do que a prolongamento desses esquemas de pensamento, conscientes e inconscientes: p.e.: se nos convencerem\convencermos de que as necessidades são mais do que os recursos (mentalidade da escassez), dificilmente iremos ter abundância seja do que quer que for.
Pensamentos e desejos claros, repetidos e não contraditórios, para o bem ou para o mal, com as devidas consequências, acabam por, mais cedo ou mais tarde, se concretizar.
ZAZEN
Zazen serve não só para disciplinar a mente como para fazer todas as coisas, e, é muito bom para o corpo: pés, costas, pulmões, etc.. O que é que sabemos de Deus, de meditação, de zazen?
Zazen serves no only to discipline the mind as to make all things, and, is very good to the body: feet, back, lungs, etc.. What do we Know about God, meditation and zazen?
PROBLEMATICS\PROBLEMÁTICOS
Até os problemáticos têm alguém que é melhor…
Even problematics have some ones that are better…
17 – 20 – 29 – 33 - 44
1 - 4

Thursday, January 04, 2007

ETERNOS APRENDIZES
A nossa “mente original” inclui em si todas as coisas. Ela é sempre rica e auto-suficiente. Não devemos perder esse estado mental auto-suficiente. Isto quer dizer uma mente não fechada mas sim, aberta, vazia e alerta. Se a nossa mente está vazia, está pronta para qualquer coisa; ela está aberta a tudo. Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito. Se pensamos que já sabemos tudo, como aprenderemos e apreenderemos o resto e o novo?
Assim, manter a nossa "mente de principiante" é muito importante. Não temos de saber tudo, embora seja bom existir uma tendência para tal, mas, devemos ouvir\ler tudo, cada frase, com uma mente virgem.
Também o real segredo das artes é esse: ser sempre um principiante.
ILUMINAÇÃO
Iluminação: vermos as coisas como realmente são, sensações agradáveis, de poder, fora do comum...
DISCRIMINAR
Discrimiar é importante, mas, se discriminamos demais, limitamo-nos.
AMBIÇÃO
Há uma ambição natural, ou talvez não, e salutar, mas, se formos exigentes ou ambiciosos em excesso, a nossa mente deixa de ser rica e auto-suficiente. Se nossa mente perder sua auto-suficiência original, todos os preceitos se perderão. Quando a nossa mente se torna exigente, quando ansiamos muito por algo, acabamos por violar os preceitos: não mentir não roubar, não matar, não ser imoral e assim por diante. Se conservarmos a nossa mente original, os preceitos se manterão por si próprios.
COMPAIXÃO\JUSTIÇA
Quando a nossa mente é compassiva e justa, torna-se ilimitada. O mestre Dogen, sempre enfatizou a importância de preservar nossa mente original ilimitada. Com ela somos verdadeiros connosco, estamos em comunhão com todos os seres e podemos, de facto, realizar-nos.
OBJECTIVOS
Para quê muitos e complicados objectivos, se se situarem sempre num futuro que nunca chega, se nos impedirem de viver verdadeira, inspirada e intensamente os momentos presentes?
Inspiração: você, Inês Stein, Alan Watts, Weiss, Covey, Rinpoche, Deshimaru e muitos, muitos outros e outras...

Wednesday, January 03, 2007


AFIRMAÇÃO/DECLARATION
A verdade mais alta, "Eu sou", por exemplo, é uma afirmação.
The highest truth, "I am", for example, is a declaration.

CENTER\CENTRO
The center is neither in you, neither in me: it is in both of us, in the midlle of us.
ERROS-ERRORS
Não podemos cometer o mesmo erro outra vez, ou podemos?
We can´t commit the same error other time, or we can?
ESCREVER/TO WRITE
De pouco interessa escrever por escrever, escrever/falar o que não somos, escrever quando não devemos escrever, desligarmo-nos do que escrevemos\dizemos... É o dualismo outra vez, fonte da dor. Mas, quando somos o que dizemos-escrevemos, vasto, substancial, belo, amoroso, mágico, dinâmico... Somos felizes e fazemos outros felizes.
It is of little value write for write, write/speak what we aren't, to write when we must not write, to desconect us from what we write\say... It is dualism again, fount of pain. But, when we are what we say-write, vast, substancial, beautyful, loving, magic, dinamic... we area happy and make others happy.
PÔR-TIRAR/TO PUT-TO TAKE OUT
We can have the same pleasure, of the perfect body, of levity, far example, when we take out weight, as when we put it.
Podemos ter o mesmo prazer, do corpo perfeito, da leveza... quando tiramos, peso, por exemplo, que quando o pomos....
BEAUTY\BELEZA
Beauty is perfect proportion, perfect fitting to the function/place.
THOUGHTS\PENSAMENTOS
Pensar que uma pessoa é, por exemplo, má, não é a mesma coisa que essa pessoa ser má.
To think that a person is bad, for example, is not the same thing that that person be bad.

Tuesday, January 02, 2007

GOD\DEUS
I’m atheist? In any way. How can a being who doesn’t creates himself to be atheist, disconsider a being before/great than him? But, my God is not a God who is outside of me, is a God who creates with me, who identifies with me, who is happy and rich with me, who doesn’t make difference between spirit and matter, and, who relates like so with all the others beings and matter.
Sou ateu? De modo algum. Como pode um ser que não se cria ser ateu, desconsiderar um ser antes/maior do que ele? Mas, o meu Deus não é um Deus fora de mim, é um Deus que cria comigo, que se identifica comigo, que é feliz e rico comigo, que não faz distinção entre espírito e corpo, e, que se relaciona assim com todos os demais seres e matéria.
CENTRO/CENTER
Só se não houvesse mais nenhum ser além de nós é que podíamos ser egocentrados! Mas, como há miríadas de seres, estamos centrados em todos, nós inclusos e em Deus.
Only if there wasn’t no more beings except us, could we be egocentered! But, as there are myriades of beings, we are centered at all beings, we included and God.
PLEASURE AND PAIN/PRAZER E DOR
It is not to be nor pain nor bad being neither in universe, neither in multiverse. But, if the head has no judgement, suffers her and the body.
Não é para haver dor nem mal estar nem no universo nem no multiverso: só bem estar, gozo e prazer. Mas, se a cabeça não tem mesmo juízo, sofre ela e o corpo!
DESEJO\DESIRE
Acabar com o desejo era acabar com a vida, com tudo (niilismo): mas temos de pôr fim aos maus e injustos quereres, e, acima de tudo de criar e desenvolver em todos e tudo grandes, justos, bons e nobres desejos!
To finish with desire was to finish with life, with everything (niilism): but we have to put an end to bad and injust desires, and, above all, we have to create and improve in all and everything, just, good and noble desires!
JUSTICE/JUSTIÇA
Matar animais e pessoas, fazer excisões e circuncisões, assustar e bater em crianças por tudo e por nada, e, não receber o mesmo em troca? Só se Deus e a justiça e os justiceiros não existissem!
Kill animals and people, to make excisions and circumcisions, to frighten and beat children at any momente, and, not to receive the same in exchange? Only if God, justice and impatials didn’t exist!
GUERRA E PAZ
Há qualquer coisa de guerreiro na vida: a energia, a força, o "pressing" certo não têm nada de mau, são úteis e até belos. O que está obviamente errado na guerra e nos guerreiros, de qualquer espécie, é a violência gratuita, o ataque injusto ou traiçoeiro...E, atacar excessiva e frontalmente o adversário, mesmo o injusto, só lhe dá mais força, para ele fazer eventualmente ainda pior.

Monday, January 01, 2007


SIM ou NÃO?
Não façamos nada a fim de relaxar, ou, façamos? (Don’t make anything to relax, or make?)
Uma espontaneidade controlada é pura contradição? (A controled spontaneity is it pure contradition?)
PAIN/PLEASURE
If we have a pain in anus, we go to toilet seat. Even gases can cause pain. If we eat more than one time a day, why go to toilet less times?… And, seat’s toilets could be perfect: naturally, we don’t evacuate in the posture of the seat toilet. And, pain is also surpassed by pleasure! (Se temos dor no ânus, vamos à sanita. Até gases podem causar dor. Se comemos mais do que uma vez por dia, porquê ir à “casinha” menos vezes? E, as sanitas podem ser perfeitas: naturalmente, não evacuamos na postura da sanita. E, a dor também é ultrapassada pelo prazer)!
There is something comic in all this.
Nobody likes pain, and, we can put an end to pain!
We can make great, beautiful and pleasant things.
To love all, to love everything.
Amar a todos, amar tudo!
Podemos fazer coisas grandes, belas e agradáveis!
Ninguém gosta da dor, e, podemos acabar com a dor!
Há algo cómico em tudo isto.
The fact that we don’t remember the first years of our live (or of our sleeps) don´t means we didn´t exist in that time! We are eternal. We can remember also that times! (O facto de não lembramos os primeiros anos da nossa vida ( ou dos nossos sonos) não significa que não existimos nesses tempos! Somos eternos. Podemos também lembrar aqueles tempos!
DUPLA AMARRAÇÃO?
“… A divisão do homem em um Eu superior e um Eu inferior não esclarece a questão do autocontrole, porque ela continua sendo uma descrição útil da dinâmica do controle tão-somente quando a vontade (o Eu superior) consegure dominar os sentimentos (o Eu inferior). Mas, se a mente falha (but, if the mind fails) e necessita de algum modo, fortalecer-se (and has the necessity, in some way, to fortify) e transformar-se (and transform herself) da má para a boa vontade, (from the bad to the good will) então toda essa descrição dualística do homem (then all that dualistic description of man) não é apenas inútil, mas confusa (is not anly useless, but confused). Porque esta é uma maneira de pensar (because this is a way of thinking) que divide o homem dentro de si mesmo exactamente naquele momento em ele, mais do que nunca, tem de “ser ele mesmo” (which divides man inside himself exactly in the moment in which he has to be “he, himself”). Ou seja, quando a vontade luta contra contra si mesma e está em conflito consigo mesma, cai num estado de paralisia, como uma pessoa que quisesse seguir ao mesmo tempo em direcções opostas. Nesses momentos, a vontade tem que libertar-se dessa paralisia, quase da mesma forma que se tem de virar a roda dianteira da bicicleta para a direcção em que sentimos que vamos cair. O moralista, como o aprendiz de ciclista, não acreditará nunca que, virando para a direcção na qual a vontade falha, não aconteça outra coisa senão uma completa queda moral. E, apesar disso, o facto psicológico inesperado é que o homem não pode se controlar a não ser que se aceite a si mesmo. Em outras palavras, antes de mudar o curso da ação, ele tem de ser sincero, e ir a favor não contra a sua natureza, mesmo quando saiba que a tendência da sua nature­za é para o mal, para a queda. E o mesmo acontece ao se velejar num barco, pois, quando se quer velejar contra o vento, tudo o que se tem de fazer é colocar as velas na direção do vento; manobra-se contra o vento, mantendo-se o vento nas velas. Assim também o motorista evita a derrapagem virando a direção para o lado onde o carro está derrapando.
Nosso problema é que toda a doutrinação recebida, ao longo dos anos, sobre o pensamento dualístico nos leva a acreditar que só podemos controlar nossa natu­reza voltando-nos contra ela. Contudo, trata-se do mesmo falso bom senso que leva o motorista, instinti­vamente, a virar a direção para o lado contrário da der­rapagem do automóvel. Para manter o controle, temos de aprender reacções novas, assim como aprendemos na arte do judo a não resistir contra um ataque ou uma queda, mas controlá-los, inclinando-nos para a di­reção que nos levam. Pois o judô é uma aplicação dlireta, na luta, das filosofias do Zen e do Tao, do Wu wei, de não reagirmos contra a natureza, de não nos opormos frontalmente à direção das coisas. O objectivo da maneira de viver Zen é a experiência do despertar ou da iluminação (na linguagem corrente da psicologia, diríamos intuição), na qual o homem esca­pa à paralisia, foge da "amarração dupla" em que a idéia dualistica do autocontrole e da autoconsciência o prendiam. Nessa experiência, o homem supera o sen­timento de divisão e de separação - não apenas de si mesmo, como o Eu Superior que controla o Eu Inferior controlado, mas do universo total de todos os seres e de todas as coisas. O Zen oferece um exemplo único, simples e clássico da maneira de reconhecer e resol­ver o conflito ou a contradição da autoconsciência.
O estudante do Zen defronta-se com um Mestre que experimentou, ele mesmo, o despertar, e é, no melhor sentido da expressão, um homem completa­mente natural. Pois, adepto do Zen é aquele que con­segue ser humano, com a mesma naturalidade e au­sência de conflito com que uma árvore é uma árvore. Esse homem se assemelha a uma bola que desce da montanha pelo fluxo do rio; ele não hesita, não pára, não se embaraça em nenhuma situação. Sua mente não perde o rumo ou hesita porque, embora possa pa­rar para pensar num problema que surge, o fluxo da consciência corre livremente, sem colidir com as barreiras da ansiedade e da dúvida, que giram sobre si mesmas sem levar a lugar nenhum. Não se preci­pita e nem tem pressa de agir; simplesmente conti­nua, É exatamente a isto que o Zen chama despren­der-se - não ser desprovido de emoção ou sentimen­lo, mas ser uma pessoa na qual o sentimento não é bloqueado ou paralisado, e através da qual as expe­riências do mundo refletem-se como as imagens dos pássaros sobre a água. Embora senhor de uma liberdade interior total, ele não é, como o libertino, um revoltado contra os padrões da sociedade, e nem está…”
Fonte: “O Zen e a Experiência Mística”, de Alan W. Watts, da Culturix


MENTE/CORPO
Amar tanto o morto, como vivo, como o semi-morto/vivo. Não ter nem corpo/bens nem espírito a mais nem a menos.
Tudo começa na mente. Controlar a mente e o corpo é preciso.
Resistir fortalece e apoiar também.
Tudo começa no corpo. Controlar o corpo e o resto é possível.
Se queremos ser viajantes, ricos, tranquilos, controlados, sábios, saudáveis… devemos começar a viver como tal…
Há pessoas, livros, filmes, músicas, comidas, lugares, telas, casas, animais, barcos, carros, aviões… que são fora do comum: é preferível estar com eles (neles), ouvi-los, falar-lhes repetidas vezes do que com outros (noutros) novos mas banais, mas, não podemos ignorar nada nem ninguém: aqules também já foram como estes.
SOMOS
Somos uns vermes;
Somos génios;
Somos uns Hermes,
Uns convénios.
“FILOSOFIA DO NÃO-PROVEITO:
MUSHOTOKU
Mushotoku significa: não proveito, não desejo de adquirir (mu =negação, shotoku = proveito).
Shikan significa tal como mushotoku: sem objectivo, sem pro¬veito.
Um dos princípios mais importantes do Mestre Dogen é que não se deve nem desejar adquirir, nem dar com a ideia de receber. Mushotoku é o princípio essencial. Está concretizado em shikantaza: a arte de se sentar sem objectivo (posição do Buda) é disso significante.
Quando o Homem age ou dá quer receber compensação, mas o zen é a filosofia do não proveito.
Em zazen, o discípulo deve tentar obter «o mais elevado de si» com um perfeito desinteresse. Se há desejo de atingir um objectivo, esse objectivo falha. O puro torna-se impuro.
Do mesmo modo, em toda a obra de arte, toda a criação, o artista deve dar-se por inteiro, sem se ocupar em atingir a glória, a beleza, a riqueza e sem se sacrificar a modas. Deve exprimir-se no seu melhor, sem compromisso. Então a obra poderá ser bela, pura, humana.
Acontece o mesmo na procura da sabedoria. O discípulo não deve desejar a sabedoria nem a felicidade. Mas obterá a sabedoria se dia após dia procurar conhecer-se, ultrapassar-se, dar-se, sem esperar memhum proveito pessoal nenhum proveito pessoal. Se obtém a gratuidade dos seus , a felicidade vem por acréscimo.
Todo o apego, qualquer que seja a sua natureza, aliena a liberdade humana.
Quebrar os laços, os hábitos, amar sem apego, agir sem objec¬tivo pessoal.
Manter as mãos abertas, dar, abandonar todas as coisas sem medo de perder, nunca procurar adquirir, essa é a disciplina do adepto zen.
A verdade reside na simplicidade.
Atentos, viremos o nosso olhar para o interior, o lado nocturno do ser, a nossa noite humana. A aurora levantar-se-á. O mundo da experiência existe só no nosso espírito.
A paz, o desapego, serão a prova da eficácia da nossa procura.
A nossa vida não se torna, assim, nem pequena, nem estreita, nem solitária.
O nosso corpo e o universal são unos.
O nosso ego e o universal são unos.
O satori, nirvana, é a liberdade.
O satori exige o dom total de si.
O satori exige o total desapego de interesses privados, espirituais e materiais.
O satori exige o amor perfeito.
A comunicabilidade é fonte de amor, de força, de alegria.
Mestre Dogen diz: «Mantenham as mãos abertas; toda a areia do deserto passará através delas. Fechem as mãos; obtereis alguns grãos de areia.
Sejam vigilantes, disponíveis a todo o instante, afinem a vossa do que a espada mais afiada. Só então estareis na Via.”
Fonte: “Verdadeiro Zen”, de Taisen Deshimaru, da Sete Estrelo - Lisboa