(Continuação)
Brian Weiss
SAIR DA SOMBRA
Sente que é cada vez maior a necessidade de procurar novas respostas?
Sim, acho que as pessoas procuram mais significado, mais compreensão, porque o mundo está cada vez mais difícil, com o uso errado da tecnologia e líderes que não são capazes nem iluminados. Por outro lado, há maior divulgação deste tipo de experiências, e isto leva as pessoas a pensarem: "Estas experiências lembram-me a que eu tive quando tinha 14 anos e que nunca contei a ninguém porque não queria que me achassem estranho ou esquisito"...
Que tipo de experiência? Uma memória? Uma visão?
Pode ser qualquer coisa, um sonho, uma memória, uma experiência espontânea de vida passada, uma experiência espiritual ou uma visita de um ser espiritual, mas as pessoas não a contam aos outros, porque não querem ser consideradas estranhas ou esquisitas ou malucas. Mas agora lêem o seu artigo e dizem: "Eu não era estranho, isto também aconteceu a outras pessoas". Através dos livros, dos artigos, da televisão e dos outros meios de comunicação social, dos filmes, as pessoas vêem que isto não é assim tão raro, é bastante comum. E pensam: "Eu não sou maluco por falar das minhas experiências". Por isso há cada vez mais pessoas a assumirem isso publicamente.
UM MUNDO REAL
Há muitas pessoas que não acreditam neste tipo de experiências. É difícil para quem vive no mundo real, tão estranho à reencarnação, aos espíritos, às visões. São dois mundos difíceis de conciliar, não acha?
Sim, porque um é mais concreto, é o que vemos e sentimos, mas não quer (fizer que o outro mundo não seja real. Podemos soprar num apito para cães e não ouvir nada, por isso os cépticos dizem: "este apito está estragado, não funciona, não faz nenhum som". E no entanto os cães vão na sua direcção porque ele emite um som que está para além da frequência humana. Neste caso é a mesma coisa. Não ser visível não significa ser irreal.
É mesmo real?
É real, muitas pessoas tiveram experiências de vidas passadas que conseguimos validar, provar. Se tivéssemos sido educados na cultura indiana, diríamos "Claro, porque me está a falar disso? Já conheço a reencarnação”. Porque o conceito lhes foi ensinado em crianças e à maioria das pessoas do ocidente não. Mas não faz com que seja mais ou menos válido. É por isso que tentamos reunir provas e casos, e trabalhei muito ao nível da validação. Mas há outro nível, aquele em que trabalham os terapeutas e os médicos, e que é o nível da cura. Já o constatei vezes sem conta, as pessoas lembram-se de uma vida passada e os seus sintomas melhoram. Podem ter uma fobia por afogamento no século XVII, lembram-se de onde vem, e ela desaparece. Mas validado ou não, é sempre muito curativo.
MUDAR O DESTINO
Concorda que há muita gente a trabalhar com estes conceitos da maneira errada, a um nível muito superficial, de uma forma menos séria?
Sim, é verdade. Por exemplo, conheci algumas pessoas que acham que não têm de ajudar uma pessoa em sofrimento ou que se está a afogar porque é o karma dela, tem de passar por aquilo. Mas eu acho que não, é o conceito de livre vontade, de escolha própria, e devemos ajudá-los porque temos de aprender sobre a compaixão, podemos salvar uma pessoa e ajudá-la. Salvá-la, muda o presente, obviamente, e muda o futuro dela e o nosso. Existem muitos futuros, existem muitas possibilidades. Temos a oportunidade de intervir e mudar o destino. E devemos fazê-lo especialmente no sentido da ajuda e da compaixão, como no caso das vítimas do furacão Katrina.
O que podemos dizer a essas pessoas?
Brian Weiss
SAIR DA SOMBRA
Sente que é cada vez maior a necessidade de procurar novas respostas?
Sim, acho que as pessoas procuram mais significado, mais compreensão, porque o mundo está cada vez mais difícil, com o uso errado da tecnologia e líderes que não são capazes nem iluminados. Por outro lado, há maior divulgação deste tipo de experiências, e isto leva as pessoas a pensarem: "Estas experiências lembram-me a que eu tive quando tinha 14 anos e que nunca contei a ninguém porque não queria que me achassem estranho ou esquisito"...
Que tipo de experiência? Uma memória? Uma visão?
Pode ser qualquer coisa, um sonho, uma memória, uma experiência espontânea de vida passada, uma experiência espiritual ou uma visita de um ser espiritual, mas as pessoas não a contam aos outros, porque não querem ser consideradas estranhas ou esquisitas ou malucas. Mas agora lêem o seu artigo e dizem: "Eu não era estranho, isto também aconteceu a outras pessoas". Através dos livros, dos artigos, da televisão e dos outros meios de comunicação social, dos filmes, as pessoas vêem que isto não é assim tão raro, é bastante comum. E pensam: "Eu não sou maluco por falar das minhas experiências". Por isso há cada vez mais pessoas a assumirem isso publicamente.
UM MUNDO REAL
Há muitas pessoas que não acreditam neste tipo de experiências. É difícil para quem vive no mundo real, tão estranho à reencarnação, aos espíritos, às visões. São dois mundos difíceis de conciliar, não acha?
Sim, porque um é mais concreto, é o que vemos e sentimos, mas não quer (fizer que o outro mundo não seja real. Podemos soprar num apito para cães e não ouvir nada, por isso os cépticos dizem: "este apito está estragado, não funciona, não faz nenhum som". E no entanto os cães vão na sua direcção porque ele emite um som que está para além da frequência humana. Neste caso é a mesma coisa. Não ser visível não significa ser irreal.
É mesmo real?
É real, muitas pessoas tiveram experiências de vidas passadas que conseguimos validar, provar. Se tivéssemos sido educados na cultura indiana, diríamos "Claro, porque me está a falar disso? Já conheço a reencarnação”. Porque o conceito lhes foi ensinado em crianças e à maioria das pessoas do ocidente não. Mas não faz com que seja mais ou menos válido. É por isso que tentamos reunir provas e casos, e trabalhei muito ao nível da validação. Mas há outro nível, aquele em que trabalham os terapeutas e os médicos, e que é o nível da cura. Já o constatei vezes sem conta, as pessoas lembram-se de uma vida passada e os seus sintomas melhoram. Podem ter uma fobia por afogamento no século XVII, lembram-se de onde vem, e ela desaparece. Mas validado ou não, é sempre muito curativo.
MUDAR O DESTINO
Concorda que há muita gente a trabalhar com estes conceitos da maneira errada, a um nível muito superficial, de uma forma menos séria?
Sim, é verdade. Por exemplo, conheci algumas pessoas que acham que não têm de ajudar uma pessoa em sofrimento ou que se está a afogar porque é o karma dela, tem de passar por aquilo. Mas eu acho que não, é o conceito de livre vontade, de escolha própria, e devemos ajudá-los porque temos de aprender sobre a compaixão, podemos salvar uma pessoa e ajudá-la. Salvá-la, muda o presente, obviamente, e muda o futuro dela e o nosso. Existem muitos futuros, existem muitas possibilidades. Temos a oportunidade de intervir e mudar o destino. E devemos fazê-lo especialmente no sentido da ajuda e da compaixão, como no caso das vítimas do furacão Katrina.
O que podemos dizer a essas pessoas?
Bem, acho que não devemos culpá-las, não devemos dizer: "Este é o vosso karma, estarem nesta situação".
Seria terrível dizer-lhes isso.
Seria terrível, e pode não ser o karma delas, mas é a sua situação particular. Mas estando naquela situação, dão-nos a oportunidade de as ajudar, e talvez elas também aprendam uma lição, que pode consistir em receber ajuda, receber amor, porque se ninguém recebesse amor, quem o daria? Tem de ser equilibrado.
VIDA APÓS A MORTE
A vida não acaba com a morte?
Não, a vida não acaba com a morte, a vida continua, e é assim que chegamos à reencarnação. Constato-o todos os dias, ao longo de 25 anos, testemunho este fenómeno incrível. Percebo que para o leitor seja mais difícil entender. O problema é que nos identificamos com o corpo. Dizemos: "Sou o meu corpo e por isso vou morrer". Mas só em parte é verdade, o corpo morre, mas nós não. Nós não somos só o nosso corpo, usamo-lo como um condutor usa um carro e temos de manter o corpo saudável, da mesma forma que tratamos do carro, senão não funciona. Mas depois do corpo morrer, a alma continua, vai para o estado intermédio, aprende as suas lições, continua a aprender nesse estado, e volta para aprender mais na Terra. Que é uma escola muito difícil, porque nela existem corpos, existem emoções e existem relações. E por isso aqui temos dor, doença e perda por causa da natureza do corpo. Aqui existe sofrimento. No outro lado não há sofrimento porque já não temos o corpo, não precisamos dele, e as relações são diferentes.
O FUTURO JÁ EXISTE
Como é que as pessoas chegam à vida futura?
O método é o mesmo. Coloco as pessoas num estado profundamente relaxado, e mando-as ir aonde estiver o problema, seja no passado, no presente, no futuro ou na infância, e elas vão. E as pessoas falam espontaneamente do futuro, das vidas futuras.
É espantoso.
Descobri, através do meu trabalho, que as pessoas que se suicidaram em vidas passadas voltam mais depressa, e frequentemente enfrentam uma situação parecida para aprenderem que há outras formas de lidar com o problema. Depois olham para o futuro e vêem que vão repetir a mesma coisa, que o padrão persiste, tal como os padrões de abuso persistem. Até encontrarem uma forma diferente de lidar com o problema, para poderem acabar com o padrão. E o mesmo acontece com o preconceito. Se detestamos determinadas pessoas, podemos renascer como esse tipo de pessoas. Devemos aprender que o ódio não é uma característica da alma, por isso não podemos ser preconceituosos, não podemos odiar, senão teremos de renascer como essas pessoas para aprender que somos todos iguais. Mas se uma pessoa vir a sua vida futura, pode mudar o seu comportamento nesta vida para que esse futuro não aconteça. Comecei a fazer progressões com várias centenas de pessoas de uma vez, e levei-as a datas específicas no futuro, e descobri que no futuro mais longínquo, mais de mil anos para a frente, elas descreviam a mesma coisa, com um consenso superior a 80% vivíamos num planeta muito pacífico e idílico, com uma população muito reduzida. Num futuro mais próximo, daqui a cem ou duzentos anos, haveria poluição, aquecimento global, guerras, mas também uma ciência melhor, uma produção de alimentos melhor, e entretanto não tinha acontecido nenhum cataclismo. Mas entre estas duas épocas, aconteceu alguma coisa que reduziu a população.
O quê?
Aí não há consenso. Parece ainda estar em aberto, mas podemos ser nós a decidir. Talvez seja apenas uma diminuição da natalidade, mas pode ter acontecido alguma coisa que causou essa diminuição da população no planeta, o que já não é tão bom. Mas temos a escolha, como disse. Fiquei contente por saber que daqui a cem anos ainda cá estaremos, que entretanto não aconteceu nenhum cataclismo avassalador. Talvez haja guerras, doenças, mas a maioria de n6s ainda estará cá, as cidades ainda existirão, haverá mais poluição, em especial da água, dos oceanos, mas haverá uma ciência melhor, por isso tudo se manterá. O problema é daqui a 500 anos, mas não é o fim do mundo. Até agora nenhuma profecia de cataclismo ou apocalptica foi verdadeira, não aconteceu nada.
Seria terrível dizer-lhes isso.
Seria terrível, e pode não ser o karma delas, mas é a sua situação particular. Mas estando naquela situação, dão-nos a oportunidade de as ajudar, e talvez elas também aprendam uma lição, que pode consistir em receber ajuda, receber amor, porque se ninguém recebesse amor, quem o daria? Tem de ser equilibrado.
VIDA APÓS A MORTE
A vida não acaba com a morte?
Não, a vida não acaba com a morte, a vida continua, e é assim que chegamos à reencarnação. Constato-o todos os dias, ao longo de 25 anos, testemunho este fenómeno incrível. Percebo que para o leitor seja mais difícil entender. O problema é que nos identificamos com o corpo. Dizemos: "Sou o meu corpo e por isso vou morrer". Mas só em parte é verdade, o corpo morre, mas nós não. Nós não somos só o nosso corpo, usamo-lo como um condutor usa um carro e temos de manter o corpo saudável, da mesma forma que tratamos do carro, senão não funciona. Mas depois do corpo morrer, a alma continua, vai para o estado intermédio, aprende as suas lições, continua a aprender nesse estado, e volta para aprender mais na Terra. Que é uma escola muito difícil, porque nela existem corpos, existem emoções e existem relações. E por isso aqui temos dor, doença e perda por causa da natureza do corpo. Aqui existe sofrimento. No outro lado não há sofrimento porque já não temos o corpo, não precisamos dele, e as relações são diferentes.
O FUTURO JÁ EXISTE
Como é que as pessoas chegam à vida futura?
O método é o mesmo. Coloco as pessoas num estado profundamente relaxado, e mando-as ir aonde estiver o problema, seja no passado, no presente, no futuro ou na infância, e elas vão. E as pessoas falam espontaneamente do futuro, das vidas futuras.
É espantoso.
Descobri, através do meu trabalho, que as pessoas que se suicidaram em vidas passadas voltam mais depressa, e frequentemente enfrentam uma situação parecida para aprenderem que há outras formas de lidar com o problema. Depois olham para o futuro e vêem que vão repetir a mesma coisa, que o padrão persiste, tal como os padrões de abuso persistem. Até encontrarem uma forma diferente de lidar com o problema, para poderem acabar com o padrão. E o mesmo acontece com o preconceito. Se detestamos determinadas pessoas, podemos renascer como esse tipo de pessoas. Devemos aprender que o ódio não é uma característica da alma, por isso não podemos ser preconceituosos, não podemos odiar, senão teremos de renascer como essas pessoas para aprender que somos todos iguais. Mas se uma pessoa vir a sua vida futura, pode mudar o seu comportamento nesta vida para que esse futuro não aconteça. Comecei a fazer progressões com várias centenas de pessoas de uma vez, e levei-as a datas específicas no futuro, e descobri que no futuro mais longínquo, mais de mil anos para a frente, elas descreviam a mesma coisa, com um consenso superior a 80% vivíamos num planeta muito pacífico e idílico, com uma população muito reduzida. Num futuro mais próximo, daqui a cem ou duzentos anos, haveria poluição, aquecimento global, guerras, mas também uma ciência melhor, uma produção de alimentos melhor, e entretanto não tinha acontecido nenhum cataclismo. Mas entre estas duas épocas, aconteceu alguma coisa que reduziu a população.
O quê?
Aí não há consenso. Parece ainda estar em aberto, mas podemos ser nós a decidir. Talvez seja apenas uma diminuição da natalidade, mas pode ter acontecido alguma coisa que causou essa diminuição da população no planeta, o que já não é tão bom. Mas temos a escolha, como disse. Fiquei contente por saber que daqui a cem anos ainda cá estaremos, que entretanto não aconteceu nenhum cataclismo avassalador. Talvez haja guerras, doenças, mas a maioria de n6s ainda estará cá, as cidades ainda existirão, haverá mais poluição, em especial da água, dos oceanos, mas haverá uma ciência melhor, por isso tudo se manterá. O problema é daqui a 500 anos, mas não é o fim do mundo. Até agora nenhuma profecia de cataclismo ou apocalptica foi verdadeira, não aconteceu nada.
QUAL O PROPÓSITO DAS ALMAS?
Aprender acerca do amor em todos os seus aspectos.
Não sei por que é que tudo isto foi criado, mas o propósito tem de ser aperfeiçoar o amor, atingir todo o potencial, e é por isso que estamos aqui nesta escola.
No fundo, só podemos levar connosco a nossa experiência e conhecimento quando deixamos o corpo físico, e nunca o carro ou a conta bancária.
Espiral - Centro Natural Praça Ilha do Faial, 14-AIB e 13-C (Jardim Cesário Verde, à Estefânia) -1000-168 Lisboa - T. 21-355 39 90 - F. 21.355 39 99 Site: www.esplral.pt-E-ma..:lnfo@espiral.pt-Blog:daesplral.blogspot.com
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