O nada
O pensamento, que é memória,
que é imagem, que é interior...
Não nos deve separar do exterior,
do ouvido, do observado,do cheirado,
do sentido, do tocado, do saboreado,
do digerido, do amado... Nem tão pouco
o exterior nos pode separar do interior...
É que divisões não só são insaciáveis
na sua exigência e procura
de mais experiências e sensações,
como também estão sempre a criticar, a avaliar,
a julgar, a condenar, a louvar... Impedindo assim
todo o tranquilo e vivo entrosamento com o real,
o sublime, o verdadeiro, o completo, o rico,
o novo, o belo, a paz, a felicidade, o gozo,
a perfeição...
Se não compreendermos total
e profundamente que somos o que/quem observamos
e pensamos (e, possivelmente no que mais rapidamente
nos tornamos é no que vemos - tenha-se presente
a velocidade da luz...)toda a vida se torna num conflito,
numa contradição entre desejos opostos.
Parecendo até que, alguns(algumas), ao destruirem o que amamos,
estão tentando que deiamos em nada, que morramos...
Pelo menos antes deles(as)...E, se conseguissem
destruir tudo o que amamos, ficando somente com o nada para observar,
passávamos (passamos!)a ser nada também... Só que, sem desaparecermos!!
É por isso que o crime jamais pode compensar!!
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