Wednesday, July 30, 2008

.
PARADOXO
.
Não fazer confusão,
ou fazer?, entre bebível
conteúdo e garrafão...
Oh, paradoxo incrível!
.
TOLLE
.
Tolle: homem e mulher são
iguais; filho, pai
e 'spírita também são
iguais... Porque vai
presente e futuro
não ser igual com passado?
E que difere, amado,
ser filha(o) ou pai de deus?
Mas, não quero? ser pai, não.
E, o que é igual
Tem o mesmo valor:
Não é doutor(a)?

Tuesday, July 29, 2008

.
QUEIXAS
.
Queixas-te muito, com razão,
dizes. Queiras fazer então
algo ou põe sob observação
queixas: terás libertação.
.
Nós não somos superiores
nem tão pouco inferiores
a nenhum ser. Oh meus senhores,
queixas só fazem é dores!
.
P'ra cada fêmea, um macho;
para cada um outro há
sempre; sem dúvida acho:
cooperar sim! Guerra não dá!
.
Ferir não dá: não marco golo
se ficas infeliz. Só quero
que sejas muito feliz, Rolo...
tão feliz como eu, Antero.
.
Não há pois lugar p'rá inveja:
ainda se pudessem ser
mais felizes aldrabões, Beja!
Mas, se invejam 'té não ter!
.
Logo, está tudo na mente?
verdadíssima. E, perfeita
mente, livre mente, inexistente
mente até, feliz se deita,
.
feliz se levanta e feliz
vive, morre e volta a nascer!...
Porque é que ninguém desdiz?
Por ser verdade, não é Viver?
.
ARTE
.
Pensamentos acelerados
Roubam alegria de viver;
Grandes egoístas são marados
Que metem dó: a fortalecer!
.
Ego é muito passageiro
E eu é eterno, estável:
Pego, junto os dois: inteiro
Nego que não seja amável!
.
Vida é esconder e revelar;
Vida é arte e ciência
Para um, dois, três ou milhar...
Põe tua arte em evidência!
.
Arte tua bem aprofunda,
Marte até visita, ciência;
Parte e reparte, que abunda
Tudo, prof., não há carência!
.
AMIGO
.
Amigo, como tens passado?
Contigo me sinto mui bem.
Conto contigo, oh amado
Amigo, p'ra gravarmos fado.
.
Palavras são indicações
Para livrar de aflições:
Cada vez que fazes acções,
Fá-las com muitas atenções.
.
Acções não são mais importantes,
Ada, do que resultados
A alcançar por elas? Antes
Agora que depois, Mareantes!
.

Monday, July 28, 2008

.
GLORIOSA - MENTE
.
Bendita mente que, ciente,
Associa, mede e pesa...
Pobre mente, se, inconsciente,
Ignora o murcha/entesa,
.
A energia\consciência,
A vida que produz e dorme
A sesta de obediência
Romana da forma informe.
.
Gloriosa mente: recorda
Até o que não lhe convém,
Se cosnciente: nova acorda,
Após dormir com o Além.
.
Mente que vais à lua: tenta
Ser honesta, não enganar,
Não explorar: mente que inventa
Escrita, pode cessar de matar!
.
Mente, não queriras governar
Sem o sentir do corpo restante:
Com a oposição reinar
É que é ser grão governante!
Faça a Sesta! Mude a sua Vida
.
Sara C. Mednick NORMAL. Bizâncio 2007. ISBN: 9725303474 / 972-53-0347-4EAN: 9789725303474Descrição da editora

Plano Científico para o Tornar mais Inteligente, Saudável e Produtivo
CONHEÇA O MILAGRE DURMA A SESTA! MUDE A SUA VIDA, um programa pioneiro de base científica, ensiná-lo-á a planear a sesta ideal: quando fazê-la, quanto tempo dormir, como não acordar entorpecido – e como neutralizar a vozinha que tem dentro de si a dizer-lhe que a sesta é um sinal de preguiça. Não é! Dormir a sesta é um sinal de que assume o controlo da sua vida.Aumenta o estado de alerta; Impulsiona a criatividade; Reduz o stresse; Melhora a líbido; Ajuda a perder peso; Mantém a aparência jovem; Reduz o risco de ataques de coraçãoAumenta a boa disposição; Fortifica a memória; Clarifica a tomada de decisões; Melhora a produtividade; E sabe bem.

Fonte: http://www.criticaliteraria.com/9725303474

27-09-2008
2ª Conferência Nacional da Sesta
Oradores já confirmados para Alcanena
Realizar-se-á no dia 27 de Setembro de 2008, no Cine Teatro S. Pedro, em Alcanena, a 2ª Conferência Nacional da Sesta.
Apesar do respectivo programa ainda estar em elaboração, encontram-se já confirmadas as participações dos seguintes oradores:
- Pedro Barroso (compositor/cantor) - "A Música, a Pausa e o Silêncio"
- Prof. Raúl Cordeiro (Escola Superior de Saúde de Portalegre) - "A Sesta e a Saúde Mental"
- Dra Manuela Leitão (Psicóloga Clínica) - "Sesta Infantil"
- Dr. Manuel Marques Barreiro (Economista/Gestor) - "Sesta e Produtividade"
- Dr. Fernando Gonçalves (Director do Centro Distrital de Leiria da Segurança Social) - "A Sesta no Trabalho"
- Eng. Paulo Marques Augusto (presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária) - A Sesta e a Segurança na Estrada"
Para obter mais informações ou efectuar a sua inscrição contacte a APAS (geral@amigosdasesta.pt)
Fonte:http://www.amigosdasesta.pt/detalheAgenda.php?id=8
.
FAZER A SESTA
.
A expressão "fazer a sesta" refere-se ao hábito dos antigos romanos de descansar após o almoço, o que acontecia na sexta hora do dia. Na Roma antiga, o dia começava com o raiar do sol às seis da manhã e era costume, como ainda é em muitos países, dormitar até ao meio da tarde, exemplo disso é esta bela adormecida de meia cor de rosa e o seu animalito de estimação!!

Fonte: http://apapoilitacoquelicot.blogspot.com/2007/09/fazer-sesta.html
PENSAMENTOS
.
Pensamentos são como pessoas:
Todos querem ser os mais importantes;
E, vermelho, verde, não me moas,
São cores, mais ou menos picantes.
.
.
CONSCIÊNCIA
.
Dogma da religião,
Político, cultural,
Científico... Prisão
Comum é, conceptual.
.
Cheira, respira e prova
Plenamente... Vê, observa,
Toca o velho, a nova...
Ouve liberto e serva.
.
Somos mui mais que pensar;
E sempre Realidade
Desmascara dogmatizar;
Não reagir é liberdade.
.
Não separes sem unir...
A sabedoria, Bento,
Observação e sentir
Profundo é, mui atento.
.
São nascer, crescer e morrer,
As formas E voltar a nascer, crescer
E morrer. Vamos lá a ver
Sem pensar... Que vamos ter?
.
Tudo bom e tudo belo,
E fervilhante de vida...
E todo ser tem elo
Com demais, razão sumida.
.
Consciência é Ser,
Deus que toma infinitas
Formas para ter prazer
Total Agora, sem fitas!

Sunday, July 27, 2008

.
HÁ GOZO NO AGORA
.
O objectivo é agora
E o meio é o fim:
Não temos que ir embora;
E, cessa ataque ruim.
.
Cesse obsessão de chegar,
De ter, ir, usufruir...
Renasça o navegar
Suave do construir...
.
Não há problemas no Agora,
Eles são para findar;
Agora é sem demora
Gozo, é grão combinar!
.
Tantos gozos para nós
Todos mui bem desfrutarmos
Agora, mas nunca sós.
Convindo não abusarmos.
.

Saturday, July 26, 2008

.
AGORA
.
Esse pensar doentio,
Destrutivo, não tem nada
De inteligente, tio:
Não parta o que faz Ada!
.
O observar sem julgar
Faz-nos grandes e presentes:
'té sem tudo concordar,
Não julgamos impertinentes.
.
Que gozo e que prazer
Agora: que fortaleza!
Mas, exercer o poder
Sobre outros é fraqueza!
.

Friday, July 25, 2008

.
SIMPLICIDADE
.
Bendita simplicidade:
Tu és grande e és bela!
Não há grandiosidade
Sem muita coisa singela!
.
Tu que te fazes de grande
Sem o ser, olha: não tarda
Que ela a teu lado ande:
Vive de trapos e farda!
.
Tu que ignoras higiene:
Isso não é simplicidade:
Vê se não é um mau gene
Que a confunde com maldade.
.

Monday, July 14, 2008

REALIZAÇÃO PLENA
.
Como pode a realização estar em cada minuto, em cada décima de segundo, isto é (i.e.), ser permanente, até mesmo enquanto dormimos?
E, será possível a realização sem prazer, felicidade, grande bem estar, gozo? Não me parece.
A realização não pode ser egoísta: a primeira reacção a estas palavras foi o choro de uma criança! E agora ouço um cão.
I.e., temos de querer realização/felicidade não só para nós, mas especialmente também para os que estão\são mais fracos, para os que não a têm.
Mas, não temos de sofrer porque outros sofrem. Porque isso não vai ajudar a tirar-lhes o sofrimento: só o amor, a verdade e a acção adequada aliviam as dores.
Temos pois de prestar, com amor, a acção certa a cada sofredor (tal pode ter de incluir explicação/sugestão ao dorido de que pode estar a sofrer por sua culpa, de outras vidas até, ou de outrem), mas com gozo, o qual aumenta assim em exponencial crescente, pois, muitos não realizados vão também ver as vantagens de ajudarmos: mais amor e mais gozo para muitos mais e assim por diante!
E, seguramente que, enquanto dormimos o que se quer são bons, óptimos sonhos. Possivelmente eles são só a simples consequência de vidas diurnas plenamente realizadas, cheias de gozo, assim como os pesadelos são causados por medos e afins do mesmo período.
.

Saturday, July 12, 2008

.
LIBERDADE
.
E não nos deixemos
Explorar, é claro,
Por ninguém: cessemos
´té auto roubo, Amaro!
.
Nem analisemos
Sequer: tal só faz
Conflito: não vemos
O valor da paz?
.
Ser livre é ser
Inteligente no ar
Profundo: não ter
Medo, observar!
.
Libertação do pensamento
compulsivo condicionado (III)
(Com PCA: http://www.cuidardoser.com.br/pca/ e outros, muitos outros …)

Sabemos bem o que é pensar quando estamos envolvidos num problema, quando nos sentimos ameaçados ou quando existe algum tipo de confusão, nomeadamente relacionada com a solução de problemas técnicos. O pensamento é um grande instrumento, que pode até dar grande gozo, por exemplo quando ajuda a eliminar grandes problemas.
Mas, o pensar em demasia pode transformar-se num pesadelo, como é o caso do pensamento obsessivo, martelante, que pode vir quando menos se espera, não se sabendo donde. Podendo até o seu causador não ser talvez quem parece…
Temos pois de dominar o processo de pensamento, e não ser dominado por ele. A observação relâmpago do pensamento, sem escolher nem tomar partido, não nos cansamos de o dizer, é o caminho urgente do bem estar geral, da felicidade e da inteligência criativa. O pensamento tem de estar confiadamente ao serviço da acção criativa amorosa.
De qualquer modo, o pensamento por si só nunca pode mais do que ver certos aspectos dos problemas, pois, ele é só teoria; não é assim com o pensamento total, inteligência criativa ou ser completo que, com a observação atenta, não divisória e nunca escolhendo vê a realidade como um todo, como experiência sentida e vivida.
Além do mais, a mente condicionada por mil e uma coisas erradas e sem valor tem de ser descondicionada. Temos, p.e., de nos descondicionar do “outro”, do “agente exterior”, da “crença”. Somente por meio da observação sem escolhas, no lugar do pensar conflituoso, podemos ser psicologicamente independentes e adultos.
O que é a crença? A crença é o refúgio da mente infantil, incapaz de descobrir a saída para os seus conflitos: cessar de pensar!
Infelizmente, na actualidade quase poderíamos dizer que pensar é conflituar. O pensamento e os “grandes crânios” só se sentem bem no conflito. Como podem ser felizes, se ser feliz é tudo observar, escolhendo o menos possível ou escolhendo sempre bem?
Conceitos e condicionamentos amedrontam, e, diante desses medos inventam-se sistemas de crença que acabam por aprisionar as mentes. Uma “mente que acredita é uma mente condicionada e uma mente condicionada nunca poderá saber o que é o estado de liberdade proveniente da inteligência criativa”. Mas, “uma mente livre de conceitos, crenças, dogmas e condicionamentos é uma mente sem medo, sem ansiedade”.
Pôr fim aos condicionamentos não é, como é lógico, acabar com os relacionamentos. Mesmo que findássemos todos os relacionamentos físicos, a mente permaneceria relacionada. Primeiramente precisamos de nos conhecer não como desejaríamos de ser, mas como somos na realidade. Os condicionamentos podem impedir-nos de ver o que somos, algo considerado menos bom, sem querer mudá-lo. Esse próprio desejo de mudança, se muito acentuado, torna-se noutra forma de condicionamento causador de dor e impeditivo do vivenciarmos o despertar da plenitude criativa.
Claro ques estamos a falar de coisas muito subtis, refinadas, perfeitas, evoluídas... do género de: a salvação não se pode comprar. E,claro, não se pode comprar porque o dinheiro não tem essa função: uma coisa tão material, pelo menos para alguns, não pode libertar de males tão pouco materiais, para outros?E, o próprio desejo, a própria busca, o próprio melhorar produz conflito, competição e insatisfação crónica. Primeiro em nós e depois com os outros. O que não poderá acontecer se deixarmos de querer mudar! Isto é, de que bem estar comum e felicidade e gozo inauditos e continuados não podemos desfrutar!

Friday, July 11, 2008

.
LIBERTAÇÃO DO PENSAMENTO COMPULSIVO (II)
.
(Com: pca - http://www.cuidardoser.com.br/pca/2007/08/ e outros...)
.
O pensamento condicionado estagna as vidas e até pode ser muito pouco inteligente. O que se quer é uma mente aberta, inocente, despida de preconceitos e de camadas e camadas de pó contaminado.
Há uma vida fantástica, gloriosa para viver sem o pensamento condicionado do juízo, da crítica, da análise excessiva, do ataque, da defesa, da escolha permanente.
Efectivamente, o modo compulsivo de pensar/vida só gera mal estar e dor. A busca incessante dos pequenos lucros, prazeres ou outras vitórias imediatas está a arrastar o mundo para o abismo.
Temos de observar uma, duas, três... doze vezes o pensamento compulsivo, que precede todo o acto compulsivo, viciado. E, observando, sem esforço, começamos a ver a falsidade e insanidade da sua promessa de prazer imediato e directo, isto é, o prazer está no dever e não no próprio prazer.
A inteligência criativa actual, não condicionada é que tem de nos dirigir, não o pensamento, que só se pode identificar com o já experienciado. E, sem admitirmos que o problema está no pensamento, é impossível o despertar da inteligência criativa, com "todo o seu bem estar comum, unidade interna, autonomia e auto suficiência psicológica". E, "Basta surgir uma situação desconhecida, que a mente logo se agita e prontamente se instala o conflito... O pensamento procura sempre trazer o desconhecido para os domínios do conhecido...", mas, o pensamento é incapaz de tal coisa, pelo menos sem a ajuda da Inteligência criativa!
.

Thursday, July 10, 2008

Libertação do pensamento compulsivo condicionado (I)

(Com PCA: http://www.cuidardoser.com.br//pca/ e outros, muitos outros amigos e “inimigos”)

A identificação com o pensamento compulsivo condicionado e o seu processo de divisão é responsável por muitas, se não todas, as reacções condicionadas doentias (álcool, drogas, jogo, anorexia, bulimia, comprar/vender compulsivos, dependência de sexo e de relacionamentos, abstinências várias, o tédio, a insatisfação, os medos irracionais…), e impede o desfrutar da vida relacionada, na sua totalidade.
Excusado será falarmos da importância de alcançarmos um modo de vida saudável, sereno, produtivo, criativo, belo, feliz e com um verdadeiro, real e profundo sentido existencial. Também o alcançar da unidade interna e do bem estar geral, de todos os seres mesmo, é fundamental.
Muitas vezes só quando em desespero, e após muito sofrimento, é que nos damos conta de que a causa de tal situação é o pensamento compulsivo condicionado, passível de cura pela observação continuada que não critica, não julga, não escolhe. E, quanto mais desenvolvidos, quanto mais libertos do pensamento compulsivo condicionado, maiores os casos de dependência e dor, que adoram “ganhar-nos”, se nos deparam!
Outrossim, sozinhos não conseguimos libertar-nos do pensamento condicionado compulsivo, precisamente por sermos sempre pelo menos três…
Ah, e nenhuma verdade é definitiva!

Tuesday, July 08, 2008

PCA (Pensadores Compulsivos Anónimos)
.
.

Um pouco da nossa experiência inicial

Os princípios básicos de PCA,- as Doze Observações-, na forma em que se conhecem hoje, tomaram-se emprestados principalmente dos campos dos grupos anônimos de ajuda mútua e dos textos de Krishnamurti, embora algumas das idéias as quais, eventualmente, levaram ao êxito, resultaram da observação do acompanhamento e das necessidades dos próprios membros.
PCA nasceu em 2005, em São Paulo, Brasil, como conseqüência do encontro entre membros de várias irmandades anônimas, como os neuróticos, narcóticos, dependentes de amor e sexo e jogadores anônimos, que se tornaram os co-fundadores de PCA. A maioria deles já vinha de longos anos de prática dos princípios espirituais de suas respectivas irmandades de origem. Apesar de estarem se abstendo há um considerável período de tempo dos seus padrões de comportamentos dependentes de “fundo de poço”, ambos constatavam que suas vidas careciam de um autêntico estado de unidade interna, bem-estar comum e real sentido.
Todos estes membros se encontravam prisioneiros do tédio, da insatisfação, do vazio existencial, de medos irracionais, os quais não conseguiam resolver por meio da crença num conceito de deus, como sugerido em seus grupos de origem. Em suas trocas de experiências, a identificação foi total e imediata, demonstrando com isso, a total irrelevância da diferença existente entre os seus específicos padrões comportamentais de dependência. Após vários encontros, constataram que, para todos eles, a natureza exata de seus conflitos estava no pensamento condicionado com todo seu processo divisor.
Nos primórdios de PCA, somente os membros mais desesperados conseguiram tragar e digerir a verdade amarga de que suas irmandades de origem, com a limitação de sua mensagem voltada para um padrão comportamental especifico, já não tinham mais o poder de ressonância interna capaz de proporcionar a verdadeira liberdade do potencial humano. Foi o desespero e o descontentamento com a superficialidade da mensagem transmitida pela inconsciência coletiva das mesmas que proporcionou para estes membros o reconhecimento pessoal da natureza exata de seus conflitos em suas vidas de relação. Ao se reconhecerem como pensadores compulsivos e tendo se agarrado aos princípios básicos de PCA com o mesmo fervor dos que estão se afogando e se agarram aos salva-vidas, quase que invariavelmente se tornaram pessoas psicologicamente auto-suficientes não mais necessitando correr atrás de doações psicológicas de fora.
Nossas experiências demonstraram a veracidade com relação ao surgimento de um novo paradigma, bem como a reação da inconsciência coletiva em relação ao mesmo; de que todo novo paradigma passa por três processos básicos: primeiro é ridicularizado, em seguida é fortemente combatido e, por fim, devidamente incorporado.
Muitos veteranos de outras irmandades, menos desesperados e conformados com o conforto proveniente da respeitabilidade adquirida em sua irmandade de origem, mantinham o contato superficial com os princípios básicos de PCA, mas não eram bem sucedidos porque não conseguiam admitir a natureza exata da impotência com relação aos demais conflitos existentes em suas vidas.
Com imensa satisfação descobrimos que, quando um membro de PCA transmite a mensagem da natureza exata dos nossos conflitos para outro membro que realmente esteja vivendo um estado de conflito necessário para a manifestação de uma “mente aberta”, este outro jamais voltava a ser o mesmo. Este, após cada recaída emocional ou comportamental, pensava consigo mesmo: “talvez esses PCA’s tenham realmente razão...” Depois de algumas experiências semelhantes e dos sérios problemas decorrentes das mesmas, ele voltaria a nós, convencido. Havia atingido o fundo do seu poço tanto quanto nós. O próprio pensamento compulsivo condicionado havia se tornado o nosso melhor advogado.
Nossa experiência demonstrou que, para que uma pessoa possa receber de mente aberta a mensagem libertadora de PCA, esta precisa, antes de tudo, chegar ao fundo do poço proveniente da total desilusão com os princípios espirituais que inicialmente, lhe salvaram da bancarrota física e psicológica. Enquanto a pessoa abrigar qualquer espécie de esperança num fator externo para a solução de seus conflitos, não estará pronta para atravessar o portal que separa os adultos dos adolescentes psicológicos. Enquanto não ocorrer este fundo de poço, a pessoa não estará pronta para poder praticar com boa vontade, as observações de PCA, pautados numa observação sem escolha em todas as suas atividades. As observações de PCA requererem a adoção de atitudes e ações que nos chamam para a verdadeira responsabilidade consigo mesmo, não a colocando nas mãos de um conceito de deus, criado pelo próprio fundo psicológico, que em última análise é pensamento condicionado. Para todos nós, foi a idéia de dependência de um deus criado pela nossa própria concepção mental, que por anos e anos nos manteve num estado mediano, irresponsável e imaturo.
Sob a tremenda surra imposta pelo nosso modo condicionado de pensar fomos impelidos ao PCA, e ali descobrimos a mediocridade de nossa situação: não recaímos mais em nossos padrões de comportamento compulsivos, mas, no entanto, levávamos vidas vazias e superficiais. Foi graças à surra proveniente do vazio, do tédio e da insatisfação crônica que nos tornamos tão receptivos e dispostos a escutar, como são os que estão à beira da loucura ou da morte. Foi através do PCA que começamos a enxergar realmente, a observar, escutar e perceber os nossos processos mentais e, em conseqüência dessa escuta atenta e amorosa é que descobrimos uma nova maneira de viver e de desfrutar uma vida onde os nossos pensamentos deixaram de nos governar para serem tão somente, servidores de confiança de uma inteligência criativa e amorosa. Foi através de PCA que realmente começamos a nos libertar do condicionamento psicológico que nos mantinha presos em nosso passado, com a falsa alegação de que “uma vez dependente, sempre um dependente”.
.
.
.
.
.




12ª Observação

Tendo tido um despertar da inteligência criativa graças a estas observações e constatado a mediocridade do nosso antigo modo de vida, procuramos transmitir a nossa mensagem para as pessoas que ainda sofrem.Para que uma pessoa possa receber a transmissão da mensagem de PCA, é preciso que ela esteja num estado de atenção total, estado este, caracterizado pelo que podemos chamar de “mente aberta”. Esse estado de mente aberta, de plena atenção só existe quando a busca de recuperação pessoal de determinado padrão de comportamento compulsivo ou a busca de satisfação, já não é capaz de solucionar nossos conflitos, como o medo, o tédio e o vazio. Essa atenção, esse estado de mente aberta deve estar presente desde o princípio para que possa ser transmitida a mensagem de PCA, caso contrário, nossa experiência tem demonstrado que tal tentativa de transmitir a mensagem só resultará em conflitos e perda de energia desnecessária. Essa atenção não é coisa que se ensine, mas pode-se ajudar a suscitar na pessoa um estado de mente aberta, não deixando que se crie em torno dela aquela sensação de compulsão que produz uma existência que se contradiz. Só então, a atenção dela poderá focalizar-se, a qualquer momento, na mensagem a ser transmitida, e não será a estreita concentração provocada pelo desejo compulsivo de afirmação ou confrontação com aquilo que lhe é conhecido.
Uma pessoa incentivada desse modo estará livre do medo e porque é assim incentivada, ela não dependerá da herança do que lhe é tradicional. Esse assunto de seguir irrefletidamente a tradição destrói a verdadeira independência e limita a inteligência; pois produz uma falsa sensação de segurança, dando uma autoconfiança que não tem base e cria uma obscuridade mental, uma mente fechada, em que nada de novo pode florescer. Mas, uma pessoa incentivada dessa maneira, totalmente diferente da que temos considerado, co-criará uma irmandade nova, pois terá a capacidade nascida dessa inteligência que não é cercada de medo.
Visto que a recuperação é responsabilidade tanto dos veteranos, quanto dos novatos, precisamos aprender a arte de trabalhar juntos, e isto só é possível quando cada um de nós percebe o que é a verdadeira natureza exata dos nossos conflitos. Em PCA é a percepção da verdade que nos une, e não a opinião, a crença, a teoria ou a tradição incentivada pelo medo e busca de segurança. Há uma vasta diferença entre o conceito e o fato. O conceito pode unir-nos temporariamente, mas tornará a haver separação, se nossa cooperação for apenas fruto da convicção mental, do intelecto. Se a verdade é percebida por cada um de nós, pode haver desacordo quanto a detalhes dos padrões de comportamentos dependentes, mas não há pressão para gerar a quebra de unidade. Os detalhes só separam os tolos, os medianos, aqueles que nem recaem para os velhos padrões de comportamento e nem experimentam uma nova maneira de viver à luz da inteligência amorosa e criativa - capaz de proporcionar um estado de unidade interna e bem-estar que seja comum e não algo passageiro. Quando todos enxergam a verdade, quando todos enxergam a natureza exata dos nossos conflitos, os detalhes comportamentais nunca se tornam motivo de quebra de unidade.
A maioria de nós está habituada a cooperar nos moldes da autoridade estabelecida pela tradição. Reunimo-nos para trocar idéias sobre um conceito, ou para desenvolver critérios de sobriedade criados por uma mente perturbada, e isto exige convicção, persuasão, propaganda, e assim por diante. Essa cooperação no sentido da pratica de um conceito ou da busca de um ideal é totalmente diferente da cooperação que advém de se enxergar a verdade e da necessidade de pôr essa verdade em prática. Operar sob o estímulo de alguma autoridade psicológica - seja a autoridade de um ideal ou de um veterano ou membro que represente esse ideal - não equivale a uma real cooperação. Uma autoridade dominante que pensa saber muita coisa, ou que tem uma forte personalidade e que está com sua mente aprisionada por certos conceitos, pode forçar ou sutilmente convencer os outros a cooperar com ela em busca do que chama de critérios de sobriedade; mas isso certamente não representa a cooperação de indivíduos alertas e dinâmicos. Em contrapartida, quando cada um de nós compreende por si mesmo a verdade quanto a natureza exata de qualquer conflito, então nossa compreensão comum dessa verdade leva à ação, e tal ação é a cooperação que produz a verdadeira unidade e a busca pelo bem-estar comum. Aquele que coopera porque vê a verdade como verdade, o falso como falso, e a verdade no falso, também saberá quando NÃO cooperar, quando não transmitir a mensagem de PCA - o que é igualmente importante. A mensagem de PCA, igualmente como os remédios da medicina, se for aplicada de forma indevida pode levar a resultados fatais.
Se cada um de nós compreender a necessidade de uma revolução fundamental em nosso processo de recuperação e perceber a verdade do que estivemos aqui considerando, então compartilharemos juntos sem qualquer forma de persuasão. A persuasão só existe quando alguém assume uma postura de liderança e respeitabilidade da qual não quer ser destituído. Quando está meramente convencido de uma idéia ou aprisionado numa opinião, num conceito, ele fatalmente provoca oposição e a quebra de unidade, e então ou ele ou os outros têm de ser persuadidos, influenciados ou induzidos a pensar de forma diferente. Tal situação nunca ocorrerá quando cada um de nós vê a verdade da natureza exata de uma questão por si mesmo. Mas se não vemos a verdade da natureza exata de nossos conflitos e agimos unicamente baseados na mera convicção verbal ou na racionalização do intelecto, então com certeza haverá contendas, quebra de unidade, desacordo, com toda a distorção e esforço inútil decorrentes.
É essencial que trabalhemos juntos, e é como se estivéssemos edificando uma casa. Se alguns de nós estão construindo e outros destruindo, a casa obviamente nunca será edificada. Assim, precisamos individualmente estar bem certos de que realmente vemos e compreendemos a necessidade de criar o tipo de irmandade que produza uma nova geração capaz de enfrentar as questões da vida como um todo, e não como partes isoladas por um padrão comportamental especifico sem relação com a totalidade do ser.
Para sermos capazes de agir dessa maneira cooperativa, precisamos reunir-nos com freqüência e estar alertas para não submergirmos em detalhes. Aqueles que estiverem seriamente dedicados à recuperação da doença do pensamento compulsivo e de seu processo divisor, têm a responsabilidade não só de pôr em prática tudo o que compreenderem, mas também de ajudar os outros a chegar a essa mesma compreensão. A transmissão da mensagem é a nossa ação mais nobre - se é que se pode chamar-lhe de ação. É uma arte que requer não só o despertar da inteligência, mas infinita paciência, bom-censo, intuição e amor. Estar verdadeiramente em recuperação é compreender nosso relacionamento com todas as coisas - com o dinheiro, com a propriedade, com o sexo, com as pessoas à nossa volta e com a Natureza - no vasto campo da nossa existência.
É preciso manter o simples, pois a beleza reside nas coisas simples. A beleza faz parte dessa compreensão, mas ela não é apenas uma questão de proporção, de forma, de gosto e de comportamento. A beleza é aquele estado em que a mente abandonou o centro do ego na paixão da simplicidade. A simplicidade não tem fim; e só pode haver simplicidade quando há uma austeridade que não é resultado de disciplina forçada, da autonegação, da repressão através de um conjunto de conceitos. Essa austeridade é desapego, o que só o amor pode produzir. Quando não temos amor, criamos um modo de vida em que a beleza da forma é procurada sem a vitalidade e austeridade interiores do simples desapego. Não há desapego se houver um sacrifício de nós mesmos em boas obras, em ideais, em crenças. Essas atividades parecem livres do ego, mas, na realidade, o ego ainda está operando sob o disfarce de diferentes rótulos a quem muitos de nós chamam de virtude. Só a mente inocente pode pesquisar o desconhecido. Mas a calculada inocência que pode usar o palanque da respeitabilidade não é aquela paixão de desapego de que procede a cortesia, a delicadeza, a humildade, a paciência - expressões todas essas do amor que busca pelo estado de unidade e bem-estar comum.
Ao procurar gerar uma recuperação total do ser humano, precisamos obviamente levar em consideração a mente inconsciente tanto quanto a consciente. Recuperar apenas a mente consciente sem compreender a inconsciente acarreta contradição em nossas vidas, com todos os desenganos e misérias decorrentes. A mente inconsciente é muito mais dinâmica do que a consciente. A maioria dos veteranos está apenas interessada em fornecer informações ou conhecimento à mente superficial, incentivando-a para conseguir abster-se de um padrão comportamental especifico de ação e ajustar-se aos moldes da “sociedade”. De modo que a natureza exata dos conflitos humanos – a mente oculta - nunca é tocada. Tudo o que a atual busca de recuperação faz é proporcionar uma camada de conhecimento e dotá-la de certa capacidade para ajustar-se ao ambiente, o mesmo ambiente que tornou a mente doente.
Precisamos despertar a plena capacidade da mente superficial, que vive na atividade cotidiana, e também compreender a mente oculta. Ao compreender a mente oculta, estabelece-se um viver total, em que a autocontradição, com sua alternância de tristeza e felicidade, depressão e euforia, desaparece. É essencial que nos familiarizemos com a mente oculta e com seus processos; mas é igualmente importante não nos ocuparmos dela em excesso ou dar-lhe importância indevida. Só quando compreender o superficial e o oculto poderá a mente ir além de suas limitações e descobrir a intemporal bem-aventurança que surge com o despertar da inteligência amorosa e criativa.

Fonte: http://www.cuidardoser.com.br/pca/2007/08/12-observao.html

Sunday, July 06, 2008

.
COISAS...
.
As coisas são necessárias, João;
Há mesmo lugar para a arte, Maria:
Agora terdes assim uma obsessão
Tão grande pelas coisas... Por mais "xungaria"!...
.
Claro, temos de dignificar os objectos,
Exigir-nos qualidade, mas, só querer
Mais coisas, mais coisas... Isso é perder
Alma e corpo, criar cancros abjectos!
.
Vamos lá sentir mais e pensar menos:
Não sentes que não podes causar sofreres
Nem ao mais pequeno ser? Tais são venenos
Que ingerirás e te tiram os prazeres?
.
TUDO PASSA
.
Tudo passa, menos amizade;
Prudente sim, mas não demasiado;
Amigo sugere a verdade;
Grande não se faz sem entusiasmado!
.

Saturday, July 05, 2008

.
AMIGO EGO
.
Amigo ego, tu sabes
Qual é o teu problema:
É que do teu grande emblema
Não consta: que não te gabes!
.
Novo céu é consciência
Da ligação primordial:
Somos um com divinal,
Viva interdependência!
.
Quero o melhor p'ra ti,
Uma melhor terra até:
Pois tu, mesmo tu, oh Zé,
És eu: sente o que senti!

Friday, July 04, 2008

.
CONSCIÊNCIA ou MORTE
.
Já não é: independência
Ou morte; mas é agora:
Não pensar, mas consciência!
Não somos voz que ri, chora,
.
Não sai da cabeça nossa;
Então quem somos nós, Bentos?
Somos quem vê a emoção grossa
Ou fina e pensamentos
.
Todos nossos: consciência
Anterior a pensamentos,
Emoções... 'Spaço d'ocorrência
Dos pensamentos e sentimentos.

Thursday, July 03, 2008

.
"Ele" há qualquer coisa...
.
Estar muito presente,
Com paz e atenção
Deveras consciente,
É ter inspiração.
.
Somos um com animal
E vegetal: essência
Divina e geral
Salva homem da demência!
.
Dizem por vezes ateus:
"Ele há qualquer coisa..."
Essa coisa é Deus,
Onde 'spírito poisa!

Wednesday, July 02, 2008

.
EU SOU
.
O eu é do EU SOU,
O ego separado
É, e, carenciado;
Eu canta; ego cantou.
.
Eu não cria vencidos,
Nem sequer vencedores:
Eu acaba com dores,
Todos são incluídos.
.
Ego é muito triste,
Eu entusiasmado
É. Ego, tu te riste
Do eu?! Mas, és amado!
.
Eu é poder: assim
Não precisa usar,
Nem oprimir ou matar
Nenhum ser bom ou ruim.
.
.
MODOS
.
São três os modos de acção
Desperta, que dor e espasmo
Não cria: a aceitação,
A satisfação, o entusiasmo.
.
Aceitar é: tenho de fazer,
Mesmo que do(a) inconsciente,
Que também sou eu, que só prazer
Busca, seja a culpa, lente,
.
Pois, isto tem de ser bem feito
E urgentemente, oh, chuva
Bendita! E, se satisfeito
Não estás fazendo, para, Uva!.
.
Pois só uma coisa interessa:
Nosso 'stado de consciência:
Aceitar e fazer, oh Eça,
É consciência e ciência.
.
Satisfação é: tenho de ter
Consciência de mim mesmo:
Do "eu sou alegria" do Ser,
Que é real prazer no sesmo.
.
Esquece significativo
Para finalmente sentires
Satisfação: imperativo
É não estares antes de vires!
.
Não peças autorização
À tua mente p'ra sentires
Aceitação, satisfação
Plena no que fazes, oh Pires
.
Da Silva: alegria 'stá
Dentro, não fora de Shiva
Ou Deus: o que dá gozo, "pá",
É a expansão criativa.
.
Com humildade sempre, tal
Como disse Hafiz: "Da flauta
Orifício sou p' lo qual
Cristo sopra. Ouvi sua pauta".
.
Finalmente, entusiasmo
É assim: objectivo grande
Quero atingir, tipo orgasmo
Divinal, geral e da lande...
.
Entusiasmo satisfação
É mais tensão estrutural:
Grande é a continuação,
Não o objectivo final!
.
Minha cara, intensidade
Entusiástica o stress
Não é: que negatividade,
Com ego, ira e medo, cesse!
.
Entusiasmo "cavalgar
Onda" é, sem ser contra nada
Nem ninguém, sem manipular
Sequer onda, amiga Ada!
.
Tudo tem um só objectivo,
Que não podemos dizer
Qual é, porque todos sabem, Ivo,
Qual é: entusiasta ser!!