MAIS PRESENTES
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Morremos todos os dias
P 'ra renascermos em novas
Formas, mais belas, esguias:
Funerais não são nas covas.
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Sintamos respiração,
Cesse todo pensamento;
Sintamos a pulsação,
Vivamos todo o momento.
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Amemos corpos nossos:
Eles são palácios
D' espíritos, não são ossos
Perecíveis, não são rácios.
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Nossos corpos pois moldemos,
Como almas nós moldamos:
Julguemos, apreciemos,
Mas mesquinhos não sejamos.
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Não morremos, não nascemos,
Somos eterno presente:
Somos de Deus que não vemos
O reflexo que ver tente.
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Deus está dentro de nós
Onde entramos depois
De perdoarmos a vós,
Os prisioneiros, pois.
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Voltemos às origens,
Às belas fontes cristalinas,
Às terras pretas, virgens,
Às florestas e colinas.
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Mais presentes, conscientes,
Concentrados, e, mais
Leves e menos carentes,
Mais vivos, mais, sempre mais!