Tuesday, May 06, 2008

FAZER
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Outros foram mais fortes,
Outros ganharam: eu
Agora, te importes
Ou não, sou quem morreu.
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Que me aconteceu
Entretanto? Deixei
De ser? Ódio teu
Nunca mais verei?
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Foste, mas tua marca
Barulhenta deixaste:
Não mereces comarca.
Dorme, oh grande traste!
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Matar é pois morrer:
Não mato, tu não matas,
E, acaba sofrer.
Compreendes, desatas?
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Comprei-te o teu livro;
Compra o meu agora;
Se não como te livro
De me ir eu embora?
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Formas, grande energia,
Força e bem estar...
Não é grande magia
Precisa p' ra reinar.
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Gastei a excessiva
Energia, eu não
Perdi. Apreensiva
Ficaste? Tal é vão.
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Cobrar bem os impostos,
Fazer obras comuns,
Pôr todos bem dispostos
Fazem os não comuns.
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Impinges teu produto
Assim assim, ruim
Mesmo... De um mau bruto
Não passas: tens um fim.
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Tudo sempre se sabe,
Não me perturba essa
Já também: aqui cabe
Tudo, 'té a má peça.
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Minorar sofrimento,
Maximizar prazer:
Há melhor movimento?
Há mais para fazer?
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O objectivo lucro
É, mesmo se damos;
Claro, o justo lucro:
Mui íntegros sejamos.
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Uma coisa em público,
E outra em privado
Destrói tanto repúblico
Como real senado.

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