PALAVRA!
.
C é casa, mas casa
É mui mais que palavra
Casa; e quem arrasa
Eu é medo: palavra.
.
Medo por ir perder
Uma fonte de prazer?
Mas, há outras, benzer,
Tantas outras, pr'a ter!
.
Tudo é mui instável
Excepto eu profundo:
Vamos lá ser amável
Ego, p'ra todo mundo!
.
Nós podemos fugir
D' egoísta que quer
Sempre vencer: sentir-
-Lhe fazer que ego fere.
Saturday, May 31, 2008
NÃO MATARÁS
NENHUM SER SENSITIVO
.
A verdade, a luz
O perdão, Deus, a paz,
A beleza, Ormuz
Não precisam do faz
De conta do egus:
A verdade é ás
Se a vida e os
Errados ama. Dás
Vida a todos? Pus-
-Te com perdão: não vás
Pois, verdade, sem paz
Agir: verdade, faz-
-Te humilde: veraz
Pensamento, não hás-
-De mui bem ver que luz
És, p'ra vida te pus?
NENHUM SER SENSITIVO
.
A verdade, a luz
O perdão, Deus, a paz,
A beleza, Ormuz
Não precisam do faz
De conta do egus:
A verdade é ás
Se a vida e os
Errados ama. Dás
Vida a todos? Pus-
-Te com perdão: não vás
Pois, verdade, sem paz
Agir: verdade, faz-
-Te humilde: veraz
Pensamento, não hás-
-De mui bem ver que luz
És, p'ra vida te pus?
Friday, May 30, 2008
Sunday, May 25, 2008
INTERIOR
.
Espaço interior,
Consciência vital,
Serenidade, senhor
E senhora, e frontal.
.
Essência divinal,
Andorinha em rasante
Voo; chilreia pardal:
Mais sentindo que pensante.
.
Esse pensar te destrói:
Cria e deixa criar,
Se não cada vez te dói
Mais e te falta o ar.
.
Silêncio divinal
Que cria o belo som
E também o infernal:
Silêncio é tão bom!
.
E o amor paternal,
(Tantas terminam em al!)
Mais carinho maternal:
Não mates o animal!
.
Calaram-se os gemidos,
Os gritos de dor. Tu sabes
Fazer chorar, e, os idos
Somos nós: também cá cabes.
.
Observa atentamente
Esta pequenina dor,
Sente-a profundamente:
Prazer quando se for!
.
A Vânia é Fernandes
E “A Senhora do Mar”
Tu que voltaste dos Andes:
Deixa lá de te queixar!
.
Não aposto, não trabalho:
Faço o que há p’ra fazer;
Posso ganhar sem o malho:
Que mal me podes fazer?
.
Tu és eu e não és doida(o)
Como eu não sou: o medo
Acabou. E, se és doido(a)
Mesmo, observo meu medo.
.
E o medo se vai mesmo
P’ra com dor noutro lugar
Actuar, obrigar sesmo
A cultivar, ‘té a amar.
.
Faço o que tu mui queres,
Trabalho e ‘té aposto:
Vida é homens e mulheres,
Somos um com o oposto!
.
Ver Deus e a(o) escondida(o)
E sem medo do prazer,
Somos o gozo da vida:
Claro que podes fazer.
.
Que interessa se não
É verdade? Se efeito
É incrível? Não vão?
E leva tudo a eito!
.
Tão sorridente! Que graça,
Que gozo, felicidade!
Mais, só o céu, Graça,
Mostrado com a idade!
.
Não futuro mas presente,
Em tudo, e, não existo:
Para teu e meu bem, ente
De lá sou, não tens tu visto?
.
O que não posso dizer
Tens de procurar ouvir
E aceitar com prazer:
Pensar menos, mais sentir!
.
Tão bonita e perdida?
Ou, estão demasiado
Avançados? E a ida
Dor voltou, oh desvairado!
.
Mexe-te, observa tudo.
Escolhe a melhor parte:
Também podes ser sortudo,
Também podes comer tarte!
.
Vai mesmo fazer o chá,
De morrer não tenhas medo,
Teme é não seres de cá:
Tarde igual a cedo.
.
Vai também o chá colher,
‘stá tudo interligado,
Todo quando morrer
Sabe, se não for matado.
.
Com sexo nós nascemos,
Com sexo nós vivemos,
Com sexo nós morremos,
Com sexo renascemos.
.
Medo no dormir, no sonhar…
Que ‘stupidez! Observo!
Que ‘stupidez! Há acordar
Sempre: observo, observo.
.
Era o medo da dor.
Claro, mesmo a dormir!
Mas, Deus não és tu amor,
Deus é prazer sem ferir!
.
Novo dia; chilrear
Continua. E eu canto
Também e a assobiar
Me ponho: é um encanto!
.
E, bato palmas, escrevo
Para ti e para mim,
Ou para ninguém escrevo:
Sou um com pardal sem fim!
.
E a gata lembro: pouco
Pensa mas muito vive!
E, um gato meio louco
Aparece e também vive!
.
E sorrio e até rio:
Bom humor e um palhaço
Pobre p’ra combater frio
Só pode ser bom, ricaço!
.
E tomo banho, e ouço
Práticos e sonhadores,
E faço até um poço,
Oiço regatos faladores!
.
Medo de estar só tu não
Tenhas: Deus é o só
Acompanhado: anão
E gigante: vastidão!
.
Espaço interior,
Consciência vital,
Serenidade, senhor
E senhora, e frontal.
.
Essência divinal,
Andorinha em rasante
Voo; chilreia pardal:
Mais sentindo que pensante.
.
Esse pensar te destrói:
Cria e deixa criar,
Se não cada vez te dói
Mais e te falta o ar.
.
Silêncio divinal
Que cria o belo som
E também o infernal:
Silêncio é tão bom!
.
E o amor paternal,
(Tantas terminam em al!)
Mais carinho maternal:
Não mates o animal!
.
Calaram-se os gemidos,
Os gritos de dor. Tu sabes
Fazer chorar, e, os idos
Somos nós: também cá cabes.
.
Observa atentamente
Esta pequenina dor,
Sente-a profundamente:
Prazer quando se for!
.
A Vânia é Fernandes
E “A Senhora do Mar”
Tu que voltaste dos Andes:
Deixa lá de te queixar!
.
Não aposto, não trabalho:
Faço o que há p’ra fazer;
Posso ganhar sem o malho:
Que mal me podes fazer?
.
Tu és eu e não és doida(o)
Como eu não sou: o medo
Acabou. E, se és doido(a)
Mesmo, observo meu medo.
.
E o medo se vai mesmo
P’ra com dor noutro lugar
Actuar, obrigar sesmo
A cultivar, ‘té a amar.
.
Faço o que tu mui queres,
Trabalho e ‘té aposto:
Vida é homens e mulheres,
Somos um com o oposto!
.
Ver Deus e a(o) escondida(o)
E sem medo do prazer,
Somos o gozo da vida:
Claro que podes fazer.
.
Que interessa se não
É verdade? Se efeito
É incrível? Não vão?
E leva tudo a eito!
.
Tão sorridente! Que graça,
Que gozo, felicidade!
Mais, só o céu, Graça,
Mostrado com a idade!
.
Não futuro mas presente,
Em tudo, e, não existo:
Para teu e meu bem, ente
De lá sou, não tens tu visto?
.
O que não posso dizer
Tens de procurar ouvir
E aceitar com prazer:
Pensar menos, mais sentir!
.
Tão bonita e perdida?
Ou, estão demasiado
Avançados? E a ida
Dor voltou, oh desvairado!
.
Mexe-te, observa tudo.
Escolhe a melhor parte:
Também podes ser sortudo,
Também podes comer tarte!
.
Vai mesmo fazer o chá,
De morrer não tenhas medo,
Teme é não seres de cá:
Tarde igual a cedo.
.
Vai também o chá colher,
‘stá tudo interligado,
Todo quando morrer
Sabe, se não for matado.
.
Com sexo nós nascemos,
Com sexo nós vivemos,
Com sexo nós morremos,
Com sexo renascemos.
.
Medo no dormir, no sonhar…
Que ‘stupidez! Observo!
Que ‘stupidez! Há acordar
Sempre: observo, observo.
.
Era o medo da dor.
Claro, mesmo a dormir!
Mas, Deus não és tu amor,
Deus é prazer sem ferir!
.
Novo dia; chilrear
Continua. E eu canto
Também e a assobiar
Me ponho: é um encanto!
.
E, bato palmas, escrevo
Para ti e para mim,
Ou para ninguém escrevo:
Sou um com pardal sem fim!
.
E a gata lembro: pouco
Pensa mas muito vive!
E, um gato meio louco
Aparece e também vive!
.
E sorrio e até rio:
Bom humor e um palhaço
Pobre p’ra combater frio
Só pode ser bom, ricaço!
.
E tomo banho, e ouço
Práticos e sonhadores,
E faço até um poço,
Oiço regatos faladores!
.
Medo de estar só tu não
Tenhas: Deus é o só
Acompanhado: anão
E gigante: vastidão!
Friday, May 23, 2008
PRAZER-NEUTRO-DOR
A natureza de todos os seres sensitivos, vinda seguramente da de Deus, é não só evitar a dor e os seus parentes tristeza, infelicidade, sofrimento e mal estar, como usufruir do prazer e dos seus familiares alegria, felicidade, gozo e bem estar.
Como sabemos somos corpo/mente e espírito/consciência, num só, pelo que os prazeres e as dores podem ser mais corporais ou mais espirituais. Exemplos de prazeres: do cheiro, da audição, do gosto, do tacto, da vista, do criar/gerar/fazer bem, da vitória... Exemplos de dores: do corpo, do fazer mal, do perder...
Equidistante da dor e do prazer, no meio, encontra-se obviamente o estado neutro. Depois, há os vários graus de prazer e de dor. Há também dores que podem não impedir prazeres (p.e., o prazer da obra feita, mesmo tendo chegado à dor), e, o abuso dos prazeres que se transformam em dores.
Entretanto, resistir à dor ou a quem a inflige sem termos melhorado nada com ela, não é conveniente. Mas, "o sofrimento só é necessário até ao ponto em que percebemos que deixou de o ser", como diz E. Toole.
E, evitar ou fugir do prazer só porque abusar dele causa dor também não é solução...
A solução, claramente, é fazer tudo com o máximo de presença, de cuidado, de saber e de atenção.
A natureza de todos os seres sensitivos, vinda seguramente da de Deus, é não só evitar a dor e os seus parentes tristeza, infelicidade, sofrimento e mal estar, como usufruir do prazer e dos seus familiares alegria, felicidade, gozo e bem estar.
Como sabemos somos corpo/mente e espírito/consciência, num só, pelo que os prazeres e as dores podem ser mais corporais ou mais espirituais. Exemplos de prazeres: do cheiro, da audição, do gosto, do tacto, da vista, do criar/gerar/fazer bem, da vitória... Exemplos de dores: do corpo, do fazer mal, do perder...
Equidistante da dor e do prazer, no meio, encontra-se obviamente o estado neutro. Depois, há os vários graus de prazer e de dor. Há também dores que podem não impedir prazeres (p.e., o prazer da obra feita, mesmo tendo chegado à dor), e, o abuso dos prazeres que se transformam em dores.
Entretanto, resistir à dor ou a quem a inflige sem termos melhorado nada com ela, não é conveniente. Mas, "o sofrimento só é necessário até ao ponto em que percebemos que deixou de o ser", como diz E. Toole.
E, evitar ou fugir do prazer só porque abusar dele causa dor também não é solução...
A solução, claramente, é fazer tudo com o máximo de presença, de cuidado, de saber e de atenção.
HIATOS
.
O cão não tem sapatos,
E o melro de bico
Amarelo só, fico
A ver: veros hiatos.
.
Nenhum ser a sofrer
Vejo: melro responde
A outro melro. Onde?
Onde há esconder.
.
O que mais sobressai
No canto, eu procuro
Como criança: curo
Doença: sossegai.
.
Nem desejo nem medo:
Viva a imponente
Árvore, componente
Do divinal, do cedo!
.
O cão não tem sapatos,
E o melro de bico
Amarelo só, fico
A ver: veros hiatos.
.
Nenhum ser a sofrer
Vejo: melro responde
A outro melro. Onde?
Onde há esconder.
.
O que mais sobressai
No canto, eu procuro
Como criança: curo
Doença: sossegai.
.
Nem desejo nem medo:
Viva a imponente
Árvore, componente
Do divinal, do cedo!
Thursday, May 22, 2008
Wednesday, May 21, 2008
TRANSMUTAÇÃO
.
Estamos no corredor
Da morte: a resistência
Com o aumento da dor,
Ou rendição com potência?
.
Nunca as perder de vista,
As causas, mesmo sintomas
Curando, e, não insista
Nos conflitos e nos comas.
.
Precisas emagrecer,
Mas, é fraco teu querer
E não paras de comer:
Vais vencer pelo sofrer.
.
Aceita pequena dor,
Ou grande, e, rendição
Te alegra, sofredor,
Tira-te da aflição!
.
Permitindo que inimigo
E dor existam, rendição
Transforma dor em paz, te digo,
Prazer que tira maldição.
.
Rendição total ao desgosto,
Ao desespero e ao medo,
À solidão, ao velho Agosto
É melhor que fuga, Macedo.
.
Trabalho, álcool, arranque,
Ira, sexo, jogo e guerra,
Projecção, arma, bomba, tanque
Não suprime dor nem na Erra.
.
Pelo contrário: se dor
Tentamos anestesiar,
Inconsciente sem temor
Vai atacar, contaminar.
.
Sofrimento vamos sentir,
Não quem parece tê-lo feito;
Vamos morrer sem resistir,
Ser felizes de qualquer jeito.
.
Estamos no corredor
Da morte: a resistência
Com o aumento da dor,
Ou rendição com potência?
.
Nunca as perder de vista,
As causas, mesmo sintomas
Curando, e, não insista
Nos conflitos e nos comas.
.
Precisas emagrecer,
Mas, é fraco teu querer
E não paras de comer:
Vais vencer pelo sofrer.
.
Aceita pequena dor,
Ou grande, e, rendição
Te alegra, sofredor,
Tira-te da aflição!
.
Permitindo que inimigo
E dor existam, rendição
Transforma dor em paz, te digo,
Prazer que tira maldição.
.
Rendição total ao desgosto,
Ao desespero e ao medo,
À solidão, ao velho Agosto
É melhor que fuga, Macedo.
.
Trabalho, álcool, arranque,
Ira, sexo, jogo e guerra,
Projecção, arma, bomba, tanque
Não suprime dor nem na Erra.
.
Pelo contrário: se dor
Tentamos anestesiar,
Inconsciente sem temor
Vai atacar, contaminar.
.
Sofrimento vamos sentir,
Não quem parece tê-lo feito;
Vamos morrer sem resistir,
Ser felizes de qualquer jeito.
Tuesday, May 20, 2008
TRANSCENDÊNCIA
.
Nada ou tudo em comum?
E um olhar puro, unido,
Belo, de paz... Ou mui sofrido,
Sempre devorando algum,
.
Por outro sendo devorado?
Há um prazer superior,
Da transcendência da dor,
E de ser por Deus exaltado:
.
Com paz, sem atacar e ser
Atacado e sem sofrer;
Com prazeres sem exceder;
Sem crítico e juiz ser.
.
Nada ou tudo em comum?
E um olhar puro, unido,
Belo, de paz... Ou mui sofrido,
Sempre devorando algum,
.
Por outro sendo devorado?
Há um prazer superior,
Da transcendência da dor,
E de ser por Deus exaltado:
.
Com paz, sem atacar e ser
Atacado e sem sofrer;
Com prazeres sem exceder;
Sem crítico e juiz ser.
BEM MAIOR
.
Claro que os animais
Também têm uma alma
Que passa de forma. Vais
Reconsiderar com calma?
.
Todo cresce e decresce,
A outra 'spécie vai;
Bendito o que floresce
E deixa florescer, pai.
.
Não lutamos contra mal,
Somos bem maior: observamos
Mal e dor: ser não dual
Somos, mal também amamos.
.
Quando nós aceitamos
O que é, sem resistir,
Todo o momento amamos
Como o melhor, consentir.
.
Claro que os animais
Também têm uma alma
Que passa de forma. Vais
Reconsiderar com calma?
.
Todo cresce e decresce,
A outra 'spécie vai;
Bendito o que floresce
E deixa florescer, pai.
.
Não lutamos contra mal,
Somos bem maior: observamos
Mal e dor: ser não dual
Somos, mal também amamos.
.
Quando nós aceitamos
O que é, sem resistir,
Todo o momento amamos
Como o melhor, consentir.
Sunday, May 18, 2008
FESTAS
.
Faz festas a duros e moles,
Em ti e nos demais. Quem não
Precisa? E, nunca esfoles,
Não mates nem tubarão.
.
Não 'stás agora a sofrer,
Como eu não estou também;
Ouve: esquece o prazer:
Não vês que dele só dor vem?
.
Eu não necessito de nada,
Mas, o grande e mau barulho
Tem de acalmar, se não fada
Lhe corta bolas do orgulho!
.
Em mim não há nenhuns opostos,
Nem desejos, mas, não 'stou morto:
Mortos 'stão ruídos e rostos
Seus: diabo já é aborto.
- O que não tem medo de morrer é o que morre várias vezes ao dia para descobrir que a morte não existe.
- Deus está em todos os seres e em todas as coisas, sempre minorando o sofrimento e dando mais ser, mais bem estar.
- Somos um com Deus e deus não faz nada sem nós.
- Telvez tenha de haver sempre dor, e, o mais inteligente é o que lhe consegur fugir.
- O que pensamos é o passado, mesmo quando pensamos no futuro.
- Existir é sobressair, e, quem sobressai de menos ou demais é diminuído/suprimido/diluído/desmaterializado/destruído/espiritualizado...
- A música é muito importante, e, todos a podemos fazer.
.
Faz festas a duros e moles,
Em ti e nos demais. Quem não
Precisa? E, nunca esfoles,
Não mates nem tubarão.
.
Não 'stás agora a sofrer,
Como eu não estou também;
Ouve: esquece o prazer:
Não vês que dele só dor vem?
.
Eu não necessito de nada,
Mas, o grande e mau barulho
Tem de acalmar, se não fada
Lhe corta bolas do orgulho!
.
Em mim não há nenhuns opostos,
Nem desejos, mas, não 'stou morto:
Mortos 'stão ruídos e rostos
Seus: diabo já é aborto.
- O que não tem medo de morrer é o que morre várias vezes ao dia para descobrir que a morte não existe.
- Deus está em todos os seres e em todas as coisas, sempre minorando o sofrimento e dando mais ser, mais bem estar.
- Somos um com Deus e deus não faz nada sem nós.
- Telvez tenha de haver sempre dor, e, o mais inteligente é o que lhe consegur fugir.
- O que pensamos é o passado, mesmo quando pensamos no futuro.
- Existir é sobressair, e, quem sobressai de menos ou demais é diminuído/suprimido/diluído/desmaterializado/destruído/espiritualizado...
- A música é muito importante, e, todos a podemos fazer.
Friday, May 16, 2008
NÃO MANIFESTO
.
O não manifesto se manifesta
E diz: não quero a dor mas prazer;
Alegria e prazer são a festa,
A mesma coisa: basta de sofrer!
.
Esse pequeno mal, essa pequena
Guerra e esse pequeno desejo
De vencer, de não perdoar serena,
Tem de morrer, remexido realejo!
.
O manifesto não se manifesta
E não diz nada: para haver prazer,
Alegria, deslumbramento, festa
Com todos, sempre, sem nenhum sofrer!
.
O não manifesto se manifesta
E diz: não quero a dor mas prazer;
Alegria e prazer são a festa,
A mesma coisa: basta de sofrer!
.
Esse pequeno mal, essa pequena
Guerra e esse pequeno desejo
De vencer, de não perdoar serena,
Tem de morrer, remexido realejo!
.
O manifesto não se manifesta
E não diz nada: para haver prazer,
Alegria, deslumbramento, festa
Com todos, sempre, sem nenhum sofrer!
MAIS PRESENTES
.
Morremos todos os dias
P 'ra renascermos em novas
Formas, mais belas, esguias:
Funerais não são nas covas.
.
Sintamos respiração,
Cesse todo pensamento;
Sintamos a pulsação,
Vivamos todo o momento.
.
Amemos corpos nossos:
Eles são palácios
D' espíritos, não são ossos
Perecíveis, não são rácios.
.
Nossos corpos pois moldemos,
Como almas nós moldamos:
Julguemos, apreciemos,
Mas mesquinhos não sejamos.
.
Não morremos, não nascemos,
Somos eterno presente:
Somos de Deus que não vemos
O reflexo que ver tente.
.
Deus está dentro de nós
Onde entramos depois
De perdoarmos a vós,
Os prisioneiros, pois.
.
Voltemos às origens,
Às belas fontes cristalinas,
Às terras pretas, virgens,
Às florestas e colinas.
.
Mais presentes, conscientes,
Concentrados, e, mais
Leves e menos carentes,
Mais vivos, mais, sempre mais!
.
Morremos todos os dias
P 'ra renascermos em novas
Formas, mais belas, esguias:
Funerais não são nas covas.
.
Sintamos respiração,
Cesse todo pensamento;
Sintamos a pulsação,
Vivamos todo o momento.
.
Amemos corpos nossos:
Eles são palácios
D' espíritos, não são ossos
Perecíveis, não são rácios.
.
Nossos corpos pois moldemos,
Como almas nós moldamos:
Julguemos, apreciemos,
Mas mesquinhos não sejamos.
.
Não morremos, não nascemos,
Somos eterno presente:
Somos de Deus que não vemos
O reflexo que ver tente.
.
Deus está dentro de nós
Onde entramos depois
De perdoarmos a vós,
Os prisioneiros, pois.
.
Voltemos às origens,
Às belas fontes cristalinas,
Às terras pretas, virgens,
Às florestas e colinas.
.
Mais presentes, conscientes,
Concentrados, e, mais
Leves e menos carentes,
Mais vivos, mais, sempre mais!
Thursday, May 15, 2008
VER DEUS
.
Queres ver Deus? Cessa
Com tempo futuro
E passado: pressa
Deixa, sê maduro.
.
Queres ver Deus? Não
Penses tanto, não:
As formas que vão
E vêm não são.
.
Queres ver Deus? Nome
Esquece e forma:
Sê flor de renome:
Lírio transforma.
.
Queres ver Deus? Olha
Lírio do campo,
Água que molha
Janela, sarampo.
.
Queres ver Deus? Deixa
Viver todo ser,
Carraça e peixa:
Todos são o Ser.
.
Queres ver Deus? Só
Fica: chega logo
Quem 'té mete dó:
Mas, não me afogo?
.
Queres ver Deus? Cessa
Com tempo futuro
E passado: pressa
Deixa, sê maduro.
.
Queres ver Deus? Não
Penses tanto, não:
As formas que vão
E vêm não são.
.
Queres ver Deus? Nome
Esquece e forma:
Sê flor de renome:
Lírio transforma.
.
Queres ver Deus? Olha
Lírio do campo,
Água que molha
Janela, sarampo.
.
Queres ver Deus? Deixa
Viver todo ser,
Carraça e peixa:
Todos são o Ser.
.
Queres ver Deus? Só
Fica: chega logo
Quem 'té mete dó:
Mas, não me afogo?
Wednesday, May 14, 2008
"Estará o medo a impedi-lo de agir? Reconheça o medo, observe-o atentamente, dê-lhe toda a sua atenção, esteja plenamente presente com ele. Agir assim cortará o elo entre o medo e o seu pensamento. Não deixe que o medo surja na sua mente.. Use o poder do Agora. O medo não pode prevalecer contra ele.
Se não houver realmente nada que você possa fazer para mudar o seu aqui e agora e se não se conseguir afastar da situação, então aceite o seu aqui e agora totalmente, libertando-se de toda a sua resistência interior. O eu falso e infeliz que adora sentir-se infeliz e ressentido, ou ter pena de si próprio, deixa de poder sobreviver. Chama-se a isto rendição. Render-se não é fraqueza. Há nisso uma grande força. Só um apessoa que se rende tem poder espiritual. Através da rendição você liberta-se internamente da situação. Verá então que a situação muda (para melhor) sem qualquer esforço da sua parte. De qualquer maneira, você estará livre.
Haverá alguma coisa que você "devesse" estar a fazer, mas não está? Levante-se e faça-o agora. Ou então aceite totalmente a sua inactividade, a sua preguiça ou a sua passividade neste momento, se for essa a sua decisão. Seja o mais preguiçoso e apático possível. Se se entregar à preguiça é provável que se liberte dela mais rapidamente. Seja como for, não haverá nenhum conflito interior, nenhuma resistência, nenhuma negatividade.
Está com stresse? Está tão ocupado em chegar ao futuro que o presente fica reduzido a um meio para lá chegar? O stresse é provocado pelo estar aqui querendo estar além, estar no presente querendo estar no futuro. É uma cisão que o desfaz por dentro... O facto de todas as outras pessoas fazerem a mesma coisa não a torna menos insensata. Se se vir obrigado a isso, ande depressa, trabalhe depressa... mas não se projecte no futuro e não resista ao presente... ou pode libertar-se de tudo e sentar-se... "
De: "O Poder do Agora", de Echart Toole
Se não houver realmente nada que você possa fazer para mudar o seu aqui e agora e se não se conseguir afastar da situação, então aceite o seu aqui e agora totalmente, libertando-se de toda a sua resistência interior. O eu falso e infeliz que adora sentir-se infeliz e ressentido, ou ter pena de si próprio, deixa de poder sobreviver. Chama-se a isto rendição. Render-se não é fraqueza. Há nisso uma grande força. Só um apessoa que se rende tem poder espiritual. Através da rendição você liberta-se internamente da situação. Verá então que a situação muda (para melhor) sem qualquer esforço da sua parte. De qualquer maneira, você estará livre.
Haverá alguma coisa que você "devesse" estar a fazer, mas não está? Levante-se e faça-o agora. Ou então aceite totalmente a sua inactividade, a sua preguiça ou a sua passividade neste momento, se for essa a sua decisão. Seja o mais preguiçoso e apático possível. Se se entregar à preguiça é provável que se liberte dela mais rapidamente. Seja como for, não haverá nenhum conflito interior, nenhuma resistência, nenhuma negatividade.
Está com stresse? Está tão ocupado em chegar ao futuro que o presente fica reduzido a um meio para lá chegar? O stresse é provocado pelo estar aqui querendo estar além, estar no presente querendo estar no futuro. É uma cisão que o desfaz por dentro... O facto de todas as outras pessoas fazerem a mesma coisa não a torna menos insensata. Se se vir obrigado a isso, ande depressa, trabalhe depressa... mas não se projecte no futuro e não resista ao presente... ou pode libertar-se de tudo e sentar-se... "
De: "O Poder do Agora", de Echart Toole
JOAQUIM
.
Não compres carne do sofrer,
Joaquim, pois tal não compensa:
Dor mais é do que o prazer:
Há elevada recompensa.
.
Não tenhas os ressentimentos,
Perdoa, e, a má vontade
Esquece. Aceita momentos
Todos, sê objectividade.
.
Se foi mau, olha: já não é!
Esquece mal, deixa viver,
Come frutos, foge até
De cem euros do faz sofrer.
.
Não resistas até ao mal
E ele irá definhar,
Ou resiste, mas sem a tal
Ira, com o vero amar.
.
Não compres carne do sofrer,
Joaquim, pois tal não compensa:
Dor mais é do que o prazer:
Há elevada recompensa.
.
Não tenhas os ressentimentos,
Perdoa, e, a má vontade
Esquece. Aceita momentos
Todos, sê objectividade.
.
Se foi mau, olha: já não é!
Esquece mal, deixa viver,
Come frutos, foge até
De cem euros do faz sofrer.
.
Não resistas até ao mal
E ele irá definhar,
Ou resiste, mas sem a tal
Ira, com o vero amar.
Monday, May 12, 2008
- Não podemos rejeitar o que é, mas, se pudermos melhorar as coisas, vamos melhorá-las.
- Pensar demais ou sempre no mesmo sem nada melhorar pode ser muito cansativo, um grande desperdício de energia.
- Não devemos lutar frontalmente contra o mal, a derrota, a dor, a pobreza, o feio, o sujo, a injustiça, pois, desse modo só provocamos o aumento do mal, dando-lhe mais força pela negativa, claro.
- Observando sempre tudo, dentro e fora de nós, não caímos na inconsciência. Tomemos também consciência de nós próprios, os observadores.
- É impressionante como nos podemos apegar à dor e ao mal estar, chegando esse apego a dar-nos algum prazer. Veja-se a compulsão para só ver o mal e as desgraças e neles falar incessantemente.
- Não convém estarmos no Aqui e Agora e a nossa mente estar noutro lugar ou no passado ou no futuro. Só o presente é verdadeiramente real.
- Também não convém uma necessidade forçosamente compulsiva e profundamente inconsciente de termos razão.
- A inteligência é muito mais do que a mente: é também todo o vasto e eterno sentir.
- Repetir os gloriosos feitos do passado sem os respectivos erros, implica novas e mais perfeitas façanhas.
- Aceitar tudo e todos sem a mais pequena reacção negativa, melhorando todos e tudo... Ou, deixar essas situaçõs, ao invés de passarmos o tempo a lamentarmo-nos delas, usando intuição e razão.
- Pensar demais ou sempre no mesmo sem nada melhorar pode ser muito cansativo, um grande desperdício de energia.
- Não devemos lutar frontalmente contra o mal, a derrota, a dor, a pobreza, o feio, o sujo, a injustiça, pois, desse modo só provocamos o aumento do mal, dando-lhe mais força pela negativa, claro.
- Observando sempre tudo, dentro e fora de nós, não caímos na inconsciência. Tomemos também consciência de nós próprios, os observadores.
- É impressionante como nos podemos apegar à dor e ao mal estar, chegando esse apego a dar-nos algum prazer. Veja-se a compulsão para só ver o mal e as desgraças e neles falar incessantemente.
- Não convém estarmos no Aqui e Agora e a nossa mente estar noutro lugar ou no passado ou no futuro. Só o presente é verdadeiramente real.
- Também não convém uma necessidade forçosamente compulsiva e profundamente inconsciente de termos razão.
- A inteligência é muito mais do que a mente: é também todo o vasto e eterno sentir.
- Repetir os gloriosos feitos do passado sem os respectivos erros, implica novas e mais perfeitas façanhas.
- Aceitar tudo e todos sem a mais pequena reacção negativa, melhorando todos e tudo... Ou, deixar essas situaçõs, ao invés de passarmos o tempo a lamentarmo-nos delas, usando intuição e razão.
OBJECTIVO
.
Um objectivo, um pensamento,
Uma emoção, uma paixão...
Alegria e não sofrimento,
Prazer e não dor nem pré-caixão.
.
Aceita o que bem tem de ser,
O teu talento e vocação;
E nunca queiras enriquecer
Depressa demais: dá sofridão.
.
Não me largas, mas largar-te vou:
Por causa do 'spaço: liberdade
Precisamos. E, tempo te dou
Também. Come e morre à vontade.
.
Não sou de partido ou igreja;
Nem de clube ou grupo tão pouco;
Nem de país (que Deus nos proteja!).
Eu sou de todos e de ninguém, mouco.
.
Observo pensamento, desejo,
Emoção e por eles não sou
Dominado; tudo o que vejo
Aceito: e, ver glória vou.
.
O passado e futuro não
Me interessam: poder agora
É, e, aqui presentes estão
Todos, os de dentro e de fora.
.
Submeto-me ao que é e não
Tenho nem a dor nem o prazer,
Mas, tenho alegria e vão
Não é o amor: há paz e vencer.
.
Trabalho com presente aceite,
Não contra o agora que Deus
É; e não me falta o azeite
Nem demais milagres que são seus.
.
Um objectivo, um pensamento,
Uma emoção, uma paixão...
Alegria e não sofrimento,
Prazer e não dor nem pré-caixão.
.
Aceita o que bem tem de ser,
O teu talento e vocação;
E nunca queiras enriquecer
Depressa demais: dá sofridão.
.
Não me largas, mas largar-te vou:
Por causa do 'spaço: liberdade
Precisamos. E, tempo te dou
Também. Come e morre à vontade.
.
Não sou de partido ou igreja;
Nem de clube ou grupo tão pouco;
Nem de país (que Deus nos proteja!).
Eu sou de todos e de ninguém, mouco.
.
Observo pensamento, desejo,
Emoção e por eles não sou
Dominado; tudo o que vejo
Aceito: e, ver glória vou.
.
O passado e futuro não
Me interessam: poder agora
É, e, aqui presentes estão
Todos, os de dentro e de fora.
.
Submeto-me ao que é e não
Tenho nem a dor nem o prazer,
Mas, tenho alegria e vão
Não é o amor: há paz e vencer.
.
Trabalho com presente aceite,
Não contra o agora que Deus
É; e não me falta o azeite
Nem demais milagres que são seus.
Friday, May 09, 2008
- Pensamentos, desejos, acções erradas e injustas e omissões do bom, do justo e do equilibrado têm neles(as) o próprio factos punitivo de quem os(as) pratica ou omite. E, desejos, pensamentos e acções correctas(os), bons, justos(as), equilibrantes têm neles o factor recompensa, louvor e amizade\carinho.
- Não apreciamos, como muitos, a guerra, a competição, a dissimulação, o roubo, o engano, os maus tratos, mas, se tivermos de nos defender de quem promove tais actos...
- Não há razões para tristezas, azedumes, depressões, ansiedades... Mesmo a vida sem fazer sofrer nenhum ser injustamente é, ou antes, esta vida é tão extraordinária, tão cheia de alegrias e de prazeres!
- E, é verdade que a maioria dos seres precisa de ter mais interesse, apesar de a evolução e graduação ser uma realidade.
Thursday, May 08, 2008
Tuesday, May 06, 2008
FAZER
.
Outros foram mais fortes,
Outros ganharam: eu
Agora, te importes
Ou não, sou quem morreu.
.
Que me aconteceu
Entretanto? Deixei
De ser? Ódio teu
Nunca mais verei?
.
Foste, mas tua marca
Barulhenta deixaste:
Não mereces comarca.
Dorme, oh grande traste!
.
Matar é pois morrer:
Não mato, tu não matas,
E, acaba sofrer.
Compreendes, desatas?
.
Comprei-te o teu livro;
Compra o meu agora;
Se não como te livro
De me ir eu embora?
.
Formas, grande energia,
Força e bem estar...
Não é grande magia
Precisa p' ra reinar.
.
Gastei a excessiva
Energia, eu não
Perdi. Apreensiva
Ficaste? Tal é vão.
.
Cobrar bem os impostos,
Fazer obras comuns,
Pôr todos bem dispostos
Fazem os não comuns.
.
Impinges teu produto
Assim assim, ruim
Mesmo... De um mau bruto
Não passas: tens um fim.
.
Tudo sempre se sabe,
Não me perturba essa
Já também: aqui cabe
Tudo, 'té a má peça.
.
Minorar sofrimento,
Maximizar prazer:
Há melhor movimento?
Há mais para fazer?
.
O objectivo lucro
É, mesmo se damos;
Claro, o justo lucro:
Mui íntegros sejamos.
.
Uma coisa em público,
E outra em privado
Destrói tanto repúblico
Como real senado.
.
Outros foram mais fortes,
Outros ganharam: eu
Agora, te importes
Ou não, sou quem morreu.
.
Que me aconteceu
Entretanto? Deixei
De ser? Ódio teu
Nunca mais verei?
.
Foste, mas tua marca
Barulhenta deixaste:
Não mereces comarca.
Dorme, oh grande traste!
.
Matar é pois morrer:
Não mato, tu não matas,
E, acaba sofrer.
Compreendes, desatas?
.
Comprei-te o teu livro;
Compra o meu agora;
Se não como te livro
De me ir eu embora?
.
Formas, grande energia,
Força e bem estar...
Não é grande magia
Precisa p' ra reinar.
.
Gastei a excessiva
Energia, eu não
Perdi. Apreensiva
Ficaste? Tal é vão.
.
Cobrar bem os impostos,
Fazer obras comuns,
Pôr todos bem dispostos
Fazem os não comuns.
.
Impinges teu produto
Assim assim, ruim
Mesmo... De um mau bruto
Não passas: tens um fim.
.
Tudo sempre se sabe,
Não me perturba essa
Já também: aqui cabe
Tudo, 'té a má peça.
.
Minorar sofrimento,
Maximizar prazer:
Há melhor movimento?
Há mais para fazer?
.
O objectivo lucro
É, mesmo se damos;
Claro, o justo lucro:
Mui íntegros sejamos.
.
Uma coisa em público,
E outra em privado
Destrói tanto repúblico
Como real senado.
Friday, May 02, 2008
Subscribe to:
Posts (Atom)