Tuesday, November 27, 2012

Montargil sempre


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Montargil das Antas,

dos Celtas, dos Romanos,

dos Francos, dos manos,

da hospitalidade e das mantas.

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Montargil dos pais,

dos sobreirais, dos arrozais,

das Machoqueiras

e das grandes brincadeiras.

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Montargil das Escolas,

das sacolas,

dos olivais

e de algumas esmolas.

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Montargil de um só ladrão,

do Vale Ladrão,

do Vale de Vilão,

do manajeiro, do jornaleiro(a)

e do patrão.

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Montargil do antes,

da indústria, do turismo, das oficinas

e das sinas

dos (E)migrantes.

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Montargil da velha

e da nova cultura,

do Arco da Velha

e da desenvoltura.

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Grande Montargil

da Guarita,

do Brasil

e da grita.

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Grande Montargil

do prosador

do Ildefonso

do cantor

à desgarrada

e das cantadeiras

(cantadoras)

trabalhadoras.

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Grande Montargil

dos mil

anos, do Gil

e do Brasil.

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E, Montargil da bruxa

e do bruxo,

do cientista

e do modernista,

e,do grande cirurgião!


LISBOA
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Quem é que perdoa

à Grécia? Quem lhe deve

ou também quem não lhe deve

é obrigado a fazê-lo?

Já PORTUGAL parece

que ninguém lhe deve

nada, só deve!

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Darmos nome

é separarmo-nos,

é termos medo,

é termos de agir.

Mas, não aceitarmos,

não rejeitarmos

nem rotularmos

é sermos a coisa,

a pessoa, o ser,

é regozijarmo-nos!

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Compaixão não é o contrário

do ódio e da violência, compassivo

não sabe o que isso é, mas, não

é só perdão: é também tristeza

pela incapacidade da beelza

da unificação.

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E, na Baixa Pombalina

de Lisboa, dos lados os Correeiros

e a Prata, o Ouro e os Sapateiros,

e, no Meio, a Augusta,cristalina.
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MUDANÇA
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Verdadeira mudança

não é o mesmo numa nova

forma, é dança

totalmente nova.

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Alternância também não sendo,

claro, verdadeira mudança,

antes sendo

repetição nefasta da andança.

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Mudar é criar,

é desconhecido,

é liberdade, é inovar,

mesmo que não muito bem sucedido.



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