Montargil sempre
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Montargil das Antas,
dos Celtas, dos Romanos,
dos Francos, dos manos,
da hospitalidade e das mantas.
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Montargil dos pais,
dos sobreirais, dos arrozais,
das Machoqueiras
e das grandes brincadeiras.
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Montargil das Escolas,
das sacolas,
dos olivais
e de algumas esmolas.
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Montargil de um só ladrão,
do Vale Ladrão,
do Vale de Vilão,
do manajeiro, do jornaleiro(a)
e do patrão.
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Montargil do antes,
da indústria, do turismo, das oficinas
e das sinas
dos (E)migrantes.
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Montargil da velha
e da nova cultura,
do Arco da Velha
e da desenvoltura.
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Grande Montargil
da Guarita,
do Brasil
e da grita.
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Grande Montargil
do prosador
do Ildefonso
do cantor
à desgarrada
e das cantadeiras
(cantadoras)
trabalhadoras.
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Grande Montargil
dos mil
anos, do Gil
e do Brasil.
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E, Montargil da bruxa
e do bruxo,
do cientista
e do modernista,
e,do grande cirurgião!
LISBOA
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Quem é que perdoa
à Grécia? Quem lhe deve
ou também quem não lhe deve
é obrigado a fazê-lo?
Já PORTUGAL parece
que ninguém lhe deve
nada, só deve!
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Darmos nome
é separarmo-nos,
é termos medo,
é termos de agir.
Mas, não aceitarmos,
não rejeitarmos
nem rotularmos
é sermos a coisa,
a pessoa, o ser,
é regozijarmo-nos!
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Compaixão não é o contrário
do ódio e da violência, compassivo
não sabe o que isso é, mas, não
é só perdão: é também tristeza
pela incapacidade da beelza
da unificação.
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E, na Baixa Pombalina
de Lisboa, dos lados os Correeiros
e a Prata, o Ouro e os Sapateiros,
e, no Meio, a Augusta,cristalina.
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MUDANÇA
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Verdadeira mudança
não é o mesmo numa nova
forma, é dança
totalmente nova.
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Alternância também não sendo,
claro, verdadeira mudança,
antes sendo
repetição nefasta da andança.
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Mudar é criar,
é desconhecido,
é liberdade, é inovar,
mesmo que não muito bem sucedido.
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