INFINITO
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Dever e prazer,
semana e fim de semana,
passado e futuro,
observador e observado,
homem e mulher,
material e espiritual,
autoridade e desordem,
governante e governado,
doente e médico ...
Tudo dualidades causadoras
de conflito, sofredoras.
Não bastando um pouco mais de gentileza,
de controlo, de esforço, de análise, de subtileza,
muito menos de troca de uma autoridade
por outra autoridade.
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A análise do perito do fundo
condicionado pelo fundo
não serve de nada. Libertação
é pela compreensão da brusquidão
da ida de um extremo para o outro extremo,
de uma dualidade para outra dualidade
sem a apreciação, o gozo, o sentir, a valorização
do Meio, do presente, do silêncio...
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No silêncio interior do pensamento
não há tempo, nem fundo, nem condicionamento,
nem dualidade: só integração, unidade,
felicidade, criatividade, imortalidade,
novidade e, inocência.
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A essência da liberdade
está na plena compreensão
dos mecanismos da habituação
e na sua terminação, ou não.
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Aqui não chove
embora deserto não seja,
e, é só um, o que deseja
e o que não deseja.
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Não há limites para a liberdade
que é felicidade:
total atenção aos hábitos
é dos hábitos a cessação
sem criação de novos hábitos.
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E a libertação é a libertação
da pequenez, do medo, da embriaguez,
do pesadelo do eu: libertos vão
ao infinito no bom, na experiência e na compreensão.
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E, propaganda
ou moralização
não são compaixão
nem bondade
nem não dualidade.
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