O guia inteligente da vida
Desta ou daquela maneira, secreta, aberta, leal ou ardilosamente, todas as pessoas e seres vivem e agem em função da optimização do seu bem estar, prazer, o qual, podendo ser, em cada momento e lugar, mais ou menos corporal, mental ou espiritual, e, dependendo de muitos recursos satisfazendo muitas necessidades (havendo mais recursos do que necessidades, senão não havia a vida, a base do próprio prazer), está facilmente ao alcance de toda a gente, excepto talvez dos ardilosos.
Podemos portanto afirmar que o grande propósito da vida é o prazer, o gozo, o bem estar, que, não pode pois ser adquirido à custa do mal estar e dor de outras pessoas e seres, no momento, ou de nós próprios, no futuro, pois tal contraria precisamente o propósito geral da vida.
A vida deve ser assim guiada pelo prazer,todo o prazer, embora tenha de ser um prazer inteligente, moderado e não desequilibrado e a qualquer custo. E, não pode ser o facto, real, da dor oriunda do prazer desequilibrado, a fazer-nos mudar de guia!
Os prazeres, assentes na satisfação dos desejos e das necessidades naturais e artificiais são imensos, e, podem ser egoístas ou altruístas, não sendo o desejo egoísta ilegítimo, mas, levando o grau de pequenez do ego, claro.E, como quase tudo na vida, são criados e recriados, mutáveis, inovados e extinguíveis.
Eis alguns prazeres retirados de J. K.: "o prazer de reformar, de dizer aos outros o que devem fazer, de atenuar os males da sociedade, de fazer o bem; o prazer de ter conhecimentos mais vastos, maior satisfação física, mais experiências, mais compreensão da vida, de possuir todas as qualidades engenhosas e sutis da mente; e, naturalmente, o prazer supremo: a posse de Deus".
E, eis mais alguns: da amizade; do amor; da saúde, física, mental e espiritual, desde logo o nascer-se sem defeitos e os bons cuidados de saúde, alimentação, protecção, vestuário, habitação, ensino da verdade... para todos os bebés, crianças e adolescentes; da devida acção por filhos e amigos; da bela, boa, apreciada, inspirada música, canto, palavra, vista, sabor...; de compreender; de ajudar a nascer, a iluminar, a entender, a triunfar, a progredir, a pacificar; de descansar; de comer, de beber; do sexo; de ver, experimentar o novo, o não conhecido; da liberdade, do respeito, da honestidade, da coerência...
É falso que o bem estar, o prazer só venham com o tempo, gradualmente.
Não há um amanhã para o prazer, o êxtase: temos de o alcançar agora, já!
O tempo desaparece tanto mais quanto maior for o certo prazer.
O tempo deriva da atenção incompleta perante os factos e é o intervalo entre a ideia e a acção: não pode existir este intervalo, tem de ser pensar e agir imediatamente.
Dar nome, falar, escrever sobre o gozo, é fortalecê-lo. E, o gozo, o prazer nas suas variadíssimas formas é para todos os seres e pessoas!
Oh, o gozo, o bem estar da quietude, do sossego, do repouso, do silêncio mental e físico após longos ou intensos períodos de actividade feliz ou infeliz.
E, a dor também quer e pode ser prazer!
E ainda, só existe problema que não convém dar em dor, quando não aceitamos as coisas, pessoas, animais e seres como são, o que não significa conformismo com o o mal e o sofrimento...
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