Saturday, September 19, 2009

SEM MEDO

Sem apego não há medo
de perder até o que satisfação
de segunda me dá. Medo do desconhecido
ou de perder o conhecido?
Desejo de acumular igual a desejo de não perder,
igual a medo. Armamento para a segurança?
Mas, armas criam conflitos? Destroem segurança!
Acumular seja o que quer que for, é sofrer.
Quem compreende verdadeiramente isto deixa de acumular,
embora não cesse de usufruir, usar,
e quase que fica sem sofrer.
A dor tem duas origens: a das guerras, da acumulação
externa e a das crenças, toda a crença, da acumulação interna.

Desejar é sofrer
e amar é prazer.
Me proteger
também pode ser sofrer.

Viver sem medo é viver sem padrões, sem modos de vida,
sem molduras. Medo reforça molduras!
Quebrar moldura sem acção consciente ou inconsciente,
sem agir, é urgente!
Basta olhar para a moldura, que é a mente, e, ela quebra:
ficamos livres da mente do medo!
Quanto mais quero ser ético menos o sou!
Mas, não fujamos do medo,pela identificação com país,
grupos, ideias...
Claro que pensamento e desejo são a mesma coisa.
Como desfazer ao nível do eu, os bloqueamentos, medos,
apegos impeditivos da satisfação de primeira, da grande
felicidade?... É o que andamos a praticar, não é?

Mais simplicidade = mais sensibilidade = mais
e mais rápida receptividade;
Mais simplicidade = menos impedimentos = menos apegos =
a menos medos a pessoas, posses, ideias, crenças,
motivações = mais vigilância = menos rotinas e menos padrões
de pensamento e acção.

Sem grande melhoramento interior, meras leis, simples
reformas e ajustamentos exteriores não adiantam.
O interior supera sempre o exterior.
Mas, o exterior também é caminho para interior: não o podemos rejeitar.

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