A DUALIDADE GERA CONFLITO
“Qualquer tipo de conflito – físico, psicológico, intelectual – é uma perda de energia. Por favor, é extremamente difícil (não é já mais fácil?) comprendermos e libertarmo-nos disto, porque a maioria de nós é educada no sentido da luta, do esforço. Quando estamos na escola, (já havia sido na família, na vizinhança, não é?) é a primeira coisa que nos ensinam – a esforçarmo-nos. E essa luta, esse esforço é carregado pela vida fora (o pior será a tropa!) – ou seja, para se ser bom é preciso lutar, combater o mal, resistir, controlar. Portanto, em termos educacionais, sociológicos, religiosos, os seres humanos são ensinados a lutar. Ensinam-nos que para encontrarmos Deus temos de trabalhar, ser disciplinados, praticar, torturar a nossa alma, a nossa mente, o nosso corpo, negar, suprimir; que não devemos olhar; que devemos lutar, lutar no assim chamado nível espiritual – que não é de todo o nível espiritual. Então, em termos sociais, está cada um por si, pela sua família.
... Portanto, em todo o lado, estamos a desperdiçar energia. E esse desperdício de energia é, na sua essência, conflito: o conflito entre «devo» e «não devo», «tenho de» e «não tenho de». Uma vez criada a dualidade, torna-se inevitável o conflito. Assim, temos de compreender todo este processo da dualidade – não que não exista o homem e a mulher, o verde e o vermelho, a luz e a escuridão, o alto e o baixo; tudo isso são factos. Mas, no esforço que envolve esta divisão entre facto e ideia, ocorre o desperdício de energia.”
J. Krishnamurti
Editorial Presença
J.
Nota:
Jiddu em mim
É assim: homem/mulher,
Verde\vermelho e luz/escuridão
São factos, não factos e ideias:
Logo, a fraqueza, o desperdício, a divisão,
só pode portanto ser entre o facto do ser, antes do «devo» (já ideia) mais a ideia do «não devo», (grande açorda!) ou, vice-versa, claro!
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