Thursday, August 16, 2007

CLASSE
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Saborear, apreciar
Cada pessoa e palavra,
Cada grupo e cada par…
Unir abuso e quem trava.
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Elvis, no “arroz integral”;
Veloso, lá no “porto covo”;
Cá, Espanha e Portugal;
Em todo o lado, homem novo.
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Não desprezes nenhuma voz,
Antes em todas sinfonia
Vê. Trabalha tanto a sós,
Como em grupo. Harmonia!

Orçamento de Receita e Despesa da Confraria das Almas da Vila de Montargil para o Ano de 1860

Receita Ordinária

1-Juro de 5% do Capital de 326$545 réis Mútua dos aderentes - 19$827
Receita Extraordinária

Receita Extraordinária

1- Esmolas da Caixa do Sobreiro por todo o ano - 66$060

2- Ditas dos Peditórios dos Irmãos em todo o ano - 53$858

3- Fogaças em todo o ano - 14$320

4- Aluguer do Esquife e Cruz … aos Enterros - 1$860

155$925

= Resumo =

Receita Ordinária - 19$927

Receita Extraordinária - 136$098

155$925

Despesa Obrigativa - 151$145

Facultativa - 4$780

155$925

Despesas Obrigativas

Pessoal do Estabelecimento

1- Ordenado ao Capelão - 120$000

2- Ao Andente para ajudar a Missa - 4$800

124$800

Impostos à Fazenda
3- Contribuição pela Décima que se deve abonar aos Juristas - 4$280

Festividade Religiosa

4- Ofício pelos Defuntos - 17$665

Despesas com o Culto

5 - Cera para todo o ano - 3$600

6 - Limpeza do Altar - $800

4$400

151$145

Despesas Facultativas

1- Despesas avulsas - 1$180

2 - Pela gratificação ao Secretário da Confraria - 2$400

3 - Pela gratificação ao Fiscal Delegado - 1$200

155$925

Montargil, em Sessão de 15 de Junho de 1859

O Reitor – Manoel Matono
O Escrivão – Carlos António de Macedo
O Tesoureiro – Mariano Baptista
Miguel d’ Oliveira
Joaquim Prezado
José Ribeiro de Castro
Aleixo de Matos
João de Castro

Fonte: Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Ponte de Sôr

NOVO DIA
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Se viver fosse lutar
Contra a morte, lutava;
Mas vida é morte amar
Também, parva!
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Só o coração ouvir,
Silêncio. E lá longe
Ouve-se cão a latir.
Que faz monge?
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Escrevo, ouço um carro
A passar; também ouvi
Frigorífico; agarro
Nada: vi!
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Silêncio acabou:
Liguei a televisão;
Ninguém igual ficou
Pós visão!
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Nu: recomeçar; contar,
Pensar, escrever, lembrar:
Procuramos melhorar
Bem estar!
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É tão certo que morremos.
É tão certo que vivemos.
Tão certo que renascemos.
Pensemos!
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O juízo é agora,
A fasquia está subida:
Santo é o que adora
Bem a vida!
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Fecha os olhos e faz
Diante de todos; não
Tem medo de morrer; dás-
Lhe, vilão?
.
Ama as bolas, não bate
Nelas: afinal, quem é
Mais inteligente? Mate
Nada: fé!
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Se dois não dá, um tira!
Pai ou filho, tanto faz.
E o que tirámos, vira
Galo ás!
.
Novo dia, madrugada.
Mota, carro acordou.
Tudo trancado estava;
Já cá estou!
.
Reler, rever, misturar…
Manel Zé, Zé Manel…
Comer, beber, trabalhar…
O, é el!
.
Verde e vermelho é
Melancia, e bandeira
De Portugal. Machoqueira
É ao pé!
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E também maracujás.
Parar e olhos abrir.
Lembra terra de rajás,
E, parir!
.
É pequeno para mim,
Dizes, e vais-te embora;
Não é pequeno assim,
É da hora!
.
Centro e periferia
Completam-se, sim senhor:
Uma grande correria.
Oh! Que dor!

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