Sunday, August 05, 2007

CAPELA DAS ALMAS NA IGREJA MATRIZ DE MONTARGIL
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Saibam quantos este público instrumento de escritura de obrigação e segurança virem que no ano do nascimento de nosso senhor jesus cristo de mil e seiscentos e sessenta e u anos, aos catorze dias do mês de maio do dito ano nesta vila de monteargil e nas casa da morada do reverendo padre frei bernardo pereira de sampaio prior desta igreja matriz desta dita vila estando ali presente e bem assim os mordomos da confraria das almas desta dita vila pero serrão, galvão antónio fernandes e os mais abaixo assinados logo por eles todos e cada um por si foi dito perante mim tabelião e das testemunhas adiante nomeadas que eles alcançaram provisão de sua magestade para haver de fazer uma capela da invocação? das almas na igreja matriz desta dita vila e na qual sua magestade lhe concedera a dita mercê com obrigação dos ditos mordomos obrigarem fazenda para a fabrica da dita capela e bem assim se obrigarem a toda a perda e dano que a? abertura das paredes da dita capela sendo caso …da dita que provisão é a seguinte. dom afonso por graça de deus rei de portugal e dos algarves daquem e dalém mar e … senhor da Guiné … como governador e perpétuo administrador que sou do mestrado cavalaria e ordem de s. bento de avis faço saber aos que esta escritura virem que tendo respeito ao que na petição? atrás? escrita que enviara a dizer frei bernardo pereira de sampaio professo da dita ordem e prior da dita igreja matriz da vila de monteargil e os mordomos e confrades da confraria das almas do purgatório sita na mesma igreja e o mais povo dela …e …que a ligam e informação que … por o superior do convento da mesma ordem juiz dela naquela comarca tenho por bem dar licença

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aos ditos mordomos e confrades para que na dita igreja na parte que parecer mais cómoda possam fazer uma capela da invocação? das almas do purgatório na conformidade que lhes parecer. Condeclararam? Que primeiro comecem a obra da dita capela aplicando para a fábrica dela uma propriedade …que renda em cada ano dez cruzados de que se fará escritura pública com assistência do dito juiz da ordem da dita comarca que se satisfará da tal propriedade e que outro sim se obriguem por tal escritura a segurança da parede da mesma igreja que se há-de romper … seja de despesa … os danos e ruínas que nela se fizerem à sua custa e despesa se as houver no abrir da dita parede e condisseram que assim eles ditos, digo mordomos e confrades a menos que pelo tempo em diante forem serão sujeitos a visitações e estatutos da mesma ordem e que cumprirão tudo o que pelas ditas visitas lhes for mandado. E os vistadores dela

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...tomarão conta da fábrica e mais casas pertencentes à dita confraria e proverão em tudo como lhes parecer serviço de deos e bendito e que as missas se dirão pelo prior ou beneficiado da dita igreja não tendo legítima causa que lho impeça. E que serão obrigados … de tudo o necessário sem a ordem a isso ter obrigação alguma e esta licença lhe dou não prejudicando em nada a dita ordem pelo que os visitadores da ordem e juiz dela da comarca e o prior da dita igreja consta de lhes terem os ditos mordomos e confrades feita a escritura da fábrica e segurança da parede da maneira que acima se refere lhes deixem fazer a dita capela as quais escrituras com o treslado desta provisão já foram no cartório do convento da dita ordem da dita igreja e consentidas …se cumprirá em tudo esta provisão, como nela se contém sendo passada pela chancelaria da ordem e valerá como carta.

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Suposto que seu efeito há-de durar mais de um ano sem embargo de qualquer provisão ou regimento em contrário. el rei nosso senhor o mandou pelos doutores luís delgado de abreu e martim afonso de melo deputados do …. Do tribunal da mesa? da consciência e ordens estêvão tavares a fez em lisboa a onze de outubro de mil seiscentos e sessenta bernardino? de …… o fez escrever, luís delgado de abreu …. afonso de melo pagou quarenta? reis em lisboa a vinte e um de outubro de mil seiscentos e sessenta. e aos oficiais cento e sessenta reis. e estêvão tavares jorge? da silva … registada na chancelaria da ordem de avis a folhas setecentos e oitenta e sete verso ... segundo se continha a dita provisão de sua magestade em cumprimento da qual fora………o juiz da dita confraria e mais adiante assinados foi dito que a dita confraria das almas tinha e possuía um alqueire de trigo de renda

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Que à dita confraria deixara? estêvão lourenço morador que foi desta dita vila em cada ano e mais? as casas onde viveu E bem assim cinco alqueires de centeio de renda em cada ano que deixa à dita confraria francisco luís morador que foi no vale da cal termo desta vila na sesmaria de … na freguesia de santo antónio do couço e os mais bens que por morte e falecimento de francisco rodrigues morador nesta dita vila vêm à dita confraria que são umas? casas que estão em obra? que bem renderam quatro mil reis os quais bens ….. obrigavam e nomeavam para a fabrica da dita capela das almas em seu nome e dos mais irmãos que … forem e dos tais bens querem se …os dez cruzados para a fabrica da dita capela e sendo caso que não bastem os bens nomeados, não bastem para se haver em cada ano eles que …… falta que …….digo…….por suas pessoas e bens e … havidos e por……

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haver que ….. obrigavam e na mesma forma disseram se obrigavam a pagar toda a perda e dano que se fizer no romper da parede aonde se há-de fazer a dita capela e sendo o caso que os ……. desta escritura eles ou qualquer deles venham em algum tempo em cumprimento dela com algum género de embargo, dúvidas ou impedimentos de qualquer qualidade ….. com eles em juízo … quantia? dos dez mil reis e bem assim o que se liquidar de prejuízo na ….. da dita parede onde se há-de fazer a dita capela o qual clausulado depositaram ….por bem que eu tabelião aqui pusesse e a ...seus expressos consentimentos a rogo sem embargo da lei de sua magestade feito em contrário que eu tabelião lhes notifiquei ao fazer desta para o cumprimento do que disseram obrigavam todos? seus bens móveis? e de raiz

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Havidos e por haver e logo foi presente o reverendo frei Manuel do quintano superior do convento de são bento de Avis e juiz da ordem desta comarca e por ele foi dito que na forma da provisão de sua magestade aceitava as pessoas nomeadas nesta escritura para por ela se haver ………… dos ditos qautro mil reis para a fábrica da dita capela e se obrigaram a estar sujeitos e pelos ditos mordomos foi dito que se obrigavam assim eles como os que adiante vierem a estarem sujeitos os bens e visitas e estatutos da mesma ordem e aderem com toda mesma confiança e de seus bens e as visitações dela e assim mais

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declarada menção porque a sua intenção é que neste nada falte e querem que este público instrumento de escritura de nomeação e obrigação em tudo se cumpra …se nomeasse … que foi por eles outorgado e assinado e aceitado e por mim tabelião a … publica … e aceite …nomeados …ausentes … e convir pode …todos presentes por testemunhas que presentes estavam, antónio pereira de sousa, … da ordem, e antónio de abreu …, conselhos, ambos moradores na vila de avis e francisco gomes morador nesta dita vila de monteargil que todos aqui assinam com o reverendo padre superior e prior e mais irmãos da dita confraria a qual escrita eu tabelião … perante as testemunhas abaixo assinados e inteligível voz todos entenderam – joão villela arnaud tabelião que o escrevi = o superior manuel de quintana = frei bernardo pereira de sampaio = antónio pereira de sousa = antónio de abreu de vasconcelos = pêro serrão = francisco gomes = bernardino? antónio fernandes … = clemente galvão = bernardino? luís … cruz = a qual escritura de obrigação e segurança eu joão villela arnaud público tabelião do judicial e notas nesta vila de monteargil e seu termo por provimento do corregedor desta comarca de santarém treslado bem e fielmente do meu livro de notas que fica em meu poder bem e fielmente e na verdade e igual em tudo e por tudo me …. E me assinei de meu público sinal que uso e tal é em vinte e dois do mês de novembro de mil e seiscentos e sessenta e um anos joão vilella arnaud tabelião que o escrevi

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