Somos terra, água, energia, rocha, fruto, planta… trabalhados, refinados, e, para eles(a) voltamos ao morrer, e, deles(as) regressamos ao renascer. Ninguém tem medo de morrer, como ninguém tem medo de dormir ou de viver. Conviver de perto com a terra (com a água quase todos convivem) é sermos nós próprios. Que estupidez estarmos demasiado tempo desligados da terra; que maldade/erro as pessoas dizerem que é delas o mais pequeno pedaço de terra sequer que seja, que é afinal de todos os seres, que é afinal uma com todos os seres, com todo o universo. Nós não temos terra: somos terra, ar, água, energia…
Que belos cheiros podem vir da terra florida, até no Inverno, cheia de abelhas!
Por meio dos sólidos e líquidos que ingerimos/absorvemos e expelimos (os restos mortais serão mesmo os restos…) fica provado o que somos: uma nascente, um pedaço de terra, umas maçãs, umas laranjas, uns grãos, umas batatas, uns sons, uns cheiros, umas cores, uma vontade, uma energia, uma inteligência, umas letras, umas árvores, uns animais, uns ossos, um pó… Tudo nós somos.
A, B,C,D,E,F,G,H,I,J,L,M,N,O,P,Q,R,S,T,U,V,X,Z,K…
Se tratarmos mal e injustamente outros seres, tratamo-nos mal a nós próprios; se nos tratamos mal a nós próprios, tratamos mal os outros seres também.
Uma pessoa não tem dinheiro, terras, casas… Uma pessoa é terra, dinheiro, casas…
A importância das letras é tal que uma pessoa que fosse capaz de criar\eliminar uma letra sendo isso aceite por todos, talvez fosse efectivamente uma pessoa superior.