Tuesday, December 11, 2012

George Soros e a zona euro (3)




As 7 soluções de George Soros para salvar a zona euro



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24/10/2011
17:34
Dinheiro Vivo

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George Soros, magnata e filantropo húngaro naturalizado norte-americano, apresentou hoje um plano de sete pontos para salvar a zona do euro. Já no dia 12, Soros integrou um grupo de 100 personalidades europeias que apelavam aos governos da zona euro para resolverem rapidamente a crise da dívida sob pena de o sistema financeiro global ficar destruído.

1) Os Estados-Membros da zona do euro concordam sobre a necessidade de um novo tratado, criando um Ministério das Finanças comum na devida altura. Recorrem ao Banco Central Europeu (BCE) para cooperar com o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e enfrentar a crise financeira: o BCE providencia liquidez e o FEEF aceita os riscos de solvência.

2) O FEEF assume, portanto, os títulos da dívida grega detidos pelo BCE e pelo Fundo Monetário Internacional. Este mecanismo ajudará a restabelecer a cooperação entre o BCE e os governos da zona do euro e permitirá uma redução significativa voluntária da dívida grega com a participação do FEEF.

3) O FEEF é então usado para garantir o sistema bancário e não os títulos da dívida soberana. A recapitalização é adiada, mas terá de ser feita a nível nacional. Esta opção está de acordo com a posição alemã e será mais útil para a França do que a recapitalização imediata.

4) Como contrapartida pela garantia, os grandes bancos concordam em seguir as instruções do BCE em nome dos governos. Aqueles que se recusarem não terão acesso à “janela” de redesconto do BCE.

5) O BCE instrui os bancos para manter linhas de crédito e carteiras de crédito, enviando inspectores para controlar os riscos. Este procedimento remove uma das principais fontes da crise de crédito actual e tranquiliza os mercados financeiros.

6) Para lidar com o outro grande problema - a incapacidade de alguns governos de se endividarem nos mercados primários a taxas de juros razoáveis -, o BCE baixa a taxa de desconto, encoraja esses governos a emitir Bilhetes do Tesouro (BT) e incentiva os bancos a manter sua liquidez, na forma desses BT, em vez de efectuarem depósitos no BCE. Todas as compras do BCE são “esterilizadas” pelo facto de este emitir os seus próprios BT. O risco de solvência é garantida pelo FEEF.O BCE pára com as compras no mercado aberto (secundário). A solução permite que países como a Itália consigam financiar-se nos mercados no curto prazo e a um custo muito baixo, isentando o BCE de emprestar aos governos ou imprimir moeda. Os países credores podem indirectamente impor disciplina sobre a Itália, controlando a quantidade que Roma pode pedir emprestado por esta via.

7) Os mercados vão ficar impressionados com a coesão entre as autoridades europeias, entendendo também que estas têm fundos suficientes à sua disposição. A breve trecho, a Itália será capaz de pedir emprestado no mercado a preços razoáveis. Os bancos poderão ser recapitalizados e os Estados membros da zona euro, beneficiando de um ambiente mais calmo, podem negociar a implementação de uma política fiscal comum [isto é, um Ministério das Finanças europeu].



Fonte:

http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO019391.html?page=0

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