Vida tem de deixar de ser
guiada pelo prazer,
intelectual, cultural,
sensual ou espiritual
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que leva à dor,
à frustração,
à aflição
e ao temor.
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Prazer é desfrutar
sem consciente
estar, é estar
e não estar.
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Mas, comparar, julgar, 
querer repetir prazer é prazer
matar, perverter, por mecanizar
o que não é mecanizável.
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Não pode ser memória
inteira:
mente tolhida pela memória
não tem liberdade verdadeira.
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E, quase sem memória, sem  conflito 
é intensamente, com todo o nosso ser:
não há liberdade de pensamento: o pensamento
é sempre velho, nunca  livre pode ser.
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É o pensamento, 
sempre velho que destrói: o prazer
da dor é do pensamento,
 a alegria não.
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A alegria é sempre nova,é sem
tempo e sem
deixarmos se intrometer
o prazer.
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Alegria sem medo nem dor
é vivermos/observarmos,
ouvirmos... Sem desejarmos
repetição nem do prazer nem da dor.