Repetição
é mecanização
impeditiva
da criação.
Pensamento
não pode desfazer
beleza/prazer
pelo prolongamento.
Memória, pois, só
do caminho para casa:
não podemos ficar
prisioneiros da memória.
Só quando não
reagimos de todo o coração
é que ficamos com
a memória da deterioração,
do conflito, da confusão,
da luta, da dor,
da idade e da prisão:
liberdade não é do pensar, não!
Não envelhecer
é pois pouco pensar
e muito amar,
plenamente viver!
O pobre e limitado
prazer vem da memória
e do velho, do querer história
boa repetir: coitado!
Olhar a flor, a liberdade,
a ave, a cor, a agilidade,
o prazer... sem querer que se repita,
eis a alegria infinita!
É o lutar
para repetir
e perpetuar
o prazer
que faz seu dorir.
Querer repetir, mesmo o bom,
é estupidez e desapontamento,
pois, não se repete nenhum som
de igual modo:é também afrontamento!
Tudo nos pode ser dado
e tudo nos pode ser tirado,
para tudo convindo portanto estar preparado;
e, é prazer compreendido, não buscado,
vida no presente dado!
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