Monday, July 06, 2009

Medo do só?
Sempre a fugir,
A dar o nó?

Gostar sem depender,
Sem criticar.

Porquê o medo de não ser,
De não ter? Para quê o apego
Ou a renúncia? Mas, nada ser
É o que é ver, tudo compreender
Sem criticar nem louvar,
É comungar e saber.

Nem explorar, nem ser explorado
Pelo explorado;
Nem possuir, nem ser possuído
pelo possuído.
Sem nada, ignorado,
Talvez possa ser feliz...

Nem apego,
Nem desapego.

Somos o que possuímos
E aquilo a que nos apegamos.
Temos medo de não existir,
De morrer? Sem apego deixamos
De existir? Somos do mentir?
Da dor do apego vamos
Para a do prazer do orgulho?

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