Sunday, May 31, 2009

O ASSOBIO...

Um vivente,
um pai, uns amigos,
um mestre,
uma vida específica,
uma vocação...
Diversificação,
animação.
Amor, roma,Omar,
arom, mora,romã...
Amor também é um aroma,
meu Deus!
Assobiar, cantar,
cordas vocais,
assobio simples,
assobio com dedos...
Alexandra, Franciso,
Artur,Mendes, Joaquim António,
Custódia,Adélia, Arminda...
Asobiar de contente,
concentrado,
com e sem medo,
assobiar p´ró lado...
Para quê más derivas?
Debaixo da língua,
na ponta da língua,
saliva... Em cima da língua,
língua curta, língua comprida...
No sítio certo,
puxar pela língua,
do modo certo,
com pequenas diferenças,
assobio de cabreiro,
futebol,
Zé das cabras,
cortiçadas!

Friday, May 29, 2009

Se há dever,
temos de pagar,
com a coisa\ser
ou com mal estar,
provocado
pelo prejudicado.
Consciência
e pensamento
também, Bento,
uma só ciência
são! E,

Com um compasso e um esquadro
eu e tu, num belo adro,
e muitos mais, um quadro
vivo, a cores, construimos, equilibrado.

E, prazer e dor
também um são.
E, como podem as agonias da repressão,
a brutalidade do disciplinador,
que a tudo e todos ajusta a um padrão,
ou a revoltaconduzir à libertação
e à verdade?...
Não podem!
Mas, pode-o certamente
a mente totalmente
livre e sem deformação,
que tudo/todos vê
e age em conformidade..
AGORA

Novos padrões,
Novíssimos valores,
Sem ladrões,
Se levantam, senhores:
Prazer sem dor;
Vida sem morte;
Sorte sem azar;
Realidade sem ilusão,
Pela compreensão
Total,
Não somente
Cerebral;
E, firme e definitiva
Unidade:um-a só,
Sem qualquer dualidade!
E, como descrever,
Compreender,
Pintar, cantar
Superiormente,
Se não me identificar,
Se não for verdadeiramente
A coisa\ser observados,
Olhados profunda, superficial
E continuadamente?
Sim, o monumento,
O bichinho, as fezes,
A árvore, a pessoa,
Deus, a glória,
o jumento!...
Auxílio, lealdade,
dádiva, serviço,missão...
Ou satisfação
do ego, desejo de felicidade?
Mas, o lírio, o riacho,
o sol nascente, o sol!,
a Natureza... dão
sem condição!
NOVOS povoadores
Évora acolhe primeiros novos povoadores
por ANA TOMÁS RIBEIRO

Évora será o primeiro concelho do País a acolher famílias que querem mudar de vida, deixando os grandes centros urbanos para viver no campo. Hoje mesmo, a Câmara Municipal da cidade e a empresa detentora do projecto Novos Povoadores deverão concluir o protocolo que define, em traços gerais, as condições e estratégia de acolhimento das famílias. O documento ainda terá depois de ser aprovado em assembleia de câmara, mas segundo o presidente do município, José Ernesto Oliveira, "dentro de um mês deverão estar reunidas as condições para se começar a implementar o programa".
A prioridade para Évora, ao aderir a este projecto, é revitalizar o centro histórico da cidade. Por isso, oferecerá aos novos povoadores casas para arrendar, T2 e T3 no centro histórico a preços que oscilam entre os 300 e 400 euros, explicou ao DN.
Com isto não quer dizer que a cidade não acolha famílias que preferem ir viver para zonas rurais do concelho. Pelo contrário, "estas também serão muito bem vindas" assegura aquele responsável.Numa primeira fase, Évora deverá receber 10 novas famílias, das 40 inscritas no programa Novos Povoadores que indicaram o concelho como a primeira opção para viver no futuro. Mas o objectivo é chegar às cem, a médio ou longo prazo. Até porque em 2020 o concelho quer ter mais cerca de 10 000 habitantes, ou seja, uma população próxima das 75 000 pessoas, adiantou o presidente da câmara, contrariando a tendência de desertificação do Alentejo.
Os projectos empreendedores apresentados pelos futuros habitantes de Évora "centram-se essencialmente nas novas tecnologias", refere José Ernesto Oliveira. A prestação de serviços à distância para famílias é apenas um exemplo do que ali poderá vir a ser desenvolvido. Mas alguns dos elementos das novas famílias também poderão tornar-se quadros de empresas que se estão a instalar no concelho.
Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1247432

Fundação Robinson muda Portalegre
Portalegre é a casa da Fundação Robinson – propriedade da Sociedade Corticieira Robinson, S. A., da Câmara Municipal de Portalegre, do Instituto Politécnico de Portalegre e da região de Turismo de São Mamede – e foi criada para ser "uma fiel guardiã das memórias e de uma história que é comum a toda a cidade e extensível ao concelho", revela Ana Bicho, responsável pela Fundação. Assim, a Fundação pretende "complementar e/ou cooperar na realização efectiva das tarefas de interesse geral que se impõem, nas diferentes áreas da sociedade civil, como a educação, a cultura humanista, as belas artes, a pesquisa científica entre tantas outras", acrescenta.
A criação da Fundação veio trazer a requalificação dos 7 há de terreno, deixados vazios pela fábrica, que irão ser ocupados por várias valências culturais e vão mudar a face de Portalegre. Dentro de 20 anos, a responsável acredita que a Fundação será "um espaço urbano de passagem e de bem estar".
Empresa constrói aviões ligeiros
Em Ponte de Sôr está instalada a Dyn Aero Ibérica, uma empresa francesa especializada na construção de aviões ligeiros. A implantação da unidade neste concelho deveu-se ao "dinamismo do presidente da Câmara Municipal, que tudo fez para facilitar a nossa instalação. Por outro lado, a grande parte do sucesso de concretização do nosso projecto prendeu-se com o apoio da AICEP e InnocCapital", revela Philippe Sence, administrador da empresa, que afirma que "após quase 10 anos de investimento, podemos hoje afirmar que a transferência de tecnologia foi plenamente conseguida. O primeiro avião totalmente produzido em Portugal, começou a voar em Junho último".
Philippe Sence acredita que o futuro aeroporto de Beja trará um novo impulso à aviação ligeira e Portugal, porque "a actividade aeronáutica não se consegue desenvolver sem que se criem estruturas aeroportuárias. Só com infra-estruturas de acolhimento é que os pilotos portugueses e estrangeiros poderão descobrir novos locais"" conclui.


In: destacável ALENTEJO, do DN de 29 MAI2009

Thursday, May 28, 2009




Quando amamos,
Não há observador:
Só o há quando com amor
Desejamos e ansiamos;
Amar sem desejar,
Eis o verdadeiro amar!
E, não tenhamos medo de tudo mudar!
Viver cada momento
Com tal gozo, sem sofrimento,
Que não haja um único amanhã,
Um único acontecimento
Que nos preocupe!
Como pode haver passamento,
Se não houver tempo?
Não é Deus o “eu sou o que sou”,
O que não muda, por tempo
Não afectar? Deus, o Velho?
Deus não tem tempo,
Deus não tem idade!
Paremos interiormente,
Psicologicamente,
E, vivamos total
e inteiramente
o que temos na frente,
sem fugas.
Há algum problema?
Não?
Então para quê
Inventar trabalho, problema?
Mas, se há problema
É para ser resolvido imediatamente,
Com atenção total.
Não vês, “doutor”
Que ao destruíres,
Seja o/quem for,
Te destróis a ti mesmo,
Ao invés de te instruíres,
De evoluíres?
Acarinha logo, “doutora”,
Ama intensa, perdidamente,
Toda a coisa, todo o doente,
Observados por teus olhos e mente:
Tal coisa, tal bicho, tal doente é(somos) nós,
GENTE!
Não mais gostar,
Nem não gostar, portanto!
Revoltar-me, fugir
Ou mesmo aceitar-me (aceitar-te)
A mim (ti), não mais faz sentido. PORTANTO!
E, que PAZ, que SOSSEGO…
QUE ACÇÃO!
Sobremodo sensíveis, belos(as),
Gozosos e superiormente
Inteligentes!
E, de certeza,muitas\espíritos
De morrentes
Passam para um/vários
VIVENTES !
E, como os podem encher tais eus,
Nosso Deus!
Eliseu.
Sporting:
Esquece um pouco o “Ting”,
Talvez chegues à final!
Benfica: sê mais Eusébio,
Olha p’ ró Barça,
Talvez chegues à final!
Porto: não sejas tão maroto,
Se não ficas roto!
Queirós!?

Proporção

é equilíbrio, não,
São?.. Na acção!..
Mas, tua visão,
Curto, é curta?
Não fazes revisão,
Antão, Murta...
da matéria,
não etérea,
dada pela fada(o)?
FLIP-flop!

É a sério
Ou a brincar?
Para morrer
Ou para continuar?

Para vegetar
ou para aumentar,
melhorar?
É pessegueiro
Ou sobreiro?
Paixão de Verão
Ou para resistir à tentação,
AMOR ETERNO?
Inconstância, formosura Fernandina,
Ou firmeza, beleza Leopoldina?
Só promessas (flop), ou Realidade?
Muita parra e pouca uva,
Um cantinho,
Sossegadinho...
Ou um grande vinho?
Expectativa à medida,
Ou exagerada?
Pois, se exagerada,
Não importa quanto
O jogo é bom,
Amada(o):
Sempre é insuficiente!
A SESTA

Como faz bem
Dormir a sesta,
À sexta, à sétima
Ou à oitava...
Como melhora a disposição
E a produção!
E não há legislação
Para esta festa!!
E, como aumenta(va)
A segurança mui bem,
Em casa e no trabalho,
Sétima!
Pensar,
IMAGINAR,
se não podemos
REALIZAR,
faz curar,
ALIVIAR!
gozar.
O que é o medo
Do desconhecido,
Se não do logo, do amanhã,
Ou do que neles está?
Acabemos então com ido
E com tempo futuro,
E duro! Intensamente
Vivamos presente,
Sem medo!
A consciência
de Deus
é a da interdependência,
do equilíbrio,da justiça,
do bem...
Deus é todo poderoso,
omnisciente,eterno...
E, nós quase que também!

Wednesday, May 27, 2009

A = 1 = O Imperador
B = 2 = A Roda da Fortuna
C = 3 = A Lua
D = 4 = O Diabo
E = 5 = O Hierofante
F = 6 = A Grande sacerdotisa
G = 7 = A Justiça
H = 8 = O Eremita
I = 9 = O Mago
J = 10 = O Mundo
K = 11 = O Rei
L = 12 = O Cavaleiro
M = 13 = A Morte
N = 14 = O (Homem) Enforcado
O = 15 = O Sol
P = 16 = O Pagem
Q = 17 = A Rainha
R = 18 = A Torre
S = 19 = A Estrela
T = 20 = A Temperança
U = 21 = O Louco
V = 22 = Os Amantes
W = 23 = O Carro
X = 24 = O Julgamento
Y = 25 = A Força
Z = 26 = A Imperatriz
0 (zero) = 27
DEUS = 4531
DEUS = 4+5+21+19 = 49 = 13 = 4 =D
ELIAS = 5129119 = 5+12+9+1+19 = 46 = 10 = 1 = A = E
UNS = As,Js e Ss (soam foneticamente a agis = ages = eras)
DOIS = Bs, Ks e Ts ( bucket = balde =basket)
TRÊS = Cs, Ls e Us (clue = pista = calo)
QUATROS = Ds, Ms, Vs (dam = dique)
CINCOS = Es, Ns, Ws =new = novo =ena!
SEIS = Fs, Os, Xs = fox = raposa = fo_
SETES = Gs, Ys, Ps = espirituais = gyp = trapaceiro(ilusório)
OITOS = Qs, Qs, Zs = quiz = teste = benefício material
NOVES = Is, Rs, zeros = ir =profundidade= ira
Nasci porque uma semente
Germinou do amor, não por causa do pecado
De ninguém. De qualquer modo,
Ciência com religião é coincidente:
Pecado igual a desviado
Do que é bom, e, DEUS, contado,
Igual é a 49, e a 13, que no I Ching
É amizade cooperativa e sistemática na acção
Do bem estar e do progresso, de carácter universal,
Não individual, sem hesitação.
E, no Tarot é morte, grande mudança,
Novos espaços de realização,
Dominação e força. Renascimento, criação
E destruição. Fim absolutamente necessário...
Fim de uma fase. Abandono de velhos hábitos.Profundidade, penetração
intelectual, pensar metafísico.
Discernimento severo, sabedoria drástica.
Resignação,
estoicismo, dom para enfrentar situações difíceis.
Indiferença, desapego, desilusão.E, a 4, que é D, de DEUS! Que, no I Ching
É continuidade sem omissão,
quietude, exaltação,
conselho solicitado,
bem aplicado, e, outra vez no Tarot:
O poder, o portal, o governo, a iniciação...
A proteção paternal.Firmeza. Afirmação. Consistência.
Poder executivo. Concretização,
habilidades práticas, ordem, estabilidade,
prestígio. Direito, rigor,
certeza, firmeza, realização.
Energia perseverante,
vontade inquebrantável, execução
do que está resolvido. Protector poderoso.Inteligência equilibrada, que não despreza o plano utilitário.Acordo, paz, conciliação
dos sentimentos.Bens, poder passageiro. Contrato firmado,
fusão de sociedades,
situação do acordo. Saúde equilibrada,
mas com tendência à exuberância excessiva...
O meu destino,
a tua vocação,
é libertarmos da aflição
a nossa geração!
SONHO=REALIDADE

Gritos: P S ! P S ! P S ! ...
E, muita gente, em Montargil,
Nos "encontros", Gil,
Perto do Outeiro:
Sonho primeiro;
Já no segundo,
Fecundo,
Bem dentro da floresta,
Sol nascente,
Recuo estratégico
Perante gente
Quase das cavernas,
Que, quais bichos assustados,
Temem ser maltratados
E se tornam agressivos,
Pouco pensativos!

Tuesday, May 26, 2009

Comentário:

Cigana e não cigano
um(a) também são,
não é, magano?
E, dar a volta, São,
por todos, sem gana nem grana,
é de mestre!!
E, não somos todos, TODOS?

Controla-te:
Homem, mulher!
Faz o que pensas, bolas!
não o que fizeste!!
Relato de Sarani Barrios: os ciganos Dohm

O relato de Sarani Barrios sobre a cultura cigana do grupo Dohm foi compilado por Bete Torii a partir de entrevista realizada no segundo semestre de 2008, acrescida de referências feitas por Sarani no correr dos cursos que, no mesmo período, desenvolveu com o Clube do Tarô. Conhecer um pouco essa base cultural ajuda a compreender a atitude e o modo como os ciganos Dohm praticam as mancias. Foi encantador entrever a força comunitária dos bandos, o processo orgânico e direto de transmissão do conhecimento tradicional, acompanhado do bom humor espontâneo que se fazia nos grupos ao tratar de certas particularidades da cultura Dohm, como foi o caso, por exemplo, da autoridade matriarcal, da magia, da sedução. É muito confortador reconhecer a existência discreta mas muito viva, neste mundo e neste Brasil, de núcleos guiados pela solidariedade e pela sabedoria tradicional. Que suas boas vibrações alcancem a todos nós. (C.K.R.)


Apresentação
Sou cigana dohm, de pai e mãe ciganos. Meu nome de nascimento é Sarani Barrios, mas uso um nome brasileiro na minha vida profissional porque, assim como árabes ou outros povos que de alguma forma sofrem algum tipo de preconceito, recebemos um nome gaidji (não cigano) para não sermos pré-julgados na vida masbarra (fora do grupo). Já vivi em acampamentos, em vários países, e agora vivo em um apartamento. Mas continuo tendo estreito contato com o acampamento dohm mais próximo de São Paulo, que fica em Jundiaí, em uma propriedade particular. Levo uma vida normal, trabalhando e interagindo com gaidjis, mas mantenho hábitos que são exclusivos da minha cultura, como me basear pela Lua e louvá-la, prestar atenção aos sinais da Natureza e às estações do ano etc.
Povo cigano
Somos um povo muito antigo, e nos dividimos há pouco mais de 5.200 anos em dois grandes grupos: dohm e rohm. No Brasil, há uma concentração muito maior de rohm. Somos
muito diferentes, inclusive fisicamente. O dohm tem pele muito clara, cabelos escuros, olhos escuros, nariz sempre reto. O rohm tem cabelos e olhos claros, pele morena, nariz pequeno. Outra diferença é que, enquanto os rohm vivem em acampamentos pequenos, que migram juntos (o grupo todo) e acampam em áreas públicas ou livres, os dohm têm acampamentos fixos em áreas compradas e muradas, com infraestrutura construída para durar – e quem migra são as pessoas individualmente, conforme seu projeto de vida. Nosso ano novo é no dia 21 de maio. Nossa língua é o romani, que lembra o húngaro; não a ensinamos a nenhum gaidji. Como nossa tradição é oral, para pertencer ao povo cigano é necessário nascer e ser educado na nossa cultura. Ciganos nascem de ciganas; não há tradição passada apenas por pai cigano. Há aprendizados que não são transmitidos e outros podem ser levados adiante. Aprendemos a leitura do tarot e a quiromancia desde a infância. Aprendemos

Gravura do "Pomegranate Press" - Londres
www.alphaville.com

a cultivar a beleza em nós mesmos e em tudo que nos rodeia. Essa é nossa tônica.
A posição da mulher e alguns costumes
Na vida daimarra (dentro do grupo) as mulheres são soberanas. Nossa sociedade é matriarcal e a mulher é o elemento mais importante, pois detém o poder de gerar homens e por isso desenvolve os elos de conexão com a natureza e os elementos fundamentais da vida. A essa força, chamamos dahom, a intuição. Toda mulher é vista dentro do acampamento como um ser superior. Tanto por uma questão fisiológica, como de delicadeza, de vivência, de sabedoria. Nós somos consideradas mais sábias e os homens aceitam isso com reverência, não existe uma resistência a nos aceitar. Tanto que no casamento cigano a mulher pode devolver o marido, se ela não gostar. O ideal para o casamento é juntar potenciais, então o marido tem que corresponder, se não correspondeu, a mulher devolve.
A questão do dote da cigana no casamento é uma lenda; o “dote” dela é o que ela tem para oferecer por suas qualidades e sua educação. O nosso legado é justamente contra o apego material, que para nós não faz sentido. Nós achamos que alguém que precisa de jóias ou de uma bolsa de cinco mil reais tem um grande problema. Para nós o adorno é apreciado no sentido de criar beleza ao redor, mas não pelo valor da jóia em si.

"Essa bela moça de Granada representaa mais alta classe da aristocracia cigana"
Conforme National Geographic Magazine, mar.1917www.wikimedia.org

A história da virgindade das ciganas também é um mito. Nos acampamentos existe namoro, e a moça é estimulada a viver a primeira relação sexual com o homem de quem gosta, justamente para ter a vivência: como é que você vai casar com alguém se não sabe se combina com ele? A sexualidade é vista sem tabu e também sem supervalorização. Por exemplo, quando eu tinha quatro anos minha avó já me ensinava como tocar um homem. Ela ensinava a delicadeza do toque feminino, dizendo: “um homem tem que ser tocado como se toca a superfície de um lago, sem formar ondas” – e isso era feito de uma maneira boa, sem erotismo gratuito. Quando aprendemos a dançar, aprendemos danças que são feitas para o homem – para que ele conheça as nossas delicadezas e o controle que temos sobre o corpo. Se eu tiver controle sobre o meu corpo eu vou ser uma boa mãe, não vou me deixar levar pela emoção. Se eu consigo seduzi-lo pelo olhar, eu sou franca com ele... Esse é o nosso aprendizado, e é por isso que a mulher é considerada tão superior, porque ela tem um aparato que um homem não tem. A fisiologia feminina é muito estudada dentro do acampamento e a primeira menstruação é uma festa, porque é a abertura de outro canal.
Uma menina que menstruou tem mais conhecimento para a leitura de qualquer mancia do que uma que ainda não menstruou, pois abre-se uma outra percepção: ela entra em mais um ciclo, entra em harmonia com a natureza. É um florescer. Não existe cigana fumante, porque a gente não consegue entender o cheiro do cigarro, é algo impensável. Mulher tem que ser cheirosa, e não pode ser cheirosa uma mulher que fuma. Cigana não tem roupa de ficar em casa, não anda de chinelo, não anda despenteada. A gente nem olha no espelho se estiver desarrumada. Mulheres andam arrumadas sempre, no acampamento, e o contrário é uma vergonha, porque significa que ela está deixando de valorizar o fato de ser mulher. A roupa feminina tem toda uma simbologia, e a gente se rodeia de sedas de toque feminino, de flores perfumadas etc. A mulher cigana tem até que tomar cuidado fora do acampamento, porque para ela a sedução é uma coisa muito fácil e é necessário restringi-la ao que vale a pena. A gente aprende a cozinhar, aprende massagem, aprende tudo do universo feminino, não tem meio termo. E, aliás, eu não conheço homossexuais nos acampamentos. Possivelmente porque é tão clara a diferença e é tão cheio de orgulho o homem ser homem e a mulher ser mulher, que não existe a necessidade ou a vontade de experimentar o outro mundo. Assim também, os relacionamentos são mais duradouros porque os ritos de passagem são claros. O adolescente não é rebelde, porque existe um rito de passagem da infância para a idade adulta. Não há dúvida ou necessidade de afirmação: ou você é adulto ou não é adulto. Tudo é tão claro e tão celebrado, que dá uma tranqüilidade para as pessoas viverem a vida sem se preocuparem com auto-afirmações, cada um sabe em que estágio da vida está. E cada momento é visto como uma festa, não existe melhor ou pior, existe um momento diferente do outro.
Destino, talento, felicidade
Os ciganos veem o destino da seguinte maneira: cada um de nós nasce com a missão de ir de A até B; esse destino, diferente para cada um, pode ser grandioso ou simples. Uma outra maneira de colocar a idéia é dizer que cada um de nós nasce com um dom ou talento que orienta o caminho que tem a percorrer. Em romani, existe uma palavra que significa ao mesmo tempo dom e destino. Isso explica tudo: são a mesma coisa.. O dom é aquilo que fazemos com facilidade. Se você não sabe com que finalidade está no mundo, uma indicação é: o que você faz que lhe é fácil? O que você faz fácil é o seu talento e, portanto, é o seu destino. Se formos espertos, perceberemos logo nosso dom e faremos esse caminho em linha reta. Se não prestarmos atenção, ficaremos dando voltas e deixaremos coisas a resolver em outra vida. Há religiões que identificam isso como karma. Por que fazer coisas difíceis se o caminho da facilidade é o mais agradável? Uma das coisas do mundo de fora que nós ciganos não entendemos é: por que as pessoas dificultam tanto a vida? Se as suas habilidades e tudo aquilo que você faz sem esforço e com alegria constituem o seu destino, quanto mais você pratica sua alegria no dia a dia, mais perto você está de cumprir a sua missão, e quanto mais rápido você cumpre a sua missão, mais tempo vai ter para fazer outras coisas. Ser feliz é a grande contribuição que você pode dar para o mundo e a maior que pode dar a você mesmo. Esse é o destino: ser feliz, de forma simples.
Descobertas
Aqui entra a quiromancia, pois as mãos mostram quais são as nossas habilidades e quais os campos que devemos explorar. A expressão “ver o destino nas mãos” não se refere a ver o futuro, mas sim a identificar habilidades e fraquezas, pois isso abre um leque de coisas a serem feitas e mostra um caminho. Seu destino é o seu talento, é onde você vai chegar se prestar atenção a si mesmo.
Para os ciganos, é muito mais interessante ser plural do que especialista. Quando a gente percebe que está se tornando muito especialista em alguma coisa, sente que está fechando as janelas e então vai fazer uma coisa oposta ou tenta mudar de área, para desenvolver as próprias capacidades e o autoconhecimento. O que mais eu sei fazer bem? Será que eu só sei fazer isso? É muito triste a gente achar que só tem um talento. Às vezes a gente se sente assim e a matriarca começa a fazer perguntas “qual foi a última coisa que você fez e que achou legal? quem você conhece que faz alguma coisa que você gostaria de fazer? como seria o seu dia se você não fosse quem é? onde você estaria agora se pudesse num clique aparecer em qualquer lugar? Se você fosse criança, se fosse velho, se fosse rico, se fosse pobre, se morasse na Bélgica, se você...” Essa é uma prática que começa com as crianças, nas rodas. Por que é assim que a gente vai identificar os talentos. Às vezes a matriarca anda pelo acampamento e faz perguntas às crianças, do tipo “onde você gostaria de estar agora?”. E a espontaneidade da resposta vai mostrando tendências.

A dança de uma jovem cigana
www.elduendeandaluz.blogspot.com

A gente treina isso e não se permite perder a espontaneidade quando é adulto. Existe um jogo entre os adultos, no acampamento. Quando duas pessoas se cruzam, caminhando, uma lança uma pergunta à outra: “o filme que você mais gostou, 3 segundos”; “um livro que você quer ler”; “uma pessoa que você quer conhecer”; e assim por diante. É uma maneira de a gente se conhecer, de olhar para dentro, de perceber as próprias inclinações.
O aprendizado
Procuramos identificar na criança os talentos naturais, para que ela não sofra para conquistar a sua missão. Se a vida da criança está difícil é porque ela – ou a gente, como educador – não está conseguindo identificar o que ela faz de modo fácil. Nossa perspectiva de educação é completamente oposta a forçar uma criança a aprender algo por mera obrigação. Se a criança está pintando e fazendo isso com prazer, a gente não a tira disso para que vá aprender matemática, não faz sentido pra nós. O nosso sistema de aprendizado também é muito diferente: a distância de pai e mãe para uma criança de dois anos é muito maior, no mundo cigano, do que no mundo fora. Nos acampamentos, uma criança de dois é ensinada por uma de quatro, que é ensinada por uma de seis, que é ensinada por uma de oito... Por que? Porque a memória da dificuldade de um certo estágio é muito maior em quem acabou de passar por ele. Uma criança que acabou de ser alfabetizada ensina a ler de maneira muito diferente de alguém que já lê há muito tempo. O adulto não lembra como era difícil; como vai ensinar? A criança sabe como é, esteve no mesmo lugar há pouco tempo. E se ela não está ensinando certo, tem alguém muito próximo para corrigir. É sempre escalonado. E se chega alguma coisa até o pai ou a mãe, é porque se trata de alguma coisa muito grave, que ninguém em toda essa escala conseguiu passar. Quanto à quiromancia e o tarô, todas as crianças aprendem desde muito cedo; continuam as que se destacam – geralmente, mulheres.
Origens das mancias
Há mais de cinco mil anos nosso povo vem acumulando um conhecimento que começou com a observação do que a gente é. Os antigos viram que alguns indicativos do nosso corpo batiam com algumas características da personalidade, e começaram a estudar esse fato.

A cigana e o saber
www.chrismon.de

Observando as características das crianças pequenas e a evolução delas, conseguiram ver como é que as diferentes personalidades se impunham. A percepção dos “desenhos” que temos nas pontas dos dedos é uma coisa cigana, porque a gente já usava isso há milhares de anos: já marcávamos objetos com a impressão digital, como um carimbo, porque já sabíamos que não havia dois dedos iguais. Das digitais evoluímos para todo o aspecto das mãos, porque começamos a ver que não existem mãos iguais; a gente vê os montes, o formato dos dedos e unhas, coloração etc. E desse estudo de comparação se foi criando um método que é passado da matriarca do bando para as meninas, e as meninas vão passando para as mais jovens. O conhecimento do tarô também se iniciou lá atrás, quando começamos a observar o ciclo da
vida, pois o tarô representa esses ciclos. Depois de identificado os ciclos de vida é que esse conhecimento virou um baralho. A gente já jogava com os ciclos, já entendia as fases da vida e qual a regra que estava lidando com uma certa pessoa, desde o seu nascimento, que a gente identifica ao Mago, até a volta ao ponto zero – a infância ou a morte – que identificamos ao Louco.
Quiromancia e tarô: diferenças
A quiromancia mostra a personalidade, o jeito de ver a vida, pontos fracos e pontos fortes: as coisas que não podemos mudar em nós mesmos, mas aproveitar. O tarô é um momento, uma situação específica. O ideal é começar com a leitura da mão, que muitas vezes acaba esclarecendo muito do momento que a pessoa está vivendo: quanto mais nos conhecemos, mais fácil fica lidar com os acontecimentos da vida. O tarô é um instantâneo. A leitura da mão é uma maneira de autoconhecimento, de saber quem sou eu, como eu lido com a minha vida, qual é o meu talento, meu destino. O tarô mostra um momento, uma foto daquilo que está acontecendo – e, então, ele tem um prazo de validade. É lógico que ele traz referências de quem você é, do que aconteceu, mas principalmente ele diz como é que está agora. A gente não é a mesma pessoa que era dez anos atrás, ou um ano atrás. Então, o tarô é uma ferramenta para nos guiar dentro de momentos, passo a passo. Consideramos o tarô uma escada: cada vez que você joga, você sobe um degrau. Quanto mais você conhece suas mãos, mais fácil é a subida e talvez você precise de menos degraus para chegar aonde quer. Geralmente, uma pessoa que tem uma boa leitura de mãos, que se conhece, usa muito pouco o tarô. Só usa o tarô em momentos de dúvida, de procura de orientação – mas não como uma coisa prática, de curiosidade. E quanto mais idosa, menos a pessoa usa o tarô e mais confia na própria mão.
Quiromancia
A forma das mãos
Em um trabalho há alguns anos, na Alemanha, fiz estágio num hospital, fiquei meses lá, e consegui a permissão de ver as mãos das crianças que nasciam. Esse hospital atendia a elite da cidade ‘X’ em que eu estava, mas tinha também todo um trabalho de atender crianças que nasciam de mães drogadas, e muitas mães que não tinham condições de ter filhos vinham para Alemanha, porque a Alemanha proporcionava esse atendimento. E as crianças que foram mais negadas demoravam muito tempo para abrir a mão. Pois bem, o vínculo entre mãe e filho só acontece quando a criança consegue tocar a mãe de mãos abertas. Ela reconhece a confiança, a primeira pessoa para quem ela abre a mão é a mãe. Isso foi a coisa que mais me chamou a atenção e tem a ver com algo que nós ciganos falamos: que o que mais marca a vida de uma pessoa é o amor. Um amor não correspondido ou correspondido, uma crise, perda ou grande felicidade amorosa marcam mais uma mão do que a morte de um filho. Isso para mim é uma coisa impressionante. E a mão de quem lida bem com o amor é uma mão plana, aberta.

Quiromante cigana
www.skeptiseum.org

Todo o nosso aprendizado foca muito mais isso do que as linhas. Vemos se os dedos são alongados ou largos, se a temperatura é quente ou fria, como é a cor, se a mão é grande ou pequena, como são as marcas e os montes e assim por diante. Eu também observo muito a postura de mãos... Por exemplo, pessoas muito desconfiadas e pessoas que têm muitos segredos relaxam com as mãos semifechadas. Mão fechada é agressão; quando você se defende, é justamente o oposto. Enfim, as mãos falam uma linguagem e dentro dessa linguagem a gente começa a entender a amplitude de cada ser. Existe ainda a questão da habilidade manual, que é o domínio sobre as mãos. Geralmente são pessoas mais amorosas que lidam bem com agulhas, pincéis etc., e
que se relacionam bem com o amor e conseguem entender a linguagem dele. A mesma linguagem da mão a gente também traz nos pés, no rosto... Existem ciganos que se especializaram em leitura do rosto (fisiognomia), porque o rosto também é único. A propósito, uma cigana não tira a sobrancelha, porque com isso estaria tirando a força do olhar e deixando de ser quem é. Alterar a fisionomia seria o mesmo que fazer uma cicatriz na própria mão. O nariz adunco, por exemplo, tem um valor tremendo para o meu povo, jamais imagino uma cirurgia plástica para corrigir o nariz. A gente até brinca que diminuindo o nariz a pessoa está tirando uma parte da sabedoria, ou “ela não é sábia, pois se fosse não fazia a cirurgia”. A beleza, para nós, é muito fora da beleza convencional. Não vemos uma pessoa pelo modelo da beleza tradicional, mas mais ou menos assim: “essa boca assim é porque traz boas notícias, o queixo é assim porque encara a vida com coragem...” É assim que funciona.
Da infância à vida adulta
A mão conta a sua história, e quando eu começo a ler a mão de alguém eu começo lá na infância, porque tenho que pegar a pessoa pela mão e trazer para o momento em que ela está, e então mostrar aonde ela pode chegar dentro das suas potencialidades. É muito satisfatório ver pessoas que realmente evoluíram. Mas quando a gente começa, lá na infância, e a pessoa se reconhece inteiramente, isso pode ser um indicativo de uma demora muito grande para evoluir. Será que faltou experiência, ou será que ela não está usando todo o potencial que trouxe? Ninguém deveria permanecer igual ao que era na infância. Se uma pessoa de cinqüenta anos ainda está na primeira fase da mão, eu já prevejo ou muita agitação nos anos seguintes, ou um retorno em outra vida para poder fazer o que ficou para trás. Então é preciso esclarecer: olhe até onde você pode chegar, será que você está fazendo direito? Outra explicação para uma mão que não muda é que se trate de uma pessoa de alma velha, que tenha vindo com a mão mais pronta, isso acontece. Mas é um caso de “velhice”, não é um caso que a gente detecta como sendo um caso de infância ainda.
Explorar potenciais; o contrário da especialização
É muito comum eu dizer a alguém: “a sua mão mostra que você tem facilidade para fazer tal coisa” – e a pessoa responder: “ah isso eu tenho, de fato, mas preciso melhorar tal outra coisa”. Não é essa a função da mão. Não é a melhoria do ponto fraco, mas a potencialização do ponto forte. Por que você vai insistir em fazer melhor uma coisa para a qual você não tem aptidão? Não faz sentido para a gente. O que você tem de bom? A parte boa, se for desenvolvida, vai suprir aquilo que é uma parte não boa. Então, não perca tempo. É lógico que todo mundo está aqui para melhorar, mas vamos melhorar aquilo que já é bom. Tentar desenvolver uma aptidão inexistente é mais ou menos como reformar uma casa. Se vai fazer uma casa nova, você já constrói tudo certo, enquanto uma casa reformada nunca vai ser perfeita. Não fique reformando a casa. Você é uma boa pianista? Não se preocupe com sua falta de aptidão para línguas ou se alguém acha que você precisa estudar mais inglês. Não se afaste de seus talentos, vá estudar piano.
Mas não estou falando de especialização. Para o cigano a especialização é um problema, não uma solução. Para nós, muitos talentos dão a liberdade de se poder ir para diversos lugares. Uma pessoa de vários talentos é geralmente considerada alma mais velha, porque ela consegue ter liberdade, não precisa passar pela dificuldade. Todo mundo tem pelo menos um talento, se você não conseguir detectar mais de um, use esse. Se você se vê com vários talentos, aproveite a delícia que é ser uma pessoa assim. E lembre que não existe talento melhor ou menor. Outra imagem que usamos: ter um talento é ter a mala pronta pra embarcar numa determinada viagem; e é claro que é melhor ter várias malas prontas. Você pode embarcar a qualquer momento, pois tem uma mala de verão, uma mala de inverno uma mala para o campo, uma mala para a praia... Se você só tem uma mala de inverno, torça para passar um trem para a Sibéria. Se tem várias, aproveite quando passar o primeiro trem em que você ache que vai se sentir bem e entre nesse trem. Também pode acontecer de você ter uma mala para ir à praia, mas não vai. Fica naquela atitude: “eu tenho esse talento, mas não é ele que eu quero desenvolver, prefiro outro”. O que acontece muito é que há

Jóvem cigana com tambor-basco
Tela de William Adolphe Bouguereau

pessoas que estão com a mala pronta, têm um talento imenso todo ali, mas passa o trem e elas falam “mas esse trem é verde e eu não queria essa cor”. E perdem a oportunidade. Se você não tem uma outra mala, entre no trem. Não fique esperando a sorte perfeita. Ainda que não saiba o caminho, entre no trem, a vida vai te levar, e a vida é fluidez. Agora se você tem outras malas, ótimo, você pode ficar lá o dia todo esperando o trem que te falar o coração, é essa a idéia.
Cortes, cicatrizes, marcas
Um machucado na mão sempre é algum acontecimento, alguma mudança, geralmente é a pessoa dando um olé no destino, mudando o caminho. Um grande amor faz muito isso. Outro dia eu cruzei com um amigo meu - eu fui ao casamento dele, mas saí cedo porque tinha um outro compromisso – e ele disse que na hora do brinde tinha machucado a mão. E ficou uma cicatriz, que é uma cicatriz da realização do amor da vida dele.
Tarô
Tarólogo versus cartomante
Para nós, ciganos, tarológo é um estudioso da ferramenta, mas não necessariamente usa a ferramenta, e cartomante é aquele que usa as cartas para a mancia. Existe uma diferença; e apesar de eu saber que hoje existem muitos tarólogos que são também cartomantes, não é essa leitura que a gente tem. Dentro do bando, geralmente os homens são tarólogos e as mulheres são cartomantes. Eles aprofundam o estudo até para questionar, para conhecer a história, e se você perguntar qualquer coisa eles vão saber tudo, mas nunca colocam as cartas. Ou seja, o tarólogo não necessariamente é um cartomante, mas todo cartomante é um tarólogo. Porque para ser um cartomante é preciso passar pela fase tarólogo. Mas eu entendo, pelo que o Constantino e outros me disseram, que algumas pessoas passaram a adotar o nome de tarólogo justamente para se diferenciar dos muitos cartomantes que não passaram por essa fase de estudo. Não são só as mulheres que lêem o tarô, entre os ciganos. Os homens também aprendem e alguns lêem bem, mas a gente sempre acredita que a mulher tem um pouquinho mais de sensibilidade para ligar os pontos. Porque o tarô é vivência; o aprendizado completo de determinadas cartas está ligado à possibilidade de se identificar com essas vivências, e existem coisas que só a mulher vive por completo. Os ciclos são femininos. As mulheres menstruam, engravidam, amamentam, cuidam – coisas que são fisicamente impossíveis ao homem. É por isso que as mulheres têm uma habilidade maior, não porque sejam espiritualmente mais evoluídas.
Como ocorre o aprendizado do tarô
Para nós o tarô conta uma evolução, uma história. No acampamento, as crianças aprendem o tarô desde muito pequenas. Cada um dos arcanos maiores é apresentado de uma forma individual, em sequência, e a gente tem que viver aquela carta. As cartas primeiras são as cartas da infância, situações que acontecem na infância, e a gente só passa uma carta quando viveu alguma situação que nos faz entender o que é aquilo.

As cartas em jogo
www.geneanet.org

Por exemplo, o momento das perguntas, quando a criança já fala e começa a perguntar “o que é isto? o que é aquilo?” corresponde ao Mago. Por que é essa a postura de vida que o Mago traz: querer saber, ter curiosidade, olhar o que está por trás, de onde vem etc. O aprendizado do tarô não é obrigatório, é para as crianças que se interessam. Mas é uma coisa que quase todas querem, porque elas mesmas consideram mais evoluídas aquelas que dominam as cartas. E é um aprendizado que ajuda na concepção da vida, nas pequenas crises, nas situações de disputa, no primeiro amor, tudo. Como já disse, a gente começa carta por carta e vai passando pelos arcanos maiores
e os menores, e geralmente o fim do aprendizado ocorre aos 10 ou 11 anos, mais ou menos. Esse é o tempo que levamos para fazer o baralho todo e que acreditamos que as situações todas tenham sido vividas ou aprendidas de uma forma mais ou menos intensa. Muitos dos aprendizados são pautados em exemplos: quando acontece alguma coisa significativa no acampamento, a matriarca chama todo mundo e fala “isso que está acontecendo é a carta tal”. Dessa forma, mesmo não tendo vivido a situação, a gente assimila aquele conhecimento.
Jogar para si mesmo
Uma coisa inaceitável para nós é o cartomante que não joga para si mesmo, porque se o aprendizado está ligado à vivência, como é que você vai jogar se não viveu, ou se não sabe que carta saiu na situação em que você estava vivendo aquilo? Nós usamos a metáfora “você tem que se sentir na tenda do outro”; se eu não me sinto na sua tenda, como vou orientá-lo? O aprendizado dos nossos médicos – a gente tem uma espécie de um xamã – é diferente; um médico não precisa ter passado por todas as doenças, só precisa ter passado pelo conhecimento das ervas. Mas o cartomante precisa ter passado pela vivência, é como se ele precisasse ter passado por todas as doenças para poder entender. E tirar cartas para si mesma nas diferentes situações é uma forma de identificar um conhecimento: “quando eu estava passando por aquele problema eu tirei esta carta”. Dentro do acampamento, as pessoas de alma velha, como eu, são as mais procuradas quando as ciganas querem saber do jogo, pois quanto mais velha a sua alma, mais assertivo o seu tarô. Por que? Porque eu vivi 400 anos, então deu para passar por todas as situações. É mais ou menos essa a percepção, tudo está ligado ao quanto você viveu. As pessoas mais sofridas e as que tiveram grandes acontecimentos na vida estão numa hierarquia mais alta, então quando acontece uma grande tragédia na vida de uma cigana, os outros falam “vamos jogar com ela, porque agora seu tarô deve estar bom”. A lógica é a seguinte: aquele sofrimento faz com que aumente o grau de compreensão que ela tem de algo que me toca.
março.09
Contato com a autora:Sarani Barrios - sarani@uol.com.brOutros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores

http://www.clubedotaro.com.br/site/index.asp
http://www.clubedotaro.com.br/site/index.asp
Duas horas, meu astuto
Deus! Contigo, contiguidade,
Sozinho, um minuto,
Uma eternidade!!

Tudo bem? Que estás, funcional,
Produzindo, fazendo para o bem
Estar teu e geral?
Paz, harmonia, musical,
Preocupação quanta convém?

Nem mau nem bom
Demais é a norma
A seguir, dom
Informa.
Tanta respeitabilidade...
E, ainda mais irrealidade,
Infelicidade!
Mas, rejeição, só
Pela sua irracionalidade.
E inação, também não:
Há boa perturbação!

Claro que há Deus, bolas!
E nós somos um deus,
E, alguns, demónios!
Para quê as "tolas"?

Olhar com paixão sadia,
sem pré-ideia,
Com olho novo,
A cada dia,
P’ ra todo o povo...
Ó do tacho!
Espectáculo"Se a sua vagina falasse o que é que diria?"por MARIA JOÃO CAETANO Guida Maria regressa a 'Os Monólogos da Vagina', agora com mais duas actrizes. A partir de hoje no auditório do Casino de Lisboa.Vagina. Dizer a palavra já faz toda a diferença. No palco do auditório do Casino de Lisboa, três actrizes dizem vagina. Mas também dizem passarinha, vulva, berbigão, gruta e todos os outros nomes, mais ou menos bonitos, que se dá ao órgão feminino. Uma zona do corpo de que quase não se fala. "Há tanto obscurantismo. É como o Triângulo das Bermudas, nunca ninguém sabe o que lá se passa." Foi precisamente por isso que Eve Ensler decidiu escrever uma peça só sobre este assunto, Os Monólogos da Vagina, que Guida Maria interpretou em 2000."Eu não gosto de reprises, nem no teatro nem nos homens", começa por dizer a actriz. "Se uma coisa dá certo é melhor deixar que as pessoas guardem essa memória boa e não a estragar." E, no entanto, Guida Maria deixou-se convencer que talvez fosse boa ideia fazer de novo Os Monólogos da Vagina. Falou-se muito na altura. Houve quem ficasse chocado. Mas a verdade é que este foi um dos maiores sucessos da sua carreira. "Nunca ninguém tinha falado assim das mulheres. E elas ficaram muito felizes porque, finalmente, alguém dizia estas verdades. Quebraram-se alguns tabus."Guida Maria só aceitou voltar a fazer os Monólogos porque, na verdade, não se trata de uma reprise, é um novo espectáculo. Desta vez, por exigência da autora, já não estará sozinha em palco mas terá consigo mais duas actrizes: São José Correia e Ana Brito e Cunha. E em vez de Celso Cleto, a encenação está a cargo de Isabel Medina. E o público será certamente diferente: "As miúdas que tinham dez anos e não viram o espectáculo hoje já tem 20. E têm outra cabeça", acredita Guida Maria."Se a sua vagina falasse o que é que diria?" Naquele palco diz-se vagina e fala-se de tudo o que a ela diz respeito - o cheiro, os pêlos, o sexo bom, o sexo forçado, o parto, o prazer, a menstruação. Sem tabus mas sem vulgaridade.Tags: Artes, Teatrohttp://dn.sapo.pt/inicio/artes/inter...&seccao=Teatro
Letra e número, vês,
Também um são:
A = um... C = três...
41 = 5 = inesperado =João!

Montargil = 109 = nove+ um =
AOI = AI = OI =JI !...
Ponte de Sôr = cento e trinta e um =
5 = ACA = Antes de Cristo...

42 = DB = BD = Maria =
banda desenhada =
6 = acção = muito cuidada =
furtivo, material,
inteligente, mortal...
http://www.radioportalegre.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1690&Itemid=54
LEADERSOR
Associação (sem fins lucrativos) para o Desenvolvimento Rural Integrado do Sôr
Site: www.leadersor.pt
PESSOAS e LUGARES
Jornal de animação da Rede Portuguesa Leader +
www.leader.pt
... Se pretende receber(gratuitamente)...aceda ao site...

Monday, May 25, 2009

Estou feliz agora:
Nada me pode fazer
Infeliz se não depender
De ninguém, Nora!

Nem mesmo da mulher
Estúpida. Venha quem vier,
Mesmo que tudo altere,
Muito pouco me fere.

Não procuro o prazer,
Não, que só traz a dor:
Seja como for,
Interessa-me o fazer.

Se só quero o bem estar
E o prazer, mesmo ao dar
Atenção ao meu par,
É a dor que vou encontrar.

Sunday, May 24, 2009

NOVOS
MONTARGILENSES

Caras conhecidas,
Novos Montargilenses:
Juntar todos, nas descidas
E nas subidas, e, nos “Mourenses”.

Segundas habitações,
Ou fortes recordações
Que enormes atracções
Exercem nos corações?

Não tem medo quem não deve,
Não ganha quem não se atreve,
E, “ele” há, querida Eve,
Incrível “coisa”, que serve!!

Vaidade quanto baste,
megalomania que chegue,
de centro em centro, haste
toda, a todos arraste!

Cavalo, roda, vapor…
Carro, burro, sa..be..dor,
Pa.ssa..rola, voadora,
Vai e vem, mui sabedora.

Natureza é o campo
E a cidade também,
Mas é mais o campo,
Não duvides, meu mui bem!

Nós e bela, poderosa
Natureza um só somos
Nesta bem aventurosa
Viagem-estadia, Rosa!


O que é o justo,
E o correcto
ou incorrecto?
E quem manda?

Vidas em segunda mão?
Imitação?
Falta de originalidade?
Trivialidade?

Esses ritos, desculpa lá,
Que é que valem, “pá”?
E, se não fores às Mecas,
Pecas?

Sempre depois disto
Ou depois daquilo…:
Suportamos tudo, Misto,
Menos que quilo não é quilo!

E gula também é pecado,
Faz duplo mal…
Como peca o regalado,
Ou não, junto ao chorado.

Friday, May 22, 2009

RODA...

Queres sempre ser primeiro. Que é
Isso? Tem que ver com ovo
E galinha, não é, Novo?
E, ondes chegas José?

Claro, te desafiei,
E já não queres é nada,
Minha Nova, minha Fada,
Meu Irmão... E, te amei,

Que nada nem ninguém pode
Parar-nos. E, a primeiro
Passei: Roda de salteiro
Em salteiro rodou, Ode.

Porco espinho, javali:
Tudo destróis, todos comes,
E rápido tu te somes...
Não morrerias, ali?

Era por amor, cuidado
Por ti... Mas importunado(a)
Te sentiste, meu coitado(a)!...
Como pode ser pecado?

Porque foi exagerado?
Mas não foi tão moderado?
E não foi bem ajeitado,
Meu muito considerado(a)?
"Os professores agashanos, que foram assunto nos nossos dois primeiros livros (1-Agasdha: Master of Wisdom; 2 – The Agasham Discourses, da Devorss & Company, Marina del Rey, CA), afirmam ser uma falácia dizer que nada pode andar mais rápido do que a luz – 300 mil quilómetros por segundo) ou que haja um "limite de velocidade" ao qual se deve obedecer ao viajar daqui até ali na vasta Consciência da Imensidão a que chamamos Universo. De fato, são capazes de viajar em velocidades muitas vezes mais rápidas que essa constante universal "c" e cobrir vastas distâncias naquilo que se poderia chamar "um piscar de olhos". Tudo é vibração, dizem eles constantemente, e até que a humanidade aprenda o segredo da vibração deveremos permanecer prisioneiros na Terra e seus arredores, quer dizer, ao menos enquanto mantivermos o corpo físico (o que não quer dizer que não devemos mantê-lo sempre o melhor e o mais tempo possível!!...)
Então, no momento da morte física (talvez simulável.), o espírito aumenta sua taxa de vibração, igualando-a à do raio cândico (300 mil vibrações por segundo) e cruza o limiar entre as densas vibrações físicas do átomo e as vibrações espirituais mais etéreas da anima, mas que parecerão ao espírito recem-libertado? Tão "sólidas" e reais ao toque espiritual quanto o mundo deixou parecia ao toque físico. A anima é então simplesmente o complemento do átomo, ou o "átomo" dos reinos espirituais, se quiser usar o termo dessa maneira..."
Pg. 178 do livro atrás
Arqueologia Alterense e Monfortense

Alter do Chão ( 4 freguesias... 4 019 habitantes) revela amanhã nova descoberta arqueológica
por SERAFIM LOBATO

Um painel, no centro da vila, representando o último canto da 'Eneida' de Virgílio, vai ser desvendado amanhã, no dia do município de Alter do Chão. Um painel, no centro da vila, representando o último canto da 'Eneida' de Virgílio, vai ser desvendado amanhã, no dia do município de Alter do Chão. Alter do Chão vai fazer amanhã a divulgação oficial do último espólio arqueológico romano descoberto mesmo no centro da localidade, cujos documentos mais significativos são os monumentais mosaicos encontrados em razoável estado de conservação. Com características únicas, representa o último canto da obra de Virgílio, a Eneida, e a sua datação aponta para o século IV d.C.As intervenções arqueológicas realizadas nos últimos anos, cujos vestígios mais salientes agora se tornaram públicos, permitiram identificar um conjunto digno de nota de estruturas com características romanas que teriam sido, muito provavelmente, um conjunto habitacional bastante ampliado. O arqueólogo Jorge António, há vários anos a trabalhar no local, assinala que esse conjunto habitacional se poderá enquadrar entre os séculos II e IV d.C.Além dos mosaicos, foram descobertos objectos numismáticos, esculturas, cerâmica, quer doméstica (como por exemplo grandes recipientes destinados a conservação e transporte de alimentos) quer de construção, como telhas de vários modelos.Conforme referiu o arqueólogo, o processo de pesquisa arqueológica irá continuar, até porque os indícios já detectados apontam para uma maior extensão de um conjunto ainda submerso que pode ser desbravado.Foi durante trabalhos de obras públicas nos anos 50 do século XX, que os vestígios começaram a ser descobertos, o que levou, em 1956, a uma intervenção de escavação, onde foi encontrado o primitivo balneário, as canalizações e mesmo os primeiros mosaicos com motivos geométricos. Era normal e vulgar, os habitantes locais encontrarem, há 20, 30 anos, "moedas antigas" quando andavam a pastar o seu próprio gado no local. Entretanto têm sido escavados noutros locais do centro de Alter do Chão vestígios de períodos antigos, como uma necrópole tardo-antiga, cujos trabalhos não estão terminados. Vestígios localizados numa zona desabitada e em ruínas, mas que tem uma certa importância histórica, pois nela foram encontrados materiais que vão dos tempos romanos dos meados do século I DC até enterramentos que teriam sido consumados nos séculos VII-IX, ou seja quando aquele território já estaria sob ocupação árabe.Um dos espólios descobertos diz respeito a uma placa funerária, cujo epitáfio se refere a uma senhora de nome Sentia Laurila, que viveu no século I d.C. e que foi encontrada à cabeceira de uma sepultura, cuja datação, por radiocarbono, de um dos ossos enterrados, o situa nos finais do século VIII, princípios do IX. Esta necrópole era cristã, mas a região, nessa altura, já estava sob a alçada moura, possivelmente com uma ocupação muito lassa, do ponto de vista administrativo.De acordo com o estudo do epitáfio em que participaram o arqueólogo Jorge António e o catedrático José d`Encarnação, verifica-se que a mulher terá morridos aos 85 anos. Na placa, são identificados os seus herdeiros. Aqueles investigadores admitem que o nome Laurila tem ascendência indígena. Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1237931Circuito turístico vai integrar este património arqueológicoAmanhã, depois da inauguração, será colocada a questão: como preservar e dar relevo aos documentos arqueológicos expostos e, naturalmente, outros?O Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Alter do Chão, pela voz de Jorge António, tem um projecto que denomina Via Hadriana para "recuperação, valorização e promoção histórico e arqueológico", visando "a criação de um circuito turístico integrado de visitas e animação cultural" no concelho.Para aquele gabinete, "é indiscutivelmente um projecto bastante ambicioso, estruturante, de longo prazo e deve assumir-se como uma referência para todo o Norte alentejano". Ou seja, na sua especificação: "pretende-se a fruição pública imediata ao património a intervencionar, aos laboratórios de Arqueologia e Antropologia, às reservas e ao laboratório de conservação e restituo, apostando fortemente no aumento do fluxo turístico e na sensibilização dos visitantes e da população local para a importância do património do concelho".Do ponto de vista do arqueólogo Jorge António, há nove anos a trabalhar em Alter do Chão, os vestígios romanos encontrados em vários pontos desta localidade, bem como a existência ainda hoje de uma ponte autenticamente romana - talvez a única do país, conhecida como 'A Ponte de Vila Formosa', situada sobre a ribeira de Seda (monumento nacional desde 1910, mas a necessitar de urgentes trabalhos de manutenção que, caso não se façam rapidamente, podem vir a contribuir para a sua deterioração), levam a admitir que todo esse conjunto arqueológico edificado poderá ter uma correspondência com a antiga Abelterium, de origem romana, um tecido urbano já de certa dimensão, que tem levado os investigadores a prever que possa ter sido uma sede de civitas.Um dado curioso, no entanto, é que até agora, nas escavações já empreendidas nesta, como noutras regiões vizinhas, também de grande dimensão, não tenham sido encontrados objectos de cariz militar.Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1238229Outros vestígios romanos a caminho de MonfortePontes romanas sugerem a existência de uma antiga estrada que, na época, asseguraria a ligação de Monforte a Alter do Chão.A apenas 20 quilómetros de Alter do Chão, na estrada que liga este concelho a Monforte, e não muito longe da estrada, no interior de um antigo latifúndio, está situada uma das maiores villas romanas descobertas na Península Ibérica: a villa romana de Torre da Palma.Todas as indicações e vestígios apontam que este grande aglomerado teve uma ocupação contínua desde o século I d.C. ao século VI, tendo ao longo dos séculos estado na posse de diversas famílias . Os Basilli - admite-se - terão sido a última família proprietária da villa, cujo período áureo, segundo os investigadores, se situaria no século IV.O arqueólogo e historiador Manuel Heleno fez os primeiros trabalhos de escavações. Nesta altura, descobriram-se importantes mosaicos, que foram dali retirados e levados para o Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia (reproduções podem ser vistas no centro de Vaiamonte).Por essa altura, escavou-se a área residencial da villa, foram encontrados dois cemitérios visigóticos, descobriu-se uma área dedicada ao deus Marte e tiveram lugar as primeiras escavações de uma basílica paleocristã, bem como foi posto a descoberto um grande baptistério em forma de Cruz de Lorena, anexo à citada basílica.Do que os investigadores puderam identificar esta villa foi criada em duas partes separadas. A parte urbana, ou doméstica, era onde girava a vida diária da família patriarcal. Depois há uma parte rural, onde se notam restos de apetrechos ligados à actividade agrícola: lagares, um deles para vinho, um poço, uma prensa, diversas dependências de armazenagem e os locais onde habitavam a mão-de-obra, provavelmente escrava. Foram encontrados objectos de várias expressões artísticas (pintura, escultura, estatutária, entre outros). Os mosaicos, que estão em Lisboa, são dignos de serem vistos. Estão muito ligados à mitologia grega.Quando depois nos dirigimos para Monforte, encontramos a chamada Ponte da Vila. Localiza-se na Ribeira Grande ou de Monforte, próximo do Rossio da vila. Deve ter sido um ponte romana típica. Verifica-se hoje que sofreu muitas alterações. Apresenta, agora, sete arcos todos de volta perfeita (cinco grandes e dois pequenos).O vereador Gonçalo Nuno disse-nos que no século passado a ponte sofreu várias modificações que mudaram bastante o traçado primitivo. Admite, no entanto, que esta via deveria servir de ligação na movimentação entre Olisipo (Lisboa) e Emérita Augusta (Mérida). Ou seja, deverá haver restos de uma antiga estrada entre Monforte e Alter do Chão, que serviria as duas pontes.
Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/int...ent_id=1238227

Thursday, May 21, 2009

" Cada signo precessional concede certas características ao período de dois mil anos que governa. A Era de Carneiro precedeu a Era dos Peixes dos últimos dois mil anos e, antes disso, foi a Era do Touro. Atualmente, o Equinócio de Primavera está na fronteira entre as constelações de Peixes e Aquário, o que significa a alvorada da tão anunciada Era de Aquário. É interessante notar que o diâmetro da Lua (2.160 milhas) é aproximadamente igual ao número de anos que cada signo do Zodíaco permanece no Ascendente.Assim como o eixo de um pião tende a afastar-se da vertical, também o eixo da Terra está inclinado 23, 5º em relação à perpendicular. Mas o pião leva apenas alguns para completar seu balanço ou movimento cambaleante, enquanto que o período equivalente para a terra é de 26 mil anosO prolongamento de cada extremidade do eixo da Terra traça um círculo entre as estrelas. Esse é o caminho do pólo geográfico durante o período de 26 mil anos do ano platónico... Mas, o que mantém os planetas em movimento?... Todos os corpos se atraem com uma força igual ao produto das suas massas divididas pelo quadrado da distãncia entre eles. Assim, se um corpo celeste, movendo-se pelo espaço, for apanhado pelo campo gravitacional do Sol, a primeira lei de Newton o manterá em movimento em linha recta, enquanto que ao mesmo tempo a lei da gravitação tenderá a puxá-lo em direcção ao sol. O resultado final será que ele entrará em órbitra, sempre caindo em direção ao sol, mas sem jamais chegar a atingi-lo, porque seu movimento original o manterá na outra extremidade desse estranho fio (relação de forças, suponho) a que ele se encontra atado...".

Pgs. 252, 253 e 264 de: "A Cabala da Astrologia", de William Eisen, da madras
Grande e pequeno,
Agitado e sereno,
Cumpridor e abusador,
Aprisionado e libertador.

Cavalo e cavaleiro,
Passado, presente
E futuro... Seguro
E inseguro, foleiro
E chic, oportuno
E inoportuno...

Popular e erudito,
Rico e pobre... Dito
E feito, próprio
E emprestado
Ou não próprio,
Amado e odiado,
Bebé e (bébé),
Com regras e sem regras...
PORQUE vida perfeita
é tudo isto,
e muito mais do que isso!!

Com medo e sem
Medo, com todos,
Com gozo, sem
dor, Godinhos e Godos!

Com prosa e poesia,
Com egoísmo e altruísmo,
Equilibrados, sem azia,
Ou com muito pouca azia,
Com lirismo ou realismo,
Com SE e sem SE,
Com brilhantismo!

Com voto e sem voto,
Só ou acompanhado,
Solto ou apanhado,
Com moto ou sem moto!

Esperto e não esperto,
Sem ERROS, manhoso,
Carvalhoso, formoso
E formosa, CORRECTO!

Com cómico e com sério,
à desgarrada ou sós
ou com todos,
godos!

Com amor e com justiça,
com murcho e com a(o) que iça,
Navio Escola, espaço que atiça,
Com nova glória, postiça ou não postiça!

Com toda a seriedade,
com todo o profissionalismo,
sem qualquer criminalidade,
com toda a igualdade,
sem dívida alguma,
sem maldade,
com toda a bondade
do universo,
com verso!!

Tuesday, May 19, 2009

Tantos milhões
Nas mãos de uma só,
Espanhola? E, se morro,
Reencarno, superior
Ou inferior, como merecedor
For. Que é merecer
Melhor, Simões?
É dar sem receber
Esperar, é dar(-me)
Ao(à) egoísta,

É amar!
Agrupamento de escolas de Montargil
(Entrevista de «aponte» de Maio de 2009, ao Prof. Manuel Martins)
Quais os principais problemas que diagnostica na sua escola?
De acordo com os diferentes documentos internos do Agrupamento, bem como da análise realizada a partir de inquéritos a alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, foram diagnosticados seguintes problemas específicos do A. De Montargil:
-Insucesso escolar elevado ao nível do Inglês do 3º ciclo e da Matemática dos 2º e 3º ciclos;
-Elevado número de alunos com baixas expectativas relativamente ao futuro, apresentando pouca ambição a nível profissional, o que se reflecte nas tarefas escolares;
-Baixa participação, de um número significativo de encarregados de educação de educação, no acompanhamento escolar dos seus educandos;

Que estratégia pretende implementar caso seja eleito director?

-Implementar a Escola a tempo inteiro ao nível do 1º ciclo, proporcionando aos alunos diferentes ofertas nas actividades de enriquecimento curricular (Inglês, Ensino da Música, Actividade Física e Desportiva e outras), estabelecendo protocolos com as Autarquias locais para a sua concretização;
-Implementar o funcionamentodos cursos CEF, como estratégia credível para o combate ao insucesso e abandono escolares, criando ofertas educativas diferenciadas para os nossos alunos;
-Concretizar o Plano da Acção para a Matemática e do Plano Nacional da Leitura;
-Afirmar o Centro Novas Oportunidades de Montargil.

Qual o papel que a sua escola deve desempenhar no seu concelho?

O Concelho de Ponte de Sôr, principalmente na última década, tem-se afirmado como um dos pólos de maior desenvolvimento do Alentejo. O Agrupamento de Escolas de Montragil não quer nem pode estar dissociado desse desenvolvimento. Como Instituição de Educação e Formação de jovens e adultos, o A. Pretende garantir aos alunos que o frequentam, à comunidade que dela faz parte e à população em geral que serve, um Ensino de Qualidade, facilitador de aprendizagens e onde quer os que nela aprendem, quer os que nela ensinam, sintam que a sua Missão, contribuirá no futuro, para um Concelho e um Portugal mais desenvolvido e democrático, conduzindo a população a uma melhor qualidade de vida.

Comentário
O comentário que se segue não visa tanto o Prof. M. Martins e o jornal aponte, como o «sub-sistema educativo» que, efectivamente, não só parece não ter melhorado desde os tempos em que éramos basicamente alunos, como até terá piorado.
Assim:
i) Se matemática e português são mais importantes, não se percebe porque não se põem as restantes disciplinas ao serviço destas, todas em pé de igualdade…
ii) Continua-se a dar mais importância ao futuro do que ao presente; quanto à história local, continua praticamente a ser ignorada!
iii) Continua a dar-se mais valor à competição do que à cooperação…
iv) As escolas comerciais e industriais e os laboratórios, eminentemente práticos, ao invés de terem sido alargadas à saúde, à cozinha, à agricultura, etc. e “puxados” para idades cada vez mais baixas… Quase que foram extintas(os)!
v) As filosofias orientais continuam a ser tabu nas nossas escolas. E isto para quem andou mais de quinhentos anos no Oriente!!
vi) Os «segredos profissionais» continuam a não ser ensinados na escola.
vii) A «matemática sagrada» continua também a ser tabu nas escolas. A quem interessa, por exemplo, investigar que “Os tamanhos e as órbitras dos corpos celestes foram projectados pela Consciência de Deus?” – In: pg. 73 de: A Cabala da Astrologia –A linguagem do Número, de William Eisen, da Madras?
viii) …

Monday, May 18, 2009

Mas quem são
Verdadeiramente
Os vírus?
Se vírus vêm em frente,
Com animais ou isoladamente,
Se nos atacam realmente,
Se vêm profusamente,
Temos de nos defender,
Temos de excesso fender,
Sem o ofender,
Não de o dar ou vender!
Ora, excesso devastado,
Não aumentado,
Por não ser passado,
É mal eliminado,
Que não pode ser restaurado,
Não é, Amado?
Cá, gostam do frio:
Não os tentemos,
Nem nos deixemos
Tentar, com recaíadas:
São pequeníssimos,
Ou enormes, e fortes demos!
Mas, no calor
Também os há!
Seja como for,
Que queres tu,
Meu vírus,
Meu amor,
Minha morte,
Minha sorte?
Tudo?

Abri os olhos,
Só um pouco
Por acaso,
Vindo do rouco:
Que evolução!..
Logo, concepção
Estática é mui(to) pouco
E mui mais louco!
Olhos fecho:
Jidus, tendes toda a razão:
Estamos agora mui bem,
Somos alguém…
Que presente seja
Dádiva preciosa,
Sem futuro nem passado…
Eterno…
Assim, amada(o)s(as,
Não há lugar p’ró inferno!
O tempo,
O tempo, com alento,
A responsabilidade,
O relaxamento,
A idade
A bondade,
A maldade,
A realidade,
A beleza,
A realeza,
a fealdade!
CAPELA de MARQUES FERNANDES

Esta Capela foi instituída por volta de 1630, como lemos no LIVRO Nº 3 [Bens e Obrigações – 1625-1661) do Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Montargil (AHSCMM)]: " ... Marques Fernandes, solteiro, que morreu em casa de Diogo Ribeiro e deixou a esta casa vinte alqueires de centeio de renda no casal da machoqueira em duas terças que tinha nele com obrigação de duas missas rezadas cada ano".No ano de 1643 continuava a receita da renda dos 20 alqueires de centeio.Em 20-08-1647 recebeu o tesoureiro da "Casa", 600 réis da viúva da Machoqueira, (6 alqueires = 120 réis).Já por volta de 1645: "António Gil (tesoureiro da Casa) trouxe 20 alqueires de centeio da Machoqueira". Fonte destas últimas informações: Livros de Receitas e Despesas da mesma Santa Casa.Em 1868 mantém-se a renda de 20 alqueires: " Renda anual de 309, 3 Litros de centeio/20 alqueires, importa na Sesmaria da Machoqueira, sita na freg. de Montargil, a qual propriedade, de que é dono Francisco Prates(meu trisavô e dos meus primos, paternos), confronta com Pernancha de Baixo, Antas, Pipa e Pego da Caldeira. Posse immemorial. Vale cento e trinta e três mil e duzentos réis (133$200)".E, em 1903: " Renda de cinco alqueires de centeio da Antiga medida ou (73, 440 L) com vencimento em 15 de Agosto, paga à Confraria do Santíssimo Sacramento da freg. de Montargil... imposta na herdade denominada "Sesmaria da Machoqueira" confronta: Nasc. Pipa; Norte, Pernancha de Baixo; e Poente Pego da Caldeira, supõe-se incorporada na herdade da Pernancha... rendimento colectável – 548, 275 réis. Art. 622 da Matriz Predial da freg. de Montargil – P. do Sôr."Em 1903 era enfiteuta do foro da S. da Machoqueira, António Lourenço de Oliveira.

Fonte destas 3 últimas informações: ANTT – Ministério das Finanças – Desamortizações e Foros – Inventários - Liv. 376Nota: Segundo a Torre do Tombo, o foro ou renda era inicialmente pago à Confraria do Santíssimo. Com as leis da desamortização, já no final do séc. XIX, as rendas e foros das Confrarias, da Igreja, passaram primeiro para a Misericórdia, e depois para a Junta de Paróquia (Estado).
MENTES NOVAS
Mental revolução
É o que nós precisamos:
Tantos prazer na hostilização
Têm: mas, nós amamos,

Sem suportar vexação.
Longe a inveja também,
Mais a ansiedade, a imitação,
O medo e o extremismo, meu bem.

Tudo está sempre a mudar:
Não te obrigues, não obrigues
A nada mudar, tu que vais tirar…
Mas, ouço-te, mesmo que brigues.

Até podemos a nossa cor ter:
Agora com as demais querer acabar,
Com ódio? Mas, tão pouco combater
O ódio é bom: há que aceitar.

O que é é que interessa,
Não o que foi ou será:
Não compares, essa
Já nada dá!

Não reprimas pensamentos:
Afinal és democrata!
Mas, se são com sentimentos,
Vai em frente, prata!

Não procures o prazer
Nem dele fujas,
A mim mesmo digo: e viver
P’ rás vocações, ´té com corujas.

Repovoar casas, terras e montes…
Não me entendo contigo,
Mas entendo-te, fontes
Novas, novo figo!

Suficientemente
Ousados, melhoremos
Até os de mente
Fraca: paremos!

Sunday, May 17, 2009

MENTES NOVAS

Mental revolução
É o que nós precisamos:
Tantos prazer na hostilização
Têm: mas, nós amamos,

Sem suportar vexação.
Longe a inveja também,
Mais a ansiedade, a imitação,
O medo e o extremismo, meu bem.

Tudo está sempre a mudar:
Não te obrigues, não obrigues
A nada mudar, tu que vais tirar…
Mas, ouço-te, mesmo que brigues.

Até podemos a nossa cor ter:
Agora com as demais querer acabar,
Com ódio? Mas, tão pouco combater
O ódio é bom: há que aceitar.

O que é é que interessa,
Não o que foi ou será:
Não compares, essa
Já nada dá!

Não reprimas pensamentos:
Afinal és democrata!
Mas, se são com sentimentos,
Vai em frente, prata!

Não procures o prazer
Nem dele fujas,
A mim mesmo digo: e viver
P’ rás vocações, ´té com corujas.

Repovoar casas, terras e montes…
Não me entendo contigo,
Mas entendo-te, fontes
Novas, novo figo!

Suficientemente
Ousados, melhoremos
Até os de mente
Fraca: paremos!

Friday, May 15, 2009

Pensamento:
Ideias, reacções
A memórias acumuladas
Nas células cerebrais;
Continuação da boa emoção,
Do belo sentimento por via
Da imagem;
Sagacidade, invenção,
Solução, grandeza…
, e,
Também medo, ansiedade,
Mesquinhez, maldade…
Mas, pensamento
Não pode ser mais
Importante que acção…
Fazer e ler,
Pensar e actuar,
Agir, discutir e decidir
É que é!
Pensamento é do passado,
Mas desafio, vida e vitória
é do presente, Glória!
Pensemos logo menos
E ajamos mais, Amado!
Facto novo não
Pode ser compreendido
Nem resolvido
Pelo pensamento, velho,
É preciso algo sempre novo,
a inspiração/atenção, quieta,
flexível, total…
O nosso ser todo…
Pensamento e técnica são depois,
Godo…
Sobre o primeiro,
Dúvidas;
Sobre a segunda(os),
Como noutros casos,
Certezas: o não doente?
Aproveita-se do doente:
Mas, forte é ente
Que do fraco não se
Aproveita, Seita,
Pois, fraco pode
Virar forte
E forte fraco tão
Rapidamente, João!

Coitado, dizia ela
Do engripado.
E era mesmo naquele sentido
De “coitadinho”,
Que ninguém gosta de ser,
Nem mesmo o gatinho,
Mas que alguns, julgando-se
Talvez superiores, pelo
Menos no cantinho
Da gripe, constipação,
Laringite, etc,
Teimam em usar!

Ora, eu tinha usado
A expressão uns dias
Antes, quase só para calado
Não estar. Como se houvesse
Algum mal em estar isolado,
Calado!
Mal é falta de cuidado,
Mal é fazer(passar) mal,
Sem ser ao ser que mal
Faz, em igual medida.

Mas, com mal findar,
E bem instalar,
É bem fazer/desejar
Até ao ser que mal nos fizer.
MONÓLOGOS
DA VAGINA
De Eve Ensler

Ana Brito e Cunha
Guida Maria
São José Correia

A partir de 26 Maio

www.vav.pt

“… a peça pretende chamar a atenção para assuntos tão particulares como a violação, a menstruação, a mutilação, o prazer, as infidelidades conjugais ou as terapias de grupo…estreou em P. em Out. 2000…”
Parecer
E não ser
Obriga compreender:
Parece nervos,
Na garganta?
Mas pode ser gripe,
E, prevenir é que adianta.
Quanto à estirpe
porcina, ainda vacina
nem anti-gripe
haverá!?...

Interdependências

Máscara pôs,
por filho lembrado,
para engripado
não ficar corpo de mãe
também...
E, vindo do norte,
falou para sul e afónico
ficou para tomar
comprimidos que fabricou
quem também precisa
de dinheiro...
E desejar bem
aos seres que mal fazem
é fantástico!

Thursday, May 14, 2009

Em casa:
melro(s) dá-me
as boas vindas,
Armindas!
E megengras e mais melros
e moto-serra.
Não mais abandonado(a)
estás ...
Cuidado!
O marulhar da água
sob as rodas...
O perfumado candeio,
O fruto da enxertia...
O sobreiro, o mato,
o sobreirinho
pequenino, e forte
e o vento limpando
o candeio
e o barulho dos motores!
Elas(es) lá em baixo...
Como em cima, em baixo
e em todo o lado..
Tudo regado.
Muitos cantares
de pássaros,
rosas cor de laranja,
vermelhas, cor de rosa
e amarelas...
Morangos,
pretos e brancos;
ratos e Rato!
Pinhas, pinhões,
Pinheiro e dinheiro!
Com algum medo?
Mais vermelho,
Lamarosa e roxo!
Antenas e Atenas!
Sapìência,
perfumadas, guardadas maçãs,
Flores, flores.

Monday, May 11, 2009

Roubados?

Não somos todos
um pouco ladrões
(amor incluído),
todos um pouco roubados?

Libertação, até de toda
A autoridade interior,
Das insignificantes experiências
E opiniões em vão acumuladas,
Senhor!
E, tendo sido ontem útil
E verdadeiro, fútil
Pode ser hoje!
Pois, tudo muda
Continua-mente!
E, ser feliz
Sendo alguém
ou ninguém,
Dinis!



Contracção e expansão,
Liberdade e condicionamento...
Tudo ao mesmo tempo?
Umas vezes sim, outras não!
E, real percebimento
Só com um dos sentidos, São,
Quando cinco ou seis eles são?
Oh, a perfeita Liberdade,
Sem qualquer condicionamento,
Com todo o contentamento!
Libertação daquela ideia, daquele funcionamento
Limitado... daquele fingimento!...
Ainda amarrado
Ao passado,
Calado?
Coitado!?



Sem pensar, não;
desatentamente, também não:
reagir assim só dá
em servidão.
Mas, com toda a atenção
ao condicionamento,
há libertação,
de toda a aflição.
Tudo é belo e feio;
tudo é duradouro
e efémero;
tudo e todos aparecemos
e desaparecemos;
tudo e todos nascemos,
vivemos, morremos
e renascemos...
Tudo e todos somos
prazer e dor,
de preferência
prazer.
Tudo e todos somos
interdependentes.
Promessas nem a nós
mesmos; e, buscarmos
realidades prometidas
por outros também não.
Viva a liberdade interdependente,
Que não é total mas é quase!
E cesse a principal tirania, a da mente,
através das imagens, dos sons,
dos cheiros... Dos pensamentos!..
Realidade é o que queremos!
Interpretar e construir
o sentido das informações
que chegam até nós exige
qualificação, treinamento, disciplina
cuidado de nós próprios...
Agressivos(as), ou sofredores?
Solução: auto-superação,
purificação do eu e
transcendência, mas sem
esforços agressivos ou repressores.
Interpretar e construir
o sentido das informações
que chegam até nós exige
qualificação, treinamento, disciplina
cuidado de nós próprios...
Agressivos(as), ou sofredores?
Solução: auto-superação,
purificação do eu e
transcendência, mas sem
esforços agressivos ou repressores.

Sunday, May 10, 2009

Ávidos, invejosos,
agressivos, ciumentos, ansiosos
e desesperados,
com ocasionais lampejos
de alegria e afeição?
Ódio, medo e ternura?
Violência e a paz?
Não a autoridade de outrem,
Mas a nossa;
Não divididos, mas unos,
Sem conflito,
originais;
Rejeitar toda a autoridade,
Cidade?
E a interdependência,
A autoridade viva?
Deixa de ouvir
Só o que te interessa,
Peça!
Condenar não por condenar,
Rejeitar não por rejeitar:
Fomos lá, eles vieram cá…
Bons e maus…
Mas que é estúpido ser mau
E fazer mal, é!
O eu, o ego
Quer ganhar,
Quer existir…
E, não sabe o que é amar,
Só conflituar.
Não é que não possamos existir
Sem ego, sem eu…
Mas é uma existência diferente,
Não carente, não dualista…
A verdadeira existência,
Interdependente,
Amorosa,
Dos aquis e agoras,
Em que todos, não só parte,
Podem ser e são felizes,
Pois não há divisões,
Separações, disputas,
Competições…



Nem espaço nem tempo
Entre nós; nem tentativa
De domínio nem de fuga:
Porque somos muito unidos
Com tudo e com todos; porque
Somos seres bem vivos que queremos
Tudo de bom para todos os demais seres,
Vivos e não vivos e entidades, vivas ou mortas:
Prazer e dor, medo e coragem, riqueza e pobreza,

sabedoria e ignorância, passado e futuro, silêncio e som…

Novo, descoberto, feito por nós mesmos,
Original, inédito…
Lua, água e oxigénio feitos a partir de rochas…
Pacíficos, não fazendo sofrer, não competindo,
Tocando, ouvindo todos os sons, ajudando…

Livres de preocupação, de problemas,
Do eu, do ego… Criamos coisas
E seres belos e bons… Amamos!…

Saturday, May 09, 2009

Mutuamente rendidos,
observadores e observados,
completamente simples,
totalmente realizados,
eis a beleza,
eis o gozo,
eis a fortaleza…
Olhar, ver sem pensar:
Quietude, beleza superior,
eis o Amor.
Perdendo-nos, entregando-nos,
Eis o amor…
De pai, de mãe, de amantes,
de filha, de filho, de amigo(a)...
E que Milagres não faz o Amor!
Amar é mesmo dar,
sem esperar receber,
Tão somente o bem desejar
Do amado(a)... Receber.
Sem competição,
Com entreajuda;
Sem imagens,
Com verdade,
Com realidade;
Sem rejeição,
Com aceitação;
Sem busca de posição,
De prestígio,
Sem exibição;
Com dinâmica,
Sem desperdício;
Com vitalidade,
Com energia,
Com criatividade;
Sem pretexto,
Sem motivo,
Sem dependência,
Com interdependência.
Revolucionariamente,
Vendo, vivendo
Totalmente.

Oh, a tortura da imagem
Que se quer substituir à realidade!
Cessem pois ideias, teorias e símbolos
Conflituosos!...
Vivam as vidas reais!!

Sem contradição,
Sem divisão,
Com interdependência,
Com união.

Somos o medo,
Não temos de dominá-lo
Ou dele fugir, perdendo energia.
Somos unos com medo,
Somos sem medo!!

Thursday, May 07, 2009

Também as cabeças
são Uma, não duas;
E, divisão
Só com união.

Tão facilmente ofendidos,
Melindrados, embevecidos,
Entediados... Não aceitemos
Nem tão pouco rejeitemos...

Se não é agora a liberdade,
A felicidade, não me interessa;
Ora essa? É mesmo assim, Pessa:
Sem condenar, sem justificar é que há-de
Ser, agora e para sempre!

Vivemos sobre um barril
De pólvora: agir é urgente,
sem grande pensar, Brasil
e Montargil: vamos lá, gente!

Wednesday, May 06, 2009

LIVRES

Liberdade é observação,
Não rejeição;
É ver e agir;
É duvidar e questionar;
É solidão,
No sentido de libertação
Do passado, do marado,
Dos infortúnios,
Das tagarelices,
Das vigarices,
Das pequenices…
Ser livre é ser inocente,
Verdadeiro;
É ser como somos,

com dor ausente,
sem envelhecer;
é liderança, tradição,
autoridade
não ter!
Dor/Prazer

Acordo com dor:
Observo-a, aceito-a;
E, se vai, Rosa,
amorosa!
Fica prazer
De escrever,
De ver tempo
Não haver
Entre ideia(dever?)
E o fazer.
P’ra não sofrer.
Mesmo que fazer
Seja outro.
ALMA

Alma, pessoa é
a energia, a matéria
que somos, não etérea,
indestrutível, embora
sempre em mutação:
mesmo após incineração,
as cinzas permanecerão,
até nova superação.
E, uma pomba e um pombo
se beijavam…
e se fertilizavam.
Suficientemente
Ousados, melhoremos
Até os de mente
Fraca: paremos!





A base de tudo está na mente: a ciência dasciências é a da mente, Judá! Satisfação, até p'lo autruismo ou amor a Deus, é o que todos queremos...E que gozo há na liberdade,José!E uma posição respeitável,como é desejada, Amável!E o anseio de santidade não é diferenciável. E o de ganhar, dominar, ser indomável!...E ensinam-nos, forçam-nos a competir.Que estupidez, não é, Aldemir?E que doenças, temores e medos costumam vir por causa disto, Afável! Mas, não fujamos do medo, Semedo.Com o Agora, sem passado nem futuro, não há medo,ficas totalmente libertado!

Monday, May 04, 2009

O prazer se torna existente em quatro fases: percepção, sensação, contacto e desejo. Vejo um belo automóvel, por exemplo; vem em seguida uma sensação, uma reacção; depois o toco com as mãos ou imagino tocá-lo; e vem então o desejo de possuir o carro e ostentar-me com ele. Ou vejo uma nuvem formosa, uma montanha claramente delineada contra o céu, uma folha que acaba de brotar na primavera, um vale profundo, cheio de encantos e esplendor, um glorioso pôr-do-sol, um belo rosto, inteligente, vivo. Olho essas coisas com intenso deleite e, enquanto as observo, não há observador, porém, tão-só a beleza pura, qual a do amor. Por um momento estou ausente com todos os meus problemas, ansiedades e aflições; só existe aquela coisa maravilhosa. Posso olhá-la com alegria e no próximo momento esquecê-la, ou, então, a mente pode interferir - e aí começa o problema: minha mente pensa naquilo que viu e na sua beleza; digo de mim para mim que gostaria de tornar a vê-la muitas vezes. O pensamento começa a comparar, a julgar, a dizer: "Quero repetir isso amanhã". A continuidade de uma experiência que por um segundo proporcionou deleite é mantida pelo pensamento.
O mesmo sucede em relação ao desejo sexual ou outro. Não há nada de mau no desejo. Reagir é perfeitamente normal. Se me picais com um alfinete, eu reajo, a não ser que esteja paralisado. Mas, o pensamento interfere, fica a ruminar aquele deleite e o converte em prazer. O pensamento deseja repetir a experiência e, quanto mais repetida, tanto mais mecânica ela se torna; quanto mais pensais nela, tanto mais força o pensamento confere ao prazer. Desse modo, o pensamento cria e mantém o prazer através do desejo e dá-lhe continuidade; por conseguinte, a reacção natural do desejo, ante uma coisa bela, é pervertida pelo pensamento. O pensamento a converte em memória, que é então nutrida pelo pensar repetidamente naquela coisa.
Naturalmente, a memória tem seu lugar próprio, num certo nível. Sem ela, não teríamos possibilidade de actuar na vida de cada dia. Em sua própria esfera, a memória tem de ser proficiente, mas há um estado (prazer) da mente onde há muito pouco lugar para ela. A mente que não está tolhida pela memória tem a verdadeira liberdade.
Já notastes que, quando reagis a uma dada coisa totalmente, com todo o coração, quase não fica memória? É só quando não respondeis a um desafio (então o desafio, até certo ponto é bom!) com todo o vosso ser que se apresenta o conflito, a luta, que acarreta confusão e prazer ou dor. A luta gera memória. Essa memória é continuamente acrescentada por outras memórias, e são essas memórias que reagem. Tudo o que é resultado da memória é velho e, por conseguinte, nunca é livre. Liberdade de pensamento é algo que não existe; é puro contra-senso.
O pensamento nunca é novo, porque o pensamento é a resposta da memória, da experiência, do conhecimento. O pensamento, que é velho, torna também velho aquilo que olhastes com deleite e que por um momento sentistes profundamente, do velho vem o prazer, que pode levar à dor (inferior à alegria, portanto, que não faz – neste sentido alegria é superior ai prazer); nunca do novo. No novo não existe o tempo.
Assim, se puderdes olhar todas as coisas sem permitir a intrusão do prazer - olhar uma rosa, uma ave, a cor de um sari, a beleza de uma extensão de água rutilando ao sol, ou qualquer coisa deleitável - se puderdes olhar assim, sem desejardes que a experiência se repita, então não haverá dor, nem medo e, por conseguinte, haverá uma alegria infinita.
É a luta para repetir e perpetuar o prazer que o converte em dor. Observai isso em vós mesmos. A própria exigência da repetição do prazer produz dor, porque ele nunca é a mesma coisa de ontem (muito importante – exigir repetição e fazer dessa repetição o bem estar, é estupidez, pois, nada se repete!!). Lutais para alcançar o mesmo deleite não só para o vosso senso estético, mas também para a vossa mente, e ficais magoado e desapontado, porque ele vos é negado.
Já observastes o que acontece quando vos é negado um pequeno prazer? Quando não tendes o que desejais, vos tornais ansiosos, invejosos, rancorosos. Já notastes que quando vos é negado o prazer de fumar ou de beber, o prazer sexual ou outro qualquer - já notastes as lutas que tendes de sustentar? E tudo isso é uma forma de medo, não é verdade? Tendes medo de não obter o que desejais ou de perder o que possuis. Quando uma dada fé ou ideologia que cultivais há muitos anos é abalada ou vos é arrebatada pela lógica da vida, não tendes medo de vos verdes só? Essa crença vos proporcionou durante anos satisfação e prazer, e quando vos é retirada ficais desgovernados, vazios, e o medo perdura até achardes outras formas de prazer, outra crença.
Isso me parece muito simples, e, por ser tão simples, não queremos ver a sua simplicidade. Gostamos de complicar tudo. Se vossa esposa vos abandona, não sentis ciúme? Não sentis raiva? Não odiais o homem que a seduziu? E que é tudo isso senão o medo de perder o que vos dava muito prazer, de perder essa companhia, perder aquela segurança e satisfação conferidas pela posse?
Assim, se compreendeis que quando se busca o prazer tem de haver dor, podeis, se vos aprouver, viver dessa maneira, porém com pleno conhecimento do passo que estais dando. Se, entretanto, desejais pôr fim ao prazer, o que significa pôr fim à dor, deveis estar completamente atento à estrutura total do prazer; mas não deveis repeli-lo, como o fazem os monges e os sanyasis, que não olham para uma mulher porque é pecado e, dessa maneira, destroem a vitalidade da própria compreensão: porém, cumpre ver todo o significado e importância do prazer. Encontrareis então infinita alegria na vida. Não se pode pensar na alegria. A alegria é uma coisa imediata e se nela pensais a converteis em prazer. Viver no presente é a percepção imediata da beleza e o grande deleite que nela se encontra, sem dela procurar extrair prazer.

Sunday, May 03, 2009

Uma festa, duas festas, uma ida,com música, dança, comida...Após trabalho ou falta dele...Com dinheiro ou sem ele...É importante "pança"não encher demais,para não dar ais...E, semear, ajudando no partoa Mãe Terra, dando-lhe prazer,sem medo, não dor,cuidando da flore do chaparrinho, com amor,e, do gatinho!O que é,o silêncio,o não medo...Tudo vendo,a todos indo,com graça,graciosidade,beldade...Com energia,sem atrito,brito,olhando,actuando...Sem desperdício,unos,sem motivo,sem ego,sem confusão,compreendendo,já, agindo já!Vivos, em movimentonão nos podemos vernem com a nossa autoridadede ontem: isso não é viver,nem com vivacidadenem com beldade.Mente sempre fresca, jovem,inocente, vigorosa, apaixonada...Só sem nenhuma autoridade,nem pressões que levam à revolta,e, sem correções censoras, sempre de volta.Liberdade é não ter opiniões, pré-conceitos,pré-conclusões!Renascemos a cada momentopara a felicidade, Ada! Como sobreiroda Assumadeira, Machoqueira!

Friday, May 01, 2009

Dar é ganhar,
A começar
Pelos de perto…
Até aos de longe
Chegar.
E, vender também,
Meu bem,
Assim como
Comprar.
E povoar…
Depois da confusão,
O clarificar.
Que cavalo alado,
Alazão!
E que viagem,
Meu Deus!:
Sonho e realidade
Também Um são.