MONTARGILENSES (I)
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João cesteiro,
Mas não sesteiro?
Bom corticiero:
Lembra ferreiro.
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Manel Macedo:
Ferreiro, medo
Não tem; dedo
Fino; não ledo?
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Artur Miguel:
Cavalo sele
P’ ró rei, e, vele
Pelo bom mel.
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Mãe invisível,
A mãe de nível,
A mãe mui crível,
Inteligível!
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O José Gato,
Perito nato,
Desiderato.
Ato, desato
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Manuel Pires:
Não te retires:
Em bem servires
Lembras menhires.
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Manel Luis,
Não aprendiz,
Horta feliz;
Volta petiz.
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José Palrante,
Está diante
Do Bem falante;
Um mareante?
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O senhor Mário
Barriga: Dário
Não viu; diário
Dos nados páre-o?
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Doutor Godinho:
Um belo ninho
P’ ró doentinho.
Não tem moinho?
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Sousa Falcão:
Hospitalão
E azeitão.
Conhecerão?
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Dona Lourença
Que pouco pensa?
Carvão dispensa;
Que ela vença.
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Berta Courinha:
Uma rainha:
A terra minha
Levou sozinha?
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Arminda Marques:
Tu não embarques;
Brasil e Vasques;
Não te enrasques.
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Prates Miguel:
Que carrocel!
O bom Manel,
Merece El.
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Dona Emília:
É da família;
Há chá de tília;
Não há quesília.
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O Machoqueira:
Que maluqueira?
Só talvez queira.
O sol na eira!
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Rui Carapinha?
A grande pinha
(Cabeça) tinha
De ter; certinha?
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Do Lino Mendes:
Cultura vendes...
Se me entendes,
Não te ofendes.
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A Beatriz
É quem me diz
Que um é tris.
E vós floris!