Friday, May 25, 2007

Todo é querido,
Ninguém é amigo?
Eu sou um contigo,
Tu és inimigo?
Escravizando os outros, forçando-os a servir-me,
Virei a conhecer o estado de servidão.
Mas, se trabalho pelo bem dos outros,
Domínio e liderança virão a mim.
.
Toda a alegria que o mundo contém
Veio por desejar a felicidade para os outros.
Toda a aflição que o mundo contém
Veio por querer o prazer para si mesmo.
.
Desejando aliviar os males dos nossos corpos,
As nossas bocas famintas, a secura das nossas gargantas,
Roubamos a vida de peixes, aves e veados
E ficamos à espera ao longo do caminho.
.
Por causa do lucro e da posição,
Há alguns que matam mesmo os seus pais
Ou roubam o que foi oferecido à Tripla Jóia,
Devido ao qual arderão no inferno da Dor Implacável.
.
Onde estão então os sábios e prudentes
Que acarinham, resguardam e servem o corpo?
Quem o não veria como seu inimigo
E, como seu inimigo, o não olharia com desprezo?

Shantideva

Wednesday, May 23, 2007

Esta minha dor não aflige
Nem causa desconforto ao corpo de outro,
E todavia ela é para mim dura de suportar
Porque me apego e a tomo por minha própria.
.
As dores de outro ser
Não sinto, e todavia,
Porque as tomo para mim próprio,
O seu sofrimento é meu e por isso duro de suportar
.
Disiparei pois a dor de outros,
Pois é simplesmente dor, tal como a minha.
E aos outros (todos os outros seres sensitivos) ajudarei e beneficiarei,
Pois são seres vivos, como ao meu corpo.
.
Shantideva

Friday, May 18, 2007

Todas as boas obras em mil eras acumuladas,
Tais como acções de generosidade
E oferendas aos Bem-Aventurados,
Um só lampejo de ira as dissipa.
.
Não há mal semelhante à ira,
Não há austeridade comparável à paciência.
Impregnai-vos, pois, de paci~encia,
De vários modos, insistentemente.
.
.
.
Os grandes seres compassivos consideram como a si próprios
Todos os seres - disto não há dúvida.
Aqueles que percepciono como seres são Budas em si mesmos;
Isto afastará as dores do mundo
E será portanto o meu trabalho constante.
.
.
.
Não é necessário referir a Budeidade futura,
Alcançada por se levar a felicidade aos seres.
Como posso eu não ver que a glória, a fama e o prazer,
Mesmo nesta vida, de igual modo surgirão?

Fonte: A Via do Bodhisattva - Shantideva, Ésquilo

Thursday, May 17, 2007

HISTÓRIA DE MONTARGIL

Segundo A. H. de Oliveira Marques – Nova História de Portugal – Vol. IV, Lisboa, Presença, pp. 32 e ss., citado por Susana Bastos Mateus e Paulo Mendes Pinto em: Lisboa, 19 de Abril de 1506 – O Massacre dos Judeus, no séc. XV houve uma judiaria em Ponte de Sôr, como as houve em Castelo de Vide, Portalegre, Coruche, Erra... Isto na sequência da expulsão dos judeus de Espanha pelos Reis católicos, que terão entrado no sul de Portugal por Arronches, Marvão e Elvas. E, em conformidade com os documentos que se seguem, retirados da TT Online (pesquisas – Montargil), há pelo menos notícia dos seguintes judeus Montargilenses, perseguidos pela Inquisição:


Processo de Tomé Martins
07/05/1715 - 16/02/1716
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 7971
Parte de cristão-novo, acusado(a) de Judaísmo, com a profissão de Sapateiro, natural de Montargil, morador em Montemor o Novo, de 45 anos de idade, filho de [João Martins]. cristão-velho, almocreve e de Joana Gomes, parte de cristã-nova, Casado com Francisca de Almeida. Sentença: Confisco de bens; ir ao Auto de Fé; abjuração em forma; cárcere e hábito penitencial perpétuo sem remissão; penitências espirituais.

Processo de Ascenso Vieira
14/11/1664-15/11/1664
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 9924
Estatuto Social: Trapeiro
Crime/Acusação: Judaísmo
Naturalidade: Montargil
Morada: Sousel
Pai: Gaudêncio Vieira
Mãe: Isabel Gomes
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Inês Sequeira
Data da Sentença: 15/11/1664
Outros Dados: APRESENTADO EM 1664-11-14


Processo de Manuel Perdigão
D16/10/1716-23/05/1718
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 8896
Estatuto Social: Vive de Sua Fazenda
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Morada: Montemor-o-Novo
Código Idade: Cerca de 50 An.
Pai: António Mendes
Mãe: Cecília Dias
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Catarina Josefa
Outros Dados: APRESENTADO EM 1716-10-16. CONTRA ELE FORAM EXTRAÍDAS CULPAS DOS PROCESSOS DE SEUS IRMÃOS,DE SUA PRIMA,ETC. EM 1718-05-23,PRESTOU O JURAMENTO DE SEGREDO. M.C. IANTT

Processo de Grácia Lopes
14/11/1662
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 8504
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Moura
Morada: Montargil
Pai: Manuel Fernandes
Mãe: Maria Henriques
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: António Fernandes;Sapateiro
Data da Prisão: 14/11/1662
Outros Dados: A RÉ ABJUROU EM 1663-06-09.FOI OUVIDA EM 1663-01-16.ENTRE OS SEUS DENUNCIANTES,TAMBÉM DETIDOS,CONTAM-SE SEU MARIDO,SUAS TIAS E SEU CUNHADO.FOI MANDADA RECOLHER A MONTARGIL EM 1633-08-30,PARA AÍ CUMPRIR A SUA PENITÊNCIA.FOI-LHE TIRADO O HÁBITO E LEVANTADO O CÁRCERE EM 1665-04-23,SENDO ENTÃO JÁ VIÚVA.


Processo de Margarida Martins
19/01/1716-22/05/1718
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 8153
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Morada: Montargil
Pai: João Martins;Almocreve
Mãe: Joana Gomes
Estado Civil: Solteiro
Data da Prisão: 19/01/1716
Data da Sentença: 22/05/1718
Data do Auto de Fé: 22/05/1718
Outros Dados: DO INVENTÁRIO DE 1716-01-30,CONSTAM ALGUNS BENS DE RAÍZ.FORAM EXTRAÍDAS CULPAS,ALÉM DOUTROS,DOS PROCESSOS DO PRIMO E DO IRMÃO.TEV LIBELO E PUBLICAÇÃO DA PROVA DE JUSTIÇA.APRESENTOU DEFESA E VEIO COM CONTRADITAS.FOI LEVADO A TORMENTO POR 2 VEZES,EM 1717-01-13 E 1717-12-19.EM 1718-06-09,FOI-LHE PASSADO TERMO DE IDA. M.C.

Processo de João Lopes
04/01/1575-16/01/1576
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 7995
Crime/Acusação: Blasfémias heréticas
Naturalidade: Montargil
Morada: Estremoz(Termo de)
Código Idade: Cerca de 30 An.
Pai: Diogo Anes
Mãe: Joana Pires
Estado Civil: Solteiro
Data da Prisão: 04/01/1575
Data da Sentença: 15/01/1576
Data do Auto de Fé: 15/01/1576
Outros Dados: EM 1576-01-16,FOI MANDADO CUMPRIR O DEGREDO.

Processo de João da Rosa Capão
23/05/1718-04/06/1718
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 7318
Estatuto Social: Advogado
Crime/Acusação: Judaísmo, heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Morada: Avis
Pai: António Fernandes
Mãe: Maria da Rosa
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Vitória Branhão
Data da Prisão: 14/06/1714
Outros Dados: JURAMENTO DE SEGREDO: 1718-05-23; NO INVENTÁRIO SÃO MENCIONADOS BENS MÓVEIS E IMÓVEIS, ALÉM DE OBJECTOS DE OURO E PRATA, E DÍVIDAS; PROCESSO MUITO VOLUMOSO, PORQUE O RÉU, DEPOIS DE ADMOESTADO, APRESENTOU ARTIGOS DE DEFESA, A FIM DE SE PROCEDER À INVESTIGAÇÃO SOBRE A QUALIDADE DO SEU SANGUE; EM 1718-06-04, FOI-LHE LEVANTADO O CÁRCERE.

Processo de Maria Perdigoa
05/02/1715-16/02/1716
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 6049
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Morada: Montemor-o-Novo
Pai: António Mendes
Mãe: Cecília Dias
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Manuel Gonçalves
Data da Prisão: 05/02/1715
Data da Sentença: 26/01/1716
Data do Auto de Fé: 26/01/1716
Outros Dados: FORAM EXTRAÍDAS CULPAS,ALÉM DOUTROS,DO PROCESSO DE SEU IRMÃO,FRANCISCO MENDES PERDIGÃO. FOOI ABSOLVIDA DE EXCOMUNHÃO MAIOR. EM 1716-02-16,JÁ DEPOIS DA SENTENÇA,CONFESSA MAIS CULPAS.


Processo de Rita Maria
18/03/1747-30/10/1749
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 5073
Crime/Acusação: Judaísmo
Naturalidade: Avis
Morada: Montargil
Pai: Manuel Gomes, Pescador
Mãe: Margarida Maria
Estado Civil: Viúvo
Nome do Cônjuge: Francisco Velho, Almocreve
Data da Prisão: 18/03/1747
Data da Sentença: 20/10/1749
Data do Auto de Fé: 20/10/1749
Outros Dados: INVENTÁRIO: 1 COLCHÃO, 1 TRAVESEIRO, 1 COBERTOR, 2 GUARDANAPOS, BENS MÓVEIS, ETC; SAIU EM LIBERDADE EM 1749-10-30.EXISTE OUTRA FICHA COM O MESMO NUMERO DE PROCESSO.

Processo de Manuel Henriques
09/12/1662
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 4468
Estatuto Social: Alfaiate
Crime/Acusação: Judaísmo
Naturalidade: Moura
Morada: Montargil
Pai: Manuel Fernandes
Mãe: Maria Henriques
Estado Civil: Casado
Outros Dados: APRESENTADO EM 1662-12-09.FOI MANDADO PARA A SUA TERRA A 12 DE DEZEMBRO DO MESMO ANO.
Entid

Processo de Arcângela Mendes
05/02/1715-06/01/1716
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 3660
Crime/Acusação: Judaísmo
Naturalidade: Montargil
Pai: António Mendes
Mãe: Cecilia Dias
Estado Civil: Casado
Data da Prisão: 05/02/1715
Data da Sentença: 06/01/1716
Data do Auto de Fé: 06/01/1716




Processo de Bárbara Martins
14/10/1714-21/02/1716
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 2823
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Morada: Avis
Pai: Gaudêncio Vieura
Mãe: Grácia Dias
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Manuel Rodrigues Fateixa;Carpinteiro
Data da Prisão: 14/10/1714
Data da Sentença: 26/01/1716
Data do Auto de Fé: 26/01/1716
Outros Dados: A RÉ SAÍU EM LIBERDADE EM 1716-02-21. M.C.

Processo de João Mendes Perdigão
30/10/1714-21/02/1716
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 2599
Estatuto Social: Trabalhador
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Pai: António Mendes
Mãe: Cecília Dias
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Maria Josefa
Data da Prisão: 30/10/1714
Data da Sentença: 26/01/1716
Data do Auto de Fé: 26/01/1716
Outros Dados: FOI MANDADO EM LIBERDADE EM 1716-02-21.

Processo de Francisco Mendes Perdigão
30/10/1714-26/01/1716
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 2596
Estatuto Social: Pomareiro
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Morada: Avis
Pai: António Mendes Perdigão
Mãe: Cecília Dias
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Maria Josefa
Data da Prisão: 30/10/1714
Data da Sentença: 26/01/1716
Data do Auto de Fé: 26/01/1716


Processo de Manuel Martins
08/02/1715-11/05/1717
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 1670
Estatuto Social: Ferreiro
Crime/Acusação: Judaísmo,heresia e apostasia
Naturalidade: Montargil
Pai: João Martins
Mãe: Hoana Gomes
Estado Civil: Casado
Data da Prisão: 08/02/1715
Data da Sentença: 25/04/1717
Data do Auto de Fé: 25/04/1717
Outros Dados: POR DENÚNCIA DO PADRE DOMINGOS DE S. BOAVENTURA,INICIOU-SE UM PROCESSO, EM 1717-05-11,QUE FICOU INCOMPLETO,VERIFICANDO-SE PELOS DEPOIMENTOS DE ALGUMAS TESTEMUNHAS QUE O RÉU ESTAVA LOUCO.
EntidadeDetento



Processo de Rodrigo Mendes Perdigão
16/10/1716-25/04/1717
Documento Composto
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 1089
tEstatuto Social: Trabalhador
Crime/Acusação: Judaísmo
Naturalidade: Montargil
Pai: António Mendes
Mãe: Cecília Dias
Estado Civil: Solteiro
Data da Sentença: 25/04/1717
Data do Auto de Fé: 25/04/1717
Outros Dados: APRESENTADO EM 1716-10-16.
" Por a mente ser incorpórea
Por ninguém pode ser destruída,
Mas, pelo seu apego ao corpo
Este é oprimido"
Autor: Shantideva
.
Mas, mesmo que a mente não exista sem uma partícula material mínima, também não pode ser destruída! E, é bem verdade que um apego exagerado da alma ao corpo e vice-versa causa dor!
Vivam os prazeres da alma
E do corpo que a dor
Não causem nem a senhor
Mau, nem a mulher sem calma.
.
Sejamos todos felizes,
Todos cheios d' alegrias,
E, que tu sempre sorrias:
Não faças mal aos petizes!

Wednesday, May 16, 2007

Espírito=mente=alma estão na matéria orgânica=matéria inorgânica= corpos, e, estes nas almas= mentes=espíritos. Separá-los é falta de sabedoria e causa de sofrimento. Mas, podemos aprender mesmo com os que os separam, porque também haverá matéria inorgânica=matéria=orgânica=corpos sem mente=alma=espírito, e, estes sem aqueles.
.
O outro(a) é e não é nós.
Quem olha para trás morre; quem olha para a frente renasce; e, quem vê o presente vive.
Se sabemos que uma coisa faz mal (já a teremos feito e sabemos que faz mal), não devemos induzir em erro quem a faz, olhando, p.e.. Mas, pode acontecer que essa coisa, mais bem feita, não faça mal, mas tão somente bem...

Tuesday, May 15, 2007

Que diferença sermos nós ou sermos outros? Nenhuma? Só há uma diferença: a sofrer ou feliz?
Que diferença termos uma alma imaterial, que sobrevive à morte ou não? Nenhuma Mas, existimos e estamos vivos agora, e, as cinzas são indestrutíveis. Só mais uma diferença, ou talvez não: sermos bons e compassivos ou maus. E, o álccol e o tabaco fazem mal.

Monday, May 14, 2007

Tudo leva aos sofrimento
E tudo leva ao prazer:
Tonto quem foge do prazer,
Tonto quem vive p' ró momento.
.
Se tu fores feliz, também
Eu posso sê-lo: que tu sejas
Feliz sendo tu; que tu vejas
Isto, para teu e meu bem.

Sunday, May 13, 2007

O que nos acontece quando deixamos de lutar, quando dizemos não às rivalidades e competições? Entramos na paz. Oh, como é boa, bela e produtiva a paz!

Não nos deixemos enganar, nem por nós próprios: quem se apresentar com uma verdade definitiva pode já estar errado e a enganar. E, o(a) outra(o) é e não é nós.
Desejamos que todos os seres e pessoas sejam felizes, mas, não podemos ser felizes nem errando, nem enganado, nem cometendo injustiças.

Que todos os seres sejam felizes! Que todos os seres tenham paz!

Saturday, May 12, 2007

Todos iguais,
Todos diferentes;
Todos animais
E todos contentes.
.
Animal tem alma
Tanto como nós:
Alma é a calma
Viva dos bons pós.
.
É realidade
Ou é ilusão.
É igualdade,
É separação.
.
“… Sabe-se que a obesidade e a diabetes são…provocadas, na grande maioria dos casos, por uma vida sedentária (pouco exercício físico) e por um regime alimentar demasiado rico em calorias, gorduras e açúcares. Em particular, os indivíduos com obesidade abdominal têm um risco acrescido, quer de diabetes quer de DCV (doenças cardio vasculares) devido à produção pela sua gordura abdominal de substâncias tóxicas para o coração, artérias e pâncreas…”
In: Revista Única – Expresso nº 1802, 12 de Maio de 2007

Thursday, May 10, 2007

Mas, também temos de dividir: não podemos, p.e., beber a água suja ou impura: temos de a separar das impurezas! Dividir é tão importante como unir: há um momento e um espaço para unir e outro para dividir. Temos de dividir e unir.!

Wednesday, May 09, 2007

Não podemos dividir, erradamente, a realidade entre: absoluto e relativo, sujeito e objecto, eu e outros, racional e irracional, existente e não existente, nascimento e morte, paz e guerra, tudo querer e nada querer, corpo e espírito, agitação e sossego, trabalho e não trabalho, destemor e medo, apego e desapego, santo e pecaminoso, legal e ilegal, amor e ódio, vivo e morto, dor e prazer, permitido e proibido, concentração e distração, feio e bonito, pequeno e grande, verde e vermelho, um lado e outro lado, de baixo e de cima, ignorante e sábio, perdido e não perdido, falador e calado, trabalhador e preguiçoso, chefes e não chefes, doentes e sadios, pobres e ricos, limpos e sujos ...

Tuesday, May 08, 2007

O Que Nos Faz Felizes
.
O que nos faz felizes
É não sentirmos dor
Nem mau estar, amor;
É ouvir o que dizes.
.
O que nos faz felizes
É o prazer sem medo,
É vir tarde e cedo,
É amarmos petizes!
.
O que nos faz felizes
É não ter avarezas:
Que mui feliz tu sejas,
Que não haja deslizes.

Monday, May 07, 2007

SOMOS
.
Somos criados, somos
Criadores; crescemos,
Morremos e nascemos:
Fazemos muitos tomos.
.
Fazes sofrer um ser
Para gozo só teu;
E, quem te prometeu
Que tu não vais sofrer?
.
Aceitemo-nos ser
Quem somos, o que somos:
E, se com força nos pomos,
Somos ser, ter, haver.

Friday, May 04, 2007

Talvez nunca tenhamos a certeza se temos ou não um espírito que sobrevive à morte, mas, temos uma certeza absoluta: nós, em última análise os nossos restos seguramente que sobrevivem à morte. E, em última análise, que diferença existe entre nós e os nossos restos, ditos mortais? Nenhuma! Respeitemos e tratemos pois o melhor possível toda a matéria e todo os seres, ditos(as) vivos(as) ou ditas(os) mortas(os), que estaremos assim a respeitar-nos e a nos tratarmos bem!
Quem somos? O que fomos? O que seremos? Como acabar\vencer o sofrimento? Como sermos felizes? O outro(a), pessoa ou ser somos nós, na mesma fase/momento, ou, noutra fase, noutro momento.
Para termos uma perspectiva o mais verdadeira possível seja do que quer que for (só a verdade pode levar à felicidade), temos de ter sempre uma perspectiva profundamente histórica de tudo e de todos: quanto mais atrás formos sempre, antes de continuarmos em frente, melhor.
A incompetência é uma forma de corrupção: a pessoa ocupa um lugar para que não está preparada, por egoísmo.