E a dor não acaba sempre da mesma maneira:
umas vezes é compreendendo que somos dor também,
outras desenvolvendo o prazer.
E temos de desenvolver, sem medo,mas com cuidado,
sempre mais prazer, inclusivamente deixando-o manifestar-se, do que dor. Prazeres têm de ser muito mais, por todo o lado. E gozarmos com os que gozam.
Dor está em agredir e matar animais e humanos, até em pactuar com isso.
Dor está em falar por demais nas desgraças, quase todos dos jornalistas o estão fazendo, e não fazer nada para ajudar a impedi-las.
Dor está na mente e no pensamento e tira-se com gozo: urge até deixarmos de pensar demais e dedicarmo-nos a fazermo-nos e a fazermos todos os seres felizes. Até os renitentes. Mas, se não querem, paciência.
Agora, por que desaparece a dor com o sexo? Porque nos autoesquecemos totalmente de nós próprios nele: o "eu" tem pouca importância no acto sexual, não é verdade? Completamente esquecidos de nós próprios a dor desaparece portanto. E, por vezes, as pressões para o «eu» são tão enormes que só mesmo o sexo pode tirar a dor.
Aliás, com os devidos cuidados, seguramente que é um bom processo. Coitados dos que combatem e reprimem o sexo!
Mas, não é o único nem é quase de certeza o melhor: temos de exercer alguma vontade, em todo o tempo, para a natural e verdadeira bondade humilde, que é o anonimato bondoso, justo e profundo: fazermos o bem e estarmos presentes sem efectivamente nos vermos nem sermos vistos.
A felicidade não está portanto propriamente no sexo, mas na bondade, na doçura e na humildade em todas as situações. Mas, se for preciso...
A contradição também não ajuda nada ao gozo sem dor: por um lado, alimentamo-nos e expandimo-nos; por outro tentamos esquecer-nos, perder-nos o máximo de tempo possível.
Para quem não quer nem ouvir falar de sexo esperamos que se faça luz: o acto em si não é problema: o problema é a CONTRADIÇÃO, e, o PENSAR no acto!
E, a contradição resolvemo-la, e, desculpem o tom de certeza, mas, e nem ganho nada com isto, ai de nós se só temos dúvidas!, resolvemo-la mais pela compreensão do que fica escrito e de outras coisas, do que pelo esforço. E o pensar no acto é a outra metade do problema porque, mau grado a sublimidade do pensamento, quando dele se abusa, e este é um mal terrível do nosso tempo, deixamos de resolver seja o que quer que for e, passamos a ter mais um grande problema! É QUE NÓS não SOMOS Só PENSAMENTO, muito longe disso: somos também CORPO, CORPO!
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