José Luis Peixoto, ontem na RTP
Ontem vi parte da entrevista de Isabel Angelino... a JLP, de quem já li páginas, na RTP2?.A minha opinião sobre escritores, cantores(as) e pessoas é a de que nem sempre os mais famosos são os melhores...Depois, há estas coisas "novas das profissões" de escritor, pintor, etc. de que continuo com dúvidas, mas, se calhar sou eu que estou errado.O que não há dúvida é que grandes artistas do passado, Camões e Pessoa, p.e., e porventura Platão não viveram da sua arte, ou, melhor, de uma só arte!Por outro lado, como até sugeriu José L.P., não só uma grande arte\artista pode não agradar a todos, como, lembro, houve até um grande pintor... que em vida nada vendeu e passou grandes necessidades e cujos quadros vieram depois a valer muitíssimo!Entretanto, tomei também nota do seguinte dito de JLP: para escrevermos algo de valor temos de o escrever por escrever, com o objectivo de escrever somente ( é a já não nova, mas falsa questão da supremacia do trabalho/jogo sobre o resultado - penso que têm idêntico valor ), não de qualquer outro...E... viva e parabéns, José Luis Peixoto!
Friday, February 27, 2009
AMAZONAS...
Atalanta e Meleagro
Meleagro era filho da rainha Alteia, de Cálidon, mas o pai era Ares, o deus da guerra, e não o marido de Alteia, o rei Eneu. Quando Meleagro nasceu, as três Parcas apareceram na cama de Alteia. A mais nova, Cloto que fia o fio da vida, profetizou que o bêbe seria um homem de coragem e de ações nobres. A mulher adulta, Láquesis, que tece as malhas da vida humana, profetizou que ele viria a ser um herói de grande renome. A mais velha das parcas, Átropo, que corta o fio da vida, olhou para o lume, onde ardia um tronco e profetizou que ele viveria até que o tronco ardesse completamente. Alteia saltou da cama, afastou o tronco do lume, e depois escondeu-o no palácio, esperando que nunca mais fosse encontrando.
Meleagro cresceu dedicou-se à caça. Quando era um jovem, chegou a Cálidon um javali selvagem, que tinha sido enviado por Ártemis (Diana), a deusa da caça, que estava zangada com o rei Eneu por ele ter se esquecido de fazer sacrifício em sua honra. Ninguém podia apanhar o javali ou matá-lo, e Meleagro decidiu convocar todos os caçadores gregos em Cálidon. Vieram muitos heróis para apanhar o javali. Héracles (Hércules) não foi por estar ocupado com os trabalhos, mas Jasão e Teseu e alguns Argonautas estiveram presentes. A caçadora Atalanta também foi para Cálidon, tendo causado muitas desavenças entre os caçadores, que não queriam ver mulheres metidas na questão. Meleagro insistiu para que Atalanta fosse autorizada a caçar, porque a seta do deus do amor lhe tinha atingido o coração ao vê-la pela primeira vez.
Quando Atalanta nasceu, o pai tinha ficado desapontado por não ser um rapaz e ordenou que ela fosse exposta a montanhas mais próximas. Foi salva de morte certa por uma mãe ursa que a amamentou e, mais tarde, foi encontrada por caçadores que a educaram. Atalanta cresceu, tornou-se uma excelente corredora e jurou que só casaria com um homem que a ultrapassasse numa corrida. As condições impostas para a corrida eram difíceis, pois ela achava-se no direito de matar todos que falhassem. Muitos homens foram tentados pela beleza de Atalanta e todos eles morreram com a seta dela no coração. Meleagro não tece tempo de a desafiar para uma corrida a pé, mas esforçou-se por se manter ao lado dela durante os seis dias da caçada. Por fim, ambos mataram o javali, tendo Atalando alvejado o animal com uma seta e Meleagro cortado o pescoço. Era altura de festejar! Houve um banquete em que foi apresentada a cabeça do javali e a pele para o vencedor. Meleagro, por direito, deveria ter ficado com os prêmios, visto que tinha sido ele a disparar o arco que de fato matou o javali, mas ofereceu tudo a Atalanta. Os festejos tornaram-se numa discussão furiosa entre os caçadores, a que se seguiu uma luta, tendo Meleagro acabado por matar os tios, que eram também irmãos de Alteia.
O palácio estava numa barafunda. Alteia lançou-se ao chão com o desgosto e fúria e implorou ao Hades (Plutão) e Perséfone (Proserpina) para que o filho se juntasse a eles no mundo dos mortos, tão depressa quanto possível. A seguir foi para o quarto, onde ela tinha escondido o tronco retirado do lume e que agora se achava dentro de uma arca envolto em tecidos de lã. Então, Alteia pegou nele e atirou-o para o fogo, Meleagro sentiu chamas atacarem-lhe os membros, depois subirem-lhe ao coração e, a seguir estava morto. A mãe enlouquecida tinha-o matado!
Atalanta e as maçãs
Após a desastrosa caçada de Cálidon, outros pretendentes desafiaram Atalanta para uma corrida a pé, conquistado assim a morte, pois não havia ser humano que corresse tão depressa como esta favorita da deusa Ártemis. A certa altura, o primo Melanion apaixonou-se por ela e pensou maduramente na corrida que tinha de disputar para a poder ter. Concluiu então que só poderia vencê-la com um artifício e pediu ajuda à deusa do desejo sexual, Afrodite (Vênus). Esta já estava muito impaciente com a atitude de Atalanta para com os pretendentes, pelo que desceu do Olimpo para dar a Melanion três maçãs, frutos irresistivelmente belos que ela tinha pedido a Dioniso (Baco).
- Use-as com cabeça e Atalanta será tua! – Afirmara a deusa.
Chegou o dia da corrida e Melanion colocou-se na linha de partida, com as maçãs nas mãos. Atalanta preparava-se para troçar dele e para lhe perguntar se ele achava que com os pesos nas mãos corria mais depressa, mas nessa altura viu as maçãs mais de perto e ficou impressionada com seu brilho dourado. Quando a corrida terminasse e ele estivesse morto, pensou ela, ficaria com as maçãs, pelo que prometeu correr ainda mais depressa para garantir a posse daquelas maravilhas douradas.
A corrida começou e Atalanta lá ia sempre à frente de Melanion, até que ele atirou uma das maçãs na direção dela, mas para fora do trajeto da corrida. Incapaz de lhe resistir, Atalanta saiu do trajeto para a ir apanhar, o que conseguiu. Voltou de novo ao percurso e não tardou a ultrapassar Melanion. Então ele atirou a segunda maçã e lá foi ela atrás da fruta, saindo do percurso da corrida para a apanhar. Nesta altura Melanion ia novamente a frente e a corrida estava prestes a terminar, mas, apesar disso, ela era suficientemente rápida para o apanhar e matá-lo. Só que surgiu a terceira maçã e os pés de Atalanta saíram do trajeto como se fosse corrida da sua vida. Estava de novo para trás, correndo mais rapidamente do que nunca, mas Melanion estava já na linha de chegada. A corrida terminou e ele ganhou a noiva.
Fonte: http://flaviasilva.wordpress.com/2008/11/06/mito-de-atalanta/
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Introdução
Cosmogonia
1ª Fase do Universo
1ª Geração Divina
2ª Geração Divina
3ª Geração Divina
Heróis
Mitos
Banco de Imagens
Civilização Grega
- Todos os Mitos -
O Rapto de Europa
Hera, Rainha
Hermafrodito
O Velocino de Ouro
Nasc. de Afrodite
Nasc. de Apolo
Nasc. de Hermes
Nasc. de Hefesto
Nasc. de Atena
Posídon
Nasc. de Dioniso
Dioniso Aprisionado
Ares, Deus Guerra
Meleagro Atalanta
As asas de Ícaro
Queda Faetonte
Deucalião e Pirra
Rapto Ganimedes
Castigo Eresictão
Rapto Perséfone
Medusa
Posídon e Anfitrite
Castigo Quelone
Filemon e Baucis
Argos e Io
Javali de Calidon
Toque de Midas
Alceste e Admeto
O Javali de Calidon
Sete dias haviam passado desde o nascimento do pequeno Meleagro. Sua mãe, Altéia, recuperava-se do parto. Altéia era casada com Enéas, o rei de Calidon, que estava muito feliz com o nascimento do filho. A noite já caira sobre o palácio, quando a jovem mãe recebeu a visita inesperada das Moiras, as deusas que presidem ao destino. Eram três irmãs e andavam sempre juntas. Sua ocupação incessante era fiar e desfiar o destino dos mortais.
— Rainha, viemos até aqui para lhe dar um trágico aviso — disse Cloto, uma das Moiras, sem desviar os olhos do seu trabalho de tecelã. Altéia ergueu a cabeça do encosto de seu divã, encarando-as, assustada. — Um trágico aviso? — disse ela, voltando-se imediatamente para o berço, onde seu filho dormia sossegadamente. — É exatamente sobre este inocente — disse a outra Moira, que se chamava Laquesis e cuja atribuição era marcar o número exato dos dias de vida que cabem a cada mortal.
— Não...! — exclamou a rainha, lançando-se aos pés do berço. — Veja aquele tição que arde na lareira — disse Atropos, a terceira Moira, responsável por cortar o fio da vida humana, quando ela chega ao seu final. — O tempo de vida de seu filho não será mais longo do que o tempo que aquele tição levar para arder até o fim!
Altéia, apavorada, lançou-se até a lareira. De joelhos, diante das chamas, introduziu a trémula mão dentro das brasas, tirando dali o tição fatal. Em seguida, apagou-o nas dobras de suas vestes. Quando se voltou, porém, as três mensageiras já haviam desaparecido. Imediatamente correu para o quarto e guardou o tição apagado, com todo o cuidado, no seu baú mais secreto.
Muitos anos se passaram. Meleagro teve uma infância feliz e cresceu até tomar-se um jovem robusto e saudável. Um dia estava conversando com seu pai, Enéas, quando um escravo surgiu correndo, trazendo uma assustadora notícia. — Meu rei, um monstruoso javali está devastando todo o reino! — disse, com os olhos esgazeados e as mãos postas na cabeça. Meleagro ficou perplexo. Seu pai, no entanto, desconfiava já da razão daquela terrível praga. - Acho que sei o que é, meu filho — disse o rei, um tanto vexado. — Deve ser um castigo de Artemis, a cujo sacrificio faltei alguns dias atrás.
De fato, a deusa dos caçadores estava encolerizada com o rei de Calidon e por esta razão mandara o terrível javali para devastar, sem piedade, todas as plantaçöes e rebanhos que encontrasse pela frente. Tão grande era a fúria do anirnal, que os campos ficavam desertos depois da sua terrível aparição. O monstro já despedaçara diversos aldeões, invadindo ate mesmo as casas para matar e comer o restante de seus habitantes. Todo dia chegavarn às portas da cidade imensos contingentes de camponeses feridos em busca de refúgio.
Meleagro logo se prontificou a enfrentar a fera. — Deixe comigo, meu pai! — disse, feliz com a oportunidade de exercitar a sua juventude e valentia. — Cuidado, meu filho — advertiu o pai, que temia, na verdade, mnais a fúria da deusa do que a do próprio animal — Não se preocupe. Reunirei os melhores homens deste reino e juntos daremos caça ao monstro, até exterminá-lo.
Ernpolgado, o jovem retirou-se a toda pressa, subindo em seu cavalo para reunir seus companheiros de caçada. No mesmo dia estavam já todos à beira do campo, prontos para partir. Enéas, no entanto, aconselhou Meleagro a refrear o seu Ímpeto e a partir somente na manhã seguinte, pois seria suicídio enfrentar a fera durante a noite. Impacientes, os caçadores montararn um acampamento na saída da cidade, sem voltar às suas casas, tal a ânsia de darem caça ao terríivel javali. Entre eles havia personalidades famosas, como os irmãos Castor e Pólux, Jasão, Teseu, entre muitos outros. Também unidos ao grupo estavarn dois dos de Meleagro, irmãos de sua mäe Altéia. Misturada ao grupo havia, ainda, uma mulher. Seu norne era Atalanta, uma bela jovem, filha do rei da Arcadia. A bela moça trajava-se como uma amazona, com um dos peitos a descoberto, como é hábito naquelas valentes guerreiras.
Meleagro, tão logo a viu, apaixonou-se perdidarnente. Durante toda a noite tentou se aproxirnar dela, mas era sempre interrompido por alguem, de modo que teve de aguardar o outro dia para declarar-se. Quando o primeiro raio do sol surgiu no horizonte, já estavam todos em pé, tendo feito o desjejum sob a pálida luz da aurora. Atalanta estava a um canto, prendendo os cabelos com uma tiara, a fim de não ter a visão prejudicada. Antes que Meleagro pudesse conversar com ela, a jovem montou agilmente sobre o dorso de seu cavalo, deixando à mostra suas coxas bronzeadas e firmes, cobertas por uma fina penugem dourada. O cavalo branco abriu os grandes dentes, mastigando o freio, enquanto Atalanta o conduzia para junto dos homens, que faziam retinir suas Ianças e seus arcos em meio à semi-escuridäo.
— Companheiros, é chegada a hora de enfrentarmos a fera! — gritou Meleagro, lançando um último olhar sobre Atalanta, que lhe devolveu um olhar intrigado. — Adiante, caçadores! — disse, esporeando sua montaria. O ruído intenso do galope das montarias feriu a manhã, como se um trovão partido do próprio solo se erguesse até às nuvens, levantando dos galhos das árvores uma multidão de aves assustadas.
Durante o trajeto, mata adentro, os caçadores cruzaram com diversos cadáveres de animais mortos, todos esquartejados. Mais adiante encontraram um boi partido ao meio, cuja cabeça pendia de um galho, como se a fera já soubesse da vinda dos caçadores e os aguardasse com aquele troféu macabro.
— Atenção, todos! — exclamou Meleagro, fazendo sinal para que suspendessem o galope — Creio que encontramos o covil da fera.
De fato, uma trilha de sangue conduzia para a entrada de uma gruta escura, que parecia ter sido aberta há pouco pelas presas imensas do anirnal. Um dos guerreiros desmontou e foi investigar a entrada. — Cuidado, vá com calma... — disse Teseu, que estava próximo. O bosque inteiro estava coberto de redes para apanhar o animal. Logo na saída da gruta estava montada a principal delas — uma grande tela de tecido reforçado, na qual o animal acuado acabaria, fatalmente, por se enredar, tão logo enveredasse para aquele lado.
O caçador aproximou-se ainda mais da entrada da gruta com uma tocha. Estavam todos esperando a saída do monstro quando, vindo por trás das costas de todos, o javali monstruoso surgiu, sem que ninguém o percebesse. Meleagro sentiu roçar-lhe nas pernas as cerdas eriçadas do javali, que num salto lançou-se às costas de um infeliz caçador, empurrando-o para dentro da gruta. Um horrível grito partiu de dentro da caverna, enquanto todos se acercavam de sua entrada, de lanças em punho. Teseu, desmontando, já ia entrando na gruta, quando o corpo do caçador foi arremessado para fora da caverna, em pedaços.
— Maldito assassino! — gritou Meleagro.
Atalanta, um pouco mais atrás, adiantou a sua montaria, colocando-se também na linha de frente, à espera da saída da fera. Os cães pulavam ao redor, esganiçando-se, quando o gigantesco javali surgiu finalmente da boca escura da caverna, num segundo arremesso que encheu a todos de assombro. O animal parecia ter asas. Mas foi somente quando ele se enredou nas malhas da rede que o aguardava na entrada de uma clareira que todos puderam avaliar o seu real tamanho. De fato, a sua estatura excedia a de qualquer outro javali jamais visto. Seus olhos despediam fogo, e uma baba leitosa pendia, espumante, de suas gigantescas presas, ainda vermelhas de sangue. Durou pouco, porém, a sua prisão, pois, debatendo-se com fúria sob as cordas, em poucos segundos as fez em pedaços, como se estivesse envolto por uma simples teia de aranha, arrancando pelas raízes as duas árvores que sustentavam a rede. Com outro rugido bestial — que pareceu a todos uma risada monstruosa — a fera arremessou-se para dentro da mata, metendo-se por entre os troncos grossos das árvores, enquanto ia limpando o terreno com suas presas, diante das quais nada resistia.
— Atrás dele! — rugiu Meleagro.
Um novo estrondo de cascos ressoou por toda a floresta. Uns cavalos, relinchando, lançaram-se num galope cego em meio às árvores, enquanto os cães iam à frente, de dentes arreganhados, parecendo disputar o privilégio de cravar primeiro os dentes no flanco do animal. Meleagro passou com sua montaria na dianteira, mas logo viu que o cavalo branco de Atalanta lhe ultrapassava. A guerreira mantinha as rédeas presas com duas voltas em sua mão direita e com a esquerda empunhava a lança. Logo atrás, os demais caçadores avançavam num estrépito de gritos e armas que fazia eco por todo o bosque. As árvores passavam numa velocidade vertiginosa. Já podiam divisar agora o javali, que tinha no seu encalço um dos cães. Mas, desejando livrar-se do cão, que já o mordera duas vezes, o javali deu uma cambalhota e foi parar um pouco mais adiante, de frente para seus perseguidores. O cão, surpreendido por aquela inesperada ofensiva, travou, a princípio, o passo. Em seguida avançou novamente, pronto para o corpo à corpo inevitávei. Infelizmente para ele, o combate era demasiado desigual. O javali, pelo menos sete ou oito vezes maior do que o valente cão, atracou-se com o seu agressor, deixando as presas de lado e cravando os dentes na cabeça do cachorro. Ouviu-se um ganido rápido e terrível, e logo o cadaver do cachorro era lançado ao chão, numa poça de sangue. Assim que terminou de matar o inimigo, o javali deu as costas outra vez aos seus perseguidores.
— Vamos lá! O maldito demônio está entrando naquela clareira! — berrou Meleagro. — Ali teremos espaço bastante para abatê-lo! As rédeas foram guiadas naquela direção, e logo todos os cavalos entravam no campo aberto, que mediava entre um bosque e o outro. As flechas partiam silvando dos arcos, passando como raios prateados sobre a cabeça dos cavaleiros que iam à frente. A pele do anirnal, entretanto, era muito grossa, e suas cerdas atuavam como um escudo, fazendo com que somnente algumas lhe penetrassem os flancos, o que não parecia lhe causar a menor dor, eletrizado que estava pela volúpia da fuga, que somente os animais verdadeiramente acuados conhecem.
Aos poucos, porém, o javali parecia perder o fôlego, deixando que os cavaleiros emparelhassem com ele. De fato, Meleagro já tinha a cabeça do animal quase ao alcance de sua lança. Mas a fera era esperta o bastante para desviar-se dos seus golpes. Em meio a correria, as patas de um dos cavalos ficou ao alcance das suas poderosas presas. O animal não desperdiçou a ocasião: mesmo na corrida, levantou o cavalo com um movimento extraordinariamente violento da cabeça, fazendo com que tanto o cavalo quanto o cavaleiro fossem arremessados para o ar, indo cair sobre os outros que vinham logo atrás. Atalanta, pressentindo uma sombra que descia do alto, ainda conseguiu, abaixando a cabeça, escapar do dorso do cavalo, que lhe passou rente aos cabelos. Uma seta disparada direto no olho do javali pela valente caçadora arrancou, finalmente, umn urro de dor do animal. Pela primeira vez o sangue espesso do monstro vertia em ondas pela campina. — Bravo! — gritou Meleagro, lisonjeando a amada. Atalanta, vermelha do esforço, prosseguiu, deixando escapar um discreto sorriso de satisfação.
O Javali, cego pelo próprio sangue e sentindo o seu fim próximo, decidiu parar e enfrentar os agressores, num combate suicida. Um dos cães arrancou-lhe uma das orelhas com uma dentada certeira, enquanto outro cravou os dentes em seu focinho, o que o fez urrar de dor e pisotear o agressor até a morte. Mas logo Meleagro aproximou-se e, procurando com calma enquanto os demais o atacavam às cegas, enxergou um espaço desprotegido no flanco do javali. Inclinando-se até sentir o cheiro do suor e do sangue do animal, Meleagro enterrou ali a sua lança, com toda a força de que era capaz. Porém o fez com tal vigor e determinação que sua mão raspou nas cerdas do javali, deixando ali raspas da sua pele. O javali tombou mortalmente ferido, escavando o chão com as patas. Os demais caçadores caíram em seguida sobre a presa, terminando de abatê-la. Atalanta tinha o seio descoberto rijo e lustroso de suor.
Meleagro, aproveitando o entusiasmo, uniu seu corpo ao dela, ainda em cima dos cavalos, num abraço audacioso e imprevisto, que a deixou confusa, sem saber se o repelia ou se o estreitava ainda mais. Meleagro, num pulo, sacou a espada, arrancou a pele do animal, bem como a enorme cabeça, e as ofereceu à sua amada, como prémio pela vitória. Os tios de Meleagro, no entanto, levantaram-se, indignados com aquela audácia: — Cale-se, Meleagro! — gritou enfurecido um deles. — Troféus não são para mulheres! Descendo do cavalo, o homem arrancou brutalmente das mãos de Atalanta o precioso troféu, num gesto que acendeu a ira do sobrinho. Instantaneamente, Meleagro, cego pela fúria, enterrou no peito do tio o aço inteiro da espada, fazendo o mesmo com o outro do, que tentava impedi-lo.
Enquanto isso, na cidade a noticia da vitória já chegara. Altéia, mãe de Meleagro, dirigiu-se ao templo para agradecer pela vitória do filho. No caminho, porém, cruzou com os corpos de seus dois irmãos. Espantada com a notícia de que Meleagro os havia abatido, Altéia, enfurecida, correu de volta para casa. Recolhida no seu quarto, viu a lareira acesa e imediatamente lembrou-se da profecia das Moiras. Num gesto de desespero, abriu o baú secreto onde mantinha guardado o tição fatal. Tendo nas mãos trêmulas o pedaço de madeira semicarbonizado, levou-o até às chamas. — Filho perverso, assassino de seu próprio sangue! — gritava, descabelando-se.
Consumida pela dúvida, porém, hesitou ainda quatro vezes antes de lançar o tição às chamas. Mas finalmente o jogou no fogo. — Que pague por seu crime, mesmo sendo meu próprio filho! — exclamou Altéia. Enquanto tentava convencer a si mesma da justiça de seu ato, as chamas devoraram o tição. Meleagro, longe dali, agonizou sob a dor terrível das chamas, sem saber que sua própria mãe era a causadora de sua morte. Atalanta, segurando-o em seus braços, recebeu na face o último e ardente suspiro do filho de Altéia.
A notícia da morte de Meleagro correu como o vento por todo o reino. Tomada pelo remorso, com o semblante alterado, Altéia correu para seus aposentos e enterrou uma longa adaga no coração. Antes mesmo de expirar, Altéia já estava rnorta.
- Todos os Mitos -
Por Odsson Ferreira
Fonte: http://www.templodeapolo.net/Mitologia/mitologia_grega/mitos/mitologia_grega_mitos_javali.html
Atalanta e Meleagro
Meleagro era filho da rainha Alteia, de Cálidon, mas o pai era Ares, o deus da guerra, e não o marido de Alteia, o rei Eneu. Quando Meleagro nasceu, as três Parcas apareceram na cama de Alteia. A mais nova, Cloto que fia o fio da vida, profetizou que o bêbe seria um homem de coragem e de ações nobres. A mulher adulta, Láquesis, que tece as malhas da vida humana, profetizou que ele viria a ser um herói de grande renome. A mais velha das parcas, Átropo, que corta o fio da vida, olhou para o lume, onde ardia um tronco e profetizou que ele viveria até que o tronco ardesse completamente. Alteia saltou da cama, afastou o tronco do lume, e depois escondeu-o no palácio, esperando que nunca mais fosse encontrando.
Meleagro cresceu dedicou-se à caça. Quando era um jovem, chegou a Cálidon um javali selvagem, que tinha sido enviado por Ártemis (Diana), a deusa da caça, que estava zangada com o rei Eneu por ele ter se esquecido de fazer sacrifício em sua honra. Ninguém podia apanhar o javali ou matá-lo, e Meleagro decidiu convocar todos os caçadores gregos em Cálidon. Vieram muitos heróis para apanhar o javali. Héracles (Hércules) não foi por estar ocupado com os trabalhos, mas Jasão e Teseu e alguns Argonautas estiveram presentes. A caçadora Atalanta também foi para Cálidon, tendo causado muitas desavenças entre os caçadores, que não queriam ver mulheres metidas na questão. Meleagro insistiu para que Atalanta fosse autorizada a caçar, porque a seta do deus do amor lhe tinha atingido o coração ao vê-la pela primeira vez.
Quando Atalanta nasceu, o pai tinha ficado desapontado por não ser um rapaz e ordenou que ela fosse exposta a montanhas mais próximas. Foi salva de morte certa por uma mãe ursa que a amamentou e, mais tarde, foi encontrada por caçadores que a educaram. Atalanta cresceu, tornou-se uma excelente corredora e jurou que só casaria com um homem que a ultrapassasse numa corrida. As condições impostas para a corrida eram difíceis, pois ela achava-se no direito de matar todos que falhassem. Muitos homens foram tentados pela beleza de Atalanta e todos eles morreram com a seta dela no coração. Meleagro não tece tempo de a desafiar para uma corrida a pé, mas esforçou-se por se manter ao lado dela durante os seis dias da caçada. Por fim, ambos mataram o javali, tendo Atalando alvejado o animal com uma seta e Meleagro cortado o pescoço. Era altura de festejar! Houve um banquete em que foi apresentada a cabeça do javali e a pele para o vencedor. Meleagro, por direito, deveria ter ficado com os prêmios, visto que tinha sido ele a disparar o arco que de fato matou o javali, mas ofereceu tudo a Atalanta. Os festejos tornaram-se numa discussão furiosa entre os caçadores, a que se seguiu uma luta, tendo Meleagro acabado por matar os tios, que eram também irmãos de Alteia.
O palácio estava numa barafunda. Alteia lançou-se ao chão com o desgosto e fúria e implorou ao Hades (Plutão) e Perséfone (Proserpina) para que o filho se juntasse a eles no mundo dos mortos, tão depressa quanto possível. A seguir foi para o quarto, onde ela tinha escondido o tronco retirado do lume e que agora se achava dentro de uma arca envolto em tecidos de lã. Então, Alteia pegou nele e atirou-o para o fogo, Meleagro sentiu chamas atacarem-lhe os membros, depois subirem-lhe ao coração e, a seguir estava morto. A mãe enlouquecida tinha-o matado!
Atalanta e as maçãs
Após a desastrosa caçada de Cálidon, outros pretendentes desafiaram Atalanta para uma corrida a pé, conquistado assim a morte, pois não havia ser humano que corresse tão depressa como esta favorita da deusa Ártemis. A certa altura, o primo Melanion apaixonou-se por ela e pensou maduramente na corrida que tinha de disputar para a poder ter. Concluiu então que só poderia vencê-la com um artifício e pediu ajuda à deusa do desejo sexual, Afrodite (Vênus). Esta já estava muito impaciente com a atitude de Atalanta para com os pretendentes, pelo que desceu do Olimpo para dar a Melanion três maçãs, frutos irresistivelmente belos que ela tinha pedido a Dioniso (Baco).
- Use-as com cabeça e Atalanta será tua! – Afirmara a deusa.
Chegou o dia da corrida e Melanion colocou-se na linha de partida, com as maçãs nas mãos. Atalanta preparava-se para troçar dele e para lhe perguntar se ele achava que com os pesos nas mãos corria mais depressa, mas nessa altura viu as maçãs mais de perto e ficou impressionada com seu brilho dourado. Quando a corrida terminasse e ele estivesse morto, pensou ela, ficaria com as maçãs, pelo que prometeu correr ainda mais depressa para garantir a posse daquelas maravilhas douradas.
A corrida começou e Atalanta lá ia sempre à frente de Melanion, até que ele atirou uma das maçãs na direção dela, mas para fora do trajeto da corrida. Incapaz de lhe resistir, Atalanta saiu do trajeto para a ir apanhar, o que conseguiu. Voltou de novo ao percurso e não tardou a ultrapassar Melanion. Então ele atirou a segunda maçã e lá foi ela atrás da fruta, saindo do percurso da corrida para a apanhar. Nesta altura Melanion ia novamente a frente e a corrida estava prestes a terminar, mas, apesar disso, ela era suficientemente rápida para o apanhar e matá-lo. Só que surgiu a terceira maçã e os pés de Atalanta saíram do trajeto como se fosse corrida da sua vida. Estava de novo para trás, correndo mais rapidamente do que nunca, mas Melanion estava já na linha de chegada. A corrida terminou e ele ganhou a noiva.
Fonte: http://flaviasilva.wordpress.com/2008/11/06/mito-de-atalanta/
Página Principal
Introdução
Cosmogonia
1ª Fase do Universo
1ª Geração Divina
2ª Geração Divina
3ª Geração Divina
Heróis
Mitos
Banco de Imagens
Civilização Grega
- Todos os Mitos -
O Rapto de Europa
Hera, Rainha
Hermafrodito
O Velocino de Ouro
Nasc. de Afrodite
Nasc. de Apolo
Nasc. de Hermes
Nasc. de Hefesto
Nasc. de Atena
Posídon
Nasc. de Dioniso
Dioniso Aprisionado
Ares, Deus Guerra
Meleagro Atalanta
As asas de Ícaro
Queda Faetonte
Deucalião e Pirra
Rapto Ganimedes
Castigo Eresictão
Rapto Perséfone
Medusa
Posídon e Anfitrite
Castigo Quelone
Filemon e Baucis
Argos e Io
Javali de Calidon
Toque de Midas
Alceste e Admeto
O Javali de Calidon
Sete dias haviam passado desde o nascimento do pequeno Meleagro. Sua mãe, Altéia, recuperava-se do parto. Altéia era casada com Enéas, o rei de Calidon, que estava muito feliz com o nascimento do filho. A noite já caira sobre o palácio, quando a jovem mãe recebeu a visita inesperada das Moiras, as deusas que presidem ao destino. Eram três irmãs e andavam sempre juntas. Sua ocupação incessante era fiar e desfiar o destino dos mortais.
— Rainha, viemos até aqui para lhe dar um trágico aviso — disse Cloto, uma das Moiras, sem desviar os olhos do seu trabalho de tecelã. Altéia ergueu a cabeça do encosto de seu divã, encarando-as, assustada. — Um trágico aviso? — disse ela, voltando-se imediatamente para o berço, onde seu filho dormia sossegadamente. — É exatamente sobre este inocente — disse a outra Moira, que se chamava Laquesis e cuja atribuição era marcar o número exato dos dias de vida que cabem a cada mortal.
— Não...! — exclamou a rainha, lançando-se aos pés do berço. — Veja aquele tição que arde na lareira — disse Atropos, a terceira Moira, responsável por cortar o fio da vida humana, quando ela chega ao seu final. — O tempo de vida de seu filho não será mais longo do que o tempo que aquele tição levar para arder até o fim!
Altéia, apavorada, lançou-se até a lareira. De joelhos, diante das chamas, introduziu a trémula mão dentro das brasas, tirando dali o tição fatal. Em seguida, apagou-o nas dobras de suas vestes. Quando se voltou, porém, as três mensageiras já haviam desaparecido. Imediatamente correu para o quarto e guardou o tição apagado, com todo o cuidado, no seu baú mais secreto.
Muitos anos se passaram. Meleagro teve uma infância feliz e cresceu até tomar-se um jovem robusto e saudável. Um dia estava conversando com seu pai, Enéas, quando um escravo surgiu correndo, trazendo uma assustadora notícia. — Meu rei, um monstruoso javali está devastando todo o reino! — disse, com os olhos esgazeados e as mãos postas na cabeça. Meleagro ficou perplexo. Seu pai, no entanto, desconfiava já da razão daquela terrível praga. - Acho que sei o que é, meu filho — disse o rei, um tanto vexado. — Deve ser um castigo de Artemis, a cujo sacrificio faltei alguns dias atrás.
De fato, a deusa dos caçadores estava encolerizada com o rei de Calidon e por esta razão mandara o terrível javali para devastar, sem piedade, todas as plantaçöes e rebanhos que encontrasse pela frente. Tão grande era a fúria do anirnal, que os campos ficavam desertos depois da sua terrível aparição. O monstro já despedaçara diversos aldeões, invadindo ate mesmo as casas para matar e comer o restante de seus habitantes. Todo dia chegavarn às portas da cidade imensos contingentes de camponeses feridos em busca de refúgio.
Meleagro logo se prontificou a enfrentar a fera. — Deixe comigo, meu pai! — disse, feliz com a oportunidade de exercitar a sua juventude e valentia. — Cuidado, meu filho — advertiu o pai, que temia, na verdade, mnais a fúria da deusa do que a do próprio animal — Não se preocupe. Reunirei os melhores homens deste reino e juntos daremos caça ao monstro, até exterminá-lo.
Ernpolgado, o jovem retirou-se a toda pressa, subindo em seu cavalo para reunir seus companheiros de caçada. No mesmo dia estavam já todos à beira do campo, prontos para partir. Enéas, no entanto, aconselhou Meleagro a refrear o seu Ímpeto e a partir somente na manhã seguinte, pois seria suicídio enfrentar a fera durante a noite. Impacientes, os caçadores montararn um acampamento na saída da cidade, sem voltar às suas casas, tal a ânsia de darem caça ao terríivel javali. Entre eles havia personalidades famosas, como os irmãos Castor e Pólux, Jasão, Teseu, entre muitos outros. Também unidos ao grupo estavarn dois dos de Meleagro, irmãos de sua mäe Altéia. Misturada ao grupo havia, ainda, uma mulher. Seu norne era Atalanta, uma bela jovem, filha do rei da Arcadia. A bela moça trajava-se como uma amazona, com um dos peitos a descoberto, como é hábito naquelas valentes guerreiras.
Meleagro, tão logo a viu, apaixonou-se perdidarnente. Durante toda a noite tentou se aproxirnar dela, mas era sempre interrompido por alguem, de modo que teve de aguardar o outro dia para declarar-se. Quando o primeiro raio do sol surgiu no horizonte, já estavam todos em pé, tendo feito o desjejum sob a pálida luz da aurora. Atalanta estava a um canto, prendendo os cabelos com uma tiara, a fim de não ter a visão prejudicada. Antes que Meleagro pudesse conversar com ela, a jovem montou agilmente sobre o dorso de seu cavalo, deixando à mostra suas coxas bronzeadas e firmes, cobertas por uma fina penugem dourada. O cavalo branco abriu os grandes dentes, mastigando o freio, enquanto Atalanta o conduzia para junto dos homens, que faziam retinir suas Ianças e seus arcos em meio à semi-escuridäo.
— Companheiros, é chegada a hora de enfrentarmos a fera! — gritou Meleagro, lançando um último olhar sobre Atalanta, que lhe devolveu um olhar intrigado. — Adiante, caçadores! — disse, esporeando sua montaria. O ruído intenso do galope das montarias feriu a manhã, como se um trovão partido do próprio solo se erguesse até às nuvens, levantando dos galhos das árvores uma multidão de aves assustadas.
Durante o trajeto, mata adentro, os caçadores cruzaram com diversos cadáveres de animais mortos, todos esquartejados. Mais adiante encontraram um boi partido ao meio, cuja cabeça pendia de um galho, como se a fera já soubesse da vinda dos caçadores e os aguardasse com aquele troféu macabro.
— Atenção, todos! — exclamou Meleagro, fazendo sinal para que suspendessem o galope — Creio que encontramos o covil da fera.
De fato, uma trilha de sangue conduzia para a entrada de uma gruta escura, que parecia ter sido aberta há pouco pelas presas imensas do anirnal. Um dos guerreiros desmontou e foi investigar a entrada. — Cuidado, vá com calma... — disse Teseu, que estava próximo. O bosque inteiro estava coberto de redes para apanhar o animal. Logo na saída da gruta estava montada a principal delas — uma grande tela de tecido reforçado, na qual o animal acuado acabaria, fatalmente, por se enredar, tão logo enveredasse para aquele lado.
O caçador aproximou-se ainda mais da entrada da gruta com uma tocha. Estavam todos esperando a saída do monstro quando, vindo por trás das costas de todos, o javali monstruoso surgiu, sem que ninguém o percebesse. Meleagro sentiu roçar-lhe nas pernas as cerdas eriçadas do javali, que num salto lançou-se às costas de um infeliz caçador, empurrando-o para dentro da gruta. Um horrível grito partiu de dentro da caverna, enquanto todos se acercavam de sua entrada, de lanças em punho. Teseu, desmontando, já ia entrando na gruta, quando o corpo do caçador foi arremessado para fora da caverna, em pedaços.
— Maldito assassino! — gritou Meleagro.
Atalanta, um pouco mais atrás, adiantou a sua montaria, colocando-se também na linha de frente, à espera da saída da fera. Os cães pulavam ao redor, esganiçando-se, quando o gigantesco javali surgiu finalmente da boca escura da caverna, num segundo arremesso que encheu a todos de assombro. O animal parecia ter asas. Mas foi somente quando ele se enredou nas malhas da rede que o aguardava na entrada de uma clareira que todos puderam avaliar o seu real tamanho. De fato, a sua estatura excedia a de qualquer outro javali jamais visto. Seus olhos despediam fogo, e uma baba leitosa pendia, espumante, de suas gigantescas presas, ainda vermelhas de sangue. Durou pouco, porém, a sua prisão, pois, debatendo-se com fúria sob as cordas, em poucos segundos as fez em pedaços, como se estivesse envolto por uma simples teia de aranha, arrancando pelas raízes as duas árvores que sustentavam a rede. Com outro rugido bestial — que pareceu a todos uma risada monstruosa — a fera arremessou-se para dentro da mata, metendo-se por entre os troncos grossos das árvores, enquanto ia limpando o terreno com suas presas, diante das quais nada resistia.
— Atrás dele! — rugiu Meleagro.
Um novo estrondo de cascos ressoou por toda a floresta. Uns cavalos, relinchando, lançaram-se num galope cego em meio às árvores, enquanto os cães iam à frente, de dentes arreganhados, parecendo disputar o privilégio de cravar primeiro os dentes no flanco do animal. Meleagro passou com sua montaria na dianteira, mas logo viu que o cavalo branco de Atalanta lhe ultrapassava. A guerreira mantinha as rédeas presas com duas voltas em sua mão direita e com a esquerda empunhava a lança. Logo atrás, os demais caçadores avançavam num estrépito de gritos e armas que fazia eco por todo o bosque. As árvores passavam numa velocidade vertiginosa. Já podiam divisar agora o javali, que tinha no seu encalço um dos cães. Mas, desejando livrar-se do cão, que já o mordera duas vezes, o javali deu uma cambalhota e foi parar um pouco mais adiante, de frente para seus perseguidores. O cão, surpreendido por aquela inesperada ofensiva, travou, a princípio, o passo. Em seguida avançou novamente, pronto para o corpo à corpo inevitávei. Infelizmente para ele, o combate era demasiado desigual. O javali, pelo menos sete ou oito vezes maior do que o valente cão, atracou-se com o seu agressor, deixando as presas de lado e cravando os dentes na cabeça do cachorro. Ouviu-se um ganido rápido e terrível, e logo o cadaver do cachorro era lançado ao chão, numa poça de sangue. Assim que terminou de matar o inimigo, o javali deu as costas outra vez aos seus perseguidores.
— Vamos lá! O maldito demônio está entrando naquela clareira! — berrou Meleagro. — Ali teremos espaço bastante para abatê-lo! As rédeas foram guiadas naquela direção, e logo todos os cavalos entravam no campo aberto, que mediava entre um bosque e o outro. As flechas partiam silvando dos arcos, passando como raios prateados sobre a cabeça dos cavaleiros que iam à frente. A pele do anirnal, entretanto, era muito grossa, e suas cerdas atuavam como um escudo, fazendo com que somnente algumas lhe penetrassem os flancos, o que não parecia lhe causar a menor dor, eletrizado que estava pela volúpia da fuga, que somente os animais verdadeiramente acuados conhecem.
Aos poucos, porém, o javali parecia perder o fôlego, deixando que os cavaleiros emparelhassem com ele. De fato, Meleagro já tinha a cabeça do animal quase ao alcance de sua lança. Mas a fera era esperta o bastante para desviar-se dos seus golpes. Em meio a correria, as patas de um dos cavalos ficou ao alcance das suas poderosas presas. O animal não desperdiçou a ocasião: mesmo na corrida, levantou o cavalo com um movimento extraordinariamente violento da cabeça, fazendo com que tanto o cavalo quanto o cavaleiro fossem arremessados para o ar, indo cair sobre os outros que vinham logo atrás. Atalanta, pressentindo uma sombra que descia do alto, ainda conseguiu, abaixando a cabeça, escapar do dorso do cavalo, que lhe passou rente aos cabelos. Uma seta disparada direto no olho do javali pela valente caçadora arrancou, finalmente, umn urro de dor do animal. Pela primeira vez o sangue espesso do monstro vertia em ondas pela campina. — Bravo! — gritou Meleagro, lisonjeando a amada. Atalanta, vermelha do esforço, prosseguiu, deixando escapar um discreto sorriso de satisfação.
O Javali, cego pelo próprio sangue e sentindo o seu fim próximo, decidiu parar e enfrentar os agressores, num combate suicida. Um dos cães arrancou-lhe uma das orelhas com uma dentada certeira, enquanto outro cravou os dentes em seu focinho, o que o fez urrar de dor e pisotear o agressor até a morte. Mas logo Meleagro aproximou-se e, procurando com calma enquanto os demais o atacavam às cegas, enxergou um espaço desprotegido no flanco do javali. Inclinando-se até sentir o cheiro do suor e do sangue do animal, Meleagro enterrou ali a sua lança, com toda a força de que era capaz. Porém o fez com tal vigor e determinação que sua mão raspou nas cerdas do javali, deixando ali raspas da sua pele. O javali tombou mortalmente ferido, escavando o chão com as patas. Os demais caçadores caíram em seguida sobre a presa, terminando de abatê-la. Atalanta tinha o seio descoberto rijo e lustroso de suor.
Meleagro, aproveitando o entusiasmo, uniu seu corpo ao dela, ainda em cima dos cavalos, num abraço audacioso e imprevisto, que a deixou confusa, sem saber se o repelia ou se o estreitava ainda mais. Meleagro, num pulo, sacou a espada, arrancou a pele do animal, bem como a enorme cabeça, e as ofereceu à sua amada, como prémio pela vitória. Os tios de Meleagro, no entanto, levantaram-se, indignados com aquela audácia: — Cale-se, Meleagro! — gritou enfurecido um deles. — Troféus não são para mulheres! Descendo do cavalo, o homem arrancou brutalmente das mãos de Atalanta o precioso troféu, num gesto que acendeu a ira do sobrinho. Instantaneamente, Meleagro, cego pela fúria, enterrou no peito do tio o aço inteiro da espada, fazendo o mesmo com o outro do, que tentava impedi-lo.
Enquanto isso, na cidade a noticia da vitória já chegara. Altéia, mãe de Meleagro, dirigiu-se ao templo para agradecer pela vitória do filho. No caminho, porém, cruzou com os corpos de seus dois irmãos. Espantada com a notícia de que Meleagro os havia abatido, Altéia, enfurecida, correu de volta para casa. Recolhida no seu quarto, viu a lareira acesa e imediatamente lembrou-se da profecia das Moiras. Num gesto de desespero, abriu o baú secreto onde mantinha guardado o tição fatal. Tendo nas mãos trêmulas o pedaço de madeira semicarbonizado, levou-o até às chamas. — Filho perverso, assassino de seu próprio sangue! — gritava, descabelando-se.
Consumida pela dúvida, porém, hesitou ainda quatro vezes antes de lançar o tição às chamas. Mas finalmente o jogou no fogo. — Que pague por seu crime, mesmo sendo meu próprio filho! — exclamou Altéia. Enquanto tentava convencer a si mesma da justiça de seu ato, as chamas devoraram o tição. Meleagro, longe dali, agonizou sob a dor terrível das chamas, sem saber que sua própria mãe era a causadora de sua morte. Atalanta, segurando-o em seus braços, recebeu na face o último e ardente suspiro do filho de Altéia.
A notícia da morte de Meleagro correu como o vento por todo o reino. Tomada pelo remorso, com o semblante alterado, Altéia correu para seus aposentos e enterrou uma longa adaga no coração. Antes mesmo de expirar, Altéia já estava rnorta.
- Todos os Mitos -
Por Odsson Ferreira
Fonte: http://www.templodeapolo.net/Mitologia/mitologia_grega/mitos/mitologia_grega_mitos_javali.html
Thursday, February 26, 2009
Wednesday, February 25, 2009
ALGO:
A ausência de dor e o gozo não dependem somente de nós próprios.Tal só seria possível se fôssemos únicos, o que não é o caso, apesar de todos termos Algo só nosso. Veja-se, por exemplo, o caso do herpes labial, que quase todos nós temos, mas que é activado principalmente pela falta de higiene, em particular em "restaurantes" só em parte bons...:
"Herpes labial
Sintomas
O herpes labial é uma infecção vírica crónica caracterizada por vesículas (pequenas bolhas) dolorosas cheias de líquido em torno dos lábios, nariz e queixo.
Causas O herpes labial é causado por um vírus conhecido como Vírus Herpes Simplex de tipo 1 ou HSV-1. O Vírus Herpes Simplex de tipo 1 não deverá ser confundido com o Vírus Herpes Simplex de tipo 2, o qual afecta maioritariamente os órgãos genitais. É impossível eliminar o vírus por completo. As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece latente (adormecido) nas células nervosas. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas pensa-se que determinados factores desencadeadores poderão estar na base dos episódios de herpes labial. Quando tal sucede, o vírus percorre o nervo até à superfície da pele, onde tenta replicar-se no núcleo das células. Em muitas pessoas, não surgem quaisquer sintomas, embora as células estejam infectadas. No entanto, nalguns casos, o processo de replicação do vírus destrói as células e causa pequenas bolhas ou vesículas na pele. Após a formação do herpes, o vírus regressa ao corpo.
Propagação do vírus
Estudos realizados demonstram que 80% da população é portadora do HSV-1. Por outro lado, quase 90% dos indivíduos maiores de 30 são portadores do vírus. 20% dos infectados sofre episódios regulares de herpes labial*. Pensa-se que o HSV-1 é contraído sobretudo durante a infância. Uma vez infectada, uma pessoa pode sofrer de episódios regulares de herpes labial durante o resto da vida.
O vírus HSV-1é muito contagioso. Costuma propagar-se por meio do contacto físico, tal como abraços e beijos, mas também pode transmitir-se através da partilha de bebidas, (ou copos e chávenas mal lavados) por exemplo. O vírus transmite-se desde a fase inicial do herpes, em que sente ardor e prurido, até à fase da cicatrização, quando a crosta desaparece. O vírus pode transmitir-se através de uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente os sintomas. Embora o HSV-1 tenda a atacar os lábios, nariz ou queixo, pode ser transmitido a outras partes do corpo, incluindo os olhos, os dedos e os órgãos genitais. Clique para obter conselhos acerca da forma de evitar o contágio.
O que provoca o herpes labial?
As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece adormecido em células nervosas, denominadas de gânglios. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas entre os factores desencadeadores (para mim, a grande causa é o contágio, pela falta de cuidado, de preocupação em não passar o mal ...; o que se segue terá mais a ver como é que apareceu o virus... no mundo....) poderão contar-se:
Exposição ao sol
Stress
Temperaturas baixas
Febre
Constipação/Gripe
Fadiga
Alterações hormonais
Menstruação
Fonte: http://www.compeed.com.pt/bgdisplay.jhtml?itemname=whatis
Cura
Sem propaganda: ZOVIRAX, em qualquer farmácia...
Poder Autárquico
Montargil aparece hoje em destaque, quase tanto como Ponte de Sôr, na primeira página da Revista do Diário de Notícias sobre as Autarquias...
A ausência de dor e o gozo não dependem somente de nós próprios.Tal só seria possível se fôssemos únicos, o que não é o caso, apesar de todos termos Algo só nosso. Veja-se, por exemplo, o caso do herpes labial, que quase todos nós temos, mas que é activado principalmente pela falta de higiene, em particular em "restaurantes" só em parte bons...:
"Herpes labial
Sintomas
O herpes labial é uma infecção vírica crónica caracterizada por vesículas (pequenas bolhas) dolorosas cheias de líquido em torno dos lábios, nariz e queixo.
Causas O herpes labial é causado por um vírus conhecido como Vírus Herpes Simplex de tipo 1 ou HSV-1. O Vírus Herpes Simplex de tipo 1 não deverá ser confundido com o Vírus Herpes Simplex de tipo 2, o qual afecta maioritariamente os órgãos genitais. É impossível eliminar o vírus por completo. As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece latente (adormecido) nas células nervosas. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas pensa-se que determinados factores desencadeadores poderão estar na base dos episódios de herpes labial. Quando tal sucede, o vírus percorre o nervo até à superfície da pele, onde tenta replicar-se no núcleo das células. Em muitas pessoas, não surgem quaisquer sintomas, embora as células estejam infectadas. No entanto, nalguns casos, o processo de replicação do vírus destrói as células e causa pequenas bolhas ou vesículas na pele. Após a formação do herpes, o vírus regressa ao corpo.
Propagação do vírus
Estudos realizados demonstram que 80% da população é portadora do HSV-1. Por outro lado, quase 90% dos indivíduos maiores de 30 são portadores do vírus. 20% dos infectados sofre episódios regulares de herpes labial*. Pensa-se que o HSV-1 é contraído sobretudo durante a infância. Uma vez infectada, uma pessoa pode sofrer de episódios regulares de herpes labial durante o resto da vida.
O vírus HSV-1é muito contagioso. Costuma propagar-se por meio do contacto físico, tal como abraços e beijos, mas também pode transmitir-se através da partilha de bebidas, (ou copos e chávenas mal lavados) por exemplo. O vírus transmite-se desde a fase inicial do herpes, em que sente ardor e prurido, até à fase da cicatrização, quando a crosta desaparece. O vírus pode transmitir-se através de uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente os sintomas. Embora o HSV-1 tenda a atacar os lábios, nariz ou queixo, pode ser transmitido a outras partes do corpo, incluindo os olhos, os dedos e os órgãos genitais. Clique para obter conselhos acerca da forma de evitar o contágio.
O que provoca o herpes labial?
As manifestações do HSV-1 alternam com os períodos em que o vírus permanece adormecido em células nervosas, denominadas de gânglios. Não se sabe exactamente qual a causa de uma manifestação do HSV-1, mas entre os factores desencadeadores (para mim, a grande causa é o contágio, pela falta de cuidado, de preocupação em não passar o mal ...; o que se segue terá mais a ver como é que apareceu o virus... no mundo....) poderão contar-se:
Exposição ao sol
Stress
Temperaturas baixas
Febre
Constipação/Gripe
Fadiga
Alterações hormonais
Menstruação
Fonte: http://www.compeed.com.pt/bgdisplay.jhtml?itemname=whatis
Cura
Sem propaganda: ZOVIRAX, em qualquer farmácia...
Poder Autárquico
Montargil aparece hoje em destaque, quase tanto como Ponte de Sôr, na primeira página da Revista do Diário de Notícias sobre as Autarquias...
Tuesday, February 24, 2009
Auto-retrato
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia
Fonte: users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/natalia.correia.html
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia
Fonte: users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/natalia.correia.html
Inventário ao estado fitossanitário do montado de sobro e azinho
Alentejo tem um milhão e meio de sobreiros e azinheiras mortos É um dos mais extraordinários sistemas produtivos, quer pelo valor económico que tem quer pela riqueza natural que gera, pela generosidade e variedade da oferta de produtos, pela resistência a condições agrestes.O montado, tanto de sobro como de azinho, é das maiores riquezas do país mas avolumam-se os receios sobre a sua vitalidade. Um recente inventário dá conta de que um milhão e meio de árvores estão mortas. A Florasul - Associação de Produtores da Floresta Alentejana, com sede em Moura, esteve desde 2004 a fazer o levantamento das pragas que afectam os sobreiros e as azinheiras na região. Para concluir que há um milhão e meio de árvores mortas e mais um milhão de espécimes a abater, dado estarem a servir de colónia para insectos altamente destrutivos, capazes de contaminar tudo em volta. No total, 4,7 por cento das árvores deveriam ser cortadas, incluindo-se aqui aquelas que já estão mortas, que representam 2,9 por cento do total. Pode parecer uma pequena percentagem mas, segundo a FloraSul, é mais do que esperavam encontrar. E sobretudo é muito para um sistema que sustenta uma das principais fileiras do sector florestal - a cortiça - e produções como o porco preto.Chamam-lhe o declínio do montado, um problema com "quadros clínicos" tão variados que a comunidade científica continua dividida sobre o que o explica. A morte de sobreiros e azinheiras leva há anos ao abate de milhares de árvores. Até há pouco tempo, o único indicador para a dimensão do problema era dado pelo número de autorizações passadas pela Direcção-Geral de Recursos Florestais para remover os exemplares secos. Mas este não era totalmente fiável porque, tal como alguns produtores explicaram ao PÚBLICO, dada a velocidade a que as árvores morriam em certas zonas mais afectadas pelo problema, a autorização era usada para deitar abaixo as outras que entretanto secavam. "Além disso, esses pedidos de abates só são apresentados pelos proprietários mais activos, os outros deixam as árvores nos terrenos", explica Miguel Vieira, director do FloraSul. A Universidade de Évora fez também a sua prospecção, com base em imagens de satélite, que indicou um por cento de árvores mortas, adiantou Vieira. Assim, no âmbito do projecto SisProFlor - Sistema Regional de Prevenção contra Pragas e Doenças em Espaços Florestais, em parceria com entidades como a Direcção-Geral de Recursos Florestais e o Instituto Superior de Agronomia, foi lançada uma iniciativa, apoiada pelo programa Agris, para fazer o levantamento das pragas que afectam o montado.Amostragem de 80 por centoPrimeiro, foi feita uma cartografia das manchas florestais. Depois, utilizou--se a metodologia do inventário florestal nacional para então se definir onde seriam feitas as prospecções de terreno consoante o risco. Este foi definido tendo em conta a ocupação do solo, a temperatura e a precipitação, informação que foi cruzada com os pedidos de abate de árvores.Foram pesquisadas 1400 parcelas, o que, segundo a FloraSul, garante uma amostragem de 80 por cento da área florestal total do Alentejo. A validação dos resultados foi feita pela Universidade de Évora e pela Escola Superior Agrária de Beja.Os resultados foram colocados num sistema informático, que, além da informação sobre a sanidade do montado, inclui dados sobre os bichos encontrados e fotografia digital. Foram recolhidas 3500 amostras, que foram analisadas no Instituto Superior de Agronomia. Detectaram-se lagartas verdes, cobrilhas da cortiça, plátipos e capricórnios. Estes últimos insectos são os mais preocupantes porque matam a árvore. "Agora faltava continuar o trabalho porque é necessário fazer o inventário dos fungos no solo", diz Miguel Vieira. Entre estes, conta-se a fitóftora, que muitos consideram ser uma das causas das mortes."Há várias teorias para explicar o declínio, os espanhóis acham que são os fungos do solo e agora até já surgiu um novo agente - o plythium -, por cá fala-se muito das práticas agrícolas, mas o que falta é aprofundar os estudos", defende Miguel Vieira. "Temos tudo em base de dados, a partir de agora é só colocar mais informação para que depois haja um trabalho de relacionamento de todo este conhecimento", acrescenta o dirigente associativo, que já pediu uma audiência ao secretário de Estado das Florestas para lhe apresentar o trabalho.Olhar para o solo"Do que temos estudado, os problemas devem-se à falta de fertilidade do solo, o que fragiliza a árvore tornando-a mais vulnerável à entrada de pragas", diz António Gonçalves Ferreira, proprietário florestal em Coruche e vice-presidente da União da Floresta Mediterrânica (Unac).Por isso, defende, a grande aposta é aumentar a matéria orgânica no solo. "Os 20 centímetros superficiais do solo são essenciais e tudo o que se fizer para promover essa camada é bom para o montado", diz. Daí que nas suas propriedades - que estão certificadas - se tenha abandonado a grade para passar para o corta-mato, que não mobiliza o solo, evitando-se assim a perda de fertilidade e de capacidade de absorção de água e nutrientes.O que todos os proprietários pedem é que se estude a sério o problema. Já houve algumas iniciativas governamentais. Mas que pararamO primeiro projecto data de 2003, quando Armando Sevinate Pinto lançou um programa para os povoamentos suberícolas. Além deste projecto esquecer as azinheiras, os incêndios desse ano deixaram-no na gaveta.Posteriormente, Rui Gonçalves, o primeiro secretário de Estado das Florestas deste Governo, promoveu um programa para os montados, onde se estimulou a cooperação científica em relação ao problema. Mas alterações na orgânica do Ministério suspenderam estes trabalhos. Agora, o actual secretário de Estado, Ascenso Simões, promete voltar a pegar no assunto. "Em finais de Setembro haverá um plano para o montado enquadrado num plano nacional de fitossanidade vegetal, previsto no Plano de Desenvolvimento Rural, que irá abranger os problemas que afectam várias espécies", disse ao PÚBLICO.
Fonte: Público21.07.08
Fonte: www.gforum.tv/board/1605/247034/alentejo-tem-um-milhao-e-meio-de-sobreiros-e-azinheiras-mortos.html
Alentejo tem um milhão e meio de sobreiros e azinheiras mortos É um dos mais extraordinários sistemas produtivos, quer pelo valor económico que tem quer pela riqueza natural que gera, pela generosidade e variedade da oferta de produtos, pela resistência a condições agrestes.O montado, tanto de sobro como de azinho, é das maiores riquezas do país mas avolumam-se os receios sobre a sua vitalidade. Um recente inventário dá conta de que um milhão e meio de árvores estão mortas. A Florasul - Associação de Produtores da Floresta Alentejana, com sede em Moura, esteve desde 2004 a fazer o levantamento das pragas que afectam os sobreiros e as azinheiras na região. Para concluir que há um milhão e meio de árvores mortas e mais um milhão de espécimes a abater, dado estarem a servir de colónia para insectos altamente destrutivos, capazes de contaminar tudo em volta. No total, 4,7 por cento das árvores deveriam ser cortadas, incluindo-se aqui aquelas que já estão mortas, que representam 2,9 por cento do total. Pode parecer uma pequena percentagem mas, segundo a FloraSul, é mais do que esperavam encontrar. E sobretudo é muito para um sistema que sustenta uma das principais fileiras do sector florestal - a cortiça - e produções como o porco preto.Chamam-lhe o declínio do montado, um problema com "quadros clínicos" tão variados que a comunidade científica continua dividida sobre o que o explica. A morte de sobreiros e azinheiras leva há anos ao abate de milhares de árvores. Até há pouco tempo, o único indicador para a dimensão do problema era dado pelo número de autorizações passadas pela Direcção-Geral de Recursos Florestais para remover os exemplares secos. Mas este não era totalmente fiável porque, tal como alguns produtores explicaram ao PÚBLICO, dada a velocidade a que as árvores morriam em certas zonas mais afectadas pelo problema, a autorização era usada para deitar abaixo as outras que entretanto secavam. "Além disso, esses pedidos de abates só são apresentados pelos proprietários mais activos, os outros deixam as árvores nos terrenos", explica Miguel Vieira, director do FloraSul. A Universidade de Évora fez também a sua prospecção, com base em imagens de satélite, que indicou um por cento de árvores mortas, adiantou Vieira. Assim, no âmbito do projecto SisProFlor - Sistema Regional de Prevenção contra Pragas e Doenças em Espaços Florestais, em parceria com entidades como a Direcção-Geral de Recursos Florestais e o Instituto Superior de Agronomia, foi lançada uma iniciativa, apoiada pelo programa Agris, para fazer o levantamento das pragas que afectam o montado.Amostragem de 80 por centoPrimeiro, foi feita uma cartografia das manchas florestais. Depois, utilizou--se a metodologia do inventário florestal nacional para então se definir onde seriam feitas as prospecções de terreno consoante o risco. Este foi definido tendo em conta a ocupação do solo, a temperatura e a precipitação, informação que foi cruzada com os pedidos de abate de árvores.Foram pesquisadas 1400 parcelas, o que, segundo a FloraSul, garante uma amostragem de 80 por cento da área florestal total do Alentejo. A validação dos resultados foi feita pela Universidade de Évora e pela Escola Superior Agrária de Beja.Os resultados foram colocados num sistema informático, que, além da informação sobre a sanidade do montado, inclui dados sobre os bichos encontrados e fotografia digital. Foram recolhidas 3500 amostras, que foram analisadas no Instituto Superior de Agronomia. Detectaram-se lagartas verdes, cobrilhas da cortiça, plátipos e capricórnios. Estes últimos insectos são os mais preocupantes porque matam a árvore. "Agora faltava continuar o trabalho porque é necessário fazer o inventário dos fungos no solo", diz Miguel Vieira. Entre estes, conta-se a fitóftora, que muitos consideram ser uma das causas das mortes."Há várias teorias para explicar o declínio, os espanhóis acham que são os fungos do solo e agora até já surgiu um novo agente - o plythium -, por cá fala-se muito das práticas agrícolas, mas o que falta é aprofundar os estudos", defende Miguel Vieira. "Temos tudo em base de dados, a partir de agora é só colocar mais informação para que depois haja um trabalho de relacionamento de todo este conhecimento", acrescenta o dirigente associativo, que já pediu uma audiência ao secretário de Estado das Florestas para lhe apresentar o trabalho.Olhar para o solo"Do que temos estudado, os problemas devem-se à falta de fertilidade do solo, o que fragiliza a árvore tornando-a mais vulnerável à entrada de pragas", diz António Gonçalves Ferreira, proprietário florestal em Coruche e vice-presidente da União da Floresta Mediterrânica (Unac).Por isso, defende, a grande aposta é aumentar a matéria orgânica no solo. "Os 20 centímetros superficiais do solo são essenciais e tudo o que se fizer para promover essa camada é bom para o montado", diz. Daí que nas suas propriedades - que estão certificadas - se tenha abandonado a grade para passar para o corta-mato, que não mobiliza o solo, evitando-se assim a perda de fertilidade e de capacidade de absorção de água e nutrientes.O que todos os proprietários pedem é que se estude a sério o problema. Já houve algumas iniciativas governamentais. Mas que pararamO primeiro projecto data de 2003, quando Armando Sevinate Pinto lançou um programa para os povoamentos suberícolas. Além deste projecto esquecer as azinheiras, os incêndios desse ano deixaram-no na gaveta.Posteriormente, Rui Gonçalves, o primeiro secretário de Estado das Florestas deste Governo, promoveu um programa para os montados, onde se estimulou a cooperação científica em relação ao problema. Mas alterações na orgânica do Ministério suspenderam estes trabalhos. Agora, o actual secretário de Estado, Ascenso Simões, promete voltar a pegar no assunto. "Em finais de Setembro haverá um plano para o montado enquadrado num plano nacional de fitossanidade vegetal, previsto no Plano de Desenvolvimento Rural, que irá abranger os problemas que afectam várias espécies", disse ao PÚBLICO.
Fonte: Público21.07.08
Fonte: www.gforum.tv/board/1605/247034/alentejo-tem-um-milhao-e-meio-de-sobreiros-e-azinheiras-mortos.html
Monday, February 23, 2009
Tuesday, February 17, 2009
O GRANDE ACORDO
«Alegações finais José António Pinto Ribeiro MINISTRO DA CULTURA
" O Acordo deve entrar em vigor neste semestre"
JOÃO CÉU E SILVA
Porquê o seu empenhamento na apresentação do novo software linguístico para o Acordo Ortográfico?
O Flip 7 é um instrumento de facilitação ortográfica em curso que faz a adaptação sob as normas do Acordo Ortográfico. Quando se escreve no computador, o programa trata o texto segundo as novas regras e lentamente a pessoa irá escrever da nova maneira. Tal como deixámos cair os acentos graves nos advérbios de modo, assim vai aontecer com estas alterações agora.
É uma ferramenta fundamental?
É uma ferramenta extraordinária, porque tem capacidade de simplificar o trabalho das pessoas ao permitir acesso a uma plataforma que tem a ver com a língua portuguesa, com dicionários e explicações de palavras, e facilita o perceber das grafias e transforma a ortografia utilizada por cada um na do Acordo.
A apresentação na Biblioteca Nacional é intencional?
A Biblioteca Nacional tem todas as grafias da nossa língua nos vários livros que guarda. Deve acontecer aí a apresentação de um suporte que simplifica a nossa escrita.
Quando é que o acordo entra mesmo em vigor?
O mais depressa possível, daqui a dois, três ou quatro meses. Mas tal não significa que os alunos tenham erros nas suas redacções só porque escrevem "redacção" com dois "c" em vez de um. O professor irá corrigindo porque esta nossa aprendizagem vai ser feita progressiva e lentamente. Os professores vão integrando e ensinando para que daqui a seis anos estejamos todos habituados ao Acordo Ortográfico, que entrou em vigor naturalmente, e escrever "acto" sem "c" e "acção" só com "ç".
Mas ainda não há uma data definitiva?
Não existe uma data definitiva. Estamos em contacto com Cabo Verde e S. Tomé, e com os outros países da CPLP, para o mais depressa possível e com o maior número de Estados, que tenham ratificado o Acordo, entrarmos em conjunto no mesmo dia nos jornais oficiais. O Acordo deve entrar em vigor neste primeiro semestre de 2009.
O Acordo ainda é muito criticado!
A nossa maior vantagem e património é a língua portuguesa e é impossível não ter consciência de que o seu valor depende do número que a fala. Não somos dez ou 20 milhões isolados na Europa, mas multiplicámos os falantes do português para 240 milhões, dos quais 190 milhões são brasileiros.
Ficámos reféns do Brasil
Não, o Brasil é que ficou refém de nós, porque eles é que falam portugês. A internacionalização da língua obriga a que o léxico seja enriquecido por todas estas variações, que devem ser integradas, ou a língua começa a separar-se. Uma delas é não ter uma escrita comum.»
Fonte: Dn online de 17 de Fevereiro de 2009-02-17
Comentário:
Efectivamente a língua é questão, beleza e intrumento fundamental. Basta lembrar Babel, o hebraico, o sânscrito, Camões, Pessoa, a mãe, o grego, o latim, o inglês, etc., etc., ....
E, como as línguas são faladas e escritas por pessoas, são tanto mais valiosas e belas, quanto mais bonitas, vastas e valorosas quem as escreve e fala!
Neste sentido, não deverá ficar de fora do Acordo nem um único falante da língua de Florbela ou de Natália e nossa, só por que a fala, escreve ou sonha num país não da CPLP!
Por outro lado, parece-me, só ficaremos reféns, mesmo da mais desenvolvida e perfeita língua do mundo, se presos pelo pecado de Babel, o que não deverá ser o caso. E, só a interdependência, não a dependência, existe, embora nem sempre justa.
«Alegações finais José António Pinto Ribeiro MINISTRO DA CULTURA
" O Acordo deve entrar em vigor neste semestre"
JOÃO CÉU E SILVA
Porquê o seu empenhamento na apresentação do novo software linguístico para o Acordo Ortográfico?
O Flip 7 é um instrumento de facilitação ortográfica em curso que faz a adaptação sob as normas do Acordo Ortográfico. Quando se escreve no computador, o programa trata o texto segundo as novas regras e lentamente a pessoa irá escrever da nova maneira. Tal como deixámos cair os acentos graves nos advérbios de modo, assim vai aontecer com estas alterações agora.
É uma ferramenta fundamental?
É uma ferramenta extraordinária, porque tem capacidade de simplificar o trabalho das pessoas ao permitir acesso a uma plataforma que tem a ver com a língua portuguesa, com dicionários e explicações de palavras, e facilita o perceber das grafias e transforma a ortografia utilizada por cada um na do Acordo.
A apresentação na Biblioteca Nacional é intencional?
A Biblioteca Nacional tem todas as grafias da nossa língua nos vários livros que guarda. Deve acontecer aí a apresentação de um suporte que simplifica a nossa escrita.
Quando é que o acordo entra mesmo em vigor?
O mais depressa possível, daqui a dois, três ou quatro meses. Mas tal não significa que os alunos tenham erros nas suas redacções só porque escrevem "redacção" com dois "c" em vez de um. O professor irá corrigindo porque esta nossa aprendizagem vai ser feita progressiva e lentamente. Os professores vão integrando e ensinando para que daqui a seis anos estejamos todos habituados ao Acordo Ortográfico, que entrou em vigor naturalmente, e escrever "acto" sem "c" e "acção" só com "ç".
Mas ainda não há uma data definitiva?
Não existe uma data definitiva. Estamos em contacto com Cabo Verde e S. Tomé, e com os outros países da CPLP, para o mais depressa possível e com o maior número de Estados, que tenham ratificado o Acordo, entrarmos em conjunto no mesmo dia nos jornais oficiais. O Acordo deve entrar em vigor neste primeiro semestre de 2009.
O Acordo ainda é muito criticado!
A nossa maior vantagem e património é a língua portuguesa e é impossível não ter consciência de que o seu valor depende do número que a fala. Não somos dez ou 20 milhões isolados na Europa, mas multiplicámos os falantes do português para 240 milhões, dos quais 190 milhões são brasileiros.
Ficámos reféns do Brasil
Não, o Brasil é que ficou refém de nós, porque eles é que falam portugês. A internacionalização da língua obriga a que o léxico seja enriquecido por todas estas variações, que devem ser integradas, ou a língua começa a separar-se. Uma delas é não ter uma escrita comum.»
Fonte: Dn online de 17 de Fevereiro de 2009-02-17
Comentário:
Efectivamente a língua é questão, beleza e intrumento fundamental. Basta lembrar Babel, o hebraico, o sânscrito, Camões, Pessoa, a mãe, o grego, o latim, o inglês, etc., etc., ....
E, como as línguas são faladas e escritas por pessoas, são tanto mais valiosas e belas, quanto mais bonitas, vastas e valorosas quem as escreve e fala!
Neste sentido, não deverá ficar de fora do Acordo nem um único falante da língua de Florbela ou de Natália e nossa, só por que a fala, escreve ou sonha num país não da CPLP!
Por outro lado, parece-me, só ficaremos reféns, mesmo da mais desenvolvida e perfeita língua do mundo, se presos pelo pecado de Babel, o que não deverá ser o caso. E, só a interdependência, não a dependência, existe, embora nem sempre justa.
Como "nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida... sem autorização prévia e escrita do editor. Exceptua-se naturalmente a transcrição de pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro..." (observação no Livro das Publicações Europa-América), vou ainda apresentá-lo mais, dando a minha opinião, a fazer chegar à autora também, se possível:
i) "Para Ariel que fez vibrar a minha vagina e o meu coração explodir de contentamento"
Este não é portanto um livro (peça) feminista, nem pornográfico, como é dito à frente, nem sequer de sexo somente... Como é sabido: a) éramos inicialmente espermatozóide ou óvulo – separados (mas não nos lembramos – os pais se lembram); b) nossos pais se juntaram (talvez tenhamos ajudado nessa junção); c) da união deles ficámos unidos (com os dois sexos ou sem sexo, que é o mesmo), até nova desunião, ( mesmo tendo sempre algo do sexo oposto, podemos estar muito longe dele...); d) eventualmente ficamos essencialmente hermafroditas/unidos de novo, mesmo que com sexo definido... pois, sexo não é tudo, ou, talvez seja: "Eis um grupo de mulheres deitadas de costas ... (mas é um pouco feminista, compreensivelmente..) em tapetes à procura do ponto mais sensível, do locus, da nossa razão de ser...", e, "Entre a multidão de pulsões de atracção e de repulsa que dão origem à fixação no eu, o desejo sexual é certamente uma das mais poderosas, porque faz intervir os cinco sentidos ao mesmo tempo". (in: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de M.Ricard e T.X.Thuan, da casa das letras)
ii) "Vagina. Pronto, já disse. Vagina... Digo-a porque supostamente não devia dizê-la... Digo-a porque acredito que algo que não é dito também não é visto, a sua existência não é reconhecida ou recordada. O que não dizemos torna-se um segredo e os segredos dão muitas vezes origem a vergonha, medos e mitos (não verdades). Digo-a porque quero um dia sentir-me à vontade quando a digo, e não envergonhada e culpada".
Seguramente que Eve concordará: há um tempo para o segredo e outro para a divulgação, e, a liderança alterna eternamente entre todos os seres. Feliz a(o)s que sabem quando calar e quando falar...
Quanto ao mito, não há dúvida de que, na impossibilidade da verdade, lhe pode ser quase tão igual em poder e glória (veja-se, p.e., Ulisses, da Mensagem de Pessoa)... Mas, é possível a verdade, nomeadamente a de que somos eternos e imortais, e, a mudança e a interdependência e a igualdade é que são tudo...
iii) "E, à medida que mais mulheres dizem esta palavra, dizê-la torna-se menos extraordinário. Ela torna-se parte da nossa linguagem, parte das nossas vidas. As nossas vaginas tornam-se uma parte integrante, são respeitadas e sagradas. Passam a fazer parte dos nossos corpos, a estar ligadas às nossas mentes e a alimentar os nossos espíritos. A vergonha desaparece e a violação pára porque as vaginas são visíveis e reais e estão ligadas a mulheres fortes e sábias que não receiam dizer «vagina»."
iv) "Depois ... fez-me tudo, a mim e ao meu pipi, tudo o que eu sempre pensara que era mau. E uau!...".
Como pode alguém dizer que não há Deus, se não controlamos tudo?
Mas, pecado não pode ser o que outro(a), tu, outro ou até parte de mim não quer. Pecado é o que nos faz mal. E, o que é que Deusa e Deus querem se não serem suamente felizes e todos os demais seres também? Para quando o Monólogo em Portugal?
i) "Para Ariel que fez vibrar a minha vagina e o meu coração explodir de contentamento"
Este não é portanto um livro (peça) feminista, nem pornográfico, como é dito à frente, nem sequer de sexo somente... Como é sabido: a) éramos inicialmente espermatozóide ou óvulo – separados (mas não nos lembramos – os pais se lembram); b) nossos pais se juntaram (talvez tenhamos ajudado nessa junção); c) da união deles ficámos unidos (com os dois sexos ou sem sexo, que é o mesmo), até nova desunião, ( mesmo tendo sempre algo do sexo oposto, podemos estar muito longe dele...); d) eventualmente ficamos essencialmente hermafroditas/unidos de novo, mesmo que com sexo definido... pois, sexo não é tudo, ou, talvez seja: "Eis um grupo de mulheres deitadas de costas ... (mas é um pouco feminista, compreensivelmente..) em tapetes à procura do ponto mais sensível, do locus, da nossa razão de ser...", e, "Entre a multidão de pulsões de atracção e de repulsa que dão origem à fixação no eu, o desejo sexual é certamente uma das mais poderosas, porque faz intervir os cinco sentidos ao mesmo tempo". (in: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de M.Ricard e T.X.Thuan, da casa das letras)
ii) "Vagina. Pronto, já disse. Vagina... Digo-a porque supostamente não devia dizê-la... Digo-a porque acredito que algo que não é dito também não é visto, a sua existência não é reconhecida ou recordada. O que não dizemos torna-se um segredo e os segredos dão muitas vezes origem a vergonha, medos e mitos (não verdades). Digo-a porque quero um dia sentir-me à vontade quando a digo, e não envergonhada e culpada".
Seguramente que Eve concordará: há um tempo para o segredo e outro para a divulgação, e, a liderança alterna eternamente entre todos os seres. Feliz a(o)s que sabem quando calar e quando falar...
Quanto ao mito, não há dúvida de que, na impossibilidade da verdade, lhe pode ser quase tão igual em poder e glória (veja-se, p.e., Ulisses, da Mensagem de Pessoa)... Mas, é possível a verdade, nomeadamente a de que somos eternos e imortais, e, a mudança e a interdependência e a igualdade é que são tudo...
iii) "E, à medida que mais mulheres dizem esta palavra, dizê-la torna-se menos extraordinário. Ela torna-se parte da nossa linguagem, parte das nossas vidas. As nossas vaginas tornam-se uma parte integrante, são respeitadas e sagradas. Passam a fazer parte dos nossos corpos, a estar ligadas às nossas mentes e a alimentar os nossos espíritos. A vergonha desaparece e a violação pára porque as vaginas são visíveis e reais e estão ligadas a mulheres fortes e sábias que não receiam dizer «vagina»."
iv) "Depois ... fez-me tudo, a mim e ao meu pipi, tudo o que eu sempre pensara que era mau. E uau!...".
Como pode alguém dizer que não há Deus, se não controlamos tudo?
Mas, pecado não pode ser o que outro(a), tu, outro ou até parte de mim não quer. Pecado é o que nos faz mal. E, o que é que Deusa e Deus querem se não serem suamente felizes e todos os demais seres também? Para quando o Monólogo em Portugal?
Monday, February 16, 2009
Sunday, February 15, 2009
Friday, February 13, 2009
Mau tempo?
Foi o mau tempo? E, o que provocou o mau tempo, não foi o desequilíbrio, o abuso na procura do bem estar, do prazer? O mesmo, claro, para pessoas, coisas, seres, entidades, animais, visíveis ou invisíveis, ditos maus(más), que temos de amar sempre e não desprezar após o bom término da relação, cujo fim foi só por causa doutra relação (tudo são relações), boa também afinal.
Foi o mau tempo? E, o que provocou o mau tempo, não foi o desequilíbrio, o abuso na procura do bem estar, do prazer? O mesmo, claro, para pessoas, coisas, seres, entidades, animais, visíveis ou invisíveis, ditos maus(más), que temos de amar sempre e não desprezar após o bom término da relação, cujo fim foi só por causa doutra relação (tudo são relações), boa também afinal.
Wednesday, February 11, 2009
Artur e os Cavaleiros da Távola RedondaSummary rating: 2 stars (134 Avaliações)Visitas : 4112Comentários : 0 Palavras : 300por : jane mariaAutor : desconhecido Publicado em: outubro 09, 2007O rei Artur e seus cavaleiros da távola (*)redonda é um conto clássico sobre um rei que viveu há muito tempo e que era amado pelo seu povo. Havia também os fiéis cavaleiros que foram conhecidos como os cavaleiros da távola redonda. O salão onde se realizavam suas reuniões tinha no centro, uma távola redonda onde somente os mais nobres deles se sentavam. Os cavaleiros que quisessem ter um assento nesta távola tinham que conquistar este assento, conseguido por meio de uma ação nobre. Um dos cavaleiros mais famosos da távola redonda era Sir Lancelot. Um cavaleiro hábil e forte, que embora fosse muito fiel ao rei amava a rainha. Há também, muitos outros cavaleiros bravos que empreenderam muitas proezas audazes apenas por causa de seu querido rei. Há também o personagem famoso Merlin o mágico, que também foi respeitado e amado por todos. O rei Artur tornou-se rei depois que conseguiu tirar a espada chamada Excalibur de dentro de uma pedra onde havia uma inscrição - “ aquele que conseguir tirar esta espada desta pedra será o rei de Inglaterra por direito.” De acordo com a história o jovem Artur com calma tirou fàcilmente a espada da pedra causando perplexidade a todos. É uma história muito interessante para ler, com pequenos toques de tudo incluindo a mágica e muito de ação. A leitura vale a pena!Fonte:pt.shvoong.com/books/historical-novel/1685234-artur-os-cavaleiros-da-távola/ - 75k(*) = mesa
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjewmiPVA1lPMwpbrw9Iykt4FeCDmhSf0xqlIuRhMy-DiM-SXT6pe5CVO_HeJAUPPLjL_PFjYwpi0_etSG0dXL4N_AZV7yhUc6NYM5jJO2eKE5Ho2lRhHrapW3757BM2ZNrxkxnDw/s320/noticia,1125,090210,090245%5B1%5D.jpg)
QUE RIQUEZA?
CAMPO10.02.09 Produção RuralAssessoria de ImprensaCom o cair das primeiras chuvas do ano é hora de preparar o solo para o plantio. Assim, a Secretaria de Produção Rural de Santa Luzia está fazendo, juntamente com os pequenos produtores rurais, a preparação do solo.Até o presente momento, a Secretaria já beneficiou cerca de 80 pequenos produtores, com aproximadamente 300 horas de serviços de preparação de solo.Para o diretor da pasta, Ricardo Amâncio, a prefeitura está apoiando o pequeno produtor rural e fará tudo que for possível e estiver alcance para apoiar o pequeno homem do campo nas suas necessidades.No momento a Secretaria de Produção Rural está atendendo as comunidades do Saco dos Moisés, Lagoa do Meio, Barra, Vertentes, Ponta da Serra e Cacimba da Velha.“O inverno está chegando, já tivemos as primeiras chuvas, e vamos atender a todas as comunidades”. Disse Ricardo.
Fonte: http://www.santaluzia.pb.gov.br/
"Mon amie..."
Curvo e recto,
pénis e vagina,
abstracto e concreto,
menino e menina.
Com pêlo ou sem pêlo,
mas, sempre sem dor...
E, é vê-lo
feliz! A que vem,
"Mon ami",
meu amigo?
Depressa te vi.
P' ra quê castigo?
"Mon amie,
minha amiga...
Como te senti...
Amiga d'uma figa?
Amiga duma figa não:
meu gozo, minha vida;
nosso gozo... São
querida!!
Curvo e recto,
pénis e vagina,
abstracto e concreto,
menino e menina.
Com pêlo ou sem pêlo,
mas, sempre sem dor...
E, é vê-lo
feliz! A que vem,
"Mon ami",
meu amigo?
Depressa te vi.
P' ra quê castigo?
"Mon amie,
minha amiga...
Como te senti...
Amiga d'uma figa?
Amiga duma figa não:
meu gozo, minha vida;
nosso gozo... São
querida!!
Friday, February 06, 2009
Os Monólogos da Vagina, de E. Leinsler (cont.)
Como "nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida... sem autorização prévia e escrita do editor. Exceptua-se naturalmente a transcrição de pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro..." (observação no Livro das Publicações Europa-América), vou ainda apresentá-lo mais, dando a minha opinião, a fazer chegar à autora também, se possível:
i) "Para Ariel que fez vibrar a minha vagina e o meu coração explodir de contentamento"
Este não é portanto um livro (peça) feminista, nem pornográfico, como é dito à frente, nem sequer de sexo somente... Como é sabido: a) éramos inicialmente espermatozóide ou óvulo – separados (mas não nos lembramos – os pais se lembram); b) nossos pais se juntaram (talvez tenhamos ajudado nessa junção); c) da união deles ficámos unidos (com os dois sexos ou sem sexo, que é o mesmo), até nova desunião, ( mesmo tendo sempre algo do sexo oposto, podemos estar muito longe dele...); d) eventualmente ficamos essencialmente hermafroditas/unidos de novo, mesmo que com sexo definido... pois, sexo não é tudo, ou, talvez seja: "Eis um grupo de mulheres deitadas de costas ... (mas é um pouco feminista, compreensivelmente...) em tapetes à procura do ponto mais sensível, do locus, da nossa razão de ser...", e, "Entre a multidão de pulsões de atracção e de repulsa que dão origem à fixação no eu, o desejo sexual é certamente uma das mais poderosas, porque faz intervir os cinco sentidos ao mesmo tempo". (in: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de M.Ricard e T.X.Thuan, da casa das letras, que também diz: "a partir do momento em que nos deixamos prender pelas coisas como se fossem permanentes e sólidas, começamos a admitir que têm por si próprias a faculdade de nos proporcionar prazer ou de ser causa de sofrimento").
ii) "Vagina. Pronto, já disse. Vagina... Digo-a porque supostamente não devia dizê-la... Digo-a porque acredito que algo que não é dito também não é visto, a sua existência não é reconhecida ou recordada. O que não dizemos torna-se um segredo e os segredos dão muitas vezes origem a vergonha, medos e mitos (não verdades). Digo-a porque quero um dia sentir-me à vontade quando a digo, e não envergonhada e culpada".
Seguramente que Eve concordará: há um tempo para o segredo e outro para a divulgação, e, a liderança alterna eternamente entre todos os seres. Feliz(es) a(o)s que sabem quando calar e quando falar...Quanto ao mito, não há dúvida de que, na impossibilidade da verdade, lhe pode ser quase tão igual em poder e glória (veja-se, p.e., Ulisses, da Mensagem de Pessoa)... Mas, é possível a verdade, nomeadamente a de que somos eternos e imortais, e, a mudança e a interdependência e a igualdade é que são tudo...
iii) "E, à medida que mais mulheres dizem esta palavra, dizê-la torna-se menos extraordinário. Ela torna-se parte da nossa linguagem, parte das nossas vidas. As nossas vaginas tornam-se uma parte integrante, são respeitadas e sagradas. Passam a fazer parte dos nossos corpos, a estar ligadas às nossas mentes e a alimentar os nossos espíritos. A vergonha desaparece e a violação pára porque as vaginas são visíveis e reais e estão ligadas a mulheres fortes e sábias que não receiam dizer «vagina»."
iv) "Depois ... fez-me tudo, a mim e ao meu pipi, tudo o que eu sempre pensara que era mau. E uau!...".
Como pode alguém dizer que não há Deus, se não controlamos tudo?
Mas, pecado não pode ser o que outro(a), tu, ou até parte de mim não quer. Pecado é o que nos faz mal. E, o que é que Deusa e Deus querem se não serem sumamente felizes e todos os demais seres também?
(Penso que os Monólogos ainda não foram à cena em Portugal)
Como "nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida... sem autorização prévia e escrita do editor. Exceptua-se naturalmente a transcrição de pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro..." (observação no Livro das Publicações Europa-América), vou ainda apresentá-lo mais, dando a minha opinião, a fazer chegar à autora também, se possível:
i) "Para Ariel que fez vibrar a minha vagina e o meu coração explodir de contentamento"
Este não é portanto um livro (peça) feminista, nem pornográfico, como é dito à frente, nem sequer de sexo somente... Como é sabido: a) éramos inicialmente espermatozóide ou óvulo – separados (mas não nos lembramos – os pais se lembram); b) nossos pais se juntaram (talvez tenhamos ajudado nessa junção); c) da união deles ficámos unidos (com os dois sexos ou sem sexo, que é o mesmo), até nova desunião, ( mesmo tendo sempre algo do sexo oposto, podemos estar muito longe dele...); d) eventualmente ficamos essencialmente hermafroditas/unidos de novo, mesmo que com sexo definido... pois, sexo não é tudo, ou, talvez seja: "Eis um grupo de mulheres deitadas de costas ... (mas é um pouco feminista, compreensivelmente...) em tapetes à procura do ponto mais sensível, do locus, da nossa razão de ser...", e, "Entre a multidão de pulsões de atracção e de repulsa que dão origem à fixação no eu, o desejo sexual é certamente uma das mais poderosas, porque faz intervir os cinco sentidos ao mesmo tempo". (in: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de M.Ricard e T.X.Thuan, da casa das letras, que também diz: "a partir do momento em que nos deixamos prender pelas coisas como se fossem permanentes e sólidas, começamos a admitir que têm por si próprias a faculdade de nos proporcionar prazer ou de ser causa de sofrimento").
ii) "Vagina. Pronto, já disse. Vagina... Digo-a porque supostamente não devia dizê-la... Digo-a porque acredito que algo que não é dito também não é visto, a sua existência não é reconhecida ou recordada. O que não dizemos torna-se um segredo e os segredos dão muitas vezes origem a vergonha, medos e mitos (não verdades). Digo-a porque quero um dia sentir-me à vontade quando a digo, e não envergonhada e culpada".
Seguramente que Eve concordará: há um tempo para o segredo e outro para a divulgação, e, a liderança alterna eternamente entre todos os seres. Feliz(es) a(o)s que sabem quando calar e quando falar...Quanto ao mito, não há dúvida de que, na impossibilidade da verdade, lhe pode ser quase tão igual em poder e glória (veja-se, p.e., Ulisses, da Mensagem de Pessoa)... Mas, é possível a verdade, nomeadamente a de que somos eternos e imortais, e, a mudança e a interdependência e a igualdade é que são tudo...
iii) "E, à medida que mais mulheres dizem esta palavra, dizê-la torna-se menos extraordinário. Ela torna-se parte da nossa linguagem, parte das nossas vidas. As nossas vaginas tornam-se uma parte integrante, são respeitadas e sagradas. Passam a fazer parte dos nossos corpos, a estar ligadas às nossas mentes e a alimentar os nossos espíritos. A vergonha desaparece e a violação pára porque as vaginas são visíveis e reais e estão ligadas a mulheres fortes e sábias que não receiam dizer «vagina»."
iv) "Depois ... fez-me tudo, a mim e ao meu pipi, tudo o que eu sempre pensara que era mau. E uau!...".
Como pode alguém dizer que não há Deus, se não controlamos tudo?
Mas, pecado não pode ser o que outro(a), tu, ou até parte de mim não quer. Pecado é o que nos faz mal. E, o que é que Deusa e Deus querem se não serem sumamente felizes e todos os demais seres também?
(Penso que os Monólogos ainda não foram à cena em Portugal)
Thursday, February 05, 2009
Thursday, 5 February 2009
Astrologia Cabalística, do Rav. Berg:
http://www.scribd.com/doc/3198580/Astrologia-Cabalistica-e-o-sentido-de-nossas-vidas-Rav-Philip-S-Berg
Astrologia Cabalística, do Rav. Berg:
http://www.scribd.com/doc/3198580/Astrologia-Cabalistica-e-o-sentido-de-nossas-vidas-Rav-Philip-S-Berg
OS
MONÓLOGOS
da VAGINA
dispensam apresentações. Representada em palcos de todo o mundo poractrizes como Jane Fonda e Meryl Sreep, a obra-prima de Eve Ensler é uma viagem hilariante e tocante pelos indecifráveis confins da mente e do corpo femininos.Dá voz aos mais profundos temores e fantasias de mulheres reais, à sua irreverência e espirituosidade.Tidos como a bíblia de uma nova geração de mulheres, estes monólogos de intimidades e vulnerabilidades comoverão e divertirão o leitor. Esta edição comemorativa, que celebra os dez anos do Dia-V, unclui cinco monólogos inéditos, uma introdução da autora e uma fascinante história dos dez anos deste fenómeno teatral.«Fascinante, cómica e quase insuportavelmente comovente... é simultaneamente uma obra de arte e uma incisiva fatia da história cultural.»___VARIETYEVE ENSLERÉ uma dramaturga de renome internacional e autora de peças como The Treatment, Necessary Targets e O Bom Corpo, obra já editada por Publicações Europa-América.Activista e fascinante figura pública, Ensler é fundadora e directora artística do Dia-V (www.vday.org), um movimento global para pôr termo à violência de que as mulheres são alvo.
Das Publicações Europa-América, 2008, Mem Martins - Portugal
MONÓLOGOS
da VAGINA
dispensam apresentações. Representada em palcos de todo o mundo poractrizes como Jane Fonda e Meryl Sreep, a obra-prima de Eve Ensler é uma viagem hilariante e tocante pelos indecifráveis confins da mente e do corpo femininos.Dá voz aos mais profundos temores e fantasias de mulheres reais, à sua irreverência e espirituosidade.Tidos como a bíblia de uma nova geração de mulheres, estes monólogos de intimidades e vulnerabilidades comoverão e divertirão o leitor. Esta edição comemorativa, que celebra os dez anos do Dia-V, unclui cinco monólogos inéditos, uma introdução da autora e uma fascinante história dos dez anos deste fenómeno teatral.«Fascinante, cómica e quase insuportavelmente comovente... é simultaneamente uma obra de arte e uma incisiva fatia da história cultural.»___VARIETYEVE ENSLERÉ uma dramaturga de renome internacional e autora de peças como The Treatment, Necessary Targets e O Bom Corpo, obra já editada por Publicações Europa-América.Activista e fascinante figura pública, Ensler é fundadora e directora artística do Dia-V (www.vday.org), um movimento global para pôr termo à violência de que as mulheres são alvo.
Das Publicações Europa-América, 2008, Mem Martins - Portugal
Tuesday, February 03, 2009
imoral = impuro = que nos faz mal
abuso = que nos faz mal
perfeito = bom = bem = que nos faz bem
erro = imperfeito = que nos faz mal
pensamento = actividade do cérebro
É a interdependência,
é o todo,
é a parte,
é bom dormir,
é o bom sonho.
Pensar, dar, receber,
não excluir, não matar,
continuar sempre,
inimigo.
Todos queremos bem estar,
felicidade,gozo, prazer,alegria.
O mal que desejamos ou fazemos a qualquer ser podemos estar a desejá-lo ou a fazê-lo a nós mesmos.Conviver, cooperar.Ainda há reencarnação e desencarnação?Somos avaliados pela inteligência, pela qualidade, quantidade e nível de vida alcançados e que ajudamos a alcançar. Somos e seremos sempre corpo\matéria\energia\espírito\alma.
Se nos identificamos com a verdade e com os seres que desfrutam de bem estar e gozo, gozamos...
abuso = que nos faz mal
perfeito = bom = bem = que nos faz bem
erro = imperfeito = que nos faz mal
pensamento = actividade do cérebro
É a interdependência,
é o todo,
é a parte,
é bom dormir,
é o bom sonho.
Pensar, dar, receber,
não excluir, não matar,
continuar sempre,
inimigo.
Todos queremos bem estar,
felicidade,gozo, prazer,alegria.
O mal que desejamos ou fazemos a qualquer ser podemos estar a desejá-lo ou a fazê-lo a nós mesmos.Conviver, cooperar.Ainda há reencarnação e desencarnação?Somos avaliados pela inteligência, pela qualidade, quantidade e nível de vida alcançados e que ajudamos a alcançar. Somos e seremos sempre corpo\matéria\energia\espírito\alma.
Se nos identificamos com a verdade e com os seres que desfrutam de bem estar e gozo, gozamos...
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