SEM LOUCO
.
Um rosto bonito,
Um coração belo,
Um homem sem rito,
Eis por quem anelo.
.
Um corpo bem feito,
Uma alma pura,
Um ser bem perfeito,
Um ser que não jura.
.
Vários agoras
Reúnes num só
Presente, se oras,
Se tens grande dó!
.
Não é amanhã,
É mesmo agora:
Eu e campanhã,
E ninguém implora.
.
As duas irmãs,
Verde e encarnado,
São duas anãs:
Experimentado.
.
Um pedaço teu,
Que não há pedaços,
É pedaço meu:
Daí os abraços.
.
Com luz e sem luz,
Teu prazer é meu
Prazer: e me pus
A ver meu e teu…
.
Amor dá coragem,
Amizade é pouco,
E, sábios agem
Prudentes, sem louco.
Thursday, January 31, 2008
DEUS
.
Como poderia eu
Dizer que não há Deus,
Se vós sois o Deus meu,
Se vós sois filhos meus?
.
Momento inefável:
Passado já passou:
Não é Deus o Eu Sou,
Presente inefável?
.
O cabelo cortado,
O cabelo crescido,
O comboio já ido,
E, tudo observado?
.
Futuro não chegou:
Deus feliz, deus gozoso
Não se pre-ocupou
E é maravilhoso!
.
Como poderia eu
Dizer que não há Deus,
Se vós sois o Deus meu,
Se vós sois filhos meus?
.
Momento inefável:
Passado já passou:
Não é Deus o Eu Sou,
Presente inefável?
.
O cabelo cortado,
O cabelo crescido,
O comboio já ido,
E, tudo observado?
.
Futuro não chegou:
Deus feliz, deus gozoso
Não se pre-ocupou
E é maravilhoso!
Wednesday, January 30, 2008
ESSÊNCIA
do PRAZER
.
Aderir ao momento,
Do prazer a essência
É: Sol do firmamento,
Nossa vida, potência!
.
Identificação
Completa com momento:
Total satisfação,
O deliciamento.
.
Aceitar o agora,
O divinal repouso,
A mui formosa hora
Em que ri o jocoso!
.
Momento: o que fazem
Todos é o momento:
Para que todos casem
Com przer cem por cento.
do PRAZER
.
Aderir ao momento,
Do prazer a essência
É: Sol do firmamento,
Nossa vida, potência!
.
Identificação
Completa com momento:
Total satisfação,
O deliciamento.
.
Aceitar o agora,
O divinal repouso,
A mui formosa hora
Em que ri o jocoso!
.
Momento: o que fazem
Todos é o momento:
Para que todos casem
Com przer cem por cento.
AINDA O AGORA
.
A importância do Agora deriva da necessidade da atenção ao momento, de o viver intensa e criativamente, ou, descansadamente, conforme o caso. Vamos sempre e alternadamente de pontos de mais actividade para os de inactividade. Se não cometermos erros no presente, não temos nada de que nos arrepender no futuro, nada para corrigirmos. O não sofrer, o prazer, desde os que nos estão mais próximos até aos mais longínguos, mas, sempre de todos, deve ser o nosso grande desejo. Um som (tantos sons!), um movimento, um dever cumprido desencadeiam um prazer. Não podemos ter medo de ser felizes. Existimos para ser felizes, o que implica novas, e prudentes experiências.
.
A importância do Agora deriva da necessidade da atenção ao momento, de o viver intensa e criativamente, ou, descansadamente, conforme o caso. Vamos sempre e alternadamente de pontos de mais actividade para os de inactividade. Se não cometermos erros no presente, não temos nada de que nos arrepender no futuro, nada para corrigirmos. O não sofrer, o prazer, desde os que nos estão mais próximos até aos mais longínguos, mas, sempre de todos, deve ser o nosso grande desejo. Um som (tantos sons!), um movimento, um dever cumprido desencadeiam um prazer. Não podemos ter medo de ser felizes. Existimos para ser felizes, o que implica novas, e prudentes experiências.
Tuesday, January 29, 2008
(DES)CANSADO
.
Não me fixo no passado
Nem no futuro: Agora
É que rogo; não se gora
Assim não antecipado.
.
Só presente é real:
Exaltemos pois presente,
É. No presente o mal
Não entra; divino ente!
.
Projectos? Projecto é
Criar gozo, bem estar,
Beleza... Presente, ‘té
Prenda de grande jantar.
.
Não te preocupes com
Futuro nem com passado
Nem com o presente, o bom
Mesmo é o descansado!
.
Comenda de Monteargil
.
" ...A herdade da Seiceira que parte com monteargil os dízimos dos gados são a metade a comenda de avis e a outra metade a monteargil e a parte onde cae a folha e os montados se partem para avis e para monteargil por meio ".
Fonte: IANTT, Tombo das Comendas da Ordem de Avis, Lv. 70, fl 116
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Não me fixo no passado
Nem no futuro: Agora
É que rogo; não se gora
Assim não antecipado.
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Só presente é real:
Exaltemos pois presente,
É. No presente o mal
Não entra; divino ente!
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Projectos? Projecto é
Criar gozo, bem estar,
Beleza... Presente, ‘té
Prenda de grande jantar.
.
Não te preocupes com
Futuro nem com passado
Nem com o presente, o bom
Mesmo é o descansado!
.
Comenda de Monteargil
.
" ...A herdade da Seiceira que parte com monteargil os dízimos dos gados são a metade a comenda de avis e a outra metade a monteargil e a parte onde cae a folha e os montados se partem para avis e para monteargil por meio ".
Fonte: IANTT, Tombo das Comendas da Ordem de Avis, Lv. 70, fl 116
AGORA
.
" A maior parte da dor humana é desnecessária. Cria-se a si própria enquanto a mente inobservada dirigir a vida. A dor que tu criares (criarmos) agora será sempre uma certa forma de rsistência inconsciente àquilo que é. A nível emocional é uma certa forma de negatividade. A intensidade da dor depende do grau de resistência ao momento presente, e esta (resistência) por seu lado depende de quão fortemente estiveres identificado(a) com a tua mente. A mente procura sempre recusar o AGORA e escapar dele. Por outras palavras, qaunto mais identificado estiveres com a tua mente, mais sofrerás. Ou poderás(poderemos) colocar a questão de outro modo: QUANTO MAIS HONRARES E ACEITARES o AGORA, mais livre estarás da dor, do sofrimento – e livre da mente egoica (egoísta).
Porque é que a mente recusa ou resiste habitualmente ao AGORA? Porque ela não consegue nem funcionar nem ficar no comando sem TEMPO, que é passado e futuro, e, por conseguinte para ela o AGORA representa uma ameaça. De facto, o tempo e a mente são inseparáveis. (...) A mente para garantir que continua no comando, procura constantemente encobrir o momento presente com o passado e o futuro e, assim, ao mesmo tempo que a VITALIDADE e o INFINITO POTENCIAL criativo do SER, que é inseparável do agora começa a ficar pelo tempo (morrem), também a nossa verdadeira Natureza começa a ficar encoberta pela mente."
Fonte:
http://www.portais.org/_livros/livro15.htm
.
" A maior parte da dor humana é desnecessária. Cria-se a si própria enquanto a mente inobservada dirigir a vida. A dor que tu criares (criarmos) agora será sempre uma certa forma de rsistência inconsciente àquilo que é. A nível emocional é uma certa forma de negatividade. A intensidade da dor depende do grau de resistência ao momento presente, e esta (resistência) por seu lado depende de quão fortemente estiveres identificado(a) com a tua mente. A mente procura sempre recusar o AGORA e escapar dele. Por outras palavras, qaunto mais identificado estiveres com a tua mente, mais sofrerás. Ou poderás(poderemos) colocar a questão de outro modo: QUANTO MAIS HONRARES E ACEITARES o AGORA, mais livre estarás da dor, do sofrimento – e livre da mente egoica (egoísta).
Porque é que a mente recusa ou resiste habitualmente ao AGORA? Porque ela não consegue nem funcionar nem ficar no comando sem TEMPO, que é passado e futuro, e, por conseguinte para ela o AGORA representa uma ameaça. De facto, o tempo e a mente são inseparáveis. (...) A mente para garantir que continua no comando, procura constantemente encobrir o momento presente com o passado e o futuro e, assim, ao mesmo tempo que a VITALIDADE e o INFINITO POTENCIAL criativo do SER, que é inseparável do agora começa a ficar pelo tempo (morrem), também a nossa verdadeira Natureza começa a ficar encoberta pela mente."
Fonte:
http://www.portais.org/_livros/livro15.htm
INGENUIDADE
.
Ingénuo ninguém quer
Ser, mas, como é mui bom
Sê-lo, isto é, fazer
Bem a todos, mesmo com
.
Risco de ficarmos sós.
Não separes carne e alma:
São um só! Venham avós,
Não nos separem. Na palma
.
Da mão cabe todo mundo,
E, pensar bem o momento
E bem o viver, no fundo
É o mui grande invento.
.
AGORA
.
Mente igual a ego
E a tempo nefando;
Mente mesmo que cego,
Se só, quer o comando.
.
Ser igual a vida
E poder criativo
Da que se tem, não tida.
Viva momento vivo!
.
PAZ DIVINAL
.
Morremos e tudo se acaba?
Se damos ouvidos, então falam.
tapando os ouvidos não fala
O som primordial? E, se calam!
.
É som contínuo, igual
Sempre. Nós somos os outros seres
Todos. Só a paz é divinal.
Não são nada pertences, haveres.
.
Ingénuo ninguém quer
Ser, mas, como é mui bom
Sê-lo, isto é, fazer
Bem a todos, mesmo com
.
Risco de ficarmos sós.
Não separes carne e alma:
São um só! Venham avós,
Não nos separem. Na palma
.
Da mão cabe todo mundo,
E, pensar bem o momento
E bem o viver, no fundo
É o mui grande invento.
.
AGORA
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Mente igual a ego
E a tempo nefando;
Mente mesmo que cego,
Se só, quer o comando.
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Ser igual a vida
E poder criativo
Da que se tem, não tida.
Viva momento vivo!
.
PAZ DIVINAL
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Morremos e tudo se acaba?
Se damos ouvidos, então falam.
tapando os ouvidos não fala
O som primordial? E, se calam!
.
É som contínuo, igual
Sempre. Nós somos os outros seres
Todos. Só a paz é divinal.
Não são nada pertences, haveres.
Sunday, January 27, 2008
Sobreiro
.
Os fenómenos da vida: como todos os aspectos do sobreiro estão contidos na semente, a lande; primeiro, a raiz mãe que, forte, se manifesta muitas vezes ainda fora do útero, a terra húmida e quente, e, que a esta se agarra firme e se aprofunda, que pela terra é puxada…
Depois o tronco, as folhas, as pernadas, os ramos…
Depois, mais crescimento, e, a produção, a vida activa: as bolotas (sementes), para alimento de animais e homens, a cortiça, a lenha para aquecimento. Por fim a morte. Depois o renascimento, noutros da mesma família. E, na morte não acaba tudo: as cinzas são parte da terra que com outras cinzas permitem o renascimento.
A semente sem a terra, a água e o sol morre: são necessários portanto quatro para o milagre da vida. Mas, mesmo mortos, minerais incluídos, como a semente ou os restos dela que não aparecem na nova árvore, são terra, um dos quatro que fazem a vida.
Nós semeamos bolotas, batatas, alhos, caroços de pessegueiros, de pêra abacate… E, os budas, os cristos e os deuses semeiam-nos a nós e aos demais animais. Primeiro cresce-se e produz-se mais do que se é semeado, mas, passado o pico da vida, é-se mais semeado…
Podíamos ser uma árvore, um coelho, um lagarto, um peixe, um porco… Como podemos pois tratar uma árvore ou um animal mal?
Verdadeiramente, nós somos uma árvore, um animal, pois, todos os seres vivos levam alguma molécula nossa, das nossas sudações e excreções e cinzas. E, nós trazemos alguma coisa de todos eles! Fazer mal a outro ser, mesmo que uma pedra é pois fazermos mal a nós próprios. E, claro, fazer-lhes bem também é fazer bem a nós próprios.
Nalgumas coisas estamos evoluídos, noutras andámos para trás! Não precisamos em nada das pessoas egoístas e que fazem sofrer, mas, elas precisam totalmente de nós. São elas as que necessitam mesmo mais do nosso amor, carinho e compaixão!
.
Os fenómenos da vida: como todos os aspectos do sobreiro estão contidos na semente, a lande; primeiro, a raiz mãe que, forte, se manifesta muitas vezes ainda fora do útero, a terra húmida e quente, e, que a esta se agarra firme e se aprofunda, que pela terra é puxada…
Depois o tronco, as folhas, as pernadas, os ramos…
Depois, mais crescimento, e, a produção, a vida activa: as bolotas (sementes), para alimento de animais e homens, a cortiça, a lenha para aquecimento. Por fim a morte. Depois o renascimento, noutros da mesma família. E, na morte não acaba tudo: as cinzas são parte da terra que com outras cinzas permitem o renascimento.
A semente sem a terra, a água e o sol morre: são necessários portanto quatro para o milagre da vida. Mas, mesmo mortos, minerais incluídos, como a semente ou os restos dela que não aparecem na nova árvore, são terra, um dos quatro que fazem a vida.
Nós semeamos bolotas, batatas, alhos, caroços de pessegueiros, de pêra abacate… E, os budas, os cristos e os deuses semeiam-nos a nós e aos demais animais. Primeiro cresce-se e produz-se mais do que se é semeado, mas, passado o pico da vida, é-se mais semeado…
Podíamos ser uma árvore, um coelho, um lagarto, um peixe, um porco… Como podemos pois tratar uma árvore ou um animal mal?
Verdadeiramente, nós somos uma árvore, um animal, pois, todos os seres vivos levam alguma molécula nossa, das nossas sudações e excreções e cinzas. E, nós trazemos alguma coisa de todos eles! Fazer mal a outro ser, mesmo que uma pedra é pois fazermos mal a nós próprios. E, claro, fazer-lhes bem também é fazer bem a nós próprios.
Nalgumas coisas estamos evoluídos, noutras andámos para trás! Não precisamos em nada das pessoas egoístas e que fazem sofrer, mas, elas precisam totalmente de nós. São elas as que necessitam mesmo mais do nosso amor, carinho e compaixão!
Friday, January 25, 2008
UNIDADE
.
Um contigo mesmo,
Um com tua/teu,
Um com o teu sesmo,
Um com todo céu.
.
Está animado,
Vai comer do gado;
Não és convidado,
Ficas estragado?
.
Foste convidado:
Foste castigado
Por tu ausentado
Teres mesmo estado?
.
Verdadeiro rei
A todos congrega
Para vera lei
A qual não prega.
MELHOR AMOR
.
Cuidado com a expansão,
Com a “ganhação”: implosão
Pode ocorrer,a explosão
Que deita tudo a perder!
.
Evitar o grande sofrer
E a pequena dor querer
De nós todos não deve ser?
Não sofrer não é já um prazer?
.
E o gozo de bem querer
Somente para a criação
Toda, com máxima atenção
Para o mais fraquinho do peão!
.
Voltaremos mais uma vez,
Tantas quantas forem preciso,
Até aprendermos de vez
Que só quem ama tem juízo!
.
Pensas ser do mundo senhor
E senhora, mas, irás dor
Enganar? O enganador
Irá p´ra sempre enganar?
.
Mas, ainda te vou amar:
Sentirmo-nos e perdoarmos
É glorioso caminhar.
P’ ra quê com ódio ficarmos?
.
E é mesmo o corrupto maior,
Traidor e não agradecido,
De teu amor não merecido,
Que vai levar amor melhor!
.
Incluir e não excluir:
Mesmo o sujo incluir,
Para lavar: chuva vai vir,
E tudo, todos vão florir!
.
Um contigo mesmo,
Um com tua/teu,
Um com o teu sesmo,
Um com todo céu.
.
Está animado,
Vai comer do gado;
Não és convidado,
Ficas estragado?
.
Foste convidado:
Foste castigado
Por tu ausentado
Teres mesmo estado?
.
Verdadeiro rei
A todos congrega
Para vera lei
A qual não prega.
MELHOR AMOR
.
Cuidado com a expansão,
Com a “ganhação”: implosão
Pode ocorrer,a explosão
Que deita tudo a perder!
.
Evitar o grande sofrer
E a pequena dor querer
De nós todos não deve ser?
Não sofrer não é já um prazer?
.
E o gozo de bem querer
Somente para a criação
Toda, com máxima atenção
Para o mais fraquinho do peão!
.
Voltaremos mais uma vez,
Tantas quantas forem preciso,
Até aprendermos de vez
Que só quem ama tem juízo!
.
Pensas ser do mundo senhor
E senhora, mas, irás dor
Enganar? O enganador
Irá p´ra sempre enganar?
.
Mas, ainda te vou amar:
Sentirmo-nos e perdoarmos
É glorioso caminhar.
P’ ra quê com ódio ficarmos?
.
E é mesmo o corrupto maior,
Traidor e não agradecido,
De teu amor não merecido,
Que vai levar amor melhor!
.
Incluir e não excluir:
Mesmo o sujo incluir,
Para lavar: chuva vai vir,
E tudo, todos vão florir!
Thursday, January 24, 2008
HOMO SAPIENS
(Homem sábio)
.
Não é por saber
Bem que faz mal, claro!
É por mais não ver
P’ ra gozar, declaro.
.
A envelhecer
Está o bom vinho!
De estarrecer,
Melão e padrinho!
.
Cuidado com ego
Tamanho do mundo:
Pois eu não lhe pego,
Cheiro é imundo!
.
Matar ou morrer?
Heroísmo ter?
Ganhar ou perder?...
Porquê, não sofrer?
(Homem sábio)
.
Não é por saber
Bem que faz mal, claro!
É por mais não ver
P’ ra gozar, declaro.
.
A envelhecer
Está o bom vinho!
De estarrecer,
Melão e padrinho!
.
Cuidado com ego
Tamanho do mundo:
Pois eu não lhe pego,
Cheiro é imundo!
.
Matar ou morrer?
Heroísmo ter?
Ganhar ou perder?...
Porquê, não sofrer?
Wednesday, January 23, 2008
SUAVÍSSIMO(a)
.
Que gozo, o não
Fazer sofrer: sim,
Gozo dar. E, tão
Fina(o) vem a mim!
.
Mais suave 'inda,
Mesmo que mui firme:
Nunca nada finda,
Haja quem afirme.
.
Pobre violento:
Tanto que sofrer!
Como o mui lento
Não irá morrer?
.
Não somos uns sem
os outros, os seres
Todos: cheiro vem,
Se agradeceres!
.
A suavidade
É a vida grande:
A paternidade,
Segredo da lande!
.
Que gozo, o não
Fazer sofrer: sim,
Gozo dar. E, tão
Fina(o) vem a mim!
.
Mais suave 'inda,
Mesmo que mui firme:
Nunca nada finda,
Haja quem afirme.
.
Pobre violento:
Tanto que sofrer!
Como o mui lento
Não irá morrer?
.
Não somos uns sem
os outros, os seres
Todos: cheiro vem,
Se agradeceres!
.
A suavidade
É a vida grande:
A paternidade,
Segredo da lande!
Tuesday, January 22, 2008
Sunday, January 20, 2008
Friday, January 18, 2008
Thursday, January 17, 2008
Monday, January 14, 2008
SEM CONDIÇÕES
.
Dores para quê? Precisamos
É do gozo e do prazer
Do cumpridor dever:
Sem concdições é que amamos.
.
Não me digas que ‘stou errado:
Tu farás como entenderes;
Mas, eis isto p’ ra perceberes:
Sem condições queres amado
.
Ser: então tenho de amar-
-te incondicionalmente
P’ ra me dares igualmente
Incondiconal amar.
.
ADELAIDE
.
Adelaide petiscou,
Após o que dormitou,
Acalmou e melhorou,
E, vi, café não tomou.
.
Lenço a embelezou;
Apolónia falou;
dentro em pouco em vou;
O presente já chegou?
.
Um rosto vejo ao fundo
Mais belo e não imundo;
Outra vez vou pelo mundo
Todo, fazer grande fundo,
.
De dinheiro, energia,
Para geral melhoria;
Fundo de sabedoria;
Parado não ficaria!
.
AQUILO...
.
Aquilo é uma fonte
De problemas? Se faz
Mal, parar antes. As más
Ambições, põe-nas a monte!
.
Como pode sofrimento
Ser bom? Bom é o prazer!
Mas, cuidado: o sofrer,
Nem p’ ra material, Bento!
.
Dores para quê? Precisamos
É do gozo e do prazer
Do cumpridor dever:
Sem concdições é que amamos.
.
Não me digas que ‘stou errado:
Tu farás como entenderes;
Mas, eis isto p’ ra perceberes:
Sem condições queres amado
.
Ser: então tenho de amar-
-te incondicionalmente
P’ ra me dares igualmente
Incondiconal amar.
.
ADELAIDE
.
Adelaide petiscou,
Após o que dormitou,
Acalmou e melhorou,
E, vi, café não tomou.
.
Lenço a embelezou;
Apolónia falou;
dentro em pouco em vou;
O presente já chegou?
.
Um rosto vejo ao fundo
Mais belo e não imundo;
Outra vez vou pelo mundo
Todo, fazer grande fundo,
.
De dinheiro, energia,
Para geral melhoria;
Fundo de sabedoria;
Parado não ficaria!
.
AQUILO...
.
Aquilo é uma fonte
De problemas? Se faz
Mal, parar antes. As más
Ambições, põe-nas a monte!
.
Como pode sofrimento
Ser bom? Bom é o prazer!
Mas, cuidado: o sofrer,
Nem p’ ra material, Bento!
Sunday, January 13, 2008
VIOLÊNCIA
.
Nunca gostei de violência,
Nem de ver sofrer, nem sequer
De sofrer também, e, quem quer
O contrário é pestilência.
.
Amar-te sem pôr condições
Nenhumas, talvez não convenha,
Para que não tenhas, não tenha,
Não tenhamos vãs aflições.
.
Faz muitas festas à criança;
De ser feliz não tenhas medo;
Não queiras voltar a penedo;
E, com quem te mui ama, dança.
.
Nunca gostei de violência,
Nem de ver sofrer, nem sequer
De sofrer também, e, quem quer
O contrário é pestilência.
.
Amar-te sem pôr condições
Nenhumas, talvez não convenha,
Para que não tenhas, não tenha,
Não tenhamos vãs aflições.
.
Faz muitas festas à criança;
De ser feliz não tenhas medo;
Não queiras voltar a penedo;
E, com quem te mui ama, dança.
Saturday, January 12, 2008
A MAIOR URGÊNCIA
.
Reencarnou dez anos após;
Mas, tal não quer dizer que vida
Outra não tenha tido pós
Morte: talvez porca cozida!
.
Matas, ou indirectamente
Ou directamente e não
Queres morrer: logicamente
Tal não pode acontecer, não!
.
Se tenho de ser egoísta
Que o seja com bom senso:
Fazendo bem ao vigarista
Até! Terei bem também, penso!
.
Faz-se sempre justiça, sim;
Portanto, a maior urgência
Só pode ser, claro, assim:
Querer p’ ró diabo ciência!!
PARA a HISTÓRIA de MONTARGIL
.
100. 000 a. C
.
“A zona de Montargil foi marcarda pelo rio Sor, tanto no presente como no passado, fazendo desta área uma zona privelegiadaa de caça e pesca; motivando por consequência, fixação das populações, desde as épocas mais remotas. E, é assim, que desde o Período Paleolítico, num horizonte longínquo de cerca de cem mil anos, que surgem indústrias desse período, nomeadamente o Archenlense e o Languedocense, nos terraços fluviais construídos pelo rio Sor no Quaternário. De Montalvo até ao Carvalhoso, esses artefactos, que abundam perto da Estrada Nacional, e foram até agora encontrados, quer pelo Dr. Veiga Ferreira, dos Serviços Geológicos de Portugal, quer por nós próprios, ilustram uma presença efectiva e demorada das populações.
Há também, um pouco por todo o lado, vestígios de outros povos mais recentes, e, uma colheita de superfície, na Herdade de Santo André, e, em cerca de cinco minutos, encontrámos em elevações que bordejam o Monte da Herdade, lâminas de silex e cerâmica com incisões. De seguida, existe um hiato, a nível de arqueologia conhecida em Montargil, pelo menos até ao período Pré-Romano.”
Fonte: José Rafael, de Ponte de Sôr
4 500 a. C.
.Os monumentos (construções ou obras de escultura que perpetuam memórias ) mais antigos até agora descobertos em Montargil, são um conjunto de cerca de 40 Antas. Devendo o início da sua construção, que se prolongou por centenas? de anos, remontar a cerca de 4. 500? anos a.C..
As Antas sobressaem pela grandeza das pedras, de xisto ou granito, que as formam, sendo, nas palavras de João Luís Cardoso: “ verdadeiros hinos ao esforço colectivo das comunidades que as erigiram”.
São de 2 tipos: “câmaras maiores, de planta poligonal, com galeria de acesso”, e, “pequenas construções alongadas e baixas e sem corredor”. Quase sempre construídas no cimo de mamoas ( colinas artificiais ) que podem atingir os 16 metros de diâmetro.
Basicamente, as Antas são sepulcros, individuais ou colectivos, onde se encontravam não só ossos, como os mais variados artefactos dos nossos antepassados do Neolítico, tais como: enxós, machados, massas, cunhas, facas e pontas de setas, em sílex ou fribolite, amoladeiras de granito, vasos e taças de cerâmica, placas ornamentais de xisto com dentes de lobo ou zigue-zagues e goivas, e, até uma matriz de cobre, já da Idade dos Metais, portanto, que foi encontrada na Anta do Monte do Cabeço.
E, digo encontravam, porque já não se encontram lá. Agora estão no Museu Nacional de Arqueologia ( antigo Museu Etnológico do Doutor Leite de Vasconcelos ), em Belém – Lisboa.
Época Pré-Romana
“Por aqui, e, ali, vimos marcas de povos, possivelmente já de origem celta, que manufacturavam os artefactos maiores em pedra. Tenho em meu poder: um polidor, da zona sul da Herdade de Santo André; e, dois moinhos de vai-vém encontrados na zona da actual freguesia de Foros do Arrão e na zona do Rasquete.”
Fonte: José Rafael
75 d. C.
ÉPOCA ROMANA
Tão pouco os Romanos, que desembarcaram na Península Ibérica no ano 218 a. C., por ocasião da 2ª Guerra Púnica ( entre Roma e Cartago ), cujo objectivo era o domínio de toda a bacia Mediterrânica, e outros, desprezaram MonteArgil. Ao contrário do que fazem alguns...
A atestá-lo, uma das vias romanas que vinha de Mérida a Lisboa que passa a norte do seu termo, em Perna Seca, e outra estrada Romana que passava nas Mesas ( Serra de Montargil ), unindo Tomar e Évora, conforme mapa a seguir, e, a Necrópole de Santo André.
Os resultados das escavações da Necrópole ou Cemitério de Santo André, do tempo dos Romanos na Península Ibérica, feitas nos anos de 1973, 74 e 75, foram publicados na Revista Conímbriga nº XX, por João Rosa Viegas, Jeannette U. Smit Nollen, Maria Luisa Ferrer Dias e outros, a informação do “Sr. Manuel Falcão de Sousa, proprietário da Herdade de Santo André”.
Segundo a referida Revista: “ A necrópole de Santo André oferece uma cronologia muito homogénea; a maioria dos enterramentos parece caber dentro do período Flávios – Trajano ou, melhor dito, no último terço do séc. I d. C. e no primeiro quartel do séc. seguinte. “
E, de acordo com J. R. Viegas, na mesma Revista: “ A boa aceitação da escavação por parte da população de Montargil e dos campos vizinhos de Santo André animou-nos com as sua visitas e o interesse com que acompanharam as nossas explicações; graças a elas pudemos, com prudente tranquilidade, deixar materiais no terreno durante dias, obtendo assim fotografias de conjunto, sem que nunca tivesse havido interferências furtivas. Devemos também gratidão à Casa do Povo de Montargil e ao seu secretário, Sr. Lino Mendes, pelas facilidades que nos deram para a realização de uma pequena exposição de materiais da necrópole que, durante alguns dias, foi visitada por escolas das povoações vizinhas; e de uma palestra acompanhada de projecção de
diapositivos sobre os trabalhos realizados em Santo André e proferida diante de um auditório extremamente participante.”
Eis alguns dos objectos encontrados na Necrópole que, a informação da Dra Jeannette Nolen soube estarem, não sei se todos, no Museu Arqueológico de Setúbal ( não deveriam era estar, como o espólio das Antas, pelo menos em boa parte, num Museu de Montargil? ): um par de brincos em ouro, urnas ou potes funerárias, ossos humanos, um anel de sinete, que terá pertencido a alguém com um lugar não inferior ao de um “eques Romano”, um anel de prata, fíbulas, que começaram a aparecer na Península Ibérica a partir do séc. I a. C. nos castros Ibéricos e em Numância, fivelas de bronze, pinça, campainha igualmente de bronze, faca de ferro, 2 moedas, pregos, bilhas, jarros, púcaros, cantil, copas ( copos ), pratos, tigelas, malgas, garrafas, testos, potes, etc..
Seguem-se, com a amável autorização do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, fotocópias de fotografias de: 1) Santo André; 2) sepulturas; 3) algumas cerâmicas; 4) vidros; e, 5) fíbulas, anel, brincos e moedas.
28. 4 . 1199
Carta patente, dirigida aos pretores e alvazis de Santarém, Lisboa e Alenquer para virem a Montalvo de Sor, entre o Tejo e ribeira do Canha, a fim de escolherem e demarcarem terras para serem doadas a colonos francos recém-chegados.
A) T.T.- Corpo Cronológico, Parte I, m. 1, n.º 3 (com os furos do selo pendente).B) T.T. - Liv. 5.. de Doações de D. Dinis, fl. 52.
Ref.: Ribeiro, Diss. Chron., III, p. 198, n.. 650.Crit: Rui de Azevedo, em Hist. da Expansão Portuguesa no Mundo I, pp. 58-59
". .. Sancho, por graça de Deus, rei dos Portugalenses, vos saúda a vós, Afonso Mendes, pretor de Santarém, Egeu Pelágio, João Nunes, Pelágio Petriz, Fernando Nunes, alvazil e aos restantes homens bons e a Rodrigo Fernandez, pretor de Lisboa, almocharife Suári Suarii, alvazil e aos restantes homens bons e Gomécio Mendes, pretor de Alenquer, juízes e restantes homens bons e todos os do seu reino aos quais esta estas letras (esta carta) chegar. Sabei que estes Francos vieram povoar a minha terra para minha utilidade, dos meus filhos e do meu reino. Eu lhes dei Sezimbra para que povoassem aí, com o seu território (seus termos). E a estes, por causa do senhor Guilherme decano (deão) de Silves e por causa dos companheiros que com ele vieram e também que hão-de vir, juntei Montalvo do Sor que está entre o Tejo e Canha para que aí povoem. Portanto ordeno firmemente aos referidos pretores e restantes homens bons para que, vistas estas letras, venham a Montalvo e lhes dêem este lugar com tanto território no qual estes Francos e quantos vierem depois, possam bem viver e trabalhar. E sabei que quem os honrar e lhes fizer bem, o que eu agradecerei, é como se o fizessem ao meu corpo (a mim). Mas quem a eles ou a alguém que lhes pertença, fizer mal, me pague (?) seis mil soldos (duros) e seja considerado como meu inimigo. Além disso, concedo-lhes firmemente que não paguem portagem (imposto) em todo o meu reino de todas as coisas que venderem ou comprarem e tenham licença para vender ou comprar tudo o que lhes apetecer. E ordeno firmemente a qualquer que, contra esta ordem, deles receber imposto me pague 500 morabitinos (moeda) e lhes restitua o que lhes tirar e, acima de tudo, seja tido como meu inimigo. Dado em Coimbra, Calendas de Junho, Era de 1237."Tradução - Padre Francisco Bento
Original - A:N.T.T., Corpo Cronológico, Parte I, maço I, n° 3; Doações de D. Dinis, Liv. 5, fi. 52;, 1979;
Latim actual - Documentos de D. Sancho I, voI. I, Universidade de Coimbra, de Rui de Azevedo, P. Avelino de Jesus da Costa, Marcelino Rodrigues Pereira, informação de António Matos Reis, autor da "Origem dos Municípios Portugueses".
1342
No reinado de D. Dinis, já se fazia referência escrita à consolidada Igreja de Santo Ildefonso, ( de cinco Altares: o Altar maior, em que está o tabernáculo do Santíssimo Sacramento, Santo Ildefonso e São Bento, o Altar de nossa Senhora da Assunção, o Altar de São Francisco que ficam da parte do Evangelho e o Altar de Nossa Senhora do Rosário, e o Altar das Almas que ficam da parte de ... : é de uma só nave, e há nela as Irmandades do Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora do Rosário e das Almas ), por via da doação do seu padroado à Ordem de Avis
Fonte: Livro 3 da Chancelaria de D. Dinis, fl. 36, vº - Torre do Tombo.
Igreja MatrizA Igreja Matriz de Montargil que fica na parte mais alta da povoação, tem uma larga frontaria, com torre à esquerda com quatro olhais e remate de coruchéu. Interior de uma só nave, altar-mor do séc. XVIII e capela do Senhor dos Passos com estuques e decorações em alvenaria. O coro é de madeira e na janela da sacristia há uma grade de ferro forjado do séc.XVII. Possui este templo uma imagem de S. Pedro, de madeira, do séc XVI e vários paramentos do séc. XVII.Fonte: http://pwp.netcabo.pt/0247308201/vila.htm
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4. 6. 1374
D. AFONSO IV
Carta de Privilégio a Seus Almocreves
“Dom Affonso pela graça de Deus Rej de Portugal e do Algarue A quantos esta carta virem ffaço ssaber que o concelho de Monte argil me disse que a mayor parte das viandas en que sse ham de manteer que as Am de carreto de fora parte mj mandam por eles seus almotacees com ssas bestas e que lhas filham em aqueles logares hu uam pelas dictas viandas en tal guisa que aas vezes nom podem auer mantijmento pera ssj nem pera os que passam polo dicto logo e pedirom mj sobr esto mercee.
E eu ueendo o que mj pediam e querendo lhj fazer graça e mercee tenho por bem e mando que nenhuu nom sseia ousado que filhe nem mande filhar (filar) as bestas a fernando afonso e a martim rolos e a vasco esteuez e a domingos galego almocreues e uizynhos do dicto logar que mj o dicto concelho disse que lhjs compriam pera lhis tragerem as dictas viandas E mando aas mhas Justiças que se lhas Alguem ffilhar que lhas façam logo entregar vnde nom façades E o dicto concelho ou alguem por el tenha esta carta
Dante em monte argil quatro dias de Juynho El rej o mandou per Afonso esteuez francisco lourenço a fez Era de Mª iij Lxxiiij Anos
Afonso esteuez”
Fonte: Torre do Tombo - Livro 4, fl 12, de D. Afonso IV
20. 1. 1410
“Dom Fernando ... A quantos esta carta virem, fazemos saber que, considerando nós os mui altos serviços e grandes merecimentos que sempre nos fez e faz o mui leal Ihoam Stevez (João Esteves ), cavaleiro nosso vassalo, tanto em tempo de paz como de guerras... E, querendo nós remunerar e conhecer com mercês a João Esteves por tais serviços... primeiramente fazemos vila a MonteArgil que era termo de Santarém e eximimos Monteargil da jurisdição da vila de Santarém.
E queremos e outorgamos ... que tenha jurisdição como qualquer vila e castelo ... a qual, de nossa boa e livre vontade, fazemos doação pura a João Esteves e a todos os seus herdeiros e sucessores ...
E damos-lha e aos seus sucessores como direito de herança, com todas as suas entradas e saídas, e com todas as rendas e com todas as jurisdições, altas e baixas e mero e misto império com o poder de pôr nela tabeliães do modo como nós fazíamos, salvo que ressalvamos para nós a apelação por crime... E mandamos e outorgamos que ele por si e por sua própria autoridade tome e possa tomar posse da dita vila e seus pertences, a qual doação por nós e por nossos sucessores prometemos ter por firme e estável daqui por diante para todo o sempre.
E revogamos todos os direitos desta vila, se os demos ou prometemos dar a qualquer pessoa ... que possa contradizer esta doação. E mandamos que ninguém ponha obstáculos.
Outrossim queremos e outorgamos que esta doação que assim fazemos desta vila ao dito Ioham Stevez e seus sucessores seja válida para sempre, não a embargando quaisquer leis e direitos e constituições e glosas e opiniões ... e façanhas e outras quaisquer coisas que sejam pelas quais esta doação possa ser embargada ou contradita, as quais temos aqui por expressas e repetidas, as quais mandamos que não tenham lugar nesta doação nem a possam empecer.
Nós com a nossa certa ciência e poder absoluto que temos mandamos que a dita doação seja válida sem nenhum falecimento para todo o sempre. E temo-la como insinuada, se merece haver insinuação. E amaldiçoamos os nossos herdeiros e sucessores se contra ele forem em parte ou no todo ou a contradisserem e não a guardarem da forma referida.
E em testemunho disto lhe mandamos dar esta nossa carta assinada por nossa mão e selada com o nosso selo de chumbo.... Em Santiago de Beduide ( Estarreja? ), aos xx dias de Janeiro, el rei o mandou e Vasco Afonso a fez, era de mil quatrocentos e dez anos. “
Fonte: Livro 1 de D. Fernando, a fls 116 e 117, - Torre do Tombo, Lisboa.
1427
Doação de Montargil a Violante Lopes
“ D . João I, a quantos esta carta lerem fazemos saber que vimos e examinamos uma carta de nosso irmão el rei Dom Femando… em que ele fazia doação … a Rui Pereira ( foi alcaide-mor de Santarém no tempo de D. Fernando, morreu na guerra com Castela, numa nau, segundo a Estrofe 34 dos Lusíadas: "Mas olha Rui Pereira, que co rosto Faz escudo às galés, diante posto») ...e a sua mulher Violante Lopes ( Violante Lopes fora mulher de João Esteves, a quem já havia sido doada Monte Argil por D. Fernnando – ANTT: Chancelarias – Liv. 4º de D. João I, fl. 106) e a todos os seus sucessores por todo o sempre do lugar de Monte Argil, com todo seu limite que tenha no termo de Santarém e a fizera vila… tirando-a da jurisdição do castelo nosso de Santarém e dando-lhe nova jurisdição no qual limite antes? aqueles lugares a ele pertencentes era o largo da Erra em que o dito Rei nosso irmão edificara seus Paços porque o dito Rui Pereira … em serviços nossos e do dito ... fez muitos e grandes serviços … na guerra que houvemos com el rei de Castela …Portanto, querendo nós galardoar e remunerar os ditos serviços e a dita Violante Lopes sua mulher por manter honradamente seus filhos e do dito Rui Pereira que firmamos na pessoa da dita Violante Lopes e de todos seus herdeiros e sucessores a doação feita pelo dito rei D. F emando nosso irmão e queremos que ela e todos os seus herdeiros e sucessores assim … como depois … deles o dito lugar e vila de Monte Argil com o dito largo da Erra e limite … largo de Monte Argil pertencente com os frutos novos a ditos foros senhorios … que foram de Portugal…nos ditos lugares…pacificados. E mandamos ao nosso almoxarife de Santarém e das justiças dos ditos lugares e a todos os outros que metam em posse dos lugares supro? ditos a dita Violante Lopes e a mantenham em posse … dos ditos foros e rendas dos ditos lugares e mandamos outrossim às ditas justiças que façam responder a dita V. L. pelas ditas rendas, foros, tributos assim passados como presentes… E por esta carta damos poder à dita V. L. que por autoridade e com justiça e … ou por outrem possa tomar a posse dos ditos lugares… Mui nobre e leal cidade de Lisboa, 1427.”
Fonte: ANTT – Chancelarias, Liv. 1, de D. João I, fl. 36
1437
Doação de Monte Argil a Rui Pereira, não da vila Nova da Erra. A quantos esta minha carta virem fazemos saber que ... ela tinha doação, porque el Rei Dom Fernando nosso irmão ... fizera doação de Monte Argil a João Esteves ... casado com Violante Lopes, e que depois da morte do dito João esteves a dita sua mulher casara com Rui Pereira... e que o dito meu irmão elrei Dom Fernando Affonso lhe fizera doação do dito largo? de MonteArgil ao dito Rui Pereira e mais lhe fizera doação dos ditos? da vila Nova da Erra... E depois da morte do dito meu irmão ... no cerco da cidade de Lisboa, a pedido do dito Rui Pereira afirmássemos a dita doação e porque somos bem certo que o dito largo? da Erra não pertence por limitação ao dito largo de Monte Argil nem o dito Rei Dom Fernando não lhe deu o dito largo da Erra nem direitos dele pela qual razão lhe não podíamos confirmar a dita doação... Em os nossos Paços de Almeirim... João Gomes a fez ... 1437?
Fonte: IANTT - Chancelarias, D. João I, Liv. 4, fl
D. Rui Pereira, o Bravo, senhor de Montargil
* c. 1340
Pais Pai: D. Rui Gonçalves Pereira c. 1280
Mãe: Beringeira Nunes Barreto * c. 1290
Casamentos Com: Violante Soares de Albergaria * c. 1350
Filhos • D. Álvaro Pereira
• D. Teresa de Novais cc Pedro Rodrigues de Moura, senhor da Azambuja • D. Constança Rodrigues Pereira * c. 1370 cc Diogo Afonso de Figueiredo, senhor de Santo André
• D. Beringeira Pereira cc Afonso Vaz Correia
http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=51906
15.2. 1440
A justiça régia perdoa a Rodrigo Afonso, morador em Montargil, pela morte de Frei Rodrigo, clérigo de São Bento da Ordem de Avis, contando não more em Montargil, onde o crime ocorrera, guardando às partes o direito de o demandar civilmente.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo (daqui em diante ANTT) - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 20, fl. 46
Local de emissão: Lisboa (Lx)
106.
20.6. 1440
30 homens são privilegiados e libertados por D. Afonso V, que forem viver e morar para o lugar de Montargil, que tenham aí a sua casa e sejam casados, isentando-os de terem cavalo e armas para serviço régio, de servir por mar e por terra, de ir com presos e dinheiros, de serem tutores ou curadores (salvo no dito lugar e termos), de pagarem diversos impostos...
Local de emissão: Santarém
ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 20, fl. 111
11.1. 1444
Gonçalo Pires, morador em Montargil, é substituído, devido a aposentação, no lugar de besteiro da câmara, por Diogo Afonso, morador na vila de Estremoz, por privilégio de D. Afonso V.
Local de emissão: Évora
ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 24, fl. 48
NOTA: Os besteiros eram soldados medievais equipados com bestas. Era normal em Portugal os besteiros terem montadas, provinham em regra dos chamados "Besteiros do Conto" ordenação antiga pela qual todos os concelhos do país deveriam possuir um determinado número de besteiros escolhidos entre os habitantes com posses para adquirir tal armamento, já que quem tinha dinheiro para adquirir uma besta tambem podia sustentar um cavalo ou outra montada, deslocavam-se a cavalo no terreno da batalha mas por regra desmontavam para combater. Acontecia ainda que os chamados "Cavaleiros Vilões" (milites villani) armavam-se frequentemente com besta, dado que era uma arma que qualquer pessoa poderia utilizar mesmo não sendo particularmente possante, montados numa pileca, com a besta, poderiam enfrentar um nobre cavaleiro de armadura montado num corcel de guerra.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Besteiro
14.1. 1454
Lopo Gil, filho de Gil Esteves, morador em Montargil, e de Catarina Vasques, mulher solteira, é legitimado por Afonso V.
Local de emissão: Sardoal
ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 10, fl. 1v.
28.10. 1477
Diogo da Costa, morador em Montargil, é nomeado por Afonso V para os cargos de tabelião do cível e crime e de escrivão da almotaçaria da câmara e dos orfãos de Montargil. No dia 29.10. 1477 o mesmo Diogo da Costa é ainda nomeado para o cargo de escrivão das sisas régias de Montargil, em substituição de Gonçalo Pires, escrivão do celeiro régio, de Almeirim, que renunciara.
Local de emissão: Santarém
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 18, fls 102 e 104
1481Apresentação e registo do sinal público de tabelionado do provido no lugar, Pero Calça, vassalo régio, para o cargo de tabelião do cível e crime em Montargil, em substituição do anterior que renunciara por morar em Avintes.
Local de emissão: Sintra
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 18, fls 102 e 104
11.3. 1498
Bartolomeu Fernandes, morador em Montargil, é nomeado escrivão das sisas do lugar e seu termo, em substituição de Diogo de Castro, que renunciou, por público instrumento feito por João Miguens, público tabelião no lugar, a 8 de Março de 1498, com mantimento de 55 reais e 1 preto por milheiro de tudo o que as sisas renderem até chegar á quantia de 1. 000 reais por ano. El-rei o mandou por D. Diogo Lopo, do seu Conselho, vedor da Fazenda. Francisco de Matos a fez.
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 37, fl. 12v
24. 7. 1500
D. Manuel: a quantos esta nossa carta virem fazemos saber que por parte de Dom Rodrigo de Moura fidalgo de nossa casa foi apresentada uma nossa carta de que teor? tal é: Dom Manuel. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber que da parte de Dom Rolim nos foi apresentada uma carta que tal é: Dom Fernando pela graça de Deus Rei de Portugal e do Algarve a quantos esta carta virem fazemos saber que com a Rainha Dona Leonor, nossa mulher lídima ambos em ... considerando os mui altos serviços e grandes merecimentos que nos sempre fez e faz mui lealmente Rui Pereira cavaleiro alcaide do nosso castelo de Santarém com sua mulher Violante Lopes. E querendo nós remunerar e conhecer com mercês aos ditos Rui Pereira e sua mulher por serviços que assim deles recebemos como cada um rei. Tendo de fazer primeiramente fazemos vila a Montragil que era termo de Santarém e exemimo-la? da jurisdição da vila de Santarém e fazemo-la vila e queremos e outorgamos: do nosso comprido poder que tenha jurisdição como qualquer vila ou castelo, que não esteja sujeita a outro lugar a qual é por nós assim feita vila, isenta tirada da jurisdição da dita vila de Santarém de nossas altas e livres vontades fazemos doação pura antre ... ao dito Rui Pereira e à dita Violante Lopes sua mulher da dita vila de Montargil e a todos seus herdeiros e sucessores que deles vierem e damos-lha de jure e herdade a ele e seus herdeiros com todos seus direitos e pertenças e com todas outras suas entradas e saídas e com todas rendas e com todas suas jurisdições altas e baixas e mero misto império com poder de pôr lá tabeliães pela guiza que nós fazíamos: salvo que reservamos para nós as apelações do crime. E mandamos que faça da dita vila como de sua própria possessão: mandamos e outorgamos que elle por sy e por suas proprias autoridades possam tomar e tomem a posse da dita vila rendas e pertenças dela a qual doação por nós e por nossos sucessores prometemos daver por firme e estável daqui em diante para todo o sempre. E revogamos alguns direitos se os demos nessa vila ou prometemos dar a quaisquer pessoas que …forem poer e contradizer contra esta doação mandamos que se não possam.... empecer. E e outro sim queremos e outorgamos que esta doação que assim fazemos da dita vila ao dito Ruy Pereira e sua mulher e seus sucessores seja valiosa para todo o sempre sem embargo de quaisquer Leis direitos e custumes e constituições e opiniões e façanhas e outras quaisquer coisas que sejam porque se esta doação possa ou pode embargar, ou contradizer as quais nós aqui havemos por expressas e repetidas, as quais queremos e mandamos que não hajam lugar nesta doação que lhe possa empecer que nós de nossa ciência poder absoluto queremos e mandamos que a dita doação seja valiosa sem nenhum desfalecimento para todo o sempre e havemo-la por insinuada se merecesse haver insinuação e damos maldição a nossos herdeiros e subsessores se contra ela forem em parte ou em todo, ou a contradiserem e a não guardarem pella guiza que dito; e em testemunho disto lhe mandamos dar ao dito e a sua mulher esta nossa carta asisnada por nossa mão e selada com o nosso selo de chumbo. Dante em Santarem a dezoito dias de Junho. ElRey o mandou; João Marcos a fez; era de mil e quatro centos e onze annos = Pedindo-me o dito Dom Rolim que porquanto ele era o herdeiro legítimo que a dita vila herdara lhe quisemos confirmar a dita carta. E visto por lhe fazer mercê temos por bem lha confirmarmos como se nela contém. E porém mandamos aos ditos nossos oficiais e pessoas a que pertencer que assim lha cumpram e guardem e façam cumprir mui inteiramente e guardar sem dúvida que lhe ponham. Dada em Lisboa aos cinco dias de Fevereiro. Joao Paes a fez. Anno de mil e quinhentos = Pedindo-nos o dito Dom Rodrigo por mercê que porquanto ele era filho legítimo mais velho do dito Dom Rolim por cujo falecimento lhe pertencia herdar e suceder a dita vila de Montargil lhe confirmássemos a dita carta e doação; visto por nós pelos ditos respeitos por lhe fazermos mercê temos por bem e lha confirmamos, e havemos por confirmada assim e pella guiza, e maneira que nela se contem e mandamos a todos os nossos oficiais, justiças, e pessoas a que esta nossa carta e conhecimento desta pertencer que lha cumpram e guardem e façam inteiramente em tudo cumprir e guardar sem nenhuma dúvida nem embargo que a ela ponham porque assim nos apraz e é a nossa mercê.
Dada na nossa cidade de Lisboa, a vinte e quatro de Abril digo de Julho de mil e quinhentos.
Fonte: IANTT - Leitura Nova, Liv. 7 de Odiana, fl. 112 vº
8.11. 1501
Jorge, enviou dizer por sua petição que Aparício, outrossim homem solteiro, puseram fogo em a charneca de Montargil sem licença, por bem do que ora preso pelo Juiz de Montargil e fora entregue, assim preso, ao Juiz de Santarém, onde então estava preso. E pelo seu feito fora acusado e tanto processado que fora condenado poe sentença do Juiz de Santarém em 2. 000 rs e para a arca dos cativos, e outros 1. 000 para as calçadas e despesas de Santarém e fosse preso até mercê del- rei, segundo a forma de ordenação, segundo o instrumento de sentença?, feito e assinado por Bartolomeu...Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 46, fls. 105 – 105v
5.1. 1502
Gil Martins, morador em Montargil e termo desta vila, nomeado monteiro e guardador da mata da Ota, em substituição de João Franco, monteiro mor no Bairro, termo da vila de Alenquer, aposentado por 60 anos de idade...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 17, fl 110v
4.10. 1511
A Álvaro Pires Canhenho, morador em Montargil, de 40 anos de idade, privilégio de besteiro do monte em forma.
Local de emissão: Évora
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 29, fl. 29v
A Francisco Esteves Melro, morador em Montargil, de 30 anos de idade, privilégio de besteiro do monte em forma. Assinado por Garcia de Melo, anadel- mor
Local de emissão: Évora
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 7, fl. 3v?
11. 1. 1512
Martins Anes, morador em Montargil, termo da vila de Aldeia Galega, nomeado monteiro e guardador da mata da Ota, em substituição de Fernão Vaz, morador na Azambuja, falecido. Pero Vaz a fez.
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 17, fl 110
4. 5. 1512
A Pero Annes Lionardo, morador em Amieira, termo de Montargil, de 30 anos de idade, privilégio de besteiro do monte ...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 7, fl. 23vv
10. 1513
Martinho Eanes, morador em Montargil, homem de 35 anos, quando do seu afilhamento?Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 46, fl. 140
24. 4. 1514
A D. Rodrigo de Moura, confirmação da doação feita por D. Fernando, ensembra com dona Leonor, em santarém, a 17 de Junho de 1411 (AD 1373), a Rui Pereira, cavaleiro, alcaide do castelo de Santarém, de Montargil, que elevava á categoria de vila, eximindo-a da jurisdição de Santarém, para ele e Violante Lopes, sua mulher, e todos os herdeiros e sucessores, com todas as rendas e jurisdições, altos e baixos, mero e misto império, e com poder de pôr aí tabeliães. Ressalva contudo, os apelos de crime. Esta dioação fora já confirmada a dom Rolim, pai de Rodrigo de Moura, por carta feita por João Pais, em...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 15, fl. 158
A D. Rodrigo de Moura, por ser o filho mais velho de dom Rolim, confirmação dos bens de dom Judá, tesoureiro que fora de D. Fernando, que, por sentença foram confirmados e apropriados à coroa portuguesa por D. João I, Mestre de Avis e Regedor do reino porquanto achou que andava em serviço do rei de Castela. E querendo dispor dos bens, e porque Rui Pereira e Violante Lopes, sua mulher, serviram fielmente, para sua mantença e de seus filhos... o Mestre fez pura e irreversível doação dos bens de dom Judá e os punha em posse de Violante Lopes e...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 15, fl. 159
1517/1584
MONTARGIL, ao tempo de Francisco de Holanda
[fl. 20v] ;E não pudera eu crer esta coisa se quando parti de Lisboa indo a Roma, logo em Sacavém não achava a via romana e a ponte quebrada no Rio, e nas charnecas de Montargil, ali onde chamam as Mestas ( Venda das Mestas, hoje na Bemposta), as calçadas de scilice (silex)..”;
Fonte: fl. 20v, do Livro: “Da Fábrica (Obras) que falece(faltam) à Cidade de Lisboa”, de Francisco de Holanda, da Livros Horizonte, 1984
.
Reencarnou dez anos após;
Mas, tal não quer dizer que vida
Outra não tenha tido pós
Morte: talvez porca cozida!
.
Matas, ou indirectamente
Ou directamente e não
Queres morrer: logicamente
Tal não pode acontecer, não!
.
Se tenho de ser egoísta
Que o seja com bom senso:
Fazendo bem ao vigarista
Até! Terei bem também, penso!
.
Faz-se sempre justiça, sim;
Portanto, a maior urgência
Só pode ser, claro, assim:
Querer p’ ró diabo ciência!!
PARA a HISTÓRIA de MONTARGIL
.
100. 000 a. C
.
“A zona de Montargil foi marcarda pelo rio Sor, tanto no presente como no passado, fazendo desta área uma zona privelegiadaa de caça e pesca; motivando por consequência, fixação das populações, desde as épocas mais remotas. E, é assim, que desde o Período Paleolítico, num horizonte longínquo de cerca de cem mil anos, que surgem indústrias desse período, nomeadamente o Archenlense e o Languedocense, nos terraços fluviais construídos pelo rio Sor no Quaternário. De Montalvo até ao Carvalhoso, esses artefactos, que abundam perto da Estrada Nacional, e foram até agora encontrados, quer pelo Dr. Veiga Ferreira, dos Serviços Geológicos de Portugal, quer por nós próprios, ilustram uma presença efectiva e demorada das populações.
Há também, um pouco por todo o lado, vestígios de outros povos mais recentes, e, uma colheita de superfície, na Herdade de Santo André, e, em cerca de cinco minutos, encontrámos em elevações que bordejam o Monte da Herdade, lâminas de silex e cerâmica com incisões. De seguida, existe um hiato, a nível de arqueologia conhecida em Montargil, pelo menos até ao período Pré-Romano.”
Fonte: José Rafael, de Ponte de Sôr
4 500 a. C.
.Os monumentos (construções ou obras de escultura que perpetuam memórias ) mais antigos até agora descobertos em Montargil, são um conjunto de cerca de 40 Antas. Devendo o início da sua construção, que se prolongou por centenas? de anos, remontar a cerca de 4. 500? anos a.C..
As Antas sobressaem pela grandeza das pedras, de xisto ou granito, que as formam, sendo, nas palavras de João Luís Cardoso: “ verdadeiros hinos ao esforço colectivo das comunidades que as erigiram”.
São de 2 tipos: “câmaras maiores, de planta poligonal, com galeria de acesso”, e, “pequenas construções alongadas e baixas e sem corredor”. Quase sempre construídas no cimo de mamoas ( colinas artificiais ) que podem atingir os 16 metros de diâmetro.
Basicamente, as Antas são sepulcros, individuais ou colectivos, onde se encontravam não só ossos, como os mais variados artefactos dos nossos antepassados do Neolítico, tais como: enxós, machados, massas, cunhas, facas e pontas de setas, em sílex ou fribolite, amoladeiras de granito, vasos e taças de cerâmica, placas ornamentais de xisto com dentes de lobo ou zigue-zagues e goivas, e, até uma matriz de cobre, já da Idade dos Metais, portanto, que foi encontrada na Anta do Monte do Cabeço.
E, digo encontravam, porque já não se encontram lá. Agora estão no Museu Nacional de Arqueologia ( antigo Museu Etnológico do Doutor Leite de Vasconcelos ), em Belém – Lisboa.
Época Pré-Romana
“Por aqui, e, ali, vimos marcas de povos, possivelmente já de origem celta, que manufacturavam os artefactos maiores em pedra. Tenho em meu poder: um polidor, da zona sul da Herdade de Santo André; e, dois moinhos de vai-vém encontrados na zona da actual freguesia de Foros do Arrão e na zona do Rasquete.”
Fonte: José Rafael
75 d. C.
ÉPOCA ROMANA
Tão pouco os Romanos, que desembarcaram na Península Ibérica no ano 218 a. C., por ocasião da 2ª Guerra Púnica ( entre Roma e Cartago ), cujo objectivo era o domínio de toda a bacia Mediterrânica, e outros, desprezaram MonteArgil. Ao contrário do que fazem alguns...
A atestá-lo, uma das vias romanas que vinha de Mérida a Lisboa que passa a norte do seu termo, em Perna Seca, e outra estrada Romana que passava nas Mesas ( Serra de Montargil ), unindo Tomar e Évora, conforme mapa a seguir, e, a Necrópole de Santo André.
Os resultados das escavações da Necrópole ou Cemitério de Santo André, do tempo dos Romanos na Península Ibérica, feitas nos anos de 1973, 74 e 75, foram publicados na Revista Conímbriga nº XX, por João Rosa Viegas, Jeannette U. Smit Nollen, Maria Luisa Ferrer Dias e outros, a informação do “Sr. Manuel Falcão de Sousa, proprietário da Herdade de Santo André”.
Segundo a referida Revista: “ A necrópole de Santo André oferece uma cronologia muito homogénea; a maioria dos enterramentos parece caber dentro do período Flávios – Trajano ou, melhor dito, no último terço do séc. I d. C. e no primeiro quartel do séc. seguinte. “
E, de acordo com J. R. Viegas, na mesma Revista: “ A boa aceitação da escavação por parte da população de Montargil e dos campos vizinhos de Santo André animou-nos com as sua visitas e o interesse com que acompanharam as nossas explicações; graças a elas pudemos, com prudente tranquilidade, deixar materiais no terreno durante dias, obtendo assim fotografias de conjunto, sem que nunca tivesse havido interferências furtivas. Devemos também gratidão à Casa do Povo de Montargil e ao seu secretário, Sr. Lino Mendes, pelas facilidades que nos deram para a realização de uma pequena exposição de materiais da necrópole que, durante alguns dias, foi visitada por escolas das povoações vizinhas; e de uma palestra acompanhada de projecção de
diapositivos sobre os trabalhos realizados em Santo André e proferida diante de um auditório extremamente participante.”
Eis alguns dos objectos encontrados na Necrópole que, a informação da Dra Jeannette Nolen soube estarem, não sei se todos, no Museu Arqueológico de Setúbal ( não deveriam era estar, como o espólio das Antas, pelo menos em boa parte, num Museu de Montargil? ): um par de brincos em ouro, urnas ou potes funerárias, ossos humanos, um anel de sinete, que terá pertencido a alguém com um lugar não inferior ao de um “eques Romano”, um anel de prata, fíbulas, que começaram a aparecer na Península Ibérica a partir do séc. I a. C. nos castros Ibéricos e em Numância, fivelas de bronze, pinça, campainha igualmente de bronze, faca de ferro, 2 moedas, pregos, bilhas, jarros, púcaros, cantil, copas ( copos ), pratos, tigelas, malgas, garrafas, testos, potes, etc..
Seguem-se, com a amável autorização do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, fotocópias de fotografias de: 1) Santo André; 2) sepulturas; 3) algumas cerâmicas; 4) vidros; e, 5) fíbulas, anel, brincos e moedas.
28. 4 . 1199
Carta patente, dirigida aos pretores e alvazis de Santarém, Lisboa e Alenquer para virem a Montalvo de Sor, entre o Tejo e ribeira do Canha, a fim de escolherem e demarcarem terras para serem doadas a colonos francos recém-chegados.
A) T.T.- Corpo Cronológico, Parte I, m. 1, n.º 3 (com os furos do selo pendente).B) T.T. - Liv. 5.. de Doações de D. Dinis, fl. 52.
Ref.: Ribeiro, Diss. Chron., III, p. 198, n.. 650.Crit: Rui de Azevedo, em Hist. da Expansão Portuguesa no Mundo I, pp. 58-59
". .. Sancho, por graça de Deus, rei dos Portugalenses, vos saúda a vós, Afonso Mendes, pretor de Santarém, Egeu Pelágio, João Nunes, Pelágio Petriz, Fernando Nunes, alvazil e aos restantes homens bons e a Rodrigo Fernandez, pretor de Lisboa, almocharife Suári Suarii, alvazil e aos restantes homens bons e Gomécio Mendes, pretor de Alenquer, juízes e restantes homens bons e todos os do seu reino aos quais esta estas letras (esta carta) chegar. Sabei que estes Francos vieram povoar a minha terra para minha utilidade, dos meus filhos e do meu reino. Eu lhes dei Sezimbra para que povoassem aí, com o seu território (seus termos). E a estes, por causa do senhor Guilherme decano (deão) de Silves e por causa dos companheiros que com ele vieram e também que hão-de vir, juntei Montalvo do Sor que está entre o Tejo e Canha para que aí povoem. Portanto ordeno firmemente aos referidos pretores e restantes homens bons para que, vistas estas letras, venham a Montalvo e lhes dêem este lugar com tanto território no qual estes Francos e quantos vierem depois, possam bem viver e trabalhar. E sabei que quem os honrar e lhes fizer bem, o que eu agradecerei, é como se o fizessem ao meu corpo (a mim). Mas quem a eles ou a alguém que lhes pertença, fizer mal, me pague (?) seis mil soldos (duros) e seja considerado como meu inimigo. Além disso, concedo-lhes firmemente que não paguem portagem (imposto) em todo o meu reino de todas as coisas que venderem ou comprarem e tenham licença para vender ou comprar tudo o que lhes apetecer. E ordeno firmemente a qualquer que, contra esta ordem, deles receber imposto me pague 500 morabitinos (moeda) e lhes restitua o que lhes tirar e, acima de tudo, seja tido como meu inimigo. Dado em Coimbra, Calendas de Junho, Era de 1237."Tradução - Padre Francisco Bento
Original - A:N.T.T., Corpo Cronológico, Parte I, maço I, n° 3; Doações de D. Dinis, Liv. 5, fi. 52;, 1979;
Latim actual - Documentos de D. Sancho I, voI. I, Universidade de Coimbra, de Rui de Azevedo, P. Avelino de Jesus da Costa, Marcelino Rodrigues Pereira, informação de António Matos Reis, autor da "Origem dos Municípios Portugueses".
1342
No reinado de D. Dinis, já se fazia referência escrita à consolidada Igreja de Santo Ildefonso, ( de cinco Altares: o Altar maior, em que está o tabernáculo do Santíssimo Sacramento, Santo Ildefonso e São Bento, o Altar de nossa Senhora da Assunção, o Altar de São Francisco que ficam da parte do Evangelho e o Altar de Nossa Senhora do Rosário, e o Altar das Almas que ficam da parte de ... : é de uma só nave, e há nela as Irmandades do Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora do Rosário e das Almas ), por via da doação do seu padroado à Ordem de Avis
Fonte: Livro 3 da Chancelaria de D. Dinis, fl. 36, vº - Torre do Tombo.
Igreja MatrizA Igreja Matriz de Montargil que fica na parte mais alta da povoação, tem uma larga frontaria, com torre à esquerda com quatro olhais e remate de coruchéu. Interior de uma só nave, altar-mor do séc. XVIII e capela do Senhor dos Passos com estuques e decorações em alvenaria. O coro é de madeira e na janela da sacristia há uma grade de ferro forjado do séc.XVII. Possui este templo uma imagem de S. Pedro, de madeira, do séc XVI e vários paramentos do séc. XVII.Fonte: http://pwp.netcabo.pt/0247308201/vila.htm
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4. 6. 1374
D. AFONSO IV
Carta de Privilégio a Seus Almocreves
“Dom Affonso pela graça de Deus Rej de Portugal e do Algarue A quantos esta carta virem ffaço ssaber que o concelho de Monte argil me disse que a mayor parte das viandas en que sse ham de manteer que as Am de carreto de fora parte mj mandam por eles seus almotacees com ssas bestas e que lhas filham em aqueles logares hu uam pelas dictas viandas en tal guisa que aas vezes nom podem auer mantijmento pera ssj nem pera os que passam polo dicto logo e pedirom mj sobr esto mercee.
E eu ueendo o que mj pediam e querendo lhj fazer graça e mercee tenho por bem e mando que nenhuu nom sseia ousado que filhe nem mande filhar (filar) as bestas a fernando afonso e a martim rolos e a vasco esteuez e a domingos galego almocreues e uizynhos do dicto logar que mj o dicto concelho disse que lhjs compriam pera lhis tragerem as dictas viandas E mando aas mhas Justiças que se lhas Alguem ffilhar que lhas façam logo entregar vnde nom façades E o dicto concelho ou alguem por el tenha esta carta
Dante em monte argil quatro dias de Juynho El rej o mandou per Afonso esteuez francisco lourenço a fez Era de Mª iij Lxxiiij Anos
Afonso esteuez”
Fonte: Torre do Tombo - Livro 4, fl 12, de D. Afonso IV
20. 1. 1410
“Dom Fernando ... A quantos esta carta virem, fazemos saber que, considerando nós os mui altos serviços e grandes merecimentos que sempre nos fez e faz o mui leal Ihoam Stevez (João Esteves ), cavaleiro nosso vassalo, tanto em tempo de paz como de guerras... E, querendo nós remunerar e conhecer com mercês a João Esteves por tais serviços... primeiramente fazemos vila a MonteArgil que era termo de Santarém e eximimos Monteargil da jurisdição da vila de Santarém.
E queremos e outorgamos ... que tenha jurisdição como qualquer vila e castelo ... a qual, de nossa boa e livre vontade, fazemos doação pura a João Esteves e a todos os seus herdeiros e sucessores ...
E damos-lha e aos seus sucessores como direito de herança, com todas as suas entradas e saídas, e com todas as rendas e com todas as jurisdições, altas e baixas e mero e misto império com o poder de pôr nela tabeliães do modo como nós fazíamos, salvo que ressalvamos para nós a apelação por crime... E mandamos e outorgamos que ele por si e por sua própria autoridade tome e possa tomar posse da dita vila e seus pertences, a qual doação por nós e por nossos sucessores prometemos ter por firme e estável daqui por diante para todo o sempre.
E revogamos todos os direitos desta vila, se os demos ou prometemos dar a qualquer pessoa ... que possa contradizer esta doação. E mandamos que ninguém ponha obstáculos.
Outrossim queremos e outorgamos que esta doação que assim fazemos desta vila ao dito Ioham Stevez e seus sucessores seja válida para sempre, não a embargando quaisquer leis e direitos e constituições e glosas e opiniões ... e façanhas e outras quaisquer coisas que sejam pelas quais esta doação possa ser embargada ou contradita, as quais temos aqui por expressas e repetidas, as quais mandamos que não tenham lugar nesta doação nem a possam empecer.
Nós com a nossa certa ciência e poder absoluto que temos mandamos que a dita doação seja válida sem nenhum falecimento para todo o sempre. E temo-la como insinuada, se merece haver insinuação. E amaldiçoamos os nossos herdeiros e sucessores se contra ele forem em parte ou no todo ou a contradisserem e não a guardarem da forma referida.
E em testemunho disto lhe mandamos dar esta nossa carta assinada por nossa mão e selada com o nosso selo de chumbo.... Em Santiago de Beduide ( Estarreja? ), aos xx dias de Janeiro, el rei o mandou e Vasco Afonso a fez, era de mil quatrocentos e dez anos. “
Fonte: Livro 1 de D. Fernando, a fls 116 e 117, - Torre do Tombo, Lisboa.
1427
Doação de Montargil a Violante Lopes
“ D . João I, a quantos esta carta lerem fazemos saber que vimos e examinamos uma carta de nosso irmão el rei Dom Femando… em que ele fazia doação … a Rui Pereira ( foi alcaide-mor de Santarém no tempo de D. Fernando, morreu na guerra com Castela, numa nau, segundo a Estrofe 34 dos Lusíadas: "Mas olha Rui Pereira, que co rosto Faz escudo às galés, diante posto») ...e a sua mulher Violante Lopes ( Violante Lopes fora mulher de João Esteves, a quem já havia sido doada Monte Argil por D. Fernnando – ANTT: Chancelarias – Liv. 4º de D. João I, fl. 106) e a todos os seus sucessores por todo o sempre do lugar de Monte Argil, com todo seu limite que tenha no termo de Santarém e a fizera vila… tirando-a da jurisdição do castelo nosso de Santarém e dando-lhe nova jurisdição no qual limite antes? aqueles lugares a ele pertencentes era o largo da Erra em que o dito Rei nosso irmão edificara seus Paços porque o dito Rui Pereira … em serviços nossos e do dito ... fez muitos e grandes serviços … na guerra que houvemos com el rei de Castela …Portanto, querendo nós galardoar e remunerar os ditos serviços e a dita Violante Lopes sua mulher por manter honradamente seus filhos e do dito Rui Pereira que firmamos na pessoa da dita Violante Lopes e de todos seus herdeiros e sucessores a doação feita pelo dito rei D. F emando nosso irmão e queremos que ela e todos os seus herdeiros e sucessores assim … como depois … deles o dito lugar e vila de Monte Argil com o dito largo da Erra e limite … largo de Monte Argil pertencente com os frutos novos a ditos foros senhorios … que foram de Portugal…nos ditos lugares…pacificados. E mandamos ao nosso almoxarife de Santarém e das justiças dos ditos lugares e a todos os outros que metam em posse dos lugares supro? ditos a dita Violante Lopes e a mantenham em posse … dos ditos foros e rendas dos ditos lugares e mandamos outrossim às ditas justiças que façam responder a dita V. L. pelas ditas rendas, foros, tributos assim passados como presentes… E por esta carta damos poder à dita V. L. que por autoridade e com justiça e … ou por outrem possa tomar a posse dos ditos lugares… Mui nobre e leal cidade de Lisboa, 1427.”
Fonte: ANTT – Chancelarias, Liv. 1, de D. João I, fl. 36
1437
Doação de Monte Argil a Rui Pereira, não da vila Nova da Erra. A quantos esta minha carta virem fazemos saber que ... ela tinha doação, porque el Rei Dom Fernando nosso irmão ... fizera doação de Monte Argil a João Esteves ... casado com Violante Lopes, e que depois da morte do dito João esteves a dita sua mulher casara com Rui Pereira... e que o dito meu irmão elrei Dom Fernando Affonso lhe fizera doação do dito largo? de MonteArgil ao dito Rui Pereira e mais lhe fizera doação dos ditos? da vila Nova da Erra... E depois da morte do dito meu irmão ... no cerco da cidade de Lisboa, a pedido do dito Rui Pereira afirmássemos a dita doação e porque somos bem certo que o dito largo? da Erra não pertence por limitação ao dito largo de Monte Argil nem o dito Rei Dom Fernando não lhe deu o dito largo da Erra nem direitos dele pela qual razão lhe não podíamos confirmar a dita doação... Em os nossos Paços de Almeirim... João Gomes a fez ... 1437?
Fonte: IANTT - Chancelarias, D. João I, Liv. 4, fl
D. Rui Pereira, o Bravo, senhor de Montargil
* c. 1340
Pais Pai: D. Rui Gonçalves Pereira c. 1280
Mãe: Beringeira Nunes Barreto * c. 1290
Casamentos Com: Violante Soares de Albergaria * c. 1350
Filhos • D. Álvaro Pereira
• D. Teresa de Novais cc Pedro Rodrigues de Moura, senhor da Azambuja • D. Constança Rodrigues Pereira * c. 1370 cc Diogo Afonso de Figueiredo, senhor de Santo André
• D. Beringeira Pereira cc Afonso Vaz Correia
http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=51906
15.2. 1440
A justiça régia perdoa a Rodrigo Afonso, morador em Montargil, pela morte de Frei Rodrigo, clérigo de São Bento da Ordem de Avis, contando não more em Montargil, onde o crime ocorrera, guardando às partes o direito de o demandar civilmente.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo (daqui em diante ANTT) - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 20, fl. 46
Local de emissão: Lisboa (Lx)
106.
20.6. 1440
30 homens são privilegiados e libertados por D. Afonso V, que forem viver e morar para o lugar de Montargil, que tenham aí a sua casa e sejam casados, isentando-os de terem cavalo e armas para serviço régio, de servir por mar e por terra, de ir com presos e dinheiros, de serem tutores ou curadores (salvo no dito lugar e termos), de pagarem diversos impostos...
Local de emissão: Santarém
ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 20, fl. 111
11.1. 1444
Gonçalo Pires, morador em Montargil, é substituído, devido a aposentação, no lugar de besteiro da câmara, por Diogo Afonso, morador na vila de Estremoz, por privilégio de D. Afonso V.
Local de emissão: Évora
ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 24, fl. 48
NOTA: Os besteiros eram soldados medievais equipados com bestas. Era normal em Portugal os besteiros terem montadas, provinham em regra dos chamados "Besteiros do Conto" ordenação antiga pela qual todos os concelhos do país deveriam possuir um determinado número de besteiros escolhidos entre os habitantes com posses para adquirir tal armamento, já que quem tinha dinheiro para adquirir uma besta tambem podia sustentar um cavalo ou outra montada, deslocavam-se a cavalo no terreno da batalha mas por regra desmontavam para combater. Acontecia ainda que os chamados "Cavaleiros Vilões" (milites villani) armavam-se frequentemente com besta, dado que era uma arma que qualquer pessoa poderia utilizar mesmo não sendo particularmente possante, montados numa pileca, com a besta, poderiam enfrentar um nobre cavaleiro de armadura montado num corcel de guerra.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Besteiro
14.1. 1454
Lopo Gil, filho de Gil Esteves, morador em Montargil, e de Catarina Vasques, mulher solteira, é legitimado por Afonso V.
Local de emissão: Sardoal
ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 10, fl. 1v.
28.10. 1477
Diogo da Costa, morador em Montargil, é nomeado por Afonso V para os cargos de tabelião do cível e crime e de escrivão da almotaçaria da câmara e dos orfãos de Montargil. No dia 29.10. 1477 o mesmo Diogo da Costa é ainda nomeado para o cargo de escrivão das sisas régias de Montargil, em substituição de Gonçalo Pires, escrivão do celeiro régio, de Almeirim, que renunciara.
Local de emissão: Santarém
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 18, fls 102 e 104
1481Apresentação e registo do sinal público de tabelionado do provido no lugar, Pero Calça, vassalo régio, para o cargo de tabelião do cível e crime em Montargil, em substituição do anterior que renunciara por morar em Avintes.
Local de emissão: Sintra
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 18, fls 102 e 104
11.3. 1498
Bartolomeu Fernandes, morador em Montargil, é nomeado escrivão das sisas do lugar e seu termo, em substituição de Diogo de Castro, que renunciou, por público instrumento feito por João Miguens, público tabelião no lugar, a 8 de Março de 1498, com mantimento de 55 reais e 1 preto por milheiro de tudo o que as sisas renderem até chegar á quantia de 1. 000 reais por ano. El-rei o mandou por D. Diogo Lopo, do seu Conselho, vedor da Fazenda. Francisco de Matos a fez.
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 37, fl. 12v
24. 7. 1500
D. Manuel: a quantos esta nossa carta virem fazemos saber que por parte de Dom Rodrigo de Moura fidalgo de nossa casa foi apresentada uma nossa carta de que teor? tal é: Dom Manuel. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber que da parte de Dom Rolim nos foi apresentada uma carta que tal é: Dom Fernando pela graça de Deus Rei de Portugal e do Algarve a quantos esta carta virem fazemos saber que com a Rainha Dona Leonor, nossa mulher lídima ambos em ... considerando os mui altos serviços e grandes merecimentos que nos sempre fez e faz mui lealmente Rui Pereira cavaleiro alcaide do nosso castelo de Santarém com sua mulher Violante Lopes. E querendo nós remunerar e conhecer com mercês aos ditos Rui Pereira e sua mulher por serviços que assim deles recebemos como cada um rei. Tendo de fazer primeiramente fazemos vila a Montragil que era termo de Santarém e exemimo-la? da jurisdição da vila de Santarém e fazemo-la vila e queremos e outorgamos: do nosso comprido poder que tenha jurisdição como qualquer vila ou castelo, que não esteja sujeita a outro lugar a qual é por nós assim feita vila, isenta tirada da jurisdição da dita vila de Santarém de nossas altas e livres vontades fazemos doação pura antre ... ao dito Rui Pereira e à dita Violante Lopes sua mulher da dita vila de Montargil e a todos seus herdeiros e sucessores que deles vierem e damos-lha de jure e herdade a ele e seus herdeiros com todos seus direitos e pertenças e com todas outras suas entradas e saídas e com todas rendas e com todas suas jurisdições altas e baixas e mero misto império com poder de pôr lá tabeliães pela guiza que nós fazíamos: salvo que reservamos para nós as apelações do crime. E mandamos que faça da dita vila como de sua própria possessão: mandamos e outorgamos que elle por sy e por suas proprias autoridades possam tomar e tomem a posse da dita vila rendas e pertenças dela a qual doação por nós e por nossos sucessores prometemos daver por firme e estável daqui em diante para todo o sempre. E revogamos alguns direitos se os demos nessa vila ou prometemos dar a quaisquer pessoas que …forem poer e contradizer contra esta doação mandamos que se não possam.... empecer. E e outro sim queremos e outorgamos que esta doação que assim fazemos da dita vila ao dito Ruy Pereira e sua mulher e seus sucessores seja valiosa para todo o sempre sem embargo de quaisquer Leis direitos e custumes e constituições e opiniões e façanhas e outras quaisquer coisas que sejam porque se esta doação possa ou pode embargar, ou contradizer as quais nós aqui havemos por expressas e repetidas, as quais queremos e mandamos que não hajam lugar nesta doação que lhe possa empecer que nós de nossa ciência poder absoluto queremos e mandamos que a dita doação seja valiosa sem nenhum desfalecimento para todo o sempre e havemo-la por insinuada se merecesse haver insinuação e damos maldição a nossos herdeiros e subsessores se contra ela forem em parte ou em todo, ou a contradiserem e a não guardarem pella guiza que dito; e em testemunho disto lhe mandamos dar ao dito e a sua mulher esta nossa carta asisnada por nossa mão e selada com o nosso selo de chumbo. Dante em Santarem a dezoito dias de Junho. ElRey o mandou; João Marcos a fez; era de mil e quatro centos e onze annos = Pedindo-me o dito Dom Rolim que porquanto ele era o herdeiro legítimo que a dita vila herdara lhe quisemos confirmar a dita carta. E visto por lhe fazer mercê temos por bem lha confirmarmos como se nela contém. E porém mandamos aos ditos nossos oficiais e pessoas a que pertencer que assim lha cumpram e guardem e façam cumprir mui inteiramente e guardar sem dúvida que lhe ponham. Dada em Lisboa aos cinco dias de Fevereiro. Joao Paes a fez. Anno de mil e quinhentos = Pedindo-nos o dito Dom Rodrigo por mercê que porquanto ele era filho legítimo mais velho do dito Dom Rolim por cujo falecimento lhe pertencia herdar e suceder a dita vila de Montargil lhe confirmássemos a dita carta e doação; visto por nós pelos ditos respeitos por lhe fazermos mercê temos por bem e lha confirmamos, e havemos por confirmada assim e pella guiza, e maneira que nela se contem e mandamos a todos os nossos oficiais, justiças, e pessoas a que esta nossa carta e conhecimento desta pertencer que lha cumpram e guardem e façam inteiramente em tudo cumprir e guardar sem nenhuma dúvida nem embargo que a ela ponham porque assim nos apraz e é a nossa mercê.
Dada na nossa cidade de Lisboa, a vinte e quatro de Abril digo de Julho de mil e quinhentos.
Fonte: IANTT - Leitura Nova, Liv. 7 de Odiana, fl. 112 vº
8.11. 1501
Jorge, enviou dizer por sua petição que Aparício, outrossim homem solteiro, puseram fogo em a charneca de Montargil sem licença, por bem do que ora preso pelo Juiz de Montargil e fora entregue, assim preso, ao Juiz de Santarém, onde então estava preso. E pelo seu feito fora acusado e tanto processado que fora condenado poe sentença do Juiz de Santarém em 2. 000 rs e para a arca dos cativos, e outros 1. 000 para as calçadas e despesas de Santarém e fosse preso até mercê del- rei, segundo a forma de ordenação, segundo o instrumento de sentença?, feito e assinado por Bartolomeu...Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 46, fls. 105 – 105v
5.1. 1502
Gil Martins, morador em Montargil e termo desta vila, nomeado monteiro e guardador da mata da Ota, em substituição de João Franco, monteiro mor no Bairro, termo da vila de Alenquer, aposentado por 60 anos de idade...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 17, fl 110v
4.10. 1511
A Álvaro Pires Canhenho, morador em Montargil, de 40 anos de idade, privilégio de besteiro do monte em forma.
Local de emissão: Évora
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 29, fl. 29v
A Francisco Esteves Melro, morador em Montargil, de 30 anos de idade, privilégio de besteiro do monte em forma. Assinado por Garcia de Melo, anadel- mor
Local de emissão: Évora
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 7, fl. 3v?
11. 1. 1512
Martins Anes, morador em Montargil, termo da vila de Aldeia Galega, nomeado monteiro e guardador da mata da Ota, em substituição de Fernão Vaz, morador na Azambuja, falecido. Pero Vaz a fez.
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 17, fl 110
4. 5. 1512
A Pero Annes Lionardo, morador em Amieira, termo de Montargil, de 30 anos de idade, privilégio de besteiro do monte ...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 7, fl. 23vv
10. 1513
Martinho Eanes, morador em Montargil, homem de 35 anos, quando do seu afilhamento?Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 46, fl. 140
24. 4. 1514
A D. Rodrigo de Moura, confirmação da doação feita por D. Fernando, ensembra com dona Leonor, em santarém, a 17 de Junho de 1411 (AD 1373), a Rui Pereira, cavaleiro, alcaide do castelo de Santarém, de Montargil, que elevava á categoria de vila, eximindo-a da jurisdição de Santarém, para ele e Violante Lopes, sua mulher, e todos os herdeiros e sucessores, com todas as rendas e jurisdições, altos e baixos, mero e misto império, e com poder de pôr aí tabeliães. Ressalva contudo, os apelos de crime. Esta dioação fora já confirmada a dom Rolim, pai de Rodrigo de Moura, por carta feita por João Pais, em...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 15, fl. 158
A D. Rodrigo de Moura, por ser o filho mais velho de dom Rolim, confirmação dos bens de dom Judá, tesoureiro que fora de D. Fernando, que, por sentença foram confirmados e apropriados à coroa portuguesa por D. João I, Mestre de Avis e Regedor do reino porquanto achou que andava em serviço do rei de Castela. E querendo dispor dos bens, e porque Rui Pereira e Violante Lopes, sua mulher, serviram fielmente, para sua mantença e de seus filhos... o Mestre fez pura e irreversível doação dos bens de dom Judá e os punha em posse de Violante Lopes e...
Local de emissão: Lx
Fonte: ANTT - Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 15, fl. 159
1517/1584
MONTARGIL, ao tempo de Francisco de Holanda
[fl. 20v] ;E não pudera eu crer esta coisa se quando parti de Lisboa indo a Roma, logo em Sacavém não achava a via romana e a ponte quebrada no Rio, e nas charnecas de Montargil, ali onde chamam as Mestas ( Venda das Mestas, hoje na Bemposta), as calçadas de scilice (silex)..”;
Fonte: fl. 20v, do Livro: “Da Fábrica (Obras) que falece(faltam) à Cidade de Lisboa”, de Francisco de Holanda, da Livros Horizonte, 1984
Friday, January 11, 2008
PINTAR... Um Olhar?
.
Como é bom recordar
Bons tempos, tempos
De amor e de amar,
Tempos passados!
.
Não adulterem a criança,
Que não gosta de fazer mal:
Não somos todos bons
Na hora da morte?
.
Somos o que fomos;
Seremos o que somos:
Toca a música suave
Ou forte aos ouvidos,
Canta, ri-te!
.
E, do feijão e da couve
Nunca me canso.Há melhor?
No comer, no observar, no...
No amar. Ama perdidamente!
.
Chá de Tília
Para acalmar.
Trabalhar na vigília,
Na nossa terra e no mar...
.
Torga, Eva...
Natureza... pintar.
.
E, antecipar,
Tem de ir ser bom,
Pois, há gostar!
SOUBE-me Tão Bem!
.
Soube-me tão bem!
E... o frio também!
E o vento até...
E o calor,
A chuva e o sol!
Da terra e da água,
Nem se fala...
O SEGREDO
Nada nem ninguém
Teve princípio
Ou terá fim. Vem,
Conhece o segredo:
Desejar gozo,
Felicidade para todos,
Mas mesmo todos os seres,
(Nós também somos),
É fundamental!
Esta é a glória,
Esta é a lei!
1631
CAPELA de JOÃO LOPES PRATES
Monte Argil, Capela que instituíu João Lopes Prates do termo de MonteArgil de que é administrador Vitoriano Lourenço Lopes... Hoje Francisco Prates lavrador da Sesmaria do Ferro das Vacas Hoje António Prates lavrador da herdade das Barreiras
... não dizia mais o título dos ditos autos nos quais a folhas duas se acha uma sentença passada em nome do Doutor Francisco Nunes da Rosa Provedor que foi desta Comarca e por ele assinada e subscrita por João de Souza e Azevedo com data de vinte e sete de Outubro de mil setecentos e cincoenta e dois e nela se acha incorporado o testamento daquele senhor que é o seguinte:---------
Testamento
Saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano do nascimento de nosso senhor Jesus cristo de mil e seiscentos e trinta e um anos aos dois dias do mês de Dezembro do dito ano na herdade do Paul do Azevedo termo desta vila de MonteArgil donde donde João Prates lavrador e morador na dita herdade estando ele deitado doente em cama de doença natural mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito quanto Deus nosso Senhor ... segundo parecer de mim tabelião e das testemunhas no fim assinadas logo por ele foi dito perante mim tabelião e testemunhas no fim assinadas que ele temendo a morte não sabendo o dia que nosso senhor será havido de o levar da vida presente fazia e ordenava seu testamento pela maneira seguinte:---------Disse que encomendava sua alma a Deus nosso senhor e a virgem Maria seja bendita mais que ele com todos os santos e santas da corte do céu sejam seus ... para que Deus nosso senhor lhe perdoe seus pecados. Disse ele testador que sendo Deus servido................ da vida presente seu corpo será sepultado dentro da Igreja Matriz de Santo Ildefonso onde é freguês na cova de sua mulher Margarida Nunes que Deus tem e o acompanhará a Santa Misericórdia até à sepultura .... e o acompanharão as confrarias e se lhe dará a esmola costumada sendo horas no dia do seu falecimento se dirá a missa de corpo presente ofertada com meia canada de vinho e dois pães e quando não forem horas lha dirão logo ao outro dia seguinte e assim lhe dirão mais um ofício de nove lições ofertado com um alqueire de trigo e um almude de vinho e um carneiro será feito dentro de um mês do dia do seu falecimento e assim mais lhe dirão outro ofício inteiro de nove lições com seus responsos? dentro de seis meses do dia seu falecimento e lhe? darão ... duzentos reis. Disse ele testador que se digam mais cinco missas rezadas e outras cinco pelas chagas e outra ao anjo da sua guarda e assim lhe digam mais outra missa pela alma de seu Pai e Mãe. Disse ele testador que ele tem ... e no termo da vila de Monte Argil no Cazal das Barreiras meio que ....... mais tem no Vale de Vilão a posse do Cazal que é seu .......Senhorio e lhe rende um moio de centeio do qual paga a António Coelho seis alqueires de renda em cada ano e a Inês Luís dá? dez alqueires de centeio de renda dos quais cazais tem título e neles tinha uma Capela para sempre enquanto o mundo durar dezasseis missas a saber oito pela alma dele testador outras oito pela alma de sua mulher Margarida Nunes que Deus tem e pelas quais darão de esmola mil réis os quais cazais obrigam a dita Capela e não puderam ser vendidos trocados nem alheados? em tempo algum e assim deu mais digo assim deu a mais à Santa Misericórdia da vila de Monte Argil dois alqueires de centeio de foro com condição de destrato o qual foro paga Izabel Dias mulher que foi de Pedro Miguel os quais se lhes... em Vale da Vaca e lhos arrendou por preço de dois mil réis forros e assim deu a mais à santa Misericórdia quatro mil réis que lhe deve a dita Isabel Dias pelo que pediu? lhe faria mais quatro alqueires de ... ... ... mais tinha ...............alqueires acima como dito tem.............com obrigação de lhe dizer mais? a dita Casa da Misericórdia uma missa rezada para sempre enquanto o mundo durar dia de Páscoa da Ressurreição e com obrigação de virem baixar?seu corpo os irmãos........ Disse que tinha? de esmolas ao Santíssimo Sacramento da dita vila quatro alqueires de trigo em cada um ano ... dos quais ele testador comprou a .... Dias e outros quatro alqueires de trigo a nossa senhora da Assunção? No mesmo Casal de Montalvo .... retro que comprou a .... Dias com declaração que ..... tratando-se em algum tempo os mordomos que ...... e serão? obrigados tanto que .... ..... outros para as ditas Confrarias. Disse que deixava de Esmola à Confraria das almas quatrocentos réis. Disse que deixava mais de esmola a Santo António e São Bento e Santo Ildefonso e São Pedro e ao Espírito Santo e ao nome de Jesus? cem réis a cada uma e a nossa Senhora do Rosário trezentos réis e todas estas confrarias acompanharão seu corpo à sepultura. Disse ele testador que deixava a Diogo Dias seu cunhado um boi que lá traz? por nome Cartaxo e mais disse ..... que deixava de esmola a Catarina Lopes sua comadre mil e duzentos réis, que deixava mais a Francisco Fernandes seu sobrinho o seu vestido? aberto de Saragossa calças ... Disse ele testador que Simão Bernardes que vive nos Cavaleiros lhe paga em cada um ano seis alqueires de centeio de Retro? que está assentado ainda lhe não tem feita conta que obrigue que o faça ou lhe tome seu dinheiro. Disse ele testador que lhe tem certas obrigações as quais a del digo a dita sua mulher sabe que ele me dera satisfação delas e declarou que que ele comprara uma ... de ovelhas a Pero Domingues da Ponte que eram cento e quarenta e oito cabeças as quais lhe comprara .. e que a conta ..... lhe tinha dado dez mil Reis antes? Lhe emprestara o padre Lourenço Dias, cinco mil Reis manda? se lhe paguem e tudo o mais que constar que ele testador deve manda se lhe pague e depois de seus legados? cumpridos o remanescente de sua terça deixa à dita sua mulher Catarina Dias em sua vida e por sua morte torne a seus herdeiros dele testador e declarou que a Capela de que faz menção atrás deixa por adimistrador dela suas filhas Catarina Nunes e Maria e morrendo uma ficava a outra assim irá correndo sempre a linha direita da parte dele testador na parte mais chegada dele ...... e que havia por feito e acabado digo por feito este testamento e acabado por ele tem por quebrados os mais testamentos ....... que em seu nome antes deste .... e só este? Quer que se cumpra e tenha efeito e vigor tão cumpridamente como nele se contém porquanto esta é a sua última vontade digo última e derradeira vontade e assim requer as justiças de Sua Magestade lhe façam cumprir como nele se contém e rogou ele testador sua mulher Catarina Dias seja sua testamenteira e lhe cumpra tudo o que elle também fizera se? Da sua parte lhe fora pedido e Deus ... quem por ela? Faça ..............................lhe deixa o remanescente de sua terça na forma que dito ... por tudo ser verdade mandou ser feito este público instrumento de testamento que foi por ele aceitado e outorgado e assinado sem embargo dele fazer seu ferro e sinal assina por ele a seu rogo seu enteado Jerónimo Dias mancebo solteiro e António Dias moradores na Ponte do Souro e seu termo o declarou o dito testador João Prates que deixava por seus universais herdeiros a catarina Nunes e Maria suas filhas e a terça à dita sua mãe?? .............................. na forma atrás dita, testemunhas sobreditas e eu baltazar Sardinha tabelião o escrevi do testador João Lopes Prates assino pelo testador a seu rogo e como testemunha Jerónimo Dias de Diogo digo de Francisco Fernandes de Antonio Dias ... Bráz Dias de António Rodrigues
.
Como é bom recordar
Bons tempos, tempos
De amor e de amar,
Tempos passados!
.
Não adulterem a criança,
Que não gosta de fazer mal:
Não somos todos bons
Na hora da morte?
.
Somos o que fomos;
Seremos o que somos:
Toca a música suave
Ou forte aos ouvidos,
Canta, ri-te!
.
E, do feijão e da couve
Nunca me canso.Há melhor?
No comer, no observar, no...
No amar. Ama perdidamente!
.
Chá de Tília
Para acalmar.
Trabalhar na vigília,
Na nossa terra e no mar...
.
Torga, Eva...
Natureza... pintar.
.
E, antecipar,
Tem de ir ser bom,
Pois, há gostar!
SOUBE-me Tão Bem!
.
Soube-me tão bem!
E... o frio também!
E o vento até...
E o calor,
A chuva e o sol!
Da terra e da água,
Nem se fala...
O SEGREDO
Nada nem ninguém
Teve princípio
Ou terá fim. Vem,
Conhece o segredo:
Desejar gozo,
Felicidade para todos,
Mas mesmo todos os seres,
(Nós também somos),
É fundamental!
Esta é a glória,
Esta é a lei!
1631
CAPELA de JOÃO LOPES PRATES
Monte Argil, Capela que instituíu João Lopes Prates do termo de MonteArgil de que é administrador Vitoriano Lourenço Lopes... Hoje Francisco Prates lavrador da Sesmaria do Ferro das Vacas Hoje António Prates lavrador da herdade das Barreiras
... não dizia mais o título dos ditos autos nos quais a folhas duas se acha uma sentença passada em nome do Doutor Francisco Nunes da Rosa Provedor que foi desta Comarca e por ele assinada e subscrita por João de Souza e Azevedo com data de vinte e sete de Outubro de mil setecentos e cincoenta e dois e nela se acha incorporado o testamento daquele senhor que é o seguinte:---------
Testamento
Saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano do nascimento de nosso senhor Jesus cristo de mil e seiscentos e trinta e um anos aos dois dias do mês de Dezembro do dito ano na herdade do Paul do Azevedo termo desta vila de MonteArgil donde donde João Prates lavrador e morador na dita herdade estando ele deitado doente em cama de doença natural mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito quanto Deus nosso Senhor ... segundo parecer de mim tabelião e das testemunhas no fim assinadas logo por ele foi dito perante mim tabelião e testemunhas no fim assinadas que ele temendo a morte não sabendo o dia que nosso senhor será havido de o levar da vida presente fazia e ordenava seu testamento pela maneira seguinte:---------Disse que encomendava sua alma a Deus nosso senhor e a virgem Maria seja bendita mais que ele com todos os santos e santas da corte do céu sejam seus ... para que Deus nosso senhor lhe perdoe seus pecados. Disse ele testador que sendo Deus servido................ da vida presente seu corpo será sepultado dentro da Igreja Matriz de Santo Ildefonso onde é freguês na cova de sua mulher Margarida Nunes que Deus tem e o acompanhará a Santa Misericórdia até à sepultura .... e o acompanharão as confrarias e se lhe dará a esmola costumada sendo horas no dia do seu falecimento se dirá a missa de corpo presente ofertada com meia canada de vinho e dois pães e quando não forem horas lha dirão logo ao outro dia seguinte e assim lhe dirão mais um ofício de nove lições ofertado com um alqueire de trigo e um almude de vinho e um carneiro será feito dentro de um mês do dia do seu falecimento e assim mais lhe dirão outro ofício inteiro de nove lições com seus responsos? dentro de seis meses do dia seu falecimento e lhe? darão ... duzentos reis. Disse ele testador que se digam mais cinco missas rezadas e outras cinco pelas chagas e outra ao anjo da sua guarda e assim lhe digam mais outra missa pela alma de seu Pai e Mãe. Disse ele testador que ele tem ... e no termo da vila de Monte Argil no Cazal das Barreiras meio que ....... mais tem no Vale de Vilão a posse do Cazal que é seu .......Senhorio e lhe rende um moio de centeio do qual paga a António Coelho seis alqueires de renda em cada ano e a Inês Luís dá? dez alqueires de centeio de renda dos quais cazais tem título e neles tinha uma Capela para sempre enquanto o mundo durar dezasseis missas a saber oito pela alma dele testador outras oito pela alma de sua mulher Margarida Nunes que Deus tem e pelas quais darão de esmola mil réis os quais cazais obrigam a dita Capela e não puderam ser vendidos trocados nem alheados? em tempo algum e assim deu mais digo assim deu a mais à Santa Misericórdia da vila de Monte Argil dois alqueires de centeio de foro com condição de destrato o qual foro paga Izabel Dias mulher que foi de Pedro Miguel os quais se lhes... em Vale da Vaca e lhos arrendou por preço de dois mil réis forros e assim deu a mais à santa Misericórdia quatro mil réis que lhe deve a dita Isabel Dias pelo que pediu? lhe faria mais quatro alqueires de ... ... ... mais tinha ...............alqueires acima como dito tem.............com obrigação de lhe dizer mais? a dita Casa da Misericórdia uma missa rezada para sempre enquanto o mundo durar dia de Páscoa da Ressurreição e com obrigação de virem baixar?seu corpo os irmãos........ Disse que tinha? de esmolas ao Santíssimo Sacramento da dita vila quatro alqueires de trigo em cada um ano ... dos quais ele testador comprou a .... Dias e outros quatro alqueires de trigo a nossa senhora da Assunção? No mesmo Casal de Montalvo .... retro que comprou a .... Dias com declaração que ..... tratando-se em algum tempo os mordomos que ...... e serão? obrigados tanto que .... ..... outros para as ditas Confrarias. Disse que deixava de Esmola à Confraria das almas quatrocentos réis. Disse que deixava mais de esmola a Santo António e São Bento e Santo Ildefonso e São Pedro e ao Espírito Santo e ao nome de Jesus? cem réis a cada uma e a nossa Senhora do Rosário trezentos réis e todas estas confrarias acompanharão seu corpo à sepultura. Disse ele testador que deixava a Diogo Dias seu cunhado um boi que lá traz? por nome Cartaxo e mais disse ..... que deixava de esmola a Catarina Lopes sua comadre mil e duzentos réis, que deixava mais a Francisco Fernandes seu sobrinho o seu vestido? aberto de Saragossa calças ... Disse ele testador que Simão Bernardes que vive nos Cavaleiros lhe paga em cada um ano seis alqueires de centeio de Retro? que está assentado ainda lhe não tem feita conta que obrigue que o faça ou lhe tome seu dinheiro. Disse ele testador que lhe tem certas obrigações as quais a del digo a dita sua mulher sabe que ele me dera satisfação delas e declarou que que ele comprara uma ... de ovelhas a Pero Domingues da Ponte que eram cento e quarenta e oito cabeças as quais lhe comprara .. e que a conta ..... lhe tinha dado dez mil Reis antes? Lhe emprestara o padre Lourenço Dias, cinco mil Reis manda? se lhe paguem e tudo o mais que constar que ele testador deve manda se lhe pague e depois de seus legados? cumpridos o remanescente de sua terça deixa à dita sua mulher Catarina Dias em sua vida e por sua morte torne a seus herdeiros dele testador e declarou que a Capela de que faz menção atrás deixa por adimistrador dela suas filhas Catarina Nunes e Maria e morrendo uma ficava a outra assim irá correndo sempre a linha direita da parte dele testador na parte mais chegada dele ...... e que havia por feito e acabado digo por feito este testamento e acabado por ele tem por quebrados os mais testamentos ....... que em seu nome antes deste .... e só este? Quer que se cumpra e tenha efeito e vigor tão cumpridamente como nele se contém porquanto esta é a sua última vontade digo última e derradeira vontade e assim requer as justiças de Sua Magestade lhe façam cumprir como nele se contém e rogou ele testador sua mulher Catarina Dias seja sua testamenteira e lhe cumpra tudo o que elle também fizera se? Da sua parte lhe fora pedido e Deus ... quem por ela? Faça ..............................lhe deixa o remanescente de sua terça na forma que dito ... por tudo ser verdade mandou ser feito este público instrumento de testamento que foi por ele aceitado e outorgado e assinado sem embargo dele fazer seu ferro e sinal assina por ele a seu rogo seu enteado Jerónimo Dias mancebo solteiro e António Dias moradores na Ponte do Souro e seu termo o declarou o dito testador João Prates que deixava por seus universais herdeiros a catarina Nunes e Maria suas filhas e a terça à dita sua mãe?? .............................. na forma atrás dita, testemunhas sobreditas e eu baltazar Sardinha tabelião o escrevi do testador João Lopes Prates assino pelo testador a seu rogo e como testemunha Jerónimo Dias de Diogo digo de Francisco Fernandes de Antonio Dias ... Bráz Dias de António Rodrigues
Thursday, January 10, 2008
VIDA
A vida estará tanto nalguma matéria primordial dita inorgânica, que é Deus, como nalguma matéria residual, após os grandes ciclos, que igualmente se dirá inorgânica, e que é Deus também, e donde derivam todos os seres e toda a matéria.
E, o chá calmante, tília, p.e., também é muito importante.
.
HOMO SAPIENS
.
Umas vezes ganham
Uns, outras vão ganhar
Outros: todos ganham,
Com caminho sempre livre.
.
Utilizemos a beleza
Sempre à mão
Para nos acalmar a mente
E, a graça: um sorriso,
.
Uma curiosidade,
Um louvor, uma dádiva,
O que nos trascende...
O respirar, o cuidar...
.
E para excitar: um suave
Perfume, uma crença rara,
Um toque fino..
.
Homo erectus, homo sapiens
.Homo placeres, homem feliz...
Que gozo, que amor,
Que dizer!
.
Tranquilidade, agitação:
Tudo na perfeição...
.
ILUSÃO?
.
Não te quero converter,
Mas, anima-te! Dever
A chamou? Será em ver-
-Me que passa a temer?
.
Leão, áspide, criança
Juntos, em ligeira dança...
A venturosa mudança,
No moinho do Piança!
.
Maldade é felicidade
Terminar de idade
Qualquer, da cidade
Ou do mato. Insanidade!
.
Voltou! E transfigurada!
Nenhuma filha criada?
Tu ainda tens criada?
Estaria restaurada.
.
Acalmar ou agitar?
De certeza, não matar;
Logo, é não excitar.
Vamos mas é pois amar
Dentes brancos,
Preto carvão..
A vida estará tanto nalguma matéria primordial dita inorgânica, que é Deus, como nalguma matéria residual, após os grandes ciclos, que igualmente se dirá inorgânica, e que é Deus também, e donde derivam todos os seres e toda a matéria.
E, o chá calmante, tília, p.e., também é muito importante.
.
HOMO SAPIENS
.
Umas vezes ganham
Uns, outras vão ganhar
Outros: todos ganham,
Com caminho sempre livre.
.
Utilizemos a beleza
Sempre à mão
Para nos acalmar a mente
E, a graça: um sorriso,
.
Uma curiosidade,
Um louvor, uma dádiva,
O que nos trascende...
O respirar, o cuidar...
.
E para excitar: um suave
Perfume, uma crença rara,
Um toque fino..
.
Homo erectus, homo sapiens
.Homo placeres, homem feliz...
Que gozo, que amor,
Que dizer!
.
Tranquilidade, agitação:
Tudo na perfeição...
.
ILUSÃO?
.
Não te quero converter,
Mas, anima-te! Dever
A chamou? Será em ver-
-Me que passa a temer?
.
Leão, áspide, criança
Juntos, em ligeira dança...
A venturosa mudança,
No moinho do Piança!
.
Maldade é felicidade
Terminar de idade
Qualquer, da cidade
Ou do mato. Insanidade!
.
Voltou! E transfigurada!
Nenhuma filha criada?
Tu ainda tens criada?
Estaria restaurada.
.
Acalmar ou agitar?
De certeza, não matar;
Logo, é não excitar.
Vamos mas é pois amar
Dentes brancos,
Preto carvão..
Wednesday, January 09, 2008
PESSOAL
.
- Diz-me que me amas!
- Claro que te amo, tonto!
Conta-me tudo, ponto por ponto.
- É boa a liberdade,
Depois de tanto contar…
Vai triunfar o amar!
A beleza, a graça,
A música inspirada, equilibrada…
Para quê a desgraça?
Que todos sejam felizes!
Está sempre comigo!
- Claro que estou, esperto!
Estou sempre perto…
Não há lugar para a divisão.
- És incrível!...
- faz-se o que se pode…
- Não há hipóteses!.
- Todas as hipóteses do mundo!
.
- Diz-me que me amas!
- Claro que te amo, tonto!
Conta-me tudo, ponto por ponto.
- É boa a liberdade,
Depois de tanto contar…
Vai triunfar o amar!
A beleza, a graça,
A música inspirada, equilibrada…
Para quê a desgraça?
Que todos sejam felizes!
Está sempre comigo!
- Claro que estou, esperto!
Estou sempre perto…
Não há lugar para a divisão.
- És incrível!...
- faz-se o que se pode…
- Não há hipóteses!.
- Todas as hipóteses do mundo!
CONCENTRAÇÃO
.
Pensamentos desordenadamente
Multiplicados, sem concentração,
Podem fazer corpo muito doente:
Cesse portanto preocupação!
.
Se foi, a dor já não é necessária;
Não há boas notícias p’ra darem?
Hoje não doeu nadinha à Mária.
Por que então não o anunciarem?
.
Atentos, mas descontraídos, vastos.
Não te assustes com imensidão.
Futuro? Tenhamos pensares castos,
Gostemos também da escuridão!
.
Crítica, queixume e pessimismo
Não resolvem nada. Só amor resolve!
Não matem o amor, por favor! Sismo,
Retaliação a dor não dissolve…
.
Alegra-te, amigo(a), e, anima-te,
Mas, não muito. Não queiras entender
Tudo. Se solidão te dói, arrima-te:
Há sempre quem nos queira mesmo ver!
.
Não é bom se não foi pelo dever
Que abusámos do prazer, e, alma
Gémea era, antes de haver
Divisão, una connosco e calma.
.
Tivemos vidas passadas, teremos
Vidas futuras: deixemos gozar
Todos os seres. E, não viveremos
O que outros já viveram, Amar?
.
Pensamentos desordenadamente
Multiplicados, sem concentração,
Podem fazer corpo muito doente:
Cesse portanto preocupação!
.
Se foi, a dor já não é necessária;
Não há boas notícias p’ra darem?
Hoje não doeu nadinha à Mária.
Por que então não o anunciarem?
.
Atentos, mas descontraídos, vastos.
Não te assustes com imensidão.
Futuro? Tenhamos pensares castos,
Gostemos também da escuridão!
.
Crítica, queixume e pessimismo
Não resolvem nada. Só amor resolve!
Não matem o amor, por favor! Sismo,
Retaliação a dor não dissolve…
.
Alegra-te, amigo(a), e, anima-te,
Mas, não muito. Não queiras entender
Tudo. Se solidão te dói, arrima-te:
Há sempre quem nos queira mesmo ver!
.
Não é bom se não foi pelo dever
Que abusámos do prazer, e, alma
Gémea era, antes de haver
Divisão, una connosco e calma.
.
Tivemos vidas passadas, teremos
Vidas futuras: deixemos gozar
Todos os seres. E, não viveremos
O que outros já viveram, Amar?
Tuesday, January 08, 2008
A NOSSA VERDADEIRA
NATUREZA
.
A nossa verdadeira natureza
É: imortal, boa e poderosa,
Não condicionada, de pureza
Só, alegre, livre, maravilhosa!
.
A nossa verdadeira natureza
É também: pacífica, amorosa,
Desapegada, nada odiosa,
De trabalho, criativa, de firmeza!
.
A nossa verdadeira natureza
É a de deus: corpo e alma, una,
Calma, sábia, cheia de justeza,
Sem medo, prudente, como a luna!
.
A nossa verdadeira natureza
Também se cansa: como realeza,
Descansa quando está cansada
De verdade: p’ ra ser ressuscitada!
.
A nossa verdadeira natureza
É harmoniosa, perfeita, bela…
Belíssima, tudo faz bem… Beleza
Superior só a de Deus, Alteza!
.
A ESSÊNCIA
.
O sexo é a essência
Em homens e animais:
Ah, aqueles paternais(filiais)
Cuidados! Adolescência!
.
Não há alma nem a mente
Sem corpo, nem este sem
Sexo. Mentir não convém.
E comer: saudavelmente.
.
Enterrar é semear:
Quem nos semeia é Deus.
Somos frutos bons e seus:
Essência é amar.
.
Quanto mais fraco, feio,
Dorido... Mais necessita
De ser amado: visita
Todos, amor, em passeio.
.
Trabalhar com grande amor
É essência urgente:
Trabalho inteligente,
Com mãos, cabeça, ardor.
.
Terra, água, calor
Fazem nascer, produzir...
Que gozo em consentir!
Feliz do agricultor...
.
Arte: música, escrita,
Dança, pintura... As belas
Artes... Recompensa elas
São. Maldade é proscrita.
.
Dormir, sesta, descansar,
Religião e ciência...
E há mais grande essência:
Onde foi reencarnar?
.
TERTÚLIAS
.
Tertúlias,
Prémios literários,
Poesia viva,
Todos poetas,
Igualdade, justiça!
Potuguesas Júlias,
Belos itinerários,
Baixa do I.V.A.,
Alcançadas metas,
Cabeleira mestiça!
Carnes anule-as,
Bons fontanários,
Nossa diva,
Nada de setas,
Não metediça!!
.
MORRER
.
Morrer é p'ra renascer,
Para o mais e melhor
Produzir... Convém pois ver
Se estou bom, não pior.
NATUREZA
.
A nossa verdadeira natureza
É: imortal, boa e poderosa,
Não condicionada, de pureza
Só, alegre, livre, maravilhosa!
.
A nossa verdadeira natureza
É também: pacífica, amorosa,
Desapegada, nada odiosa,
De trabalho, criativa, de firmeza!
.
A nossa verdadeira natureza
É a de deus: corpo e alma, una,
Calma, sábia, cheia de justeza,
Sem medo, prudente, como a luna!
.
A nossa verdadeira natureza
Também se cansa: como realeza,
Descansa quando está cansada
De verdade: p’ ra ser ressuscitada!
.
A nossa verdadeira natureza
É harmoniosa, perfeita, bela…
Belíssima, tudo faz bem… Beleza
Superior só a de Deus, Alteza!
.
A ESSÊNCIA
.
O sexo é a essência
Em homens e animais:
Ah, aqueles paternais(filiais)
Cuidados! Adolescência!
.
Não há alma nem a mente
Sem corpo, nem este sem
Sexo. Mentir não convém.
E comer: saudavelmente.
.
Enterrar é semear:
Quem nos semeia é Deus.
Somos frutos bons e seus:
Essência é amar.
.
Quanto mais fraco, feio,
Dorido... Mais necessita
De ser amado: visita
Todos, amor, em passeio.
.
Trabalhar com grande amor
É essência urgente:
Trabalho inteligente,
Com mãos, cabeça, ardor.
.
Terra, água, calor
Fazem nascer, produzir...
Que gozo em consentir!
Feliz do agricultor...
.
Arte: música, escrita,
Dança, pintura... As belas
Artes... Recompensa elas
São. Maldade é proscrita.
.
Dormir, sesta, descansar,
Religião e ciência...
E há mais grande essência:
Onde foi reencarnar?
.
TERTÚLIAS
.
Tertúlias,
Prémios literários,
Poesia viva,
Todos poetas,
Igualdade, justiça!
Potuguesas Júlias,
Belos itinerários,
Baixa do I.V.A.,
Alcançadas metas,
Cabeleira mestiça!
Carnes anule-as,
Bons fontanários,
Nossa diva,
Nada de setas,
Não metediça!!
.
MORRER
.
Morrer é p'ra renascer,
Para o mais e melhor
Produzir... Convém pois ver
Se estou bom, não pior.
Monday, January 07, 2008
JUSTIÇA
.
Se lhe fazemos o que gosta,
Nada tem mal, nada pecado
É… Se não faz o desejado
Nosso, é injustiça, Costa!
.
E, que faz o injustiçado?
Vai procurar, obviamente,
Noutro lado, o desejado.
Mas, injusto(a) vai ao seu lado…
.
Portanto, separadamente
Nunca nós devemos estar
Da alma gémea da gente,
E, teremos sempre bem ‘star.
.
Alma gémea como nós
É: só que complementar.
Mas, a injusta para amar
É também, como também vós!
GOZO MAIOR
.
Se fosse gozo maior
O do sexo, do comer,
Do dormir… é bom de ver,
Nunca com eles viria dor.
.
Gozo maior é amar,
Fazer bem, bem desejar,
Saber, experimentar
o divino, respirar…
.
Se fomos felizes foi
Só porque amamos, ‘té
Se ignorando; e, boi ´
É para amar como mémé!
.
Que felizes sejam todos
Os seres, mortos e vivos!
Felizes de todos modos,
Sem momentos aflitivos!
.
O MAIOR GOZO
.
O maior gozo não é
O da estabilidade
Verdadeira, da visão
Clara, sem a confusão
Habitual? Ilusão
Não pode felicidade
Dar. Nem a actividade
Frenética, ambição,
Luxúria, crueldade,
Ira, desprezo, ciúme...
Sem injustiça ou mal,
Sem ira e sem doença,
Então há felicidade!
Gozo da competição
Pouco é. Ansiedade
Só faz infelicidade...
.
Se lhe fazemos o que gosta,
Nada tem mal, nada pecado
É… Se não faz o desejado
Nosso, é injustiça, Costa!
.
E, que faz o injustiçado?
Vai procurar, obviamente,
Noutro lado, o desejado.
Mas, injusto(a) vai ao seu lado…
.
Portanto, separadamente
Nunca nós devemos estar
Da alma gémea da gente,
E, teremos sempre bem ‘star.
.
Alma gémea como nós
É: só que complementar.
Mas, a injusta para amar
É também, como também vós!
GOZO MAIOR
.
Se fosse gozo maior
O do sexo, do comer,
Do dormir… é bom de ver,
Nunca com eles viria dor.
.
Gozo maior é amar,
Fazer bem, bem desejar,
Saber, experimentar
o divino, respirar…
.
Se fomos felizes foi
Só porque amamos, ‘té
Se ignorando; e, boi ´
É para amar como mémé!
.
Que felizes sejam todos
Os seres, mortos e vivos!
Felizes de todos modos,
Sem momentos aflitivos!
.
O MAIOR GOZO
.
O maior gozo não é
O da estabilidade
Verdadeira, da visão
Clara, sem a confusão
Habitual? Ilusão
Não pode felicidade
Dar. Nem a actividade
Frenética, ambição,
Luxúria, crueldade,
Ira, desprezo, ciúme...
Sem injustiça ou mal,
Sem ira e sem doença,
Então há felicidade!
Gozo da competição
Pouco é. Ansiedade
Só faz infelicidade...
Sunday, January 06, 2008
A COVA
.
Estranho: cova tão
Grande, e, não avi!
E, lá dentro caí!
Não tenho culpa, não!
.
Que grande perdição!
Uma eternidade
Para sair! Mas, há-de
‘inda lá ‘star? Que não
.
A vejo finjo: caio
Lá dentro outra vez.
Mas a culpa, não vês,
Não é minha. Só saio
.
Depois de muito sofrer
Ainda. Vou de novo.
Vejo cova, e, povo,
Caio! Mas, a correr
.
Saio! Olhos abri!
Eu sei onde estou,
Mas, eu culpado sou!
Novamente corri…
.
‘inda lá está cova,
Mas, já passei ao lado.
E, amanhã bocado
Ando em rua nova.
.
Estranho: cova tão
Grande, e, não avi!
E, lá dentro caí!
Não tenho culpa, não!
.
Que grande perdição!
Uma eternidade
Para sair! Mas, há-de
‘inda lá ‘star? Que não
.
A vejo finjo: caio
Lá dentro outra vez.
Mas a culpa, não vês,
Não é minha. Só saio
.
Depois de muito sofrer
Ainda. Vou de novo.
Vejo cova, e, povo,
Caio! Mas, a correr
.
Saio! Olhos abri!
Eu sei onde estou,
Mas, eu culpado sou!
Novamente corri…
.
‘inda lá está cova,
Mas, já passei ao lado.
E, amanhã bocado
Ando em rua nova.
Saturday, January 05, 2008
AFECTAÇÃO
Afectemos as coisas
Às pessoas, e, vice
Versa: vê onde poisas,
(Não fui eu que o disse).
.
Não nos refugiemos
Numa lista, que pode
Ser boa: ordenemos
Tudo, mesmo na ode.
.
E veremos então,
Com muito mais clareza,
Das coisas relação,
E sua esperteza!
.
Está sempre a morrer
O que não presta: morres
Num lado, e, viver
Vais noutro. Por que corres?
.
Afectado também
É quem próprio não
É: isto não é bem,
Tira satisfação!
Afectemos as coisas
Às pessoas, e, vice
Versa: vê onde poisas,
(Não fui eu que o disse).
.
Não nos refugiemos
Numa lista, que pode
Ser boa: ordenemos
Tudo, mesmo na ode.
.
E veremos então,
Com muito mais clareza,
Das coisas relação,
E sua esperteza!
.
Está sempre a morrer
O que não presta: morres
Num lado, e, viver
Vais noutro. Por que corres?
.
Afectado também
É quem próprio não
É: isto não é bem,
Tira satisfação!
Friday, January 04, 2008
MENDIGO
.
O problema do mendigo
Não é mendigar demais?
Homens: por que vos matais?
Mais em África? Perigo!
.
A aranha hibernou:
O bichinho “feio” não;
Mas, aranha eu não sou:
E, em mim ambos estão!
.
Deus somos todos e nele
Todos estamos: felizes
Se amamos, se com Ele
Andamos. O que me dizes?
.
Amas filho(a) porque és
Tu; mas, eu, bicho, aranha...
Também somos vós!... Se manha
Não há! Não fostes bébés?
.
O problema do mendigo
Não é mendigar demais?
Homens: por que vos matais?
Mais em África? Perigo!
.
A aranha hibernou:
O bichinho “feio” não;
Mas, aranha eu não sou:
E, em mim ambos estão!
.
Deus somos todos e nele
Todos estamos: felizes
Se amamos, se com Ele
Andamos. O que me dizes?
.
Amas filho(a) porque és
Tu; mas, eu, bicho, aranha...
Também somos vós!... Se manha
Não há! Não fostes bébés?
Wednesday, January 02, 2008
Tuesday, January 01, 2008
LEI
Há uma só lei no mundo:
Causa e efeito: luz
Branca! A amar me pus
‘ té inimigo, bem fundo!.
.
Os cães iam mais felizes
Que aquele vagabundo
Homem? Não castigues mundo
Demais: ama infelizes!
.
Tudo, todos a mudar
Sempre estamos: morremos
E renascemos, vivemos.
Viver bem é ensinar.
.
O que serei amanhã
Não sei; mas, ao desejar
Felicidade, bem ‘star
Geral, tenho vida sã.
.
Equilíbrio justiça
É; corpo e alma
São iguais, e, com calma,
Vemos que Deus mortos iça!
.
Sozinhos não temos vida;
O problema é a dor;
A solução é o amor:
Não há como a querida!
Há uma só lei no mundo:
Causa e efeito: luz
Branca! A amar me pus
‘ té inimigo, bem fundo!.
.
Os cães iam mais felizes
Que aquele vagabundo
Homem? Não castigues mundo
Demais: ama infelizes!
.
Tudo, todos a mudar
Sempre estamos: morremos
E renascemos, vivemos.
Viver bem é ensinar.
.
O que serei amanhã
Não sei; mas, ao desejar
Felicidade, bem ‘star
Geral, tenho vida sã.
.
Equilíbrio justiça
É; corpo e alma
São iguais, e, com calma,
Vemos que Deus mortos iça!
.
Sozinhos não temos vida;
O problema é a dor;
A solução é o amor:
Não há como a querida!
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