Sunday, April 03, 2011

O(s) pouco(s), o núcleo
divide(m), mas, quer(em)
a unidade, portanto,
precisa(m) dominar: que tristeza!
Não me divido pois,
nem de mim,
nomeadamente querendo
e não querendo, isto é,
querendo,
nem de ti,
insultando-te
ou louvando-te,
ou sentindo-me insultado
ou louvado
por ti.
Saborear, cheirar, observar,
ouvir, tocar... sem registar,
sem recordar...
Unos, não existe em nós nada
para controlar, e, não
registando,
não desejando,
ficamos unos.
E, não
pensamos ser o que não
somos, que é ilusão.
Unos não só superficial
e momentaneamente,
mas, também lá bem no fundo
e eternamente.
A realidade é do pensamento,
e, é basicamente
conflito; já a verdade
é compreensão, apreensão
total e global,
fundamental
harmonia, fluidez,
criatividade, amor, e,
também realidade, não crença,
que é ilusão, doença.
Sendo inteligentes
não nos deixamos dominar por partes,
só pelo psicológico, só pelo físico,
só pelo coração, só pela razão,
só pelo espiritual... Somos o todo,
sabemos em cada momento
o melhor a fazermos.
A inteligência verdadeira
é portanto a que é total.
E, a verdade, operando na realidade,
faz a boa realidade; a mentira
faz a desgraça.
Onde a verdade absoluta reina
é o paraíso, o nirvana; onde
a mentira absoluta governa é o inferno.
E, pior do que a mentira só mesmo o cinismo.

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